sexta-feira, 19 de abril de 2019

Produção da agroindústria do Estado poderá ser comercializada em todo o Brasil

Os produtos oriundos das agroindústrias do Estado de Pernambuco, com Registro aprovado na Adagro, a partir de agora poderão ser comercializados em todo o Brasil. Em portaria publicada nesta terça-feira (16), no Diário Oficial da União, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) concedeu à Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro) o reconhecimento da equivalência do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) junto ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA).

Com a medida, surge um novo e promissor cenário que permitirá o aumento da produção pernambucana em razão da abertura do mercado nacional, permitindo que os produtos do Estado sejam reconhecidos pela sua qualidade e inocuidade, consolidando a dedicação e visão empreendedora do empreendedor pernambucano.

A adesão ao SISBI é voluntária, porém as empresas devem atender às adequações necessárias. “Ser aprovado no SISBI é comprovar que temos um serviço de inspeção equivalente ao federal. Isso traz benefício tanto para os empresários, porque representa a possibilidade de ampliar o comércio, como também garante o fornecimento de alimentos seguros para o consumidor final”, explicou o presidente da Adagro, Paulo Roberto Lima.

Três estabelecimentos com adesão ao SISBI já podem comercializar seus produtos em todo o Brasil: o laticínio Campo da Serra, o laticínio Venturosa e a Aska alimentos (ovos pasteurizados). Estes terão o selo do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) juntamente com o selo específico do SISBI nas embalagens, sem precisar do registro no Mapa.

Para o secretário de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco, Dilson Peixoto, a adesão ao SISBI é o reconhecimento do trabalho desenvolvido pela Adagro. “Pernambuco é o único estado do Nordeste com o certificado de equivalência do Serviço de Inspeção Estadual, o que representa o reconhecimento da qualidade do trabalho desenvolvido pela Adagro. Uma boa notícia para o Estado e, principalmente, para os produtores pernambucanos que ganham com a ampliação do mercado”, destacou.

O Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), que faz parte do Sistema Unificado de Atenção a Sanidade Agropecuária (SUASA), estabelece padrões e harmoniza os procedimentos de inspeção de produtos de origem animal com o objetivo de garantir a inocuidade e a segurança alimentar.


Imprensa IPA

Temporada 2019 da Paixão de Cristo termina neste sábado

Termina neste sábado (20) a temporada 2019 da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém realizada no município do Brejo da Madre de Deus (PE). No último dia do espetáculo, estão sendo esperados cerca de 10 mil pessoas, mesmo número estimado para o feriado desta sexta-feira.

Este ano a média diária de público tem sido de 6 mil pessoas. O maior número de pessoas foi registrado na estreia, quando cerca de 10 mil pessoas estiveram presentes à cidade teatro. A maioria do público vem do Nordeste, com destaque para Pernambuco e estados vizinhos. Do Sudeste, muitos turistas vêm de São Paulo, que, em alguns dias chega a superar alguns estados do Nordeste como emissor de visitantes.

De acordo com a pesquisa de realizada com o público, cerca de 74% dos pesquisados consideram o espetáculo ótimo ou bom e o restante não opinou. Além disso, cerca de 50% do público já assistiu a Paixão pelo menos uma vez. Ao longo dos seus mais de 50 anos de história, a Paixão de Cristo já registra um público acumulado de aproximadamente 4 milhões de expectadores. 

A maior parte do público chega em ônibus de turismo e vans que é a forma mais fácil e cômoda de ir à Nova Jerusalém. Esses serviços de traslados têm preços variados e podem ser encontrados no Google ou Facebook. Existem também iniciativas independentes de grupos de amigos, igrejas, clubes e associações que formam caravanas para assistir ao espetáculo. Muitas pessoas também chegam de automóvel até a Nova Jerusalém. A estrada que liga a cidade-teatro à capital pernambucana e ao município de Caruaru é duplicada em sua quase totalidade, oferecendo conforto e segurança para os viajantes. 

Pelo site oficial na Internet, os ingressos para o sábado podem ser adquiridos até à meia noite da sexta-feira. Mas as compras nas bilheterias e nos pontos de venda podem ser feitas no sábado, podendo ser em qualquer cartão de crédito em até 12 vezes.

As entradas para o espetáculo custam de R$ 100,00 a R$ 120,00, dependendo do dia, com meia-entrada para estudantes, professores de Pernambuco e público de até 14 anos.

Mais informações sobre o espetáculo podem ser obtidas pelo site www.novajerusalem.com.br, ou Instagram @paixaodecristooficial ou www.facebook.com/paixaodecristodenovajerusalem.


Governo da Bahia muda nome de escola Victor Civita para Mestre Môa do Katendê


Através de portaria publicada nesta quarta-feira (17), o secretário de Educação do Estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues Souza, mudou o nome do Colégio Estadual Victor Civita para Colégio Estadual Mestre Môa Do Katendê. A escola fica na capital baiana e tem como mantenedora o governo estadual.

O mestre de capoeira e militante da cultura negra Romualdo Rosário da Costa, de 63 anos, conhecido como Moa do Katendê, foi esfaqueado e morto em um bar, em outubro do ano passado, na região do Dique do Tororó, em Salvador.

O crime aconteceu logo após o capoeirista ter uma discussão sobre política com, segundo postagem de amigos e alunos nas redes sociais, “um eleitor do fascista ‘coiso’”, se referindo ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).

A sua morte causou grande comoção mundial. O ex-Pink Floyd, Roger Waters, homenageou o capoeirista Moa do Katendê em sua apresentação em Salvador, na Arena Fonte Nova. Uma imagem no telão mostrou mestre Moa. O cantor foi ovacionado pela plateia.

O cantor e compositor baiano gravou, na época, uma canção em homenagem ao capoeirista.

Mestre Moa do Katendê

Mestre Moa do Katendê foi um compositor, percussionista, artesão, educador e mestre de capoeira brasileiro.

Considerado um dos maiores mestres de capoeira de Angola da Bahia, começou a praticar capoeira aos oito anos de idade, no terreiro de sua tia, o Ilê Axé Omin Bain.

Foi campeão do Festival da Canção do bloco Ilê Aiyê em 1977. Promoveu o afoxé, fundando em 1978 o Badauê, e em 1995 o Amigos de Katendê. Defendia um processo de “reafricanização” da juventude baiana e do carnaval, seguindo as propostas de Antonio Risério.

Victor Civita

Victor Civita, que dava o nome anterior ao colégio, foi um empresário que fundou a Editora Abril, que publica, entre outras a Revista Veja.


Revista Forum

CE: Menina de 9 anos ensina idoso a ler e escrever


“Eu fico com a pureza das respostas das crianças…” A letra de Gonzaguinha reconhece a sabedoria de quem enxerga a vida sob um olhar mais sensível. Uma sensibilidade reconhecida na pequena Bárbara Matos, de 9 anos, aluna do Colégio Diocesano, no Crato.

Após as aulas, ela senta no pátio da escola para ensinar o vendedor de picolé Francisco Santana Filho, de 68 anos, a ler e a escrever. A prática se repete desde 2017, mas só esta semana o registro feito por uma professora ganhou as redes sociais e trouxe luz à história.

“Algumas amigas minhas me ajudam. Aí, foi assim, eu tava aprendendo. Ele disse que não sabia e eu disse então vou te ensinar. Aí fui e ensinei a ele”, disse a aluna do 4º ano.

Conhecido por “Zezinho”, Francisco vende picolé desde os 12 anos de idade e frequenta o local há muito tempo. Numa realidade oposta a daqueles que frequentam a escola, ele não teve oportunidade de estudar, mas conquistou a afeição de quem por lá passa: funcionários, alunos, parentes.

Há 44 anos Zezinho distribui simpatia enquanto trabalha no pátio do colégio. A rotina, no entanto, mudou um pouco. Às 9 horas, durante o intervalo, ele vende o produto. Depois, vai para casa, almoça e volta à escola por volta do meio-dia quando acaba a aula da menina e ela se torna professora: é hora, finalmente, de ele virar aluno e estudar.

“Ela é minha professorinha. Ela é uma pessoa muito linda, gentil e especial. Na hora da saída, ela fica me ensinando o alfabeto. Tô aprendendo aos pouquinhos. Aí agora é desenho. Tô fazendo um coração”, conta o aluno.

Sentado no chão do pátio, Zezinho deixa de ser vendedor e se vê aprendiz, aos 68 anos. O cabelo branco revela a experiência de vida. Mas é com firmeza que ele encara a dura ‘beleza de ser um eterno aprendiz’. Na falta de oportunidade, eis ali a chance de ver o mundo e compreendê-lo através da leitura e da escrita. Desde os sete anos, quando começou a ensiná-lo, foi Bárbara – depois de tantos anos ali – que abriu essa porta.

“Ela repassa para ele o que os professores dela ensinam. Bárbara é uma criança muito sensível. Aqui, nós passamos para eles muito amor. Então, é trabalhar a gentileza, solidariedade. Nós passamos esses valores. Ela entendeu nossa missão de educar, abraçou a causa e faz essa gentileza com amor”, contou a coordenadora pedagógica Nágela Maia.

A menina de nove anos usa o próprio material escolar para alfabetizar o vendedor de picolé. Sentados no chão do pátio, ele já aprendeu o alfabeto, já escreve algumas palavras ditadas pela professora e também lê. Visto como parte da “família” pelos responsáveis da escola, Zezinho é abraçado por todos. Bárbara até faz planos para as próximas lições.

“Já ensinei o alfabeto, algumas letras e algumas palavras. Às vezes, eu passo prova. Ele já está aprendendo a fazer umas letrinhas e algumas palavras. Quero ensinar matemática também”, concluiu a menina.

É através do olhar e da sensibilidade de cada criança que o mundo mantém esperança de “que a vida devia ser bem melhor, e será!”. Com educação, solidariedade e empatia é possível transformar o mundo, uma letra de cada vez.

Tribuna do Ceará

Autoexame da mama não substitui exame clínico, diz Ministério da Saúde

Não só a cantora Anitta, mas boa parte das mulheres brasileiras não sabe que o autoexame das mamas já deixou de ser indicado para identificar e prevenir o câncer de mama. No clipe da canção recém-lançada, “Atención”, de seu mais novo álbum, a artista pop e outras mulheres aparecem fazendo o autoexame, como um alerta. No entanto, segundo o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o método, que já foi bastante preconizado, ajuda a conhecer o próprio corpo, mas não substitui o exame clínico das mamas.

O presidente da SBM, Antônio Frasson, explica que o autoexame deixou de ser recomendado em países mais desenvolvidos há mais de dez anos por não ser capaz de descobrir tumores de até 1 centímetro. Ao se autoapalpar e não identificar nenhuma alteração, a preocupação é que mulheres deixem de procurar atendimento médico e de fazer exames de detecção. Falhas neste rastreamento e a lentidão entre a confirmação e o tratamento contribuem para a mortalidade.

“O autoexame não é capaz de identificar lesões pré-malignas, lesões muito pequenas, antes de se tornarem câncer, propriamente dito, ou seja, não consegue descobrir as lesões quando elas podem ser tratadas mais facilmente”, afirma Frasson. Segundo ele, o autoexame só é preconizado onde não existe mamografia ou outro método de diagnóstico. A Europa e Estados Unidos, por exemplo, cita, não recomendam mais o autoexame. Na Índia, onde não há mamografia acessível, o método ainda é utilizado, mas para evitar complicações do câncer de mama.

A SBM avalia que a falta de informação sobre o câncer de mama atrapalha o diagnóstico e o tratamento. Para atualizar a sociedade sobre a doença, a entidade faz uma pesquisa online. No questionário, os profissionais também querem saber se as mulheres confiam no autoexame como forma de prevenir a doença. Eles também querem identificar gargalos que atrasam o acesso aos mamógrafos e o tempo que a paciente pode ter de esperar entre a confirmação e o início do tratamento. Esse tempo, não pode passar de 60 dias por determinação legal.

“Temos alguns levantamentos brasileiros mostrando que no sistema público os tumores são diagnosticados de forma tardia e que, quando existe uma queixa, de nódulo na mama, ou existe queixa de alteração no seio, há uma demora no diagnóstico. As mulheres têm dificuldade de marcar mamografia, biópsia, agendar consulta com especialistas. Então, queremos entender, em diferentes regiões e perfis de pacientes, aprender, como agilizar as duas etapas”, explica o médico.

Com a pesquisa, a primeira da SBM que consulta diretamente as mulheres, há ainda perguntas acerca de sinais, sintomas, fatores de risco e eficiência de campanhas. Para responder, é preciso ser mulher, ter mais de 18 anos e cerca de dez minutos disponíveis. O resultado deve ser anunciado até o fim deste mês. O questionário está no link: https://lnkd.in/d343z9W.

O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA) confirmam a orientação da SBM sobre o autoexame. Orientam a mulher a apalpar as mamas sempre que se sentir confortável, a qualquer tempo, sem nenhuma recomendação técnica específica ou periódica. Os dados oficiais mostram que é mais comum mulheres identificarem caroços no seio casualmente (no banho ou na troca de roupa) do que no autoexame mensal. A mudança, de acordo com o ministério, surgiu do fato de que, na prática, muitas mulheres descobriram a doença a partir de uma observação casual e não por meio de uma prática sistemática de se autoexaminar.

Outra recomendação é que mesmo sem sintomas, mulheres a partir dos 40 anos façam anualmente o exame clínico das mamas e aquelas entre 50 e 69 anos, no caso de baixo risco, se submetam a mamografia, pelo menos, a cada dois anos. Esta periodicidade leva em conta benefícios e riscos da mamografia, que é um raio-X capaz de identificar tumores pequenos. Já mulheres consideradas de alto risco devem procurar acompanhamento individualizado. Este grupo inclui aquelas com história familiar de câncer de mama em parente de primeiro grau antes dos 50 anos.

O câncer de mama é o tipo de câncer mais frequente na mulher brasileira, com alta letalidade. Nesta doença, ocorre um desenvolvimento irregular das mamas, que se multiplicam até formar um tumor maligno. Os médicos não identificaram as causas precisas da doença, mas alertam para o crescente número de mulheres abaixo de 40 anos em tratamento.

Hábitos saudáveis e uma rotina de exercícios são as principais recomendações para evitar qualquer tipo de câncer. O tratamento pode variar entre cirurgia e quimioterapia.

Agência Brasil

Mourão, sobre impeachment: "Se prosperar, eu volto para a praia"

O general Hamilton Mourão, vice-presidente da República, resolveu ironizar o pedido de impeachment protocolado pelo deputado evangélico Marco Feliciano (Podemos-SP). Ele acusa Mourão de conspirar contra Jair Bolsonaro. “Se prosperar, eu volto para a praia”, declarou o general.

A alegação de Feliciano é que Mourão curtiu uma postagem da jornalista Rachel Sheherazade, do SBT. Na mensagem, ela indica que o vice-presidente é a melhor opção para comandar o País.

Feliciano protocolou o pedido de impeachment de Mourão por influência do “guru” da família Bolsonaro, o astrólogo Olavo de Carvalho.

Revista Forum

Pela primeira vez, crianças guaranis visitam ABL no Rio



Quatorze crianças da Aldeia Guarani da Mata Verde Bonita, localizada em Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro, tiveram um dia de experiências na última terça-feira (16). Pela primeira vez, visitaram a Academia Brasileira de Letras (ABL).

Vestidos à moda de 1897, ano de fundação da ABL, os atores Paula Sandroni e Alexandre Mofati recepcionaram os pequenos visitantes e contaram toda a história, como a academia foi fundada por Machado de Assis para preservar a língua e a literatura nacionais.

Na sala decorada em homenagem a Machado de Assis, tiveram a oportunidade de conhecer peças usadas pelo escritor no dia a dia, como o papel mata-borrão com que Machado secava o excesso de tinta líquida da caneta tinteiro. No livro de visitas da academia, os indígenas deixaram os nomes registrados em guarani e em português. 

“Em nome da comunidade da Aldeia da Mata Verde Bonita, a gente está gostando muito e as crianças estão aprendendo também. Estou emocionada. Eu tenho 38 anos, mas nunca pensei que ia colocar meus pés aqui”, disse a cacique Jurema Nunes de Oliveira.

Depois de percorrer todas as instalações, os visitantes voltaram ao Salão Nobre, onde ocorrem as cerimônias de posse dos imortais. Lá, as crianças indígenas cantaram em guarani uma música em agradecimento ao Deus Tupã para funcionários da ABL. A música escolhida foi “oreru nhamandú tupã oreru”, que significa, em tradução livre, "nossos pais são o sol e o trovão". Eles ainda sentaram nas cadeiras, estilo Luis XVI, onde estão inscritos os nomes dos patronos homenageados pelos imortais.

O pequeno Fabrício, ou Tataendy em guarani, em poucas palavras, resumiu o que achou da visita: “Tudo legal”.

O indigenista José Bessa Freire, que trabalha há mais de 50 anos com educação indígena em universidades de Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e Amazonas, foi quem fez o primeiro contato com o presidente da ABL, Marco Lucchesi, para organizar a visita.

Atualmente, existem 2.900 escolas indígenas no Brasil, com 260 mil alunos. Essas escolas alfabetizam os índios na língua materna, e eles aprendem o português como segunda língua. A cacique Jurema e o irmão foram alunos do indigenista. “Eles são professores indígenas”, disse Bessa.

Bessa destacou também que hoje há 56.750 índios estudando em universidades públicas. “Lota um Maracanã. Então, isso vai criando um caldo”, disse. “O grande sonho é ter um índio na academia”, acrescentou.

“Essa academia vai de Gonçalves Dias, passa por Roquette Pinto, tem Darcy Ribeiro. Ainda que não houvesse essa plêiade de acadêmicos, o lugar dos índios é o lugar de todos nós. A academia está aprendendo com eles e esse simbolismo é muito forte”, disse Lucchesi sobre a visita.

Agência Brasil

CNPq congela mais de 5,5 mil novas bolsas de projetos de pesquisas



O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) suspendeu a implementação de novas bolsas da Chamada Universal 2018. No final do ano passado, a chamada aprovou 5.572 projetos de pesquisa, sendo 2.357 projetos da Faixa A (projetos de até R$ 30 mil), 1.976 da Faixa B (até R$ 60 mil) e 1.237 da Faixa C (até 120 mil), contando com um total de R$ 200 milhões que seriam liberados em até três parcelas.

Em nota, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) afirma que as bolsas da Chamada Universal 2018 foram suspensas “devido ao atual cenário orçamentário e ao Decreto nº 9741, de 29 de março de 2019”. “O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) tem atuado junto ao Ministério da Economia para maior disponibilização de recursos, os quais são prontamente repassados a seus institutos e unidades de pesquisa”, diz a nota. 

Um dos projetos prejudicados foi o do astrônomo Thiago Gonçalves, que estuda a formação e evolução de galáxias desde a origem do universo — próximo ao Big Bang — até os dias de hoje. “É um projeto de ponta que usamos um telescópio no México para observar galáxias muito distantes”, explica Gonçalves. Agora, uma estudante que fazia parte de sua equipe perderá o financiamento para continuar no projeto.

Gonçalves explica que o projeto ainda não sofreu consequências porque a estudante aceitou continuar o trabalho mesmo sem receber nenhum pagamento. “Mas corremos o risco de ficar sem a mão de obra dela porque ela pode encontrar uma outra oportunidade de trabalho”, diz o astrônomo, que lembra que este projeto tem a participação de cientistas do México e dos Estados Unidos. Com menos pessoas, fica mais difícil para os cientistas brasileiros terem uma participação relevante no que for descoberto.

A nota do MCIC diz que o ministério “mantém ainda permanente diálogo com os gestores de suas entidades vinculadas para que os recursos sejam otimizados, minimizando o impacto em suas atividades”. Apesar disso, Gonçalves diz que não recebeu nenhum comunicado do CNPq sobre o corte de bolsas e que descobriu o congelamento por meio de notícias publicadas nas redes sociais. “Não houve nem tempo para nos planejarmos ao redor disso. Fomos pegos de surpresa”, diz o astrônomo que pretende entrar em contato com a CNPq para ver se é possível implementar a bolsa agora ou no futuro.

Procurada pela GALILEU, a assessoria do CNPq não respondeu qual será a previsão para a situação ser normalizada. 

Revista Galileu

Franceses se unem para reconstrução da Catedral de Notre-Dame


Em Paris, franceses se reuniram nessa quinta-feira (18) para manifestar solidariedade à reconstrução da Catedral de Notre-Dame, atingida por um incêndio nesta semana.

Cerca de mil pessoas participaram do encontro, em uma praça em frente à prefeitura, a algumas centenas de metros da catedral.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, disse que o horrível acontecimento fez as pessoas se lembrarem da catedral como um tesouro nacional. Acrescentou que está atenta quanto à intenção do povo, que está se unindo para a reconstrução da catedral.

Pessoal e equipamentos do Corpo de Bombeiros permanecem de prontidão nas proximidades da catedral, mesmo depois de três dias do incêndio, que começou na segunda-feira (15) e destruiu o pináculo e a maior parte do teto da catedral.

Trabalhos de reparos estão em andamento nas paredes frágeis, próximas do teto rompido da estrutura.

Na terça-feira (9), o presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu reconstruir a catedral dentro de cinco anos. O processo vai incluir a realização de uma concorrência internacional para a apresentação de ideias sobre a construção de um novo pináculo.

Uma participante da cerimônia disse que concorda com o plano de cinco anos para a reconstrução e que deseja que a catedral seja restaurada no seu desenho original, se possível.

Outro participante afirmou que não acredita na reconstrução em cinco anos por causa da gravidade dos danos.

Agência Brasil com informações da NHK

Alta da gasolina este ano é superior à do óleo diesel



A ameaça de greve dos caminhoneiros jogou holofotes na alta do preço do diesel este ano, mas a gasolina já acumula uma variação ainda maior. Em 2019, o reajuste promovido pela Petrobrás para a gasolina vendida nas refinarias chega a quase 30%, enquanto o do diesel soma 24%.

O consumidor, porém, ainda não sentiu o impacto total desses reajustes, pelo fato de as distribuidoras estarem absorvendo parte desse aumento. Além disso, a Petrobrás não repassou integralmente os ajustes da cotação do petróleo no mercado internacional.

Pelas contas do diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, para compensar integralmente a paridade internacional, só nos últimos 30 dias a estatal teria de ter elevado em R$ 0,18, e não em R$ 0,11, o preço do litro da gasolina. "Nesse período, a cotação internacional subiu 11% e a Petrobrás reajustou a gasolina em 6%."

A decisão das distribuidoras de absorver parte do reajuste praticado pela Petrobrás também tem poupado um pouco os consumidores. No primeiro trimestre, o aumento nas bombas de gasolina nos postos foi de apenas 0,7%, ante uma alta de 20,2% nas refinarias no mesmo período, segundo dados da Associação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Lubrificantes, Logística e Conveniência (Plural).

"Revendedores e distribuidores estão abrindo mão de margem para garantir o volume de vendas e manter competitividade", explicou o presidente executivo da Plural, Leonardo Gadotti. "É preciso estar atento ao fato de que o valor dos combustíveis nunca sobe na mesma magnitude do reajuste nas refinarias. O aumento do preço na refinaria é diluído ao longo da cadeia. Isso mostra que o mercado está funcionando", disse.

Dados do IBGE mostram que a alta da gasolina começou a pesar mais no bolso do consumidor este ano a partir de março, quando foi responsável por 16% da inflação de 0,75% registrada pelo IPCA. O produto é o terceiro item que mais afeta o orçamento das famílias brasileiras, atrás apenas da refeição consumida fora de casa e do custo do empregado doméstico.

"Provavelmente os postos de combustíveis estão repassando a alta agora porque talvez tivessem estoque de combustível que compraram antes do aumento", disse Fernando Gonçalves, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE, acrescentando que não era possível dizer se o represamento do preço teria alguma relação com a demanda fraca por parte de consumidores.

Segurar preço pode aumentar pressão

Para o professor da UFRJ Edmar Almeida, quanto mais segurar o preço, pior para a economia, porque quando o ajuste vier terá de ser alto, levando em conta a continuidade do aumento da cotação do petróleo no mercado externo e a desvalorização do real no mercado interno.

Almeida estima que o petróleo não vai parar de subir no curto prazo, por conta da pressão da demanda, junto com uma queda de oferta provocada por Venezuela e Líbia.

"Desde que o preço do barril caiu abaixo dos US$ 30, em 2014, o petróleo está volátil e assim vai continuar. A demanda mundial está forte mesmo com a desaceleração da economia mundial", disse.

Segundo ele, "não dá para tapar o sol com a peneira; a população tem de aprender que o preço do combustível é livre". Ele ressaltou ainda que existem opções aos combustíveis fósseis, como etanol e Gás Natural Veicular (GNV).

A Petrobrás informou, em nota, "que continuam em vigor os princípios de preço de paridade internacional (PPI)" e ressaltou que, desde setembro de 2018, a diretoria da empresa aprovou mecanismo de proteção (hedge) complementar à política de preços da gasolina, o que permite à Petrobrás ter a opção de alterar a frequência dos reajustes diários no mercado interno.

Preços do petróleo fecham semana em alta

Os contratos futuros de petróleo voltaram a fechar em alta ontem, dia de baixa liquidez em função da véspera da sexta-feira santa. Os contratos chegaram a operar em baixa após dados modestos da Europa, mas se fortaleceram com foco nas bolsas de Nova York.

O petróleo WTI para junho, contrato mais líquido, teve alta de 0,31%, cotado a US$ 64,07 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o petróleo tipo Brent para junho avançou 0,49%, cotado a US$ 71,97 na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o WTI avançou 0,28%, enquanto o Brent subiu 0,59%.

Índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) piores do que o esperado da zona do euro e do setor manufatureiro da Alemanha fizeram o petróleo recuar mais cedo. Mais para o meio da manhã, contudo, dados positivos dos EUA apoiaram a demanda pela commodity, acompanhando a melhora nas bolsas americanas.

Na agenda de indicadores, o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA teve um recuo de 8 unidades na última semana, ficando em 825, de acordo com a Baker Hughes, companhia que presta serviços no setor. A queda é a primeira em três semanas, colaborando para o aperto na produção do óleo e, consequentemente, apoiando a alta nos preços da commodity.

Portal Terra, com informações do Estadão (SP)