segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Medalha de mérito Advogado Flávio Queiroz vai ser entregue nesta terça (26)

Considerado uma das maiores autoridades do país no mundo jurídico, o advogado e fundador do escritório pernambucano Queiroz Cavalcanti Advocacia, Flávio Queiroz (na foto - in memorian), tem nome emprestado para a medalha de mérito advocatício do Instituto de Advogados de Pernambuco (IAP). A instituição está completando 165 anos de fundação e a homenagem será entregue nesta terça-feira (26/09) a advogados e operadores de Direito, que se destacaram no mundo jurídico. De iniciativa também do Colégio de Presidentes dos Institutos de Advogados do Brasil, a solenidade ocorrerá às 16h, no Salão Nobre da Faculdade de Direito do Recife, na Boa Vista.

Vida e Obra - Flávio Queiroz também foi procurador do Banco Central e do Estado de Pernambuco. Era membro-fundador do Instituto Brasileiro de Direito do Seguro (IBDS) e foi professor de diversas faculdades de Direito, como a da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), além de autor de vários livros. Ele morreu em agosto de 2013, aos 48 anos, em São Paulo. Escreveu diversos artigos e livros jurídicos, era formado pela Faculdade de Direito da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, onde lecionava Direito Civil pelo Departamento de Teoria Geral do Direito e Direito Privado.

Lançado hoje relatório da Comissão da Verdade em Pernambuco

A consciência de justiça, a luta pela verdade, pela liberdade e, acima de tudo, o fortalecimento do Estado democrático. Esses são alguns dos valores presentes no Relatório Final da Comissão Estadual da Memória e da Verdade Dom Helder Câmara (CEMVDHC) entregue, nesta segunda-feira (25.09), ao governador Paulo Câmara, durante solenidade no Palácio do Campo das Princesas. O documento, que ajudou a elucidar episódios de tortura durante a ditadura militar, entre os anos de 1946 e 1988 - por motivação política em Pernambuco ou contra pernambucanos em outros territórios -, também aponta para o futuro, uma vez que contribui para que casos como esses não se repitam. Ao todo, foram dedicados cinco anos para a finalização do material, que está dividido em dois exemplares.

O chefe do Executivo estadual também pontuou o esforço e empenho dos membros da Comissão da Verdade. “Registro o meu reconhecimento aos membros da Comissão por todo o zelo, todo o desprendimento cidadão que os levou a cumprir essa árdua missão em paralelo às múltiplas atividades que já preenchem o dia a dia de cada um”, completou.

Criada pela Lei 14.688, de 1° de junho de 2012, sancionada pelo ex-governador Eduardo Campos, a CEMVDHC tem entre seus membros os advogados Humberto Vieira de Melo e Gilberto Marques; as historiadoras Vera Lúcia e Socorro Ferraz; o cientista político Manoel Moraes; a socióloga Nadja Brayner; o ex deputado estadual José Áureo; e o coordenador executivo do grupo, Fernando Coelho.

Para a realização do trabalho foram reunidos mais de 70 mil documentos e colhidos 157 depoimentos em 50 sessões públicas e 40 reservadas. O Primeiro Volume contém textos informativos sobre como foi planejado o trabalho da CEMVDHC, desde sua criação, organização, planejamento estratégico e metodologia; além dos relatos das histórias de vida e as circunstâncias das graves violações cometidas contra 51 mortos e desaparecidos políticos, vítimas da repressão, com biografias sistematizadas por Organização Política.

O Segundo Volume trata das dificuldades da construção da democracia no Brasil e da repercussão desses fatos em Pernambuco; da intervenção do capital externo nas eleições de 1962; e da marcha e concretude do golpe militar: o desmonte da “intervenção planejada” e a repressão em Pernambuco. O Relatório expõe, ainda, as graves violações aos direitos humanos em Pernambuco nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; nos meios sociais urbanos, nos meios culturais e educacionais, nos meios de comunicação e no âmbito das religiões.

A narrativa, que pretende ser uma referência sobre os direitos humanos, aponta, por fim, a responsabilização pelos atos criminosos abordados, indicando suas conclusões e recomendações. Os anexos contidos no segundo volume contêm também relações de processos, resumos das atas de reuniões, relações das audiências e inventário do acervo físico da Comissão.

A entrega do Relatório Final da Comissão da Verdade, para José Almino de Alencar - filho do ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes (deposto pelo regime autoritário em 1964) – é uma celebração da inauguração de um monumento escrito, dedicado à memória daquelas vitimas que tiveram seus direitos violados durante a ditadura militar, ao mesmo tempo que evoca uma parte da história do Estado. “Essa é uma história rica, singular e importante. E é baseado nesse sentimento dessas pessoas que fazem parte da Comissão da Verdade que ainda nos mantemos esperançosos no nosso País e ainda acreditamos no povo brasileiro”, registrou.

Ao ressaltar a importância da entrega do documento, Camila Capistrano, filha de David Capistrano - dirigente do Partido Comunista Brasileiro (PCB) desaparecido em 1974 - e representante dos familiares dos mortos e presos políticos, registrou que o documento terá uma maior relevância se, de fato, chegar nas mãos da sociedade. “O relatório precisa chegar às nossas escolas, estar dentro das nossas salas de aula e em cada um dos cidadãos que compõem o nosso País e que, enquanto crianças e adolescentes, são o nosso futuro. Somente assim nós teremos uma importância desse documento”, pontuou.

Estavam presentes na solenidade o diretor do Arquivo Público do Estado, Félix Filho; o presidente da CEPE, Ricardo Leitão; Carlos Soares, representando o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pernambuco, Ronnie Duarte; Silvio Romero de Barros, representando o reitor da Universidade Federal de Pernambuco, Anísio Brasileiro; o reitor da Universidade Católica de Pernambuco, Padre Pedro Rubens; o procurador federal Alfredo Gonzaga; o presidente do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra em Pernambuco, Jaime Amorim; o filho do ex-presidente João Goulart, João Vicente Goulart; além de várias outras autoridades.

ACESSO AO CONTEÚDO - Todo o material reunido pela CEMVDHC será disponibilizado, já a partir desta segunda-feira (25.09), para acesso irrestrito e gratuito no Arquivo Público do Estado e pelos sites www.comissaodaverdade.pe.gov.br e www.acervocepe.com.br.


Secretaria de Imprensa de Pernambuco

Para o Dia das Crianças, o Extra traz ofertas e viagem para Buenos Aires

Com o estoque já preparado para comemorar o Dia das Crianças, o Extra traz oportunidades imperdíveis e condições de pagamento especiais para quem quer presentear os filhos, sobrinhos e amigos. De 22 de setembro a 15 de outubro, todos os brinquedos podem ser pagos em até 12 vezes sem juros no cartão Extra ou em até quatro vezes sem juros nos demais cartões. Além disso, todas as bicicletas, bolas e brinquedos radicais, como patins, skates e patinetes, estarão com 20% de desconto nos cartões Extra.

Além das ofertas, o Extra também preparou uma promoção especial para os clientes. A cada R$ 60 em compras de produtos participantes licenciados Disney (brinquedos, bicicletas, skates, livros, moda infantil, chinelos), o cliente ganha um número da sorte para concorrer a quatro viagens para Buenos Aires, na Argentina, com três amigos. Para se cadastrar e consultar o regulamento e condições de participação da promoção, acesse www.extra.com.br/criancas2017.

No e-commerce da marca, a campanha de Dia das Crianças é válida até a data comemorativa (12/10) e as ofertas promocionais podem ser encontradas em um dos banners principais da página inicial do site. A ação conta com até 45% de desconto para mais de 500 produtos e parcelamento em até 14 vezes sem juros com o cartão Extra. Além disso, com o serviço “Retira Rápido” é possível comprar pela internet e retirar o pedido gratuitamente a partir de dois dias - após a aprovação do pagamento - em lojas físicas do Extra (hipermercado, supermercado, minimercado, posto e drogaria), da Casas Bahia, do Pontofrio e do Minuto Pão de Açúcar em todo o Brasil.

Confira algumas das oportunidades que estão disponíveis nas lojas de hipermercado de todo o País:


· Carro Hot Weels - R$ 9,90

· Boneca Mimi Baby - R$ 12,90

· Spinner com 1 rolamento – R$ 15,90

· Bola Penalty Player campo, society ou futsal – R$ 64,90

Pagando com cartão Extra – R$ 51,92

· Skate Marvel – R$ 99,90

Pagando com cartão Extra – R$ 79,92

· Patinete Skatenete Max – R$ 139,90

Pagando com cartão Extra: R$ 111,92

· Bicicleta Vingadores Hulk aro 16 – R$ 619,90

Pagando com cartão Extra: R$ 495,92

A poesia urbana de Valmir Jordão

Um pernambucano finaliza a agenda de setembro do “Palavração - O Ano das Lágrimas da Chuva”, nesta terça-feira (dia 26), às 15h30, na Biblioteca Pública do Estado, em Santo Amaro, no Centro do Recife. O encontro do projeto, que antecipa as ações da Bienal de Pernambuco, traz agora um bate papo entre o poeta urbano Valmir Jordão com Fernando Monteiro que vão traçar novos olhares sobre a poesia independente, conduzida por uma geração de escritores considerados boêmios, que saíram ganhando notoriedade desde os tempos dos movimentos literários do Recife do final dos anos 70. E com isso haverá a oportunidade de proporcionar aos amantes da poesia aprofundamento a outra perspectiva poética, que, apesar de antiga, não alcança muitas vezes o grande público. “Poesia -- lato sensu -- não vem a significar apenas expressão através do verso. Poesia é POESIS: a forma de criar imagens que, às vezes, valem (ou querem transmitir) tudo que está nas trezentas páginas de um romance, por exemplo. Porém, ao mesmo tempo não é só uma diferenciação em termos de extensão ou de mera síntese. Já foi dito, uma vez, que ‘poesia é tudo que não é prosa’ (e isso é uma verdade mais que óbvia ou mais ou menos ‘engraçada’)”, destaca Fernando Monteiro, escritor, poeta e cineasta que comanda a agenda.

Poeta, compositor, performer e oficineiro, Valmir Jordão nasceu no Recife e integra o grupo de poetas boêmios no qual se encontram nomes como Marcelo Mário Melo e Xico Sá. Filiado a UBE - União Brasileira de Escritores, colaborou com diversos fanzines na cena pernambucana (como Balaio de Gato, Folha ao Vento e Poesia Descalça), organiza atualmente o “(poesia) Marginal Recife”, pela Editora Escalafobética, que reúne textos de outros poetas deste movimento de escritores independentes como Jorge Lopes e Samuca Santos. Com trabalhos que circulam muito no meio sindical, estudantil e popular, o escritor encerra a programação do mês do “Palavração” com uma boa roda de conversa sobre esse outro lado da poesia.

Em tempo, o escritor premiado e homenageado da XI Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, Fernando Monteiro ainda realiza na ocasião o lançamento da nova edição do seu “Mattinata”, livro lançado em 2012, e reeditado novamente numa co-edição de Nephelibata Edições (SC) e Edições Sol Negro (RN), e esgotado em pouco tempo na época. Formado por esses três poemas narrativos longos: Mattinata, Escritos no Túmulo e E para que ser poeta em tempos de penúria? O título, que em italiano remete ao período da manhã, remete-se a isso nos primeiros trechos do primeiro poema: “Primeiros sinais da manhã na madrugada ainda de mão fechadasobre a garganta das árvores” (página 09).

Esses três poemas longos com 49 páginas em Mattinata e 11 páginas aproximadamente em Escritos no Túmulo e E para que ser poeta em tempos de penúria? prosseguem uma meditação iniciada pelo seu autor com o seu “Vi uma foto de Anna Akhmátova” (Fundação de Cultura Cidade do Recife, 2009). E cada um dos poemas traz as suas peculiaridades que o público poderá conferir pessoalmente durante o lançamento nesta terça-feira (26), com o próprio Fernando Monteiro também com momento de sessão de autógrafos. O primeiro desenvolve em linhas gerais o tema das horas finais de uma relação amorosa, enquanto o segundo recua para um tempo de longíquo retratando reflexões da civilização em trechos escritos em caixa alta: “DO PAÍS DA MIRRA AROMÁTICA E DOS MARFINS TÃO ALVOS QUANTO O BRANCO RISO DO ESCRAVO DE OPACOS JOELHOS LACERADOS NOS DECUMANI, PODIA VIR A SURPRESSA DE VER A PRÓPRIA SEPULTURA MUITO ANTES DO TEMPO QUE DEVOROU IGUALMENTE A ROMA IMPERIAL E A BEÓCIA EXTRA-MUROS” (página 54). E, por fim, esses ecos reflexivos que mostram a vulgaridade da sociedade no texto anterior se desdobram no terceiro poema “E para que ser poeta em tempos de penúria?”, a partir de uma espécie de elegia em torno da morte do poeta Roberto Piva, em 2010.

Promovido pela Ideação com incentivo do Funcultura, o “Palavração” com Valmir Jordão acontece nesta terça (dia 26), às 15h30, na Biblioteca Pública do Estado, localizado na Rua João Lira, ao lado do Parque 13 de Maio, em Santo Amaro. Além do bate-papo presencial, o diálogo pode ser conferido ainda através de transmissão ao vivo, via streaming, pela fanpage da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco: https://www.facebook.com/BienalPernambuco/. E na sequência, Fernando Monteiro realiza o lançamento e a sessão de autógrafos.



SERVIÇO

Palavração - “O Ano das Lágrimas da Chuva!” com Valmir Jordão
Quando: Terça, dia 26 de setembro, às 15h30.
Onde: Biblioteca Pública do Estado (Rua João Lira, s/n, ao lado do Parque 13 de Maio, Santo Amaro)

Informações e Transmissão ao vivo: https://www.facebook.com/BienalPernambuco/


Com informações da jornalista Ivelise Buarque

#AnaDeFerro: Produtor e diretor teatral faz uma análise do espetáculo

O texto a seguir é de Jorge de Souza, produtor e diretor teatral, que assistiu o encerramento da temporada da peça Ana de Ferro - Rainha dos Tanoeiros do Recife: 

Tive o prazer de assistir sábado (23), o último espetáculo da primeira temporada de Ana de Ferro, peça que narra um momento crucial na história de Pernambuco, dando sequencia a trilogia iniciada com a genial Senhora de Engenho, ajudando, mesmo com alguns momentos de licença ficcional, a compreensão do Brasil Colonia. Ana não é teatro como a anterior, é simplesmente um espetáculo com grandes acertos e momentos de justos aplausos, como é o caso da trilha e sua cantora, as presenças marcantes de Geraldo Cosmo e Pedro Dias , o figurino, o cenário e as marcas, linda a cena de Ana dançando ao som do atabaque, linda a morte do pastor, a morte do inspetor numa coreografia genial de capoeira, dando um desconto no texto, que, as vezes fica discursivo, a direção se sobressai em crescente, nunca deixando a monotonia surgir, o tempo é perfeito, terminamento certo. A protagonista consegue atravessar todo o ESPETÁCULO, do inicio a termino, quase sem sair de cena, com bastante fôlego e determinação, todas as mulheres estão afinadas, belas em cena! O elenco masculino mais jovem mostram que tem capacidade para estarem mais afiados numa próxima e aguardada temporada. Parabéns ao menestrel, e ao processo quase cinematográfico das cenas bem urdidas! São em momentos como este que a grandeza do fazer teatro mostra o quanto seu poder é eterno. 

Jorge de Souza 
ator, diretor de teatro e cinema, professor,produtor cultural e diretor da Casa da Cultura.

Presidente da Compesa critica falta de enfrentamento aos problemas de Saneamento por parte do Governo Federal.

O presidente da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) e da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Roberto Tavares, participou ontem (21), em Brasilia, da primeira reunião realizada pelo Ministério das Cidades com vistas a revisão do Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB). 

Apesar de parabenizar a iniciativa do MCidades, Tavares teceu duras críticas à falta de enfrentamento aos problemas estruturais do setor de Saneamento por parte do Governo Federal. Dentre os pontos abordados pela Aesbe, Tavares destacou o cenário exageradamente otimista que foi adotado pelo PLANSAB, que previu um crescimento anual do PIB de 4% anuais, quando os índices registrados foram de -3,8% e -3,6 %, nos dois últimos anos, e a falta de previsão legal para a garantia de recursos onerosos e não onerosos para investimento perene que viabilize a melhoria e a universalização dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário. 

Roberto Tavares também alertou sobre o que considera a confusão do arranjo institucional do setor de saneamento. “A competência é do município, a gestão delegada aos Estados e o dinheiro para investimento concentrado no Governo Federal. A necessidade de negociar com milhares de municípios e o risco de se ter milhares de Agências Reguladoras e contraproducente”, questiona o titular da entidade. Segundo ele, esse cenário jamais permitirá a segurança jurídica nem eficiência para os prestadores, independente de serem públicos ou privados. Tavares deixou claro no encontro que a Aesbe defende a prestação regionalizada dos serviços, garantindo economia de escala e o subsídio cruzado para permitir o equilíbrio das contas do prestador em municípios rentáveis e não rentáveis.


Imprensa Compesa

HMA abre inscrições para Encontro de Serviço Social








Estão abertas as inscrições para seu II Encontro de Serviço Social, que se realiza no próximo dia 8 de novembro, no Auditório Alice Figueira, no IMIP. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo endereço eletrônico seminariohma@gmail.com . Este ano, o tema do encontro será “As interfaces e desafios dos Serviços de Saúde e da Assistência Social no Atendimento à População em Situação de Rua na RMR”. Mais informações pelos telefones (81) 3181.9814/ 3181.9816.

Com informações da jornalista Iana Gouveia

Brasília: Ajude Gabriel, menino que ficou em estado vegetativo após acidente

Gabriel Barros Monteiro, 12 anos, vive acamado em um apartamento de 50m² no Riacho Fundo II desde que um acidente de carro, em outubro de 2014, o deixou em estado vegetativo. Perdeu a locomoção, a fala e respira por uma traqueostomia — abertura de orifício na traqueia por onde o ar entra através de uma cânula.

A situação demanda acompanhamento integral da mãe, a dona de casa Valdete Barros, 40 anos, e esconde outro drama: a crise financeira da família e a falta de itens imprescindíveis para mantê-lo vivo, como fraldas, sondas de aspiração, remédios e leite.

Somente a despesa por causa do alimento representa, mensalmente, o equivalente ao Benefício da Prestação Continuada (BPC), de R$ 937, que a família recebe do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O produto custa, em média, R$ 90 (lata de 900g) e dura três dias. O menino precisa de pelo menos 10 por mês. E mais: a mãe tem de arcar com a prestação do apartamento e a taxa de condomínio, que somam (R$ 770).

Nos primeiros meses após o acidente, segundo a dona de casa, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) fornecia o leite, pelo Núcleo Regional de Atenção Domiciliar (NRAD). Porém, houve constantes trocas e Gabriel não se adaptou aos novos suplementos alimentares. “A secretaria mudou o produto fornecido três vezes. Meu filho teve reação alérgica a todos: tosse, vômito e diarreia”, reclama.

Ela acrescenta que obtém os remédios pela rede pública sem transtornos. No entanto, acrescenta que a falta de fraldas e sondas de aspiração no núcleo é recorrente. A pasta contesta: afirma ao Metrópoles que fornece a fórmula especial prescrita pelo médico e que a rede está abastecida dos insumos.

Além de itens básicos, o menino carece de atendimento médico em casa. Por falta de fisioterapia pulmonar, ele desenvolveu atelectasia — colapso completo ou parcial de um pulmão ou de um lóbulo, o que prejudica a respiração. Também não recebe assistência de fonoaudiólogo nem tem dinheiro para bancar a polissonografia (R$ 700) — também conhecida como “exame do sono”, que ajuda no monitoramento e detecção de problemas pulmonares.

Os donativos obtidos por meio das campanhas pelas redes sociais atenuam o desespero da família. Entretanto, não bastam para Valdete fechar o mês com as contas no azul. Ainda assim, ela concentra esforços para quitar, com prioridade, a fatura de luz. Isso porque Gabriel utiliza, constantemente, um aspirador, que retira secreções do aparelho respiratório e, assim, diminui o risco de paradas respiratórias. Sem energia, o equipamento não funciona.

“Funcionários da Companhia Energética de Brasília (CEB) já vieram cortar a luz várias vezes. Mas sempre acho um jeito de pagar”, conta. Por causa do arrocho financeiro, novas peças de roupas só entram nos armários de Valdete e da filha, Waleska Barros, 18, por meio de doações.

Depois do acidente, Valdete teve de abrir mão do emprego em uma clínica odontológica de Taguatinga, onde recebia R$ 8 mil mensais, para se dedicar exclusivamente aos cuidados do filho. Vendeu o único carro que tinha. Por isso, o transporte de Gabriel para as consultas médicas ocorre graças a amigos.

O drama da família deve amenizar nesta semana. Isso porque a Justiça determinou que a SES-DF deposite R$ 3,5 mil na conta bancária de Valdete, para o custeio de fraldas até setembro do ano que vem. A pasta afirmou que o repasse ocorrerá conforme a decisão judicial. Apesar disso, não há previsão para sanar a falta de atendimento médico domiciliar (home care).

Quando a mãe de Gabriel precisa sair do apartamento para resolver problemas pessoais, ela deixa o filho sob cuidados da irmã dele ou de uma vizinha, a vendedora autônoma Cleudiane Rodrigues, 37. Antes do acidente, a mulher apenas cumprimentava a mãe do garoto, nos corredores do prédio. Mas, após a batida, Cleudiane se sensibilizou com a situação do garoto e se dispôs a cuidar dele.

“A Valdete me ensinou tudo sobre os cuidados com o Gabriel: trocar fralda, dar banho, alimentá-lo”, conta. A vizinha não cuida apenas do garoto, mas da mãe dele. “Uma vez ela adoeceu e eu cuidei dos dois.”

A família também recebe amparo de Francimeire Sampaio, 39. Ela recolhe doações por meio da Associação Meire Fraternidade de Ajuda aos Pobres e Necessitados, localizada em Ceilândia Sul.

Acidente
Em 30 de outubro de 2014, as vidas de Valdete e Gabriel sofreram reviravoltas. Naquele dia, ela levava o filho a escola quando bateu carro contra um poste, na via leste de Ceilândia Sul, por causa de uma fechada de um caminhão. A mulher escapou ilesa do acidente. Porém, o garoto, que ocupava o banco traseiro, sofreu traumatismo craniano grave e perda de massa encefálica. Ficou em estado vegetativo.


“O Gabriel era um menino arteiro, cheio de energia, brincava bola e amava andar de skate. Também lutava karatê e jogava capoeira”, descreve.

Logo após a batida, uma militar do Corpo de Bombeiros do DF, à paisana, prestou atendimento. “Tenho certeza de que, se não fosse ela, o Gabriel não iria sobreviver até a chegada do socorro”, relembra. Os bombeiros levaram o menino para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Na sequência, Gabriel foi transferido de helicóptero para o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF).

Na unidade, referência em trauma e cirurgias em Brasília, um médico desenganou Valdete. O doutor, segundo ela, falou que não valia à pena operar o menino. Alegou que ele não resistiria. O menino deixou a UTI do HBDF após quatro meses e, em fevereiro de 2015, retornou para casa.

O que doar
– Leite em pó Pediasure (lata de 400 g ou 900 g)
– Fralda geriátrica tamanho M ou G
– Sonda de aspiração traqueal nº 12
– Gaze
– Produtos de higiene pessoal – sabonete, xampu, talco, lenços umedecidos, hidratante, pomada para assadura

Ajuda financeira
Doações financeiras podem ocorrer por meio de conta bancária:

Caixa Econômica Federal
Agência: 4331
Conta poupança: 25565-6
Operação: 013

Titular: Valdete Barros Monteiro
CPF: 806.109.941-15

Onde entregar
Os donativos podem ser entregues, diretamente, na casa da família, na QN5 A conjunto 8 lote 3 bloco F apartamento 204 condomínio 11, no Riacho fundo ll. Ou na Associação Meire (QNP 16 conjunto F casa 2), em Ceilândia Sul.

Valdete também abre as portas do próprio lar para interessados em conhecer melhor a história de Gabriel.

Mais informações sobre as doações pelos telefones (61) 98623-9410 (Meire Sampaio) e (61) 98402-6922 (Valdete Barros).

Portal Metrópoles (DF)

XI Bienal Internacional do Livro de Pernambuco apresenta programação completa amanhã (26)

O tradicional casarão solar Francisco Ribeiro Pinto Guimarães, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), que hoje é a sede da Representação Regional Nordeste do Ministério da Cultura (MinC), será o palco na próxima terça-feira (26), às 10h, da apresentação para a imprensa da programação da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, que nesta sua décima primeira edição chega repleta novidades. Homenageando os escritores Fernando Monteiro (vencedor do I Prêmio Pernambuco de Literatura com o romance "O livro de Corintha") e Lima Barreto (in memoriam), este que e considerando o maior evento literário do Nordeste e um dos três principais do país, traz novas plataformas, oportunidades, parcerias e olhares sobre a literatura e a leitura.

Com o tema “Literatura, Democracia & Liberdade”, as discussões ganham adesão de grandes nomes da literatura contemporânea que colocam essas temáticas como foco em máster class, palestras e mesas de debates, além de diversas atividades que integram a programação do evento ao longo de 10 dias. Em destaque temos a escritora e ensaísta paulista Walnice Nogueira Galvão, a historiadora e antropóloga paulista Lilia Schwarcz, o pernambucano Ronaldo Correia de Brito, o tradutor e professor paranaense Caetano Galindo, entre muitos outros.

Com o incentivo do Funcultura e os apoios da CBL – Câmara Brasileira do Livro, MEC, Fundação Joaquim Nabuco e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, Editora Massangana e da UBE, a Bienal Internacional do Livro de Pernambuco 2017 é realizada pela Cia. de Eventos em parceria com a Ideação. Lançamentos, oficinas, minicursos, palestras e discussões variadas integram assim a programação completa do evento que promete deixar mais uma vez sua marca com a presença de profissionais, pesquisadores, escritores e nomes expressivos do mundo das letras e da literatura contemporânea. 


Com informações das jornalistas Ivelise Buarque e Juliana Isola

Temer recua e revoga o decreto do RENCA

Após um dos piores passos políticos de Temer, o decreto presidencial que liberava a exploração da Reserva do Cobre e Associados (RENCA). Com aprovação mais baixa da história no mundo, o governo pós-golpe com 3% de aprovação, tentou um passo largo demais para as próprias pernas políticas, para satisfazer os financiadores do golpe parlamentar de 2016.

A região contam com 4 milhões de hectares de reservas estratégicas de cobre e outros minerais, incluindo ouro. A área foi instituída por decreto presidencial durante a ditadura militar e sua abertura à exploração foi alvo de ação popular na TRF de Distrito Federal, onde o decreto de Michel Temer havia sido cancelado.

Com o cancelamento, o governo deve fazer uma discussão pública sobre a reserva, para posteriormente propor uma lei no congresso nacional.

A Postagem - Fábio St Rios

Hospital das Clínicas pode entrar em greve ainda hoje

Na última terça (19) em assembleia do Sindisep-PE no Hospital das Clínicas da UFPE, os empregados da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) discutiram sobre os processos de negociação salarial com o governo que, desde o ano passado estão parados e com perspectiva de zero reajuste salarial. Os trabalhadores então reunidos decidiram pela greve que está prevista para ser decretada ainda hoje. A greve da Ebserh está sendo deflagrada nacionalmente. A greve possui caráter legal e se manterá até que haja novas negociações com ganhos pertinentes para a categoria.

Brasil de Fato PE