domingo, 24 de janeiro de 2021

A voz de Geraldo Maia está conquistando o Brasil

 

Geraldo José Brito Maia é um artista que Pernambuco já conhece e admira. E qual não foi a grata surpresa quando ele foi visto no The Voice+ cantando uma canção do Rei do Baião, Luiz Gonzaga? Talento, voz e arte nasceram com ele, no dia 28 de maio de 1959. Filho de portugueses, Maia chegou a viver em terras lusitanas por nove anos e também cantou em terras europeias.

 No entanto, a família foi taxativa: ele teria que se formar, pois música “não era profissão”. Então o jovem Geraldo, aos 18 anos, entrou na Universidade Federal de Pernambuco, no curso de Sociologia. Ele trancou por três ou quatro anos e se formaria em 1986. Ele sabia que sua vida era a música e que cantar era o seu destino. 

A chegada no reality logo na estreia trouxe um ânimo novo a Maia. Classificado nas Audições às Cegas, ele passou a integrar o Time do Mumuzinho. Sonha chegar ainda mais longe no programa. No entanto, a maior aspiração é ter uma vida plena de paz e felicidade. E claro, com muita música.

Veja a entrevista concedida ao Blog a seguir:

1) Você contou a sua história e disse que além de músico és sociólogo. O que o levou à Sociologia e o que te trouxe de volta à música?

Na realidade, eu nunca saí da música. A música está em mim desde sempre. A razão principal porque eu fiz Sociologia, porque fui para uma universidade estudar algo diferente de música, foi por conta das pressões da época. Sobretudo, a pressão do meu pai, que era uma figura muito forte na minha vida. E ele fazia essa exigência, de certo modo, de que os filhos seguissem uma carreira. Era aquela ideia de que música não é profissão. Ser artista era como se fosse um complemento e não a atividade principal. Foi muito para dar ao meu pai esse prazer, esse contentamento, essa satisfação. Muito mais do que a mim próprio. Tanto é que levei anos para terminar meu curso. E tem uma coisa curiosa. Eu tenho um sonho recorrente que eu tive esta noite, precisamente, que é um sonho em que estou na faculdade há 10, 15, 20 anos e nunca consigo terminar o curso. É sempre assim. Estou há um tempo que nunca é menor que 10 anos, tentando desesperadamente terminar o curso e nunca consigo concluir. É uma coisa que ficou muito marcada em mim. Essa coisa de fazer o curso para atender aos anseios do meu pai.

2) Que trabalhos musicais você já realizou na vida?

Eu tenho 11 CDs lançados. Na verdade, 10 CDs e um LP, que eu lancei em 1987 ao lado de um parceiro meu que é meu amigo até hoje, Henrique Macedo. E realizei inúmeros, dezenas de shows ao longo dessa trajetória que já dura mais de quatro décadas. Tenho inúmeras participações em discos de colegas, participações em alguns programas importantes da TV brasileira, como o ensaio da TV Cultura, que era comandado por Fernando Faro, que já faleceu. Já fiz participações de Boldrim, tanto na TV Cultura, como na Globo. Já participei do Som Brasil, com Djavan, na Globo. Participei da trilha sonora de Lisbela e o Prisioneiro e depois fizemos um especial para a Globo também, com todo o elenco que participou da trilha. Já cantei fora, morei 9 anos em Portugal, cantei na Espanha, França, Alemanha e Inglaterra. Tenho uma trajetória longa.

3) Você tem alguma formação musical de escola, conservatório, etc?

Não tenho formação acadêmica na área de música nenhuma. Comecei uma vez o curso de Licenciatura em Música, na Universidade Federal de Pernambuco. Mas fiz um semestre e desisti. Não estava a fim daquilo, que era muito teórico. Mas tive vários professores de violão ao longo da vida e vários professores de técnica vocal. Fiz e faço ainda hoje. Faço sempre. Esse é meu domínio dessa coisa mais técnica da profissão. Mas a grande parte do meu aprendizado foi na vida, na noite, cantando nas situações de vida mesmo.

4) O que te fez escolher a música de Luiz Gonzaga na sua estreia no The Voice?

Na realidade, quando a gente está no processo seletivo, na primeira audição que fiz do processo, escolhi duas músicas para cantar diante do produtor musical. Cantei Rosa dos Ventos, de Chico Buarque, e Estrada de Canindé com o arranjo que foi depois no programa. Começar a música pela estrofe e fazê-la como fiz, mais lenta, mais dramática, ressaltando as palavras do texto. O texto é muito dramático, cênico, forte e isso me favorecia porque eu privilegio as músicas que podem me dar esses elementos de dramaticidade, de cena, expressão física, não só vocal. E eu fui muito feliz nessa escolha também porque é uma música de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, que são dois cantores magníficos e nordestinos.

5) Quem são suas maiores referências musicais?

Minhas referências mais fortes, mais avassaladoras, da minha adolescência, quando nossos gostos, intenções e desejos vão se formando... Em primeiríssimo lugar foi Maria Bethânia, depois Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Milton Nascimento. Depois Djavan, Ednardo, Fagner, Quinteto Violado, Alceu Valença, Amelinha, Ave Sangria... São tantos que fica difícil lembrar tudo. Depois entrou um pouco a Bossa Nova, fui conhecendo melhor os cantores do rádio. Eu conheci na adolescência porque ficava no pé do rádio ouvindo meu pai, que todo dia de manhã ligava às 6 da manhã na Rádio Tamandaré para ouvir o programa Hora da Saudade. Aí, cantava Silvio Caldas, Orlando Silva, Mário Reis, Dalva de Oliveira, Maísa, Dolores Duran, Ataulfo Alves, Angela Maria, Nubia Lafaiete, Nelson Gonçalves. Vieram depois outras coisas, Billie Holiday, Nina Simone. São muitas frentes e vertentes da música... Novos Baianos, Rita Lee, Sergio Sampaio, Flaviola...

6) Estar numa competição com outras pessoas maiores de 60 anos não é apenas competir, é também realizar sonhos e certamente com você não é diferente. Que outros sonhos você tem, além da música?

O meu sonho básico para além da música é ser feliz. Viver uma vida cotidiana plena, o mais plena possível. E eu acho que faço isso um pouco. Ter escolhido vir morar aqui em Taquaritinga do Norte, na Zona Rural da cidade, num sítio, junto com meu companheiro com quem vivo há 29 e com os nossos bichos quase todos resgatados das ruas do Recife, e alguns que foram abandonados aqui, já depois de estarmos aqui (estamos há 8 anos e meio)... Tudo isso me dá um Norte, um aconchego e uma base para eu ter uma vida minimamente feliz e contente, com um grau mínimo de satisfação e contentamento. E é essa base que favorece a que eu possa fazer da música a principal atividade da minha vida. Foi sempre assim e continua sendo até hoje.

7) O que você espera de sua participação no The Voice?

Eu espero continuar na competição, tanto quanto seja possível e chegar tão longo quanto for possível. O The Voice+ foi uma janela, uma porta, uma fresta, um vento, um aroma que surgiu na minha vida e na vida de outros colegas participantes num momento tao duro quanto esse que estamos vivendo da pandemia. Estou muito feliz de estar nele, dessa oportunidade de estar num projeto dessa envergadura, com a visibilidade que tem o The Voice. Eu tenho esperança, fé e certeza dentro de mim que vou continuar dando o meu melhor para que eu possa chegar o mais longe possível dentro da competição.

8) Quem são seus maiores incentivadores?

Em primeiro lugar, meu companheiro John; em segundo minha família próxima, minha família sanguínea e não sanguínea, meus irmãos as irmãs, primos e primas, sobrinhas e sobrinhos, minha tia, única viva ainda da parte da minha mãe, amigos, colegas, admiradores do meu trabalho, compositores parceiros... Essa rede que é no fim das contas a minha maior base de apoio e de incentivo e de estímulo para que eu continue fazendo o que faço.

Conheça mais do Geraldo Maia:

A Deusa da Minha Rua - Com Yamandu Costa

 

Trecho da Apresentação no The Voice+

 

Emannuel Bento: Cada thread é uma aula de história

 

Aos 23 anos, o jornalista Emannuel Bento é considerado um dos profissionais mais influentes no Twitter do Brasil. A razão é porque Bento constrói as melhores threads (fios de assuntos) na rede social do passarinho azul. Boate Misty, Jackson do Pandeiro, a visitada Rainha Elizabeth ao Recife, nada passa despercebido ao jornalista recifense, formado na UFPE e que trabalha no Diário de Pernambuco. Suas maiores inspirações profissionais são jornalistas de respeito, local e nacionalmente: Thiago Soares, Vandeck Santiago, Fabiana Moraes e GG Albuquerque.

 1) Por que você escolheu o Twitter para contar as histórias que você pesquisa?

O Twitter é uma rede que dá certo protagonismo para a informação, por isso é muito usada por jornalistas. Eu tenho a minha atual conta no Twitter desde 2013, mas comecei a investir mais nela apenas no começo de 2020. Foi quando eu percebi que as postagens em fios geralmente tinham mais repercussão do que os links de matérias que assino. Eu sinto que os usuários dessa rede tendem a clicar menos em links, pois esse ato pressupõe certo esforço de leitura. Muitos usuários preferem continuar navegando na mesma plataforma. Assim, percebi que os fios, quando bem feitos, conseguem segurar a atenção das pessoas. Isso acaba dando esse maior retorno, espalhando mais as histórias que quero contar.

2) Como nasceu sua preferência pelas curiosidades históricas do Recife?

Eu sempre amei a disciplina de história. Ainda no ensino fundamental, eu pensei em cursar história no ensino superior, mas isso acabou não andando. Eu acabei descobrindo mais histórias sobre o Recife ao ingressar no Diario de Pernambuco, inicialmente como estagiário e depois como repórter. No começo de 2019, conheci a Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, que é onde tenho acesso ao acervo do Diario de Pernambuco. Essa plataforma talvez ainda seja subutilizada, mas é como um tesouro de informações. Eu me apaixonei pelo acervo do Diario, que é bastante extenso (como todos sabem). Passei a pensar em algumas reportagens de memória, sempre resgatando esses achados do acervo. Só depois disso comecei a levar esse conteúdo para o Twitter.

3) Na sua opinião, qual a história mais curiosa? E a mais engraçada? E a que mais te emocionou?

Vou escolher entre as histórias dos fios. Para mim, a mais curiosa é a da eleição do Governo de Pernambuco, em 1911. A elite política do estado apoiava o conselheiro Rosa e Silva, enquanto os militares queriam o general Dantas Barreto. Rosa e Silva fraudou a eleição e ocasionou uma espécie de guerra civil no Recife. É uma história digna de filme, mas poucos conhecem. A mais engraçada talvez seja a da visita da Rainha Elizabeth no Recife. Ela presenciou um apagão na cidade e recusou as comidas que ofereceram no banquete. Na solenidade, jornalistas brigavam por comida e Dom Helder Câmara quebrou o protocolo real ao sair antes do fim do evento para lanchar na Praça do Diario. A que mais me emociona é o episódio de racismo que fez Jackson do Pandeiro deixar Pernambuco. Ele e a esposa foram agredidos em uma festa da elite recifense, na casa do ex-presidente do Náutico, e não tiveram qualquer apoio das instituições pernambucanas.

4) Você não pensa em escrever um livro com as suas threads?

Eu penso em escrever um livro, mas não necessariamente uma coletânea das histórias que conto nos fios. Isso porque são histórias bastante distintas. Eu já falei da origem de alguns bairros do Recife, da presença do brega-funk nas eleições de 2020 e do show do Black Eyed Peas na cidade, em 2010. É tudo muito variado. No entanto, penso em um livro sobre alguma história específica, que realmente renda para um livro.

5) Fale sobre a sua trajetória jornalística

Eu estou no Diario de Pernambuco desde 2017, quando ingressei como estagiário do caderno Viver, que cobre cultura e entretenimento. Antes do Diario, tive experiências como estagiário como redator da revista Coletiva, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), e da Diretoria de Cultura da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFPE.


Sport: Saga de 1987 está sendo transformada em livro

 

O radialista, e rubro-negro de coração, Reginaldo Correia Silva (Foto ao lado) leva literalmente o lema do torcedor do Sport no coração: #PeloSportTudo. Seu TCC foi em rádio e teve o titulo  “Sport o Brasil é Teu! Legítimo e Único Campeão Brasileiro de 1987”, feito ao lado do amigo Ademilson Santos. Agora, Correia quer publicar e está correndo atrás de recursos financeiros para isso.

Além do registro futebolístico, Correia também tem uma iniciativa cidadã: parte do que for arrecadado para o financiamento do livro deve ser doado para o Hospital do Câncer de Pernambuco. O blog fez uma entrevista com o radialista, que nos fala com entusiasmo do livro, que tem prefácio de Maciel Junior e posfácio de Valdir Oliveira, que também foi o orientador do TCC. Veja a seguir a entrevista de Reginaldo ao Blog:

 

 1) Como surgiu a ideia de fazer o livro?

A ideia de escrever um livro sobre o título de campeão brasileiro de 1987 conquistado pelo Sport Club do Recife surgiu em 2009 quando eu e meu amigo Ademílson Santos fizemos um projeto de conclusão do curso de Comunicação Social com habilitação em Rádio e TV pela Faculdade Maurício de Nassau Recife cujo tema era exatamente o Sport Campeão brasileiro de 1987. Sob a orientação do nosso orientador Valdir Oliveira, fizemos um programa de rádio de 30 minutos com entrevistas, gols narrados no rádio, hinos. Anos após eu resolvi transformar a experiência em livro devido ao fato de não haver livros sobre o assunto que consideravam o Sport como campeão brasileiro de 1987. Havia muitos livros que consideravam o Flamengo. Embora com o passar dos anos surgiram alguns livros que consideravam o Sport como campeão, porém com visões mais jornalísticas e de debate. Com “Sport o Brasil é Teu! Legítimo e Único Campeão Brasileiro de 1987”  eu queria ser apenas comemorativo e o livro mostra que o torcedor do Sport não precisa provar que o Sport é o Campeão Brasileiro de 1987 e sim comemorar e mostrar pra todo mundo. Afinal, um clube de futebol e sua torcida sempre viverão de títulos e CONQUISTAS.

2) Quem foram seus entrevistados?

Além de uma pesquisa intensa em sites, jornais, livros e programas de TV, o livro tem uma entrevista importante com o autor do gol do título, o zagueiro Marco Antônio. O prefácio é do comentarista da TV e Rádio Jornal do Commercio Recife e Posfácio do escritor, professor, apresentador e diretor de TV, Valdir Oliveira. “Sport o Brasil é Teu! Legítimo e Único Campeão Brasileiro de 1987” é um produto licenciado pelo Sport e será futuramente vendido nas lojas físicas e virtuais do clube

3) Quanto seria necessário para conseguir fazer o livro?

Não há um limite de valor de arrecadação, pois, serão publicados tantos livros quanto o valor arrecadado permitir e quanto mais arrecadar mais poderá ser repassado para os pacientes do HC de Pernambuco. O valor para participar do projeto de publicação do livro é de R$ 100,00 que inclui a reserva de um exemplar autografado do livro + a taxa de envio pelos Correios + a porcentagem do valor do licenciamento pago ao clube + a doação de R$ 15,00 para os pacientes do Hospital do Câncer de Pernambuco.

4) O que o leitor e torcedor pode esperar do seu livro?

Diferente de outros livros sobre o assunto, o livro “Sport o Brasil é Teu! Legítimo e Único Campeão Brasileiro de 1987” é um livro puramente comemorativo e de manutenção histórica dessa grande e inesquecível conquista do clube pernambucano. Não há em suas páginas a intenção de tentar provar nada, pois, o Sport além de conseguir o título dentro de campo também conseguiu vencer em todas as instâncias judiciais inclusive no STF duas vezes onde não cabe mais recurso O livro tem as fichas técnicas dos jogos do Sport tanto durante o campeonato brasileiro de 1987 como no campeonato do ano anterior e na disputa da Taça Libertadores da América de 1988 que o Sport participou justamente por ser campeão brasileiro de 1987. O livro ainda tem fotos, classificação final, uma breve cronologia jurídica e tudo que ocorreu nos demais módulos do campeonato.

Serviço

Seguem os dados bancários para quem quiser reservar o seu livro e participar do projeto solidário em benefício dos pacientes do Hospital do Câncer de Pernambuco

Banco Caixa Agência 0050
Conta: 013.00004310-3
Ou pelo Pix: 03935405456