sábado, 4 de março de 2023

#OBlogExplica Escravidão X Analogia à Escravidão

 

Uma das maiores vergonhas nos dias atuais aqui no Brasil foi a descoberta de que trabalhadores nordestinos (a maioria originária da Bahia) estavam em um regime análogo à escravidão em vinícolas no interior do Rio Grande do Sul, fabricantes de marcas bem conhecidas de vinho . E pra piorar, nos últimos anos, o número de trabalhadores nessa situação aumentou consideravelmente

A sociedade brasileira, claro, reagiu com indignação a tudo isso. Inclusive o Senado Federal. E, como a gente está com um Governo Federal de Verdade, o Ministério dos Direitos Humanos já está solicitando ações imediatas contra o trabalho escravo no Sul do País.

E o pior, muitos desses trabalhadores eram espancados, de acordo com denúncias, e tipo, os trabalhadores sulista comentaram que isso não acontecia com eles. Em meio à violência, bradavam: "Baiano bom é baiano morto" e "Acorda, demônio, vai trabalhar".

O pior é que esse tipo de coisa não acontece apenas no Rio Grande do Sul. O trabalho escravo no Brasil atual é uma violação grave dos direitos humanos. Mais de 60 mil pessoas foram vítimas desse crime nas últimas duas décadas. Minas Gerais, Goiás e Bahia foram os três estados que concentraram o maior número de operações de fiscalização e resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão em 2022.

A maior tristeza nisso tudo é a constatação de que o Brasil é um país terrivelmente escravocata. Oficialmente, o Brasil assinou a Lei Áurea em 13 de maio de 1888, mais de 300 anos depois de instituir o sistema no Brasil, ainda na colonização. E um item a mais nessa vergonha: o País foi o último no Ocidente a libertar os escravizados.

Embora a ONU proíba veemente a escravidão no mundo, e o Brasil tenha legislações para combater os trabalhos forçados, como o Código Penal, por exemplo, sabemos que a mentalidade escravocata vai demorar a ser combatida, e isso podemos ver nos afrodescendentes, que são maioria nas prisões, nas favelas e nos trabalhos precarizados.

Ativista Paulo Galo denuncia tortura em SP

O ativista Paulo Galo, que representa os entregadores de moto, denunciou em seu Twitter que foi detido por policiais, e segundo o ativista, fora "espancado e queimado" em uma delegacia. Isso teria ocorrido há duas semanas e Galo encerrou sua postagem assim: "Essa é pra aqueles que acham que nós erramos em queimar aquela estátua, se nóis (sic) tivéssemos errado, não tinha tanto inimigo de cara feia". Em julho de 2021, Galo e outros ativistas queimaram uma estátua em homenagem ao bandeirante escravagista Borba  Gato. O ativista recebeu mensagens de solidariedade de políticos, jornalistas e militantes de esquerda.



Veja as mensagens de solidariedade a Galo:

#OBlogExplica A importância das Vacinas

Esta semana o Brasil lançou o Movimento Nacional pela Vacinação, uma campanha que tem como principal objetivo retomar índices altos de coberturas vacinais no Brasil, que estão em declínio há seis anos - não por acaso, entre os anos de 2016 a 2018 e os anos de 2019 a 2022.

Além da retomada das campanhas, até o Zé Gotinha - que andava sumido - o simpático personagem nascido lá nos anos 1980, no Governo Sarney, voltou com tudo. O próprio Lula, em 2020, perguntava "Cadê o Zé gotinha? O nosso querido Zé Gotinha?"

O fato é que o Brasil vai passar por um longo caminho até se adaptar com as vacinações de volta às rotinas dos brasileiros e doenças como poliomielite e sarampo, que haviam sido erradicadas, ainda estão perigando de voltar. E pra piorar, uma campanha antivax acabou sendo fortalecida no Brasil, principalmente na pandemia. 

Só que essa ignorância não vem de agora. Há mais de 100 anos aconteceu no Rio de Janeiro - então capital do Brasil - a Revolta da Vacina. um motim popular ocorrido entre 10 e 16 de novembro de 1904, que resultou na revogação da vacinação obrigatória, numa tentativa de golpe militar que não deu certo, na morte de 30 pessoas, na prisão de outras 945, além de deportar 461 para o estado do Acre.

Durante a pandemia da Covid-19, chegaram a chamar a campanha Antivacina de "Revolta da Vacina 2.0" e falaram coisas absurdas, tipo:

- A vacina anticovid causa Aids - gente irresponsável falou isso ao vivo e isso NÃO PROCEDE

- As vacinas em geral causam Autismo -  CLARO QUE ISSO NÃO PROCEDE -, inclusive a gente já falou sobre isso e tem um pesquisador que refutou isso

 - Dizem até que as vacinas poderiam alterar o DNA - outra fake news troncha

Mas qual a matéria prima das vacinas? As vacinas são substâncias tradicionalmente feitas utilizando-se organismos causadores de doenças atenuados, mortos ou, ainda, alguns de seus derivados. Esses componentes das vacinas são conhecidos como antígenos. Dentre os componentes que podemos encontrar nas vacinas, podemos citar soro fisiológico, estabilizantes, conservantes e proteína do ovo.

Todo mundo no Brasil precisa cumprir o calendário de vacinação, desde que nasce até quando chega à Terceira Idade. Veja aqui quais vacinas precisamos tomar: