quarta-feira, 13 de abril de 2022

Instituto Hippocampus faz balanço e anuncia soltura de 34 mil cavalos-marinhos na natureza em um ano

 

O Instituto Hippocampus, entidade sem fins lucrativos que atua há mais de 25 anos na preservação do cavalo-marinho, apresentou, nesta terça-feira (12), balanço do convênio firmado no final de 2020 com o Complexo Industrial Portuário de Suape, para o monitoramento da espécie, que se encontra ameaçada de extinção. O resultado foi apresentado em uma videoconferência que contou com a presença de representantes de diversas instituições e órgãos ligados à preservação ambiental. Além do monitoramento, em 2021, pouco mais de 34 mil alevinos foram reproduzidos no laboratório do Projeto Hippocampus e liberados nos estuários dos Rios Massangana, Tatuoca e Maracaípe.

A exposição foi comandada pela bióloga Rosana Silveira, coordenadora do projeto. Na área de Suape, foram encontrados cavalos-marinhos nos estuários dos Rios Tatuoca e Massangana e na Ilha de Cocaia. Foram realizadas 48 saídas de campo e, considerando os três pontos monitorados, a especialista registrou 162 visualizações do animal durante o período de estudo (84 em Massangana, 41 em Cocaia e 37 em Tatuoca). Não foram encontrados cavalos-marinhos nos Estuários dos Rios Merepe e Ipojuca nem nos arrecifes da Praia de Muro Alto, os outros três locais de prospecção abarcados pela pesquisa.

Todos os cavalos-marinhos encontrados pertenciam a espécie Hippocampus reidi. Nesse período, foi possível estudar aspectos como a estrutura populacional, a relação peso x altura, a densidade populacional, a altura média de formação da bolsa incubadora, o período reprodutivo, a coloração e outros parâmetros. Também foram feitas análises sobre os impactos causados nos animais pela mancha de petróleo que atingiu toda a costa brasileira em agosto de 2019.

"Além de todo esse trabalho de pesquisa, nós realizamos a soltura de 3.100 cavalos-marinhos recém-nascidos no Estuário do Rio Massangana e 2.300 no Estuário do Rio Tatuoca. Acredito que o projeto está contribuindo de maneira definitiva para a preservação da espécie na área de Suape e em suas adjacências", afirmou a bióloga Rosana Silveira. O programa funciona, atualmente, no Centro de Treinamento de Suape, nas proximidades do prédio sede da estatal portuária.