A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) deverá dobrar sua média de faturamento nos próximos quatro anos, alcançando a marca dos R$ 2 bilhões. A meta foi divulgada hoje (5), durante a cerimônia de posse da nova diretoria da empresa. Reconduzido ao cargo que ocupa há quatro anos, o presidente da Compesa, Roberto Tavares, destacou que o objetivo da companhia é consolidar e ampliar sua capacidade de investimento e melhorar ainda mais a prestação de seus serviços para os pernambucanos. A solenidade contou com a presença do secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, e do prefeito do Recife, Geraldo Júlio.
A nova meta de faturamento da companhia foi calculada com base nos resultados alcançados no último governo, quando a empresa conseguiu sair de uma média de faturamento de R$ 500 milhões para R$ 1,120 bilhão nos seis primeiros anos da gestão. Agora, o desafio também é duplicar esse montante, porém num espaço de tempo ainda menor. “Precisamos ser uma empresa que vai dobrar seu faturamento mais uma vez. Vamos faturar R$ 2 bilhões e dessa vez em quatro anos, em menos tempo temos que fazer mais”, destacou o presidente Roberto Tavares. Segundo ele, será possível alcançar o número a partir de uma gestão inovadora e de uma política de eficiência dos gastos. “Temos que ter eficiência para gerar lucro e para que ele seja reinvestido para as populações mais carentes”, observou.
Ampliar a capacidade de investimentos também está no escopo da nova diretoria. Há oito anos, a Compesa saiu da média de R$ 80 milhões de investimentos ao ano para R$ 500 milhões, resultado da política do governo anterior que decidiu apostar na melhoria da infraestrutura e dos serviços de saneamento. Obras de abastecimento de extrema relevância, como o Sistema Pirapama e a Adutora do Agreste, e a própria Parceria Público-Privada do Saneamento, o Programa Cidade Saneada, ajudaram a elevar esse índice. “Tivemos picos nessa média de R$ 735 milhões, em 2013, e de R$ 600 milhões, em 2014. Estamos contando com o apoio incondicional do governo do estado e tenho certeza, pelas diretrizes que foram colocadas pelo governador Paulo Câmara, que continuaremos sendo aguerridos na captação e execução desses investimentos”, vislumbrou o presidente. Em 2015, a Compesa deverá investir mais de R$ 100 milhões apenas com recursos próprios.
Atualmente ocupando a nona posição entre as empresas que mais faturam no Brasil e a quarta entre as que mais investem, a Compesa pretende galgar colocações nesse ranking a partir da ampliação da habilidade de transformar recursos em obras que sirvam à população. É o caso da Adutora do Agreste, um empreendimento de mais de R$ 2 bilhões que já está com mais da metade dos recursos contratados. “Estaremos procurando, ainda este mês, o Ministério da Integração Nacional para conveniar a segunda etapa da Adutora do Agreste, que é mais de R$ 1 bilhão. Com essa obra, vamos atender a dois milhões de habitantes de 68 municípios numa região que tem o pior balanço hídrico do país”, adiantou Tavares. Também em 2015, o Programa Cidade Saneada, que já está com obras em curso em São Lourenço da Mata, deve chegar a Paulista, totalizando um investimento de R$ 400 milhões.
Nova direção – Todos os sete diretores que tomaram posse hoje já possuem experiência de gestão na Compesa. O diretor de Gestão Corporativa, o administrador e ex-secretário da Fazenda e Administração Décio Padilha, retornou à empresa, onde já foi diretor Comercial e de Atendimento, cargo ocupado hoje pelo engenheiro civil e compesiano Rômulo Aurélio. A diretoria Regional do Sertão está sendo assumida pelo engenheiro eletricista Carlos Eduardo Maia e a Regional Metropolitana, pelo engenheiro civil Fernando Lôbo. As diretorias do Agreste e Matas e de Novos Negócios continuam sendo gerenciadas pelos engenheiros civis Leonardo Selva e Ricardo Barretto, respectivamente.
Ao transmitir sua mensagem aos demais diretores e ao público, o presidente Roberto Tavares ressaltou a importância de buscar o constante aperfeiçoamento para que novas metas possam ser superadas. “Temos que ter a capacidade de nos reinventar, de sonhar ainda mais alto e de não permitir que a acomodação tome conta nem dos diretores, que agora assumem um novo ciclo, nem de nenhum gestor e nem de nenhum colaborador da casa. Nós precisamos ter essa capacidade de nos reinventar porque ainda temos um longo percurso a percorrer”, afirmou.
O discurso foi endossado pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, que pontuou a importância da vinculação da Compesa à secretaria, que passou a incorporar os setores de recursos hídricos e naturais e de energia. “A água é um insumo fundamental para qualquer atividade humana. Então, nada mais lógico que a Compesa integre os primeiros momentos do planejamento, seja na atração de investimentos ou no desenvolvimento urbano e na formação de novos pólos no estado”, declarou. Para o secretário, o alto nível do corpo funcional da Compesa aliado ao know how no setor de saneamento poderão fazer com que a empresa se torne uma agente de desenvolvimento no futuro. “A Compesa tem condições de ser mais que uma prestadora de serviços e passar a ser agente econômico de desenvolvimento. A empresa já possui os melhores profissionais da área e sabe buscar novas parcerias e fontes de financiamento. Portanto, está habilitada para isso”, analisou o secretário.
O prefeito do Recife, Geraldo Júlio, que já foi funcionário da Compesa, também destacou a qualidade dos serviços prestados pela companhia e os benefícios que as obras de saneamento têm trazido para a saúde da população. O prefeito também reconheceu a dificuldade de implantar sistemas de água e esgoto, que são de grande complexidade, em cidades que não foram planejadas, como é o caso do Recife, e sugeriu a ampliação das parcerias com os municípios para melhor executar essas intervenções. “A Compesa foi criada para levar qualidade de vida para os pernambucanos e quem espera por isso é o povo mais pobre desse estado. É com esse objetivo que, em nome dos prefeitos, nosso desejo é aprofundar as parcerias com essa empresa”, finalizou Geraldo Júlio.
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