No segundo dia da Festa Literária das Periferias de Pernambuco (Flup PE), a pesquisadora e ativista Carla Akotirene protagonizou uma fala potente sobre os desafios enfrentados por mulheres negras na reivindicação de direitos coletivos. Em um encontro marcado por reflexões profundas e trocas afetivas, Akotirene defendeu que é preciso estar forte — física e emocionalmente — para sustentar a luta por justiça social.
Durante sua participação, ela abordou as complexidades da militância negra, especialmente no contexto das periferias, e ressaltou a importância do autocuidado como estratégia política. “Não é possível reivindicar direitos sem cuidar do corpo e da mente”, afirmou, provocando aplausos e reconhecimento da plateia.
A pesquisadora também destacou o papel da escrita como ferramenta de resistência e memória, mencionando como a literatura pode ser um espaço de cura e reconstrução para mulheres negras. Sua fala reverberou entre os presentes, que se emocionaram com relatos pessoais e reflexões sobre ancestralidade, racismo estrutural e políticas públicas.
A Flup PE, que segue com programação diversa e gratuita, tem se consolidado como um espaço de valorização das vozes periféricas e negras, promovendo encontros entre autores, leitores e ativistas em busca de transformação social.
