domingo, 7 de setembro de 2025

#SendoProsperidade com Mariângela Borba


A Alma Pede Pausa: Reflexões sobre Saúde Mental, a decisão de Bonner e o Setembro Amarelo

*Por Mariângela Borba

Olá, você, leitor do #SendoProsperidade, tudo bem? É velho aquele ditado de que a vida precisa de pausas, não é mesmo? E essas pausas são para recarregar as energias e cuidar um pouco mais de si. E, nesta última semana, quem trouxe à tona uma decisão cheia de coragem foi William Bonner, ao anunciar seu afastamento da bancada do Jornal Nacional. Ele revelou que a decisão foi planejada e o processo de transição se dará no início de novembro (https://veja.abril.com.br/coluna/tela-plana/o-maior-desafio-da-globo-com-a-saida-de-bonner-do-jornal-nacional/), quando o âncora passará a dividir a bancada do Globo Repórter com Sandra Annenberg. Depois de Cid Moreira, Bonner foi o âncora que mais se perpetuou na função, ao longo de 29 anos de liderança ininterrupta e pressão intensa. 

Então, nada melhor mesmo que priorizar a saúde mental, dar uma desacelerada e valorizar o principal da vida, como na canção composta por Lenine e Dudu Falcão, "Paciência” (https://youtu.be/SWm1uvCRfvA?si=jccGgC0yZv2djwSu), que reflete sobre dar uma desacelerada e valorizar o principal da vida, onde o eu lírico opta por um ritmo mais lento e consciente, contra a pressão imposta pela sociedade moderna. A letra sugere que a vida é rara e que é preciso resistir à velocidade, valorizar o presente e ter calma para perceber o valor das coisas simples e para encontrar o significado do caos, numa recusa consciente à urgência do tempo, propondo uma desaceleração proposital. Nela, a repetição da frase “a vida é tão rara” convida a valorizar cada momento e a aproveitar o agora, ao invés de viver na espera de um futuro incerto. Diante de uma sociedade que normaliza o caos e exige pressa, a canção incentiva a introspecção, a calma e a paciência como forma de enfrentar o mundo. 

Ao desacelerar, o indivíduo pode encontrar um novo olhar sobre o mundo, percebendo a beleza nas coisas simples e focando naquilo que verdadeiramente é importante: a alma, o transcendental. É um convite ao ritmo da vida contemporânea, estimulando a desaceleração e a introspecção como forma de viver a vida com mais significado e apreciar a preciosidade de cada momento.

Nem sempre é sobre seguir em frente a qualquer custo, mas sobre escolher pelo caminho que realmente faz sentido. Afinal, não é preciso se provar o tempo todo, mas se permitir existir de forma inteira. É como se perguntar: “ora, o que estamos dispostos a perder para ‘dar conta’ de tudo?” A carreira não vale as noites em claro, a ansiedade constante, o vazio interior. Saúde mental não é luxo, é base! E, às vezes, a mudança mais poderosa é olhar para dentro e dizer: “eu preciso viver diferente!” E foi assim que Bonner escolheu diminuir o ritmo para fugir do ego e cuidar da vida que estava em casa e que também dependia, direta ou indiretamente, dele: acompanhar o crescimento dos filhos, tempo que escapava; alma pedindo pausa. Sim, a importância de preservar o bem-estar.

Estamos em setembro e o mês é conhecido como Setembro Amarelo, dedicado à conscientização sobre a prevenção do suicídio. Muitas vezes, a correria do dia a dia contribui para o estresse e a ansiedade, que podem ser fatores de risco.

Desacelerar, tirar um tempo para si, praticar atividades que dão prazer e cuidar da saúde mental são formas de se proteger e promover o bem-estar. É como se fosse um “reset” para evitar o esgotamento e a sobrecarga emocional. Desacelerar pode ser uma ferramenta importante para uma vida mais equilibrada e feliz.

E você, sua alma pede mais calma, mais presença ou mais tempo?

*Mariângela Borba é comunicadora multifacetada, jornalista diplomada, revisora credenciada e social media expert. Produtora Cultural com expertise em Cultura Pernambucana (FAFIRE). Teve passagem pela secretaria Executiva do MinC, Regional Nordeste, e também Secretaria de Imprensa de Paulista (PE), além de ter circulação pelas conceituadas editorial de jornais e rádios de Pernambuco. Premiada e com produção bibliográfica na área de cultura. Membro da AIP, com um com um bisavô fundador que também era jornalista, Edmundo Celso.