O distrito de Miracica, localizado a 20 quilômetros do centro de Garanhuns, Pernambuco, é hoje um exemplo vivo de como a agricultura familiar pode transformar uma comunidade. Desde 2003, com o apoio de instituições como SEBRAE, IPA, Banco do Nordeste e Fundação Valadezco, Miracica passou por uma verdadeira revolução socioeconômica, impulsionada pela produção de caju e seus derivados.
🍂 Do caju à fama nacional
Reconhecido como o maior produtor de caju da região, Miracica ganhou projeção nacional ao investir na valorização de seus produtos e na realização da tradicional Fecaju — a Festa do Caju de Miracica. Realizada por 14 edições, o evento atraiu visitantes de todo o Brasil e movimentou o comércio local com quatro dias intensos de programação: concurso da rainha, shows musicais, trilha de motos com 75 km de percurso e uma cavalgada que reunia cerca de 300 cavaleiros.
🏡 Crescimento que se vê nas ruas
O impacto da festa e das ações comunitárias foi tão significativo que o número de residências no distrito saltou de 69 para mais de 500 em pouco mais de duas décadas. “Foi um trabalho coletivo, feito com muito amor e dedicação pelas associações locais. Hoje, Miracica é conhecida em todo o Brasil”, destaca Osmar Paulino, um dos líderes do movimento e produtor dos famosos doces de caju da região.
📚 Memória preservada em livros
A história de Miracica também foi eternizada em dois volumes do livro Faces de Miracica, que narram a trajetória do distrito e de seus moradores. Ambos os volumes foram lançados com sucesso e esgotaram em vendas, reforçando o interesse pela memória e identidade local.
🍬 Doces que contam histórias
Mesmo com o encerramento da Fecaju — motivado pela falta de patrocínio municipal — a produção de doces artesanais continua a todo vapor. Feitos com ingredientes naturais e qualidade excepcional, os doces de Miracica são aprovados por todos que os experimentam e seguem sendo presença garantida em eventos e feiras por todo o estado.
“Se não for assim, nossa memória morre”, conclui Osmar, emocionado, durante sua participação na segunda edição da Feneaf. E com cada doce vendido, cada história contada e cada livro lido, Miracica continua viva — doce, forte e inesquecível.
