terça-feira, 13 de junho de 2017

Campanha de doação de sangue mobiliza Hospital Miguel Arraes

O Hospital Miguel Arraes (HMA), em Paulista, chama atenção para o Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado em 14 de junho. Nestaquinta-feira, 15 de junho, o HMA promove mais uma campanha de doação de sangue em parceria com o Hemope, com o objetivo de suprir os estoques do hemocentro. Para isso, está convocando a população a comparecer ao hospital, no período das 8h30 às 12h e das 13h30 às 16h30, para participar da campanha.

Para doar sangue, a pessoa deve ter entre 16 anos e 69 anos e 11 meses (59 anos e 11 meses para a primeira doação). Os menores de 18 anos precisam da presença do responsável legal – pai ou mãe, levando xerox da identidade. É necessário ter mais de 50kg, estar alimentado e em boas condições de saúde, além de apresentar um documento original, com foto (identidade, carteira de habilitação ou carteira de trabalho. Crachás não são aceitos). Também é necessário respeitar os intervalos entre as doações de sangue, que são de três meses para homens e quatro meses para mulheres. O Hospital Miguel Arraes está localizado na Estrada da Fazendinha, sn, em Jaguaribe, na bifurcação da BR 101 Norte com a PE-15, em Paulista.​


Com informações da jornalista Iana Gouveia

Obra amplia oferta de água para 40 mil pessoas no Cabo de Santo Agostinho

O Cabo de Santo Agostinho, que já conta com o abastecimento de água durante 24 horas em cerca de 70% da cidade, receberá várias intervenções para regularizar a distribuição de água também nas áreas mais altas. A Compesa já iniciou os serviços para a substituição de dois conjuntos de motorbombas da unidade de bombeamento, que fica situada na área do Reservatório do Alto Bela Vista, e atende 40 mil moradores na região do Alto do Cruzeiro, abrangendo as localidades de Malaquias, Mauriti, Alto do Cemitério, Avenida Aníbal Cardoso e as ruas 51 e São João. Com a troca dos equipamentos, a Compesa vai dobrar a oferta de água para essa população.

Para evitar que o abastecimento de água seja interrompido durante a intervenção, prevista para ser concluída até o dia 30 deste mês, a Compesa está fazendo a substituição de um equipamento por vez. No entanto, até o próximo sábado (17), a distribuição de água sofrerá uma queda de pressão, justamente pela redução da vazão, tendo em vista que a estação do Alto do Cruzeiro está operando com apenas um conjunto de motorbomba. Desde a última sexta-feira (9), cerca de 15 profissionais estão trabalhando na instalação do primeiro conjunto de bombeamento, que deve ser finalizada até o sábado, quando já entrará em operação. Com esse novo equipamento em funcionamento, a população já sentirá melhorias no abastecimento de água.

"Vamos trocar os equipamentos antigos por outros mais potentes. Para se ter uma ideia, apenas um dos novos conjuntos de motorbomba terá maior capacidade de bombeamento do que os dois que funcionam, hoje, juntos. Deixaremos um conjunto novo de reserva para que, nos casos de queima ou manutenção, possamos evitar que o abastecimento de água seja suspenso para a população", explica o gerente de Unidade de Negócios Metropolitana da Compesa, Robson dos Santos. A companhia está investindo R$ 100 mil para executar os serviços. A próxima área a ser beneficiada é o Alto do Miranda, que receberá intervenção semelhante para regularizar o fornecimento de água para 20 mil pessoas. A Companhia já programou realizar as ações de melhorias na Estação Elevatória do Alto do Miranda até o mês de dezembro deste ano.


Imprensa Compesa

Prazo para vacinar gado contra febre aftosa termina nesta quinta

O prazo para vacinar os bovinos e bubalinos contra a febre aftosa terminou no dia 31, mas o prazo final para declarar a vacina contra a febre aftosa termina nesta quinta-feira, 15 de junho, em todo o estado. Nos municípios que decretarem feriado nesta data, os pecuaristas poderão declarar normalmente no dia 16. A Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) espera ainda 19.667 produtores de bovinos para fazer a declaração. Quem ainda não declarou precisa procurar o escritório da Adagro onde sua ficha cadastral é movimentada para se regularizar, munido com a nota fiscal da vacina e CPF em mãos. No ato, o agricultor irá realizar a sua atualização cadastral, inclusive com o detalhamento do seu rebanho por sexo e idade. 

Aquele agricultor que não procurar a Adagro para fazer a sua declaração ficará sujeito a multa de no mínimo R$ 60,00, fica impedido de retirar a Guia de Trânsito Animal - GTA, tem a propriedade interditada e fica impedido de participar das linhas de crédito do governo, como por exemplo a compra do milho na Conab e empréstimos no banco do Nordeste, pois para receber esses incentivos é necessário que o criador apresente uma declaração da Adagro. 

FEBRE AFTOSA 

A febre aftosa é uma doença viral altamente infecciosa que acomete os animais que possuem casco fendido. Sua ocorrência representa veto a mercados importantes e, consequentemente, prejuízos econômicos para o setor, por isso a importância de proteger o rebanho da doença por meio da vacinação. A imunização ocorre em duas etapas, uma em maio e outra em novembro.


Imprensa Adagro

Os 10 anos do Programa Mãe Coruja

No ano em que completa uma década de atividades, o Programa Mãe Coruja Pernambucana é homenageado com a sistematização, em quatro volumes, que abordam os desafios e a trajetória da iniciativa. O lançamento dos exemplares foi realizado nesta terça-feira (13.06), em solenidade no Palácio do Campo das Princesas, no Recife. Na oportunidade, o chefe do Executivo estadual assinou o decreto que regulamenta o Marco Legal da Primeira Infância no Estado e apresentou, ainda, o Selo 10 anos do projeto.

Os quatro volumes da sistematização do Mãe Coruja foram feitos em parceria com instituições voltadas à primeira infância, a exemplo da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal e a Fundação Alice Figueira de Apoio ao Imip. Ao todo, 170 mil mulheres e 130 mil crianças já foram atendidas nos 105 municípios pernambucanos contemplados pelo programa.

Coordenado pelo secretário executivo de Comunicação Governamental, Evaldo Costa, o primeiro volume, intitulado “Um olhar histórico e afetivo”, tem como objetivo compartilhar a concepção, os desafios, a trajetória e a experiência do Mãe Coruja desde o seu início, em outubro de 2007, além de histórias de mulheres e crianças que tiveram suas vidas mudadas pelo programa. “A partir de hoje, com essa obra em quatro volumes, em qualquer lugar, qualquer pessoa vai poder conhecer e estudar o projeto, tomar conhecimento de seus resultados e até desenvolver outras iniciativas idênticas ou semelhantes de sucesso”, salientou. 

Já o segundo livro, “Um olhar qualitativo”, traz uma avaliação feita a partir da experiência dos atores envolvidos diretamente ou indiretamente com a atuação do Mãe Coruja. A pesquisa foi realizada pela Ceplan Multiconsultoria em Desenvolvimento Socioeconômico, Urbano e Ambiental e Gestão Empresarial, com coordenação da professora e economista Tânia Bacelar. “Não é comum esse tipo de abordagem em Políticas Públicas. Então, foi para nós uma grande satisfação poder usar o instrumental da análise qualitativa nesse projeto grandioso”, confessou a economista.

Na terceira publicação, “Um olhar sobre os números”, foi feita uma avaliação quantitativa do impacto do Programa Mãe Coruja Pernambucana em uma série de indicadores de saúde, tanto das gestantes quanto dos fetos, assim como no primeiro ano de vida da criança. O trabalho foi coordenado pelo professor e economista Ricardo Paes de Barros, autoridade mundial em questões relacionadas à educação, pobreza, desigualdade e mercado de trabalho e política social. “Essa ideia de fazer boas Políticas Públicas com base em evidências e documentar todo o processo para que todos possam copiar, eu acho que é o grande exemplo que Pernambuco está dando hoje”, disse Ricardo Paes. 

O quarto e último volume, “Um olhar metodológico”, registra e sistematiza o funcionamento do Mãe Coruja, suas estruturas de governança e mobilização de capacidade técnica, articulação intersetorial e interfederativa, o monitoramento das ações e resultados, sua organização pela efetividade do cuidado, entre outros elementos. “Nosso objetivo foi interpretar tudo o que já foi realizado da forma mais simples possível, e fazer que esse conjunto motivasse as pessoas que têm problemas grandes e querem soluções fáceis ou simples, a ler e achar que vale a pena fazer”, explicou o professor titular do departamento de Prática da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Oswaldo Tanaka, coordenador deste último volume. O estudo servirá de inspiração para gestores municipais, estudais e demais formuladores de políticas públicas.

Uma década após a sua implantação, o Mãe Coruja inaugura uma nova fase, na qual se reafirma o compromisso do Governo de Pernambuco com o futuro dos pernambucanos e a definição da primeira infância como um dos eixos condutores das Políticas Públicas do Estado. “Na nova fase do programa, três grande desafios se apresentam, que são: a inclusão das crianças com deficiência e transtornos, o foco no desenvolvimento infantil e a universalização do acesso ao Mãe Coruja Pernambucana. Para enfrentá-los, novas estratégias foram desenhadas de forma a complementar as ações em andamento”, explicou Paulo Câmara.

PRIMEIRA INFÂNCIA – O governador aproveitou a oportunidade para assinar o decreto que regulamenta, no âmbito estadual, o Marco Legal da Primeira Infância. A Lei Federal nº 13.257 estabelece os princípios e as diretrizes das diversas políticas públicas voltadas para os primeiros anos de vida, contemplando crianças de 0 a 6 anos. O decreto visa estruturar e unificar ações desenvolvidas no Estado para o setor, bem como instituir um Comitê Intersetorial de Políticas Públicas para a Primeira Infância, compactuando ações entre as secretarias e segmentos da sociedade.

SELO - O Selo 10 Anos, lançado no evento de hoje, será entregue às empresas e instituições que contribuíram direta ou indiretamente para funcionamento e sucesso do Programa durante comemoração dos 10 anos, programada para Outubro deste ano.

HOSPITAL DE CAMPANHA - Na ocasião, Paulo lembrou ainda do nascimento da menina Maria Clara, na última quinta-feira (08.06), no Hospital de Campanha, instalado para atender as vítimas das enchentes no município de Rio Formoso, na Mata Sul. “O nascimento de uma criança é sempre, acima de tudo, um motivo de alegria e de fé na vida. Por outro lado, o nascimento de uma criança no Hospital de Campanha, embora bem estruturado, com plenas condições de realizar o procedimento, não é o mais adequado. Preocupado com isso, o Governo de Pernambuco, mesmo em tempo de crise, vem fazendo todos os esforços para investir em segmentos considerados essenciais para a Primeira Infância, tais como saúde, educação e assistência social”, garantiu. 


Secretaria de Imprensa de Pernambuco

Coleção Alto Inverno 2017 Carmen Steffens

O consultor de imagem e relacionamento da Carmen Steffens, Manoel Segundo vem ao Recife para o Talk Show que vai apresentar a coleção Alto Inverno 2017. O evento, que acontece nesta quinta-feira 15, a partir das 18h na loja do Shopping Rio Mar é marcado pela elegância, estilo, personalidade, descontração e dicas de moda.

A cada Talk Show realizado pela Carmen Steffens existem surpresas agradáveis para os participantes. Além das dicas imprescindíveis de moda, os convidados são servidos com champanhe, docinhos e são agraciados com presentes exclusivos da marca que está presente em dezenas de países com mais de 500 lojas espalhadas pelo mundo. Conforto, beleza e qualidade são sinônimos de Carmen Steffens.

São João no Shopping Boa Vista

A religiosidade toma conta do mês de junho, isso dá ao período um clima festivo através das datas comemorativas. Na próxima quinta-feira, dia 15, é comemorado o Corpus Christi e no dia 24 (sábado), o São João. Por conta disso, o funcionamento de alguns estabelecimentos já sofre alteração. Confira os horários de funcionamento:

Shopping Boa Vista

· Quinta-feira - Corpus Christi (15) – Funcionamento normal.

· Sexta-feira (23) - Lojas abertas das 09h às 18h. O Game Station funcionará das 09h às 18h. Cinema exibirá sessões iniciadas até às 18h.

· Sábado - São João (24) – As lojas ficam fechadas, exceto Lojas Americanas das 11h às 19h. Praças de Alimentação terão abertura facultativa (11h às 19h); O Game Station (11h às 21h) e o cinema exibe grade normal de programação.

· Domingo (25) – Funcionamento normal.

FORRÓ NO SHOPPING BOA VISTA

Até 29 de junho, o Shopping Boa Vista, localizado no bairro de mesmo nome, Centro do Recife, promove ações em comemoração ao São João. Durante o período, os clientes poderão visitar o espaço decorado que funciona na Praça de Eventos, com uma vila junina, inspirada nas tradicionais quermesses, com decoração, música, artigos e comidas típicas.

Na área principal do centro de compras, serão montadas barraquinhas para venda de produtos como artesanato, roupas, adereços e calçados, com opções para adultos e crianças. Além disso, o público também poderá conferir a área de comidas típicas, com alimentação toda baseada na culinária junina.

Ainda nesse período, haverá apresentações musicais com o tradicional trio pé de serra. As apresentações ocorrem das 17h às 18h, nas quartas e sextas-feiras e, das 14h às 15h aos domingos. A programação é gratuita.

Para proteger os idosos

O Centro Integrado de Apoio e Prevenção a Pessoa Idosa (CIAPPI), da Secretaria Executiva de Direitos Humanos (SEDH), ligada a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), realizou na manhã desta terça, 13, uma ação conjunta com órgãos de fiscalização para transferir imediatamente 19 idosos que viviam em situação de risco em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) no município de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

De acordo com o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico, a integridade física e mental dos idosos precisa ser preservada. “Nós iremos acompanhar de perto todas as transferências desses idosos para ver quais serão as novas condições oferecidas nos espaços para onde eles serão encaminhados. A fiscalização não cessará. As instituições precisam seguir com rigor as regras previstas no Estatuto do Idoso”, afirma Eurico.

A proprietária do local foi notificada no final do mês de maio para entrar em contato com a família dos idosos e fazer a remoção deles para instituições indicadas pelos parentes. Pelo não comprimento do prazo, o Ministério Público acionou a unidade com a determinação de remoção obrigatória. O espaço não assegurava condições mínimas para o funcionamento. 

“A gente encontrou o crime de maus tratos, abandono, e situação sugestiva de sequestro e cárcere privado. Os órgãos de vigilância Sanitária e o Procon constataram subtração dos documentos, de cartão de benefícios do INSS, medicação e alimentação vencida, além da falta de alimentos”, afirmou a coordenadora do CIAPPI, Sandra Jucá.

A ação, articulada pela SEDH, contou com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ), através do Programa Humanidade, responsável pelo levantamento dos abrigos para onde os idosos foram transferidos, da Vigilância Sanitária, do Centro de Reabilitação e Assistência Social (Creas) e delegacia do município, do SAMU e do PE Conduz.

ACOMPANHAMENTO - O CIAPPI fará o monitoramento e acompanhamento junto aos familiares dos idosos nas outras instituições de longa permanência para onde eles foram transferidos. O Centro também atua prestando apoio psicossocial e jurídico, recebendo denúncias de violação dos direitos da pessoa idosa, e encaminhando para as entidades responsáveis. A equipe técnica do CIAPPI é composta por psicólogos, assistentes sociais e advogados. Mais informações através do telefone (81) 3182-7649.

IRREGULARIDADES - Entre as irregularidades constatadas na fiscalização realizada no dia 24 de maio, o Corpo de Bombeiros identificou: ausência de atestado de regularidade, ausência de sinalização de emergência, extintores incêndios vencidos e iluminação de emergência inoperante. Já o Procon Pernambuco e a Vigilância Sanitária identificaram: alimentação insuficiente para atender os idosos que viviam na instituição; alimentos e produtos correlatos vencidos, inexistência de licença sanitária, infraestrutura (mobilidade, acessibilidade e ventilação) e higiene precárias, ausência dos contratos de prestação de serviço e documentação pessoal dos idosos no local, além da inexistência da identificação externa do estabelecimento (placa). E mais, a instituição também contava com deficiência no atendimento médico e serviço de enfermagem, ausência de atividades ocupacionais e relatórios de evolução médica, bem como falta de acompanhamento nutricional e cardápio, inclusive, sem diferenciação para idosos com patologias como diabetes ou alteração de pressão arterial.

CAMPANHA - O Centro Integrado de Atenção e Prevenção à Violência Contra a Pessoa Idosa (CIAPPI), programa da Secretaria Executiva de Direitos Humanos (SEDH), órgão vinculado a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), promove uma série de ações, ao longo deste mês, para marcar o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa - 15 de junho. A iniciativa compreende uma grande ação com a oferta de serviços gratuitos de saúde e cidadania em parceria com o Sesc e Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, além da realização de uma campanha de conscientização nas redes sociais e nas linhas de ônibus que circulam pela Região Metropolitana do Recife (RMR) em parceria com o Grande Recife Consórcio de Transportes alertando sobre as violações cometidas contra a pessoa idosa.

Nesta quinta-feira (15/06), Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, o Governo do Estado, em parceria com a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes e Sesc, promovem uma grande ação de saúde e cidadania, das 8h às 12h, na unidade do Sesc em Piedade. Durante toda a manhã, além de assistir a apresentações culturais, os idosos vão poder realizar testes de colesterol, de glicemia e hepatites B e C, aferir pressão, receber a vacina contra a gripe, além de participar de avaliação física, orientações sobre saúde bucal, ambiental e nutrição. Também vão receber preservativos femininos e masculinos, kits para higienização bucal e hipoclorito. Para as mulheres, haverá exames do colo de útero, realizados pela unidade móvel do Sesc Saúde Mulher. A quantidade de atendimento varia de acordo com o serviço. Também são parceiros da ação a Secretaria de Saúde de Pernambuco, Secretaria de Municipal de Direitos Humanos, Secretaria de Defesa Social, Senac e Defensoria Pública.

TEMA - O tema da violência contra pessoa idosa também será abordado nas linhas de ônibus e nas redes sociais, uma vez que os casos têm crescido a cada ano. Toda a frota que circula na RMR, um total de 2.965 coletivos, vão receber cartazes informativos com os tipos de violação mais frequentes, entre elas, negligência, abandono, agressão física, abuso financeiro e maus tratos.

Nas peças constam o detalhamento do que configura o crime, previsto no Estatuto do Idoso, e também os telefones de contato para denúncias. Ao longo deste ano, o CIAPPI tem realizado inúmeras ações de fiscalização em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), resultando na interdição de três espaços nos últimos dois meses após constatação de violações. Grande parte da demanda do Centro é proveniente de denúncias. Os demais casos são provenientes da rede de assistência e de demanda espontânea.

O CIAPPI atua prestando apoio psicossocial e jurídico, recebendo denúncias de violação dos direitos da pessoa idosa e encaminhando para as entidades responsáveis. A equipe técnica do CIAPPI é multidisciplinar composta por profissionais da área de psicologia, jurídica e assistência social. Mais informações através do telefone (81) 3182-7649.

SERVIÇO:

Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa
Data: Quinta-feira (15/06)
Local: Sesc Piedade – Rua Goiana, nº 40
Horário: 8h às 12h
Acesso gratuito


Imprensa SEDH PE

IBGE registra aumento do trabalho infantil entre crianças de 5 a 9 anos

Em todo o Brasil, a mão de obra de crianças e adolescentes ainda é explorada de forma indiscriminada. Seja nos semáforos, nos lixões, em feiras, restaurantes, no campo, em indústrias ou dentro de casa, os direitos à infância e à educação são negados para quase três milhões de crianças e adolescentes no país, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O mapeamento da situação do trabalho infantil mostra que o número de trabalhadores precoces corresponde a 5% da população que tem entre 5 e 17 anos no Brasil. A taxa de crianças economicamente ativas é 20% menor do que o registrado em anos anteriores, mas especialistas alertam que é possível que haja uma interrupção na tendência de queda.

Desde 2013, o país vem registrando aumento dos casos de trabalho infantil entre crianças de 5 a 9 anos. Em 2015, ano da última pesquisa do IBGE, quase 80 mil crianças nessa faixa etária estavam trabalhando e, nas próximas pesquisas, quando elas estiverem mais velhas, podem promover o aumento do número de adolescentes que trabalham. Cerca de 60% delas vivem na área rural das regiões Norte e Nordeste.

Representantes da rede de proteção à infância afirmam que o dado é preocupante e deve ser destacado nas campanhas realizadas para marcar o Dia Internacional contra o Trabalho Infantil, celebrado nesta segunda-feira (12) em todo o mundo. A data foi instituída há 15 anos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para promover ações em todo o mundo e mobilizar diferentes atores no combate ao trabalho infantil.

“É inaceitável que crianças de 5 a 9 anos estejam trabalhando. A expressiva maioria delas trabalha com as próprias famílias no cultivo de hortaliças, cultivo de milho, criação de aves e pecuária. São recortes que conhecidos e analisados obrigatoriamente devem subsidiar decisões políticas ou implementação de ações e programas que deem uma resposta a essa grave situação”, disse Isa Oliveira, socióloga e secretária-executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (Fnpeti), um dos organizadores da campanha no Brasil.

Para o Fórum Nacional, outro ponto que deve ser lembrado durante a campanha é o não cumprimento pelo Brasil da meta firmada junto à Organização Internacional do Trabalho de eliminar todas as piores formas de trabalho infantil até 2016.

Entre as formas mais graves descritas na Convenção Internacional 182, da qual o Brasil é signatário, estão a escravidão, o tráfico de entorpecentes, o trabalho doméstico e o crime de exploração sexual, que, no caso dos dois últimos, vitimam principalmente meninas negras.

“A nossa proposta nesse 12 de junho é questionar o governo sobre o não cumprimento da meta e que essa avaliação do não cumprimento nos dê subsídios para uma tomada de decisão no sentido de reafirmar o compromisso pela prevenção e eliminação do trabalho infantil. O Brasil tem esse compromisso. A proibição do trabalho infantil está na legislação brasileira, em particular na Constituição Federal, disse declarou Isa Oliveira.

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a meta de erradicação das piores formas foi reagendada para 2020 e a de todas as formas de trabalho infantil para 2025, em acordo firmado com a comunidade internacional na OIT, no âmbito dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. O ministério ressalta ainda que realizou, de 2006 a 2015, quase 47 mil ações de fiscalização que resultaram na retirada de 63.846 crianças e adolescentes do trabalho e na redução apontada pelo IBGE em 2015.
Legislação

A legislação internacional define o trabalho infantil como aquele em que as crianças ou adolescentes são obrigadas a efetuar qualquer tipo de atividade econômica, regular, remunerada ou não, que afete seu bem-estar e o desenvolvimento físico, psíquico, moral e social.

Segundo a Constituição Federal, é proibido para menores de 16 anos a execução de qualquer trabalho, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. No caso das atividades de aprendizagem, o trabalho não pode ser noturno, perigoso ou insalubre, mesmo para os maiores de 16 e menores de 18 anos. As atividades de aprendizagem também não devem prejudicar a frequência nem o rendimento escolar do adolescente.

A proibição é reforçada na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que restringe a possibilidade de trabalho a menores de 16 anos apenas a casos autorizados pela Justiça e estabelece os critérios para a contratação de aprendizes. O direito à profissionalização e proteção no trabalho para os aprendizes também está disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Riscos

As crianças que trabalham de forma irregular têm o mundo de aprendizado, sonhos, brincadeiras e proteção substituído por uma rotina de responsabilidade, exposição a perigos e risco de traumas.

Segundo a OIT, em todo o mundo cerca de 168 milhões de crianças são obrigadas a trabalhar, sendo que 85 milhões delas estão envolvidas em trabalhos considerados perigosos.

No Brasil, de acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, desde 2007 quase 40 mil crianças e adolescentes sofreram algum tipo de acidente enquanto trabalhavam. Mais de 50% das ocorrências foram graves, o que inclui amputação de mãos e braços e até mortes.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o trabalho infantil também é uma das formas de violência contra a infância e adolescência. Seguindo a classificação internacional de violações, o Ministério da Saúde obriga, desde 2011, a fazer a notificação de casos suspeitos ou confirmados desse tipo de violência no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) pelos profissionais de saúde.

As notificações de 2009 a 2011 apontaram que mais de 800 crianças foram identificadas no Sistema Único de Saúde (SUS) como vítimas de algum tipo de violência relacionada ao trabalho infantil. O número corresponde a 2,8% do total de atendimentos de violência do período. Como nem todos os casos chegam ao conhecimento do sistema de saúde, o índice de abuso contra as crianças trabalhadoras pode ser muito maior.
Desafio da prevenção

O Código Penal brasileiro ainda não tipifica a exploração de mão de obra infantil como crime. Algumas formas de trabalho infantil têm sanção prevista à parte, como a prostituição, considerada crime hediondo e inafiançável, com pena de 4 a 10 anos de prisão em regime fechado. Outras formas de exploração, como o trabalho doméstico, ainda carecem de regulamentação.

Um projeto de lei que criminaliza qualquer tipo de trabalho infantil - exceto os de natureza artística que tiver consentimento judicial - aguarda aprovação da Câmara dos Deputados. O projeto já foi aprovado pelo Senado no fim do ano passado.

Mas, o Fórum Nacional alerta que a maioria das propostas referentes ao assunto que tramitam no Congresso sugere mudanças consideradas como retrocesso pelas entidades civis e pelo Ministério Público do Trabalho, como a redução da idade mínima para permissão de trabalho regular para os 14 anos. A redução da idade, inclusive para o trabalho doméstico, é recomendada por seis Propostas de Emenda à Constituição que tramitam na Câmara.

Mesmo com o rigor conceitual e jurídico que envolve o tema, o país enfrenta dificuldades para colocar em prática medidas efetivas de combate. Segundo avaliação da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil, o país executou até 2015 apenas metade do total de 133 ações previstas no plano nacional.

Os especialistas explicam que ainda se impõe no país uma tradição cultural que coloca a infância em condição de vulnerabilidade. “Predominam ainda valores culturais que defendem para as crianças pobres o trabalho precoce como uma solução. Quando os dados das estatísticas informam o contrário, quer dizer, trabalho infantil não foi, não é e não será a solução porque ele reproduz a pobreza, a exclusão social e a exclusão escolar”, alerta Isa Oliveira.

A baixa eficácia da política de educação no Brasil e os desafios para geração de renda das famílias mais pobres também são apontados entre as causas para o abandono dos estudos e os altos índices de trabalho infantil.

“A política de educação garante o acesso através da matrícula, mas a permanência e a conclusão na idade certa, no tempo certo, não vêm acontecendo há um tempo. Por outro lado, a política de assistência social - que tem por missão atender famílias em situação de vulnerabilidade e pobreza - também não tem sido eficaz para dar apoio às famílias, para que elas tenham uma renda que seja suficiente para o sustento de seus filhos e não recorram ao trabalho das crianças para complementar a renda”, afirmou a socióloga.
Educação

Uma das estratégias da mobilização internacional deste ano é ressaltar o papel da educação como uma das ferramentas mais eficazes de combate ao trabalho infantil. As ações também enfocarão o combate à pobreza e chamarão a atenção para a situação das crianças refugiadas que são forçadas a trabalhar.

A mobilização brasileira contará com a presença do Nobel da Paz, o indiano Kailash Satyarthi, que lidera a iniciativa global "100 milhões por 100 milhões". O objetivo da campanha é mobilizar 100 milhões de pessoas na luta pelos direitos de 100 milhões de crianças que vivem em situação de trabalho infantil no mundo.

Ao longo da semana, a campanha promoverá debates no Congresso Nacional, o lançamento de exposição sobre o tema no Ministério Público do Trabalho e apelo nas redes sociais. Entre as ações do governo federal, estão previstas operações de combate ao trabalho infantil pelos fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego, além de palestras e audiências públicas nos estados.




Rede Brasil Atual e Arquivo

Moro absolve mulher de Cabral por falta de provas

Ao absolver a ex-primeira-dama do Rio Adriana Ancelmo dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, o juiz federal Sérgio Moro alegou não haver ‘prova suficiente de autoria ou participação’ da mulher do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB-RJ).

O peemedebista, acusado de propina de R$ 2,7 milhões nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj),da Petrobrás, pegou 14 anos e 2 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

Adriana Ancelmo é a segunda mulher de um político envolvido em crimes investigados pela Operação Lava Jato a ser absolvida por Moro. Em maio, o magistrado livrou Cláudia Cruz, mulher do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) dos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Na denúncia que pegou Adriana, o Ministério Público Federal listou gastos da família Cabral que seriam superiores a R$ 100 mil mensais. Algumas compras teriam sido feitas pela mulher do peemedebista.

Moro observou que Adriana ‘tinha um padrão de vida, especialmente de consumo, acima do normal e inconsistente com os rendimentos lícitos dela e do ex-governador’.

“É reprovável que tenha gasto recursos provenientes de crimes de corrupção para aquisição de bens, inclusive de luxo”, anotou.

Diário do Centro do Mundo
 

Nordestinos se destacam na seleção brasileira de matemática

O Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) apresentaram hoje (13), no Rio de Janeiro, os seis jovens que representarão o Brasil na Olimpíada Internacional de Matemática (IMO, em inglês), a ser realizada pela primeira vez no Brasil, entre 17 e 23 de julho, no Rio. A equipe contará com três estudantes do Nordeste, dois de São Paulo e um de Minas Gerais, e terá dois professores nordestinos como líder e vice-líder da delegação.

A participação dos nordestinos, segundo o diretor do IMPA, Marcelo Viana, segue uma tradição. "Não chega a ser surpreendente", diz ele. "É uma tradição bastante antiga. Algumas escolas, sobretudo de Fortaleza e de Recife, são escolas tradicionais e que sempre se empenharam no apoio aos alunos. E a escola tem um papel fundamental". Além dos alunos, o professor alagoano Krerley Irraciel Martins é o líder da delegação, e o cearense Frederico Vale Girão, o vice-líder.

Os jovens têm idades de 16 a 19 anos e saíram de um processo de seleção que começou na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Davi Cavalcanti Sena, do Recife, e Bruno Brasil Meinhart, de Fortaleza, são os mais jovens do time, com 16 anos. Além de terem a mesma idade, eles cursam o ensino médio na Escola Ari de Sá Cavalcanti, em Fortaleza.

Bruno conta que, desde que o amigo chegou de uma escola de Caruaru, em Pernambuco, eles passaram a ser praticamente uma família: "Assistimos aula juntos toda semana e passo mais tempo com ele do que com meus irmãos. A gente é uma família mesmo, e acho que graças a ele a gente conseguiu chegar aqui firme forte".

O outro estreante na IMO é o paulistano André Yuji Hisatsuga, de 17 anos, e, entre os mais velhos do time, há três estudantes que representaram o Brasil na olimpíada de Hong Kong, em 2016, quando o país teve sua melhor posição no ranking internacional: 15º lugar.

O paulista Pedro Henrique Sacramento de Oliveira, 17 anos, trouxe uma medalha de prata e o cearense George Lucas Diniz de Alencar, de 18, uma de bronze. Eles completam o time com o mineiro João César Campos Vargas, de 19 anos, que participará de sua terceira edição na competição.

O mineiro já garantiu uma vaga para cursar matemática na universidade americana de Princeton, a partir de agosto. Seu percurso começou em uma escola pública de Passa Tempo, em Minas Gerais, e ele acredita que participar das competições fez diferença para chegar até uma das principais universidades do mundo.

"Apesar das universidades americanas quererem que você seja um bom aluno na escola, eles também querem saber se você tem algo especial que você gosta e a que você se dedica", diz ele, que vai cursar matemática."A estrada é muito longa. Pouco a pouco, você vai vendo portas se abrirem como programas de iniciação científica, que ajudaram muito".

Biênio da Matemática

A seleção foi anunciada na apresentação do Biênio da Matemática Brasil 2017-2018, instituído pela Lei 13.358, de novembro de 2016. No período, o Brasil vai sediar importantes eventos da área, como a Olímpiada Internacional de Matemática de 2017, o Congresso Internacional de Matemáticos de 2018 e o Encontro Mundial de Mulheres Matemáticas.

O diretor do IMPA espera que o biênio aproveite essa movimentação científica para melhorar a relação dos brasileiros com a matemática.

"A matemática não é para gênios, é para todo mundo e todo mundo usa", afirmou Viana, que torce para que a seleção estabeleça um novo recorde de medalhas para o Brasil na olimpíada.

Notícias ao Minuto (Rio)

Latuff e o PSDB no governo federal


Ilustração Carlos Latuff para o Portal Brasil 247

O Golpe e a violência contra a Mulher

O Brasil coleciona milhares de relatos sobre dificuldades ao acesso de aparelhos públicos em denúncias de violência contra a mulher. O caso da jornalista paulistana Larissa Santos* é um deles.

Ela sofreu violência doméstica durante um relacionamento de quatro anos e afirma que, nas ocasiões em que procurou a Polícia Militar, em 2012, apenas acumulou boletins de ocorrência. Em dois meses, por exemplo, ela precisou ir à delegacia quatro vezes, mesmo com a medida protetiva contra o ex-parceiro aprovada.

"Quando eu vi que eu iria morrer e ponto, tive que pedir ajuda. Se eu não tivesse conseguido auxílio dos meus amigos, que forneceram advogados gratuitamente, eu acho que não estaria falando hoje com você, sinceramente", conta.

Longe de ser um caso isolado, dados mais recentes da Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência – Ligue 180 mostram que houve um aumento de 52% dos atendimentos no ano passado em comparação a 2015. Destes, 67.962 foram relatos envolvendo violência doméstica e familiar, o que representa um aumento de 133% ao período anterior.

Em 2017, o número de mulheres que declararam ter sido vítimas de algum tipo de violência passou de 18%, em 2015, para 29%. Também houve crescimento no percentual de entrevistadas que disseram conhecer alguma mulher que já sofreu violência doméstica ou familiar: esse índice saltou de 56% para 71% em dois anos. Os dados são de uma pesquisa realizada pelo Instituto DataSenado, em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência. 

Ainda assim, o governo golpista de Michel Temer (PMDB) optou, em 2016, pela dissolução do Ministério de Políticas para Mulheres, colocando mais barreiras à assistência de mulheres em situação de violência.

Paralisação de obras

Pronto desde novembro de 2016, o prédio onde funcionaria a Casa da Mulher Brasileira (CMB) de São Paulo ainda não foi inaugurado. O equipamento, que custou R$ 7,6 milhões, foi financiado com verba federal do "Mulher, Viver Sem Violência", lançado em 2013. O programa previa a construção, em cada estado, de um local onde se concentrasse, em um só espaço, serviços de atendimento mais humanizados à mulher vítima de violência.

Nas casas que já foram inauguradas, em Campo Grande (MS), Brasília (DF) e Curitiba (PR), funciona uma delegacia da mulher, um juizado de Vara especializada em violência contra mulher, uma promotoria de Justiça, além de locais apropriados para atendimento psicossocial, um alojamento para as mulheres que chegam na casa e locais de capacitação para emprego e geração de renda.

A ex-ministra de Políticas para Mulheres Eleonora Menicucci, que estava à frente do projeto durante o governo Dilma Rousseff (PT), critica a extinção da pasta em que atuava e afirma que o equipamento na capital paulista, por exemplo, se transformou em um "elefante branco".

Ela afirma que a verba para garantir o serviço para as mulheres na capital paulista, de mais de R$ 13 milhões, foi repassado no início deste ano. Em nota, a Prefeitura de São Paulo afirmou que a obra da CMB é de responsabilidade do governo federal e negou que o repasse tenha sido efetuado. 

"O uso do espaço só será entregue para a gestão da Secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo quando ele estiver concluído. O dinheiro para a manutenção da Casa virá do governo federal por meio de um convênio", informou.

Já a assessoria do Ministério de Justiça e Cidadania, à qual a Secretaria está incorporada, foi procurada pela reportagem por e-mail, mas não respondeu até o fechamento desta reportagem.

Propostas

Entre as ações previstas no eixo de Direitos Humanos e Cidadania do Plano Popular de Emergência, da Frente Brasil Popular (FBP) — que é formada por mais de 80 organizações —, está a retomada imediata do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra a Mulher e do programa “Mulher, Viver Sem Violência", além da recriação dos ministérios de Direitos Humanos, Políticas para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial. 

Para Menicucci, as pastas específicas dão "status de nobreza tal como as pautas exigem". Passados mais de um ano do golpe que destituiu a primeira presidenta mulher do país, a ex-ministra avalia que existe um "leque de direitos que foram espancados e rasgados".

Ela assume, no entanto, que o governo Dilma ficou em dívida com as mulheres brasileiras. "Eu, como ministra de Políticas para as Mulheres, por exemplo, na questão do aborto e dos direitos sexuais não avancei, para além de melhorar a qualidade de serviços de aborto legal, fazendo portaria de atenção integral às mulheres em situação de aborto, por causa do Congresso, que é fascista, fundamentalista e conservador", criticou.

O Plano Popular de Emergência é um documento elaborado pelas centrais sindicais, movimentos populares e partidos que compõem a FBP. As entidades pedem também, entre outras medidas, a descriminalização do aborto e regulamentação de sua prática no serviço público de saúde e inclusão de orientações sobre identidade sexual e de gênero na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 

Enquanto o Poder Público segue com atuação limitada, a alternativa encontrada pelas mulheres é o fortalecimento mútuo. Desde que conseguiu sair do relacionamento em que sofria com a violência, Larissa tem reiterado o papel fundamental de uma rede de proteção e acolhida de mulheres. Hoje, ela auxilia uma amiga que passa pelo mesmo processo. 

"Quando você chega neste limite, que é totalmente pessoal, você precisa contar com ajuda. Não adianta querer sair sozinha – como eu quis, como ela [sua amiga] quis e como muitos querem porque têm vergonha, porque acham que se colocou nesta situação… Eu criei a minha mini-rede, mas eu sabia com quem poderia contar naquele momento. De fato, me pegaram pela mão e me tiraram dali", disse a jornalista.



*Nome alterado, a pedido da entrevistada, para preservar sua identidade.


Brasil de Fato

Alcymar Monteiro: "Ela só toca pra cachaceiros"

Foi noticiado ontem que a cantora Marília Mendonça rebateu a cantora Elba Ramalho em público no último domingo (11), durante um show no São João da Capitá, em Recife, em Pernambuco. Elba havia dito que os sertanejos estão “invadindo” as festas juninas e pedido que eles “devolvessem o São João do Nordeste”.

Marília, um dos maiores nomes da música sertaneja da atualidade, disparou: “Vai ter sertanejo no São João sim, viu? Porque quem quer é o público. Então, muito obrigada por me abraçarem. Sei que vocês gostam mesmo é de música boa. Não importa o estilo. A prova está ai, no show hoje”, disse a cantora no palco.

Para uma entrevista em seguida, completou: “A gente fica muito triste pois a música já viveu muita desunião. O sertanejo é tão sofrido para chegar, assim como o forró é. A gente está unindo as coisas, é maravilhoso. Essa mistura de estilos é muito legal. É o que compõe a festa”, completou ela, que agora acaba de ser detonada pelo cantor de forró Alcymar Monteiro, o “Rei do Forró”.

Ele, de acordo com informações do jornal Diário de Pernambuco, teria dito, em um áudio de WhatsApp, que a artista “toca para cachaceiros”. “Essa senhora não tem autoridade para falar nada. Como é que ela vem falar que aqui é lugar de sertanejo? Isso é um ‘breganejo’ horroroso para cachaceiro, para quem não tem identidade”, disparou.

“Quem tá falando é Alcymar Monteiro. Dona Marília Mendonça, você é lá de Goiás. Vá cantar lá no seu Goiás. Não vem encher o saco da gente aqui, não, entendeu? Você vem lá de Goiás invadir nossa praia. Agora vê se a gente canta lá no teu Goiás. Vocês não deixam!”

“Sua música é horrorosa! Você não está com nada, entendeu? Você canta para cachaceiro. Eu canto para família, para as crianças, para os velhos, eu sou descendente de Luiz Gonzaga. Nos respeite, entendeu?”, completou. Depois, em entrevista ao “Viver”, Alcymar disse que ficou bastante incomodado com as declarações de Marília.

“Irritado porque estamos no meio de uma luta pela preservação da nossa cultura (com a campanha Devolva Nosso São João). Ela veio falar mal de Elba, não de uma forma direta, nas estrelinhas, e isso me irritou”, disse.

TV Foco

Eike Batista é condenado a pagar multa de R$ 21 milhões

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) condenou Eike Batista pelo uso de informação privilegiada (insider trading) em processo que investigava venda irregular de ações da OSX, empresa naval do grupo ¨X" e atualmente em recuperação judicial, em julgamento realizado na sede da autarquia nesta terça-feira. A decisão impõe ao empresário multa de R$ 21 milhões. A defesa do ex-bilionário irá recorrer da decisão.

O julgamento teve início em abril deste ano, mas acabou suspenso após o diretor Pablo Renteria pedir vistas do processo. Nesta terça-feira, ele votou pela absolvição de Eike, sustentando que os argumentos de acusação não eram suficientes para provar que o empresário agiu com o objetivo de obter vantagem indevida em benefício próprio ou de terceiros, embora reconheça que, como controlador da companhia e presidente do Conselho de Administração da OSX na época, Eike tinha conhecimento de informação privilegiada.

O processo na CVM trata da venda de ações da OSX realizada em 19 de abril de 2013 e que caracterizaria o crime de insider trading. É que a operação foi realizada anteriormente à divulgação do fato relevante ao mercado informando da alteração do plano de negócios da companhia e das adversidades enfrentadas pelo grupo. Com a venda desses papéis, o empresário teria obtido lucros irregulares. A investigação da CVM motivou a instauração de ação penal contra o empresário na Justiça Federal com o mesmo foco.

— Vamos recorrer ao Conselhinho (Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional). O voto vencido do diretor Pablo Renteria foi contundente em mostrar que Eike Batista atuou de forma a atender uma exigência da BMFBovespa (atual B3). No fato relevante de 17 de maio de 2013, em que foi divulgado o novo plano de negócios da OSX, foi anunciado ainda o aporte de US$ 120 milhões na companhia. Isso não foi sequer mencionado hoje, mas mostra que Eike agiu corretamente — explicou Darwin Corrêa, advogado de defesa do empresário.

MULTA ANTERIOR DE R$ 1,4 MILHÃO

Em março de 2015, o fundador do grupo "X" foi condenado por unanimidade pelo colegiado da CVM em quatro processos relativos a irregularidades envolvendo operações no mercado de capitais em quatro companhias a uma multa total de R$ 1,4 milhão. A defesa do empresário também recorreu dessas decisões ao Conselhinho.

Para o presidente da CVM, Leonardo Pereira, não resta dúvida de que Eike negociou as ações da OSX, na operação realizada em abril de 2013, de posse de informação privilegiada. O controlador havia participado de reunião do Conselho de Administração da empresa quatro dias antes da venda dos papéis, tendo conhecimento de como seria o novo plano de negócios e do prognóstico negativo que abria à companhia, indicando a necessidade de reestruturação com venda de ativos e renegociação societária. Tudo isso afetaria de forma negativa a cotação das ações da companhia, frisou Pereira:

- Argumentos apresentados são incapazes de convencer que sua operação não tenha levado em conta o prejuízo a ser evitado. Se essa venda ocorresse após a divulgação do fato relevante (que só saiu em maio de 2013), é inegável que causaria prejuízos. O mercado não negociou nas mesmas bases informacionais do acusado. Houve uma série de assimetrias.

Darwin Corrêa reafirmou que Eike agiu para cumprir uma exigência da Bolsa e que isso exclui a ilicitude apontada.


Jornal O Globo (Rio)

"É tiro de novo, pai?"

"Escuta esse barulho pai, é tiro de novo, né?! Caramba não vai ter aula, e lágrimas descendo do rosto". O relato é de Fagner França, pai de uma das 8.244 crianças que ficaram sem aula nesta terça-feira (13), devido a operações das polícias Militar e Civil no Complexo da Maré, na Comunidade do Acari e na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro.

O depoimento, publicado no perfil "Maré Vive", no Facebook, emocionou internautas. "Essa é minha filha, mais uma pessoa com a rotina alterada pela operação policial na Maré. Já não bastou uma noite inteira de confronto, e um céu cheio de estrelas vermelhas. Nessa manhã, somos iluminados por um sol de farda escura", desabafou.

Conforme informações da polícia, a operação é contra o tráfico de drogas. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, ao todo 8.244 estudantes do ensino básico não compareceram às escolas, por medida de segurança.

De acordo com a Agência Brasil, no Complexo da Maré, 12 escolas, 4 creches e 5 Espaços de Desenvolvimento Infantil estão fechados, deixando 7.596 alunos fora das salas de aula, devido a ação da Polícia Civil. Na favela de Acari, 429 alunos não puderam sair de casa para assistir às aulas. Já na Cidade de Deus, zona oeste, uma escola, uma creche e um Espaço de Desenvolvimento Infantil estão sem funcionar, prejudicando 648 estudantes.

Notícias ao Minuto (Rio)

Maior hospital universitário do país sofre cortes e pode fechar

“Estamos passando por um descompasso orçamentário grave que está afetando a questão assistencial e o ensino também, porque nós somos um hospital universitário, temos obrigações nos cursos de graduação, residência médica e multiprofissional”, comenta José Roberto Ferraro, Diretor Superintendente do Hospital São Paulo sobre os cortes expressivos que o governo federal realizou na verba repassada ao Hospital São Paulo (HSP/HU/Unifesp).

Destacado como o maior hospital universitário da rede federal, o HSP atende 5 milhões de pacientes da grande São Paulo e de outras cidades. Além disso, também é responsável pela formação de 1.164 alunos da graduação, 2632 alunos da pós-graduação, 1107 médicos residentes e 575 residentes multiprofissionais.

Os números grandiosos que envolvem o hospital já começaram a mudar. Isso porque a unidade de saúde e de ensino sofreu uma grave crise orçamentária não só porque o governo federal cortou verbas, mas também porque encerrou o Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF), que nos últimos três anos havia repassado R$ 55 milhões.

“São dois problemas que nós temos: a gente tem um contrato com o SUS que já não contempla tudo que o hospital atende”, conta o estudante do sexto ano de medicina, Arthur Violante Sapia.

Segundo ele, o HSP tem déficit mensal de R$1,5 milhão no orçamento recebido. “A gente não consegue chegar no fim do dia e falar ‘já estourou o limite, parem de chegar’. Não tem como”.
Crise no atendimento

Os cortes no orçamento do hospital são generalizados e se refletem até na falta de materiais mais básicos, afetando pacientes e estudantes que acompanham a crise diariamente. A administração do hospital decidiu reduzir o atendimento somente para urgências, desmarcando até cirurgias que já estavam agendadas.

“A situação está muito crítica, porque estão faltando materiais como gaze, algodão e por isso até que eles fecharam o pronto-socorro e só estão atendendo casos de extrema urgência. Tem casos em que a família é obrigada a comprar a medicação e trazer, além do remédio, a roupa de cama para colocar no leito “, relata a estudante de enfermagem Bruna Soave.

A operadora de telemarketing, Erica Fernanda dos Santos conta que sua filha mais velha não pôde ser atendida, pois seu caso não foi considerado “grave”: “Eu vim aqui no dia 11 de maio, com a minha filha de 17 anos e não prestaram atendimento. Mandaram eu ir procurar o ambulatório mais próximo. É chato, porque ela chegou num estado muito ruim, com muita falta de ar, chorando e não foi prestado atendimento. A gente fica com as mãos amarradas”, relata Erica.

Os professores e administradores temem que o quadro se agrave ainda mais. “Infelizmente os governantes estão dizendo: vocês se adaptam ao orçamento que têm. Adaptar-se ao orçamento que tem é diminuir”, afirma Ferraro ao fazer referência à resposta do Ministério da Saúde, para quem o HSP já recebe verba suficiente para o atendimento
Manifestação

Estudantes dos cursos de medicina, enfermagem, fonoaudiologia e outros cursos ligados à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e ao Hospital São Paulo (HSP/HU/Unifesp) promoveram uma manifestação na última quinta-feira (8).

Cerca de 400 estudantes distribuíram panfletos à população e caminharam cantando “Ô presidente, presta atenção, a gente quer é saúde e educação” até a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na tentativa de conversar com deputados estaduais e entregar um documento relatando a situação de abandono e desmonte do HSP.

Na chegada à Alesp os estudantes foram revistados pela Polícia Militar, que impediu que eles entrassem com instrumentos musicais e faixas, que foram guardadas no gabinete do deputado estadual Carlos Neder (PT), que compõe a Comissão de Saúde da casa.

“Assumi o compromisso de levar o documento para apreciação das Comissões de Saúde, de Ciência e Tecnologia e de Educação. Além disso, vamos solicitar para os líderes dos partidos ajudarem na construção de uma reunião conjunta entre os servidores do HSP, o presidente Michel Temer, os ministros da Saúde [Ricardo Barros], da Educação, e de Ciência Tecnologia e o governador do estado [Geraldo Alckmin] e secretários envolvidos com a pauta”, afirma Neder.

Brasil de Fato