quarta-feira, 5 de abril de 2017

STF proíbe greve de profissionais de Segurança Pública

Por 7 votos a 3, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) declararam nesta quarta-feira (5) inconstitucional o direito de greve de servidores públicos de órgãos de segurança e decidiram proibir qualquer forma de paralisação nas carreiras policiais.

Embora tenha proibido as greves de policiais, a Suprema Corte também decidiu, por maioria, que o poder público terá, a partir de agora, a obrigação de participar de mediações criadas por entidades que representam servidores das carreiras de segurança pública para negociar interesses da categoria.

A decisão da Suprema Corte terá a chamada repercussão geral, ou seja, deverá ser seguida, a partir de agora, por todas as instâncias da Justiça.

A inconstitucionalidade das greves de policiais foi declarada no julgamento de um recurso apresentado pelo governo de Goiás contra uma decisão do Tribunal de Justiça do estado que havia considerado legal uma paralisação feita, em 2012, por policiais civis goianos.

No processo, diversas entidades se manifestaram contra a possibilidade de greve por agentes de segurança, com base no artigo 142 da Constituição, que proíbe sindicalização e greve de integrantes das Forças Armadas.

Desde 2009, diversas decisões de ministros do STF consideraram ilegais as greves de policiais militares, civis e federais, sob o argumento de que representam risco para a segurança pública e para a manutenção da ordem.

A advogada-geral da União, Grace Mendonça, defendeu no julgamento desta quarta-feira o recurso que pedia a inconstitucionalidade das greves de policiais civis.

“A paralisação de policiais civis atinge na essência a própria razão de ser do Estado, que é assegurar efetivamente à população a segurança. E mais, segurança essa que a Constituição Federal preserva e insere como valor mais elevado”, defendeu na tribuna do STF a chefe da Advocacia-Geral da União.

Representante do Ministério Público na sessão, o vice-procurador-geral da União, José Bonifácio de Andrada, também se manifestou contra as paralisações de policiais civis.

"Não é cabível, compatível algum tipo de paralisação nessa atividade, como também não é admissível paralisação nos serviços do Judiciário, do Ministério Público. Algumas atividades do Estado não podem parar de forma alguma. E a atividade policial é uma delas", ponderou Bonifácio de Andrada.

No julgamento desta quarta-feira, votaram para proibir as greves de policiais os ministros Alexandre de Moraes (foto), Luis Roberto Barroso, Luiz Fux, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia.

Por outro lado, o relator do caso, ministro Edson Fachin, e os ministros Rosa Weber e Marco Aurélio Mello se manifestaram pela constitucionalidade das paralisações de policiais, desde que fossem impostos limites às greves. O ministro Celso de Mello não participou do julgamento.

Votos dos ministros

Relator do recurso, o ministro Edson Fachin foi o primeiro magistrado a se manifestar no julgamento desta quarta. Ressaltando que o direito de greve estava diretamente relacionado à “liberdade de reunião e de expressão” prevista na Constituição, ele se posicionou favorável à legalidade dos movimentos grevistas de policiais civis, mas sugeriu que o tribunal determinasse limites e critérios às paralisações.

Entre as regras defendidas por Fachin para que os policiais tivessem assegurado o direito à greve estavam a prévia comunicação do movimento ao Judiciário, a definição de um percentual mínimo de servidores que deveriam ser mantidos em suas funções e o corte de ponto, desde que a motivação da greve não fosse o atraso no pagamento dos vencimentos.

“Com o devida vênia do entendimento esboçado nesses precedentes, em meu modo de ver, a solução para o presente caso pode e deve ser diversa. Embora a restrição do direito de greve a policiais civis possa ser medida necessária adequada à proteção do devido interesse público, na garantia da segurança pública, a proibição completa do exercício do direito de greve acaba por inviabilizar o gozo de um direito fundamental”, defendeu o relator.

Ao votar na sequência de Fachin, o ministro Alexandre de Moraes - que já atuou como ministro da Justiça e secretário de Segurança Pública de São Paulo - discordou da recomendação do relator pela legalidade dos movimentos de policiais civis e abriu uma divergência.

O mais novo magistrado do Supremo defendeu que o tribunal declarasse a inconstitucionalidade de todas as paralisações de servidores públicos de órgãos de segurança, conforme está previsto no artigo 144 da Constituição.

A carta constitucional classifica como integrantes dessas carreiras, além dos policiais civis e militares, os policiais federais, policiais rodoviários federais e bombeiros militares.

Em meio a sua fala, Moraes comparou um Estado em que a polícia está em greve a um Estado anárquico.

“Não é possível que braço armado do Estado queira fazer greve. Ninguém obriga alguém a entrar no serviço público. Ninguém obriga a ficar”, ressaltou o ministro.

“É o braço armado do Estado. E o Estado não faz greve. O Estado em greve é um Estado anárquico. A Constituição não permite”, complementou Moraes.

Greves recentes

Nos primeiros meses do ano, alguns estados brasileiros enfrentaram greves de policiais. Uma das que tiveram maior repercussão foi a dos policiais militares no Espírito Santo. O estado ficou sem polícia militar nas ruas por sete dias em fevereiro por causa do protesto de familiares na porta de batalhões. Nas ocupações, as mulheres dos policiais alegavam que eram elas que estavam no comando da paralisação. Mas, para as autoridades, essa era uma tentativa de encobrir o que, supostamente, seria um motim dos PMs.

Durante a paralisação dos policiais capixabas, aumentaram os índices de mortes violentas no estado e houve dias em que o comércio deixou de funcionar com medo da insegurança. O caso do Espírito Santo serviu para alguns ministros formarem opinião sobre o julgamento desta quarta.

Também em fevereiro, parentes de policiais militares no Rio de Janeiro iniciaram um movimento como o do Espírito Santo. A Polícia Civil e os bombeiros do estado também fizeram paralisações no período.

Portal G1

Massagem dos pés faz sucesso no Recife

A massagem relaxante para os pés está conquistando cada vez mais espaço em grandes festas, pois alivia as dores, melhora a circulação sanguínea e promove relaxamento e bem-estar. A novidade, implantada pela empresária pernambucana Simone Falcão, já é a queridinha em eventos como Carnaval, Semana Santa e São João. Para divulgar o serviço itinerante, Simone Falcão participa da feira de tendência New Wed, que mostra as novidades ao público interessado em casamentos, e acontece no próximo fim de semana ( 8 e 9 de abril), na Arcádia do Paço Alfândega, no Recife Antigo.

Programa É Meu Direito leva serviços de cidadania para Nova Descoberta

Moradores de Nova Descoberta, na Zona Norte do Recife, recebem neste sábado (08/04), das 8h às 12h, o Programa É Meu Direito, da Secretaria Executiva de Direitos Humanos (SEDH), órgão vinculado a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), do Governo do Estado de Pernambuco. O atendimento será realizado na Escola do Rotary, na Avenida Vereador Otacílio Azevedo, s/nº. O programa “É Meu Direito” teve inicio em 2015 oferecendo serviços de cidadania a comunidades do Recife e RMR.

No local será disponibilizada gratuitamente a emissão de 2ª vias de Certidão de Nascimento, Casamento e Óbito, através do programa Balcão de Direitos; e também emissão da 2ª via de Registro Geral (RG) e CPF. A ação conta ainda com a participação de advogados, psicólogos, assistentes sociais e do Conselho Tutelar, que estarão à disposição da população para oferecer orientação jurídica e psicossocial. O Balcão de Empregos da Prefeitura do Recife também estará presente na ação. É necessário apresentar Identidade, CPF,Carteira profissional e comprovante de residência para cadastramento no banco de dados.

Na área de saúde e bem estar, a população vai contar com exames para diagnóstico de tuberculose e hanseníase, além de preventivo do câncer do colo uterino (35 vagas) e mamografia (60 vagas), este último para mulheres com idade entre 50 a 69 anos. Também será disponibilizada vacinação para tétano, tríplice viral, caxumba, sarampo e rubéola, além de SPA dos Pés.

Serviço

Programa É Meu Direito!
Local: Escola do Rotary - Av. Vereador Otacílio Azevedo, s/nº, Nova Descoberta
Data: Sábado (08/04)
Horário: 8h às 12h

Imprensa SEDH

Funcionários da Junta Comercial voltam às atividades normais



A operação padrão que estava sendo realizada pelos funcionários da Junta Comercial de Pernambuco foi encerrada. Com isso, o andamento dos processos de abertura, fechamento e alteração de empresas, entre outros serviços, passam a ter ritmo normal nesta quarta-feira (5).

Devido ao período no qual o processamento das demandas ficou limitado, acumularam-se cerca de 8 mil processos. Para agilizar a liberação desses documentos, a direção da Jucepe vai reforçar o número de comissionados junto aos servidores. “Vamos trabalhar para que, no menor espaço de tempo possível, a Jucepe volte a deferir processos de abertura de empresas em até três dias úteis”, afirmou a presidente da Junta, Taciana Bravo.

Contando com 97 funcionários na sede e em mais nove escritórios regionais distribuídos na Zona da Mata, Agreste e Sertão, a Junta Comercial de Pernambuco é a autarquia responsável pelo registro de empresas no Estado. Como resultado de um maciço investimento realizado em tecnologia de ponta e em capacitação de recusos humanos, o órgão disponibiliza mais de 400 solicitações de serviços por meio do seu portal na Internet possibilitando que seus clientes possam baixar os documento solicitados no conforto do seu escritório ou residência.

O retorno às atividades na Jucepe se dá sete dias após a decisão do desembargador Marco Maggi, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que declarou a abusividade da paralisação dos servidores, atendendo a ação apresentada pela Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE-PE). Em 27 de março, o desembargador determinou aos servidores o retorno imediado ao trabalho de forma efetiva e total. Em caso de descumprimento, estabeleceu a imposição de multa diária de R$ 10 mil ao Sindicato dos Servidores Públicos Civis do Estado de Pernambuco (Sindserpe) e a possibilidade de instauração de processo administrativo disciplinar contra servidores.

SERVIÇO:
Junta Comercial de Pernambuco
Rua Imperial, 1600, São José, Recife, Pernambuco - CEP: 50090-000
Portal de voz: (81) 3182.5255 / (81) 3182.5200 
Atendimento ao público: segunda a sexta-feira, das 8h às 13h

Música no Palácio deste domingo recebe Madrigal Lindbergh Pires

O Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo de Pernambuco, abre as portas para a edição de abril do projeto Música no Palácio. A apresentação deste domingo (09) será com o Madrigal Lindbergh Pires. O show será no hall do Palácio, às 10h, com entrada gratuita e aberta ao público. O projeto é coordenado pelo Conservatório Pernambucano de Música (CPM).

Fundado em 1993, o Madrigal realiza recitais no Campus da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), além de teatros e igrejas do Recife. No repertório constam óperas, canções francesas e brasileiras, canções da Broadway, Negro Spirituals, entre outros gêneros. Dez integrantes do Madrigal são alunos de canto erudito do Conservatório Pernambucano de Música (CPM). O nome do Madrigal é em homenagem ao fundador e primeiro regente do coral, Irmão Lindbergh Pires, falecido em 2013, aos 72 anos.

Serviço:
Projeto Música no Palácio - Madrigal Lindbergh Pires
Data: 09 de abril (domingo)
Hora: 10h
Local: Hall do Palácio do Campo das Princesas, 
Praça da República, S/N - Santo Antônio, Recife


Secretaria de Imprensa de Pernambuco






6º Grito da Terra Pernambuco

Dando continuidade à política estadual de construção de ações voltadas aos trabalhadores e trabalhadoras rurais, o governador Paulo Câmara, recebeu, nesta terça-feira (04.04), no Palácio do Campo das Princesas, membros da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Pernambuco (FETAPE) e de outras entidades do setor. Durante a audiência, acompanhada pelo secretário de Agricultura e Reforma Agrária (Sara), Nilton Mota, foi discutida uma série de demandas relacionadas à pauta do Grito da Terra de Pernambuco (GTPE 2017) - principal mobilização bienal do segmento. Na ocasião, os representes dessas entidades entregaram um documento sobre a agenda do setor para os próximos anos.

O Grito da Terra de Pernambuco terá a sua sexta edição neste ano e deve reunir, no próximo dia 17, cerca de cinco mil trabalhadores e trabalhadoras rurais da Zona da Mata, Agreste e Sertão do Estado, no Centro do Recife, para encaminhar demandas referentes às necessidades dos homens e mulheres do campo nas áreas de saúde, educação, segurança e agricultura. Além da FETAPE, também participaram do encontro representantes da CONTAG, ASA, SERTA, MST, PJR, CPT, CÁRITAS BRASILEIRA NE2, CUT E COOPAGEL.

Secretaria de Imprensa de Pernambuco

Lei assegura direitos e garantias de criança e adolescente vítimas de violência

Publicada no Diário Oficial da União de hoje (5) a lei que estabelece garantias e direitos de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência. O governo federal assinou a nova lei ontem (4) durante o 9º Global Child Forum on South America, em São Paulo.

A Lei 13.431, de 2017, prevê que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios desenvolvam políticas integradas e coordenadas visando a garantir os direitos humanos da criança e do adolescente “no âmbito das relações domésticas, familiares e sociais”, de forma a resguardá-los “de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, abuso, crueldade e opressão”.

O projeto estabelece que sejam realizadas, periodicamente, campanhas de conscientização da sociedade, estimulando a mais rápida identificação da violência praticada contra crianças e adolescentes e a difusão dos seus direitos e dos serviços de proteção. Além disso, determina a criação de serviço de atendimento ou de resposta telefônica, inclusive por meio da internet, para denúncias de abuso e de exploração sexual.

De autoria da deputada Maria do Rosário (PT-RS) e mais dez parlamentares, a lei cria o depoimento especial que assegura à criança e ao adolescente vítimas de violência o direito de serem ouvidos em local apropriado e acolhedor, com infraestrutura e espaços físicos que garantam sua privacidade.

Esses jovens não terão contato, nem mesmo visual, com o acusado. As vítimas passam a ser acompanhados por profissionais especializados em saúde, assistência social e segurança pública. Além disso, será criado um serviço de atendimento para denúncias de abuso e de exploração sexual.

A nova legislação descreve diferentes formas de violência, como física, psicológica, sexual e institucional – essa última entendida como a praticada por instituições públicas ou conveniadas. Além de apresentar direitos e garantias de crianças e adolescentes, o texto sugere procedimentos a serem seguidos pelos entes da União e da Justiça para ações nas áreas de saúde, assistência social e segurança pública.

O texto diz ainda como serão feitos o atendimento e o encaminhamento das denúncias e detalha os procedimentos de escuta especializada e de depoimentos de crianças e adolescentes, durante as investigações de casos envolvendo violência. De acordo com o texto sancionado, a violação do sigilo processual sem autorização poderá resultar em pena de um ano e quatro meses de reclusão, além do pagamento de multa.

Agência Brasil

Vítima de assassinato em Flat é identificada

A vítima do assassinato ocorrido hoje em Boa Viagem foi identificada como a fisioterapeuta Tássia Mirella de Sena Araújo, de 28 anos.A Polícia Militar foi acionada moradores de um flat localizado na Rua Ribeiro de Brito, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, na manhã desta quarta-feira (5) para atender a pedidos de socorro de vizinhos, que ouviram vários gritos no começo da manhã de hoje. A mulher residia no 12º andar e foi encontrada morta por funcionários do condomínio. Dois dos suspeitos são o marido da vítima e um vizinho do casal.

Relatora de projeto de lei sobre isenção de direitos autorais é herdeira de rádios que devem ao ECAD

A deputada federal Renata Abreu (PTN-SP), relatora do Projeto de Lei 3.968/1997, que isentaria igrejas, academias, hotéis, rádios comunitárias e outros estabelecimentos do pagamento de direitos autorais musicais, é herdeira em rádios com dívidas de quase R$ 25 milhões com o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad). Renata, que apresentou há cerca de dez dias um parecer favorável ao projeto, é filha do ex-deputado José Masci de Abreu, proprietário das empresas Sistema Atual de Radiodifusão e Rádio Difusora Atual. Segundo planilha obtida pelo GLOBO, a primeira deve R$ 21 milhões ao Ecad pela execução pública de músicas, e a segunda deve R$ 3,2 milhões.

Na declaração de bens enviada à Justiça Eleitoral em 2014 pela própria Renata, ela aparece com 16% de participação societária na Rádio Difusora Atual, e mais 25% na Rádio Atual, outra empresa do grupo. Ela alega que se desligou da rádio antes de tomar posse, em 2015, e que não vê conflito de interesses entre seu julgamento como parlamentar e os negócios da família. “Renata Abreu exerce com independência e isenção o seu mandato”, resumiu a assessoria da deputada, em nota enviada ontem ao GLOBO. O parecer favorável de Renata Abreu ao projeto foi apresentado há cerca de dez dias, e há expectativa de que seja votado ainda este mês.

O PL 3.968 original propunha a isenção apenas para órgãos públicos e entidades filantrópicas. Ele foi elaborado há 20 anos, em 1997, pelo então deputado federal Serafim Venzon (PSDB-SC), hoje deputado estadual em Santa Catarina. Na época, ainda não havia sido aprovada a Lei 9.610, de 1998, que versa sobre direitos autorais no Brasil.

O projeto teve seis relatores na Câmara antes de chegar, em 2015, a Renata Abreu. O primeiro foi o deputado Paes Landim (PTB-PI), que apresentou parecer contrário em maio de 1998. Ele escreveu: “essas pessoas jurídicas já dispõem de vastíssimas benesses legais, para disporem de mais uma, que traria mais prejuízo aos autores, do que benefícios à sociedade”.

Desde então, o PL entra e sai de pautas de comissões, e nunca foi levado ao plenário. Sua tramitação só se acelerou em setembro de 2015, já com Renata indicada como relatora, quando uma Comissão Especial foi montada para avaliar o texto.

Como é comum em casos em que há propostas similares correndo na Câmara, o PL 3.968 teve outros 44 projetos anexados para apreciação conjunta pelos deputados. A maioria consiste em variações de isenções na execução de música em locais e finalidades diversas. Apenas um, o PL 1.766/2011, de autoria de Otavio Leite (PSDB-RJ), tem uma abordagem distinta, quase oposta do conjunto apresentado: ele sugere que se suspenda a renovação de concessão pública a rádios inadimplentes com o pagamento de direitos autorais.

De todos os 45 projetos, o único que teve parecer desfavorável de Renata Abreu em Comissão Especial foi justamente o PL 1.766.

Em sua análise, a deputada afirma que “a existência de restrições excessivas ao uso e distribuição da obra autoral pode acabar por trazer prejuízos ao próprio titular” e que “a cobrança de direitos autorais não pode ser tamanha a ponto de inviabilizar a atividade comercial exercida pelo usuário”. Ela também critica o Ecad: “É um órgão privado, mas possui poder de polícia. Não cobra tributo, mas tem fiscais capazes de fechar estabelecimentos, aplicar multas e cobrar preços coercitivamente sem a formulação de qualquer contrato prévio com o usuário de direito autoral”.

O Ecad é a entidade que representa compositores, herdeiros, gravadoras e editoras. Seu papel é cobrar os usuários — como casas de show, rádios e emissoras de TV — pela execução pública de músicas e repassar os valores aos detentores dos direitos.

Caso o projeto de relatoria de Renata Abreu seja aprovado, serão isentos, entre outros: rádios comunitárias e educativas, igrejas, templos, eventos religiosos, hotéis, motéis, consultórios médicos, empresas de transporte coletivo, terminais rodoviários, academias de ginástica, clubes sociais, esportivos e de lazer e “eventos restritos a parentes e amigos”.

Ao GLOBO, o Ecad diz preferir não se manifestar sobre o andamento do projeto. Os compositores, por sua vez, se dizem preocupados com a proposta. Tim Rescala lembra que houve uma audiência pública, no fim de 2015, em que os artistas se manifestaram contrários ao texto:

— É lesivo aos autores, injusto, mal escrito e ainda contém pontos que deixam o Brasil em situação delicada internacionalmente, pois desrespeita tratados dos quais o país é signatário. Desencavaram um projeto lamentável de 1997, desrespeitando a opinião da classe e de especialistas que se posicionaram contra ele, preferindo agir de forma oportunista e absolutamente irresponsável.

Frejat também esteve em Brasília para a audiência pública sobre o PL. Ele destaca que o projeto seria um retrocesso para o direito autoral no país:

— Mais uma vez nos vemos frente a frente com lobistas de grupos empresariais que não querem pagar pelo uso da música em seus negócios. Essas alterações são verdadeiras ofensas à dignidade dos autores, além de esbarrar e descumprimento de tratados internacionais assinados pelo Brasil.

A deputada Renata Abreu, por sua vez, defende a proposta. Em nota, ela diz: “É tarefa do legislador estabelecer regras razoáveis e balanceadas, que permitam a remuneração dos autores pela produção de obras criativas, mas sem limitar o acesso da população à cultura em razão do encarecimento da prestação de serviços”.


Jornal O Globo (Rio)

Brasil reduz desigualdade, mas ainda tem 2,5 milhões fora da escola

Nos últimos 10 anos, o Brasil aumentou o acesso de parcelas mais vulneráveis da população à escola, de acordo com levantamento do movimento Todos pela Educação (TPE). Entre 2005 e 2015, o acesso daqueles que têm de 4 a 17 anos aumentou principalmente entre a população parda e negra, entre os de baixa renda e entre moradores do campo. Os avanços foram maiores que os registrados entre brancos, ricos e moradores da cidade. 

O levantamento foi feito com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad). Entre os mais pobres, em 2005, 86,8% estavam na escola, contra 97% dos mais ricos. Em 2015, esses índices passaram, respectivamente, para 93,4% e 98,3%. Entre aqueles que moram no campo, o acesso subiu de 83,8% para 92,5%, enquanto a taxa dos moradores de zonas urbanas passou de 90,9% para 94,6%. O crescimento do acesso entre negros e pardos - que passou, respectivamente, de 87,8% para 92,3% e de 88,1% para 93,6% - foi maior que o da população branca - que passou de 91,2% para 95,3%.

Na avalição do movimento, há uma redução de desigualdade "importante, embora não suficiente", pois mesmo que os indicadores tenham avançado, ainda estão entre essas populações as maiores concentrações de crianças e jovens fora da escola. "São aqueles que mais precisam da educação para superar a exclusão e a pobreza. Muitos são crianças e jovens com deficiência e moradores de lugares ermos. Muitos têm gerações na família que nunca pisaram na escola", diz a presidente executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz.

Por lei, todas as crianças e jovens de 4 a 17 anos devem estar matriculados na escola. Pela Emenda Constitucional 59 de 2009, incorporada no Plano Nacional de Educação (PNE), lei sancionado em 2014, o Brasil teria que universalizar o atendimento até 2016.

Universalização - Os dados de 2015 mostram que o país tem 2.486.245 crianças e jovens de 4 a 17 anos fora da escola. A maior parte tem de 15 a 17 anos, são 1.543.713 jovens que não frequentam as salas de aula.

O maior avanço dos últimos dez anos se deu entre os mais novos. Em 2005, 72,5% das crianças com 4 e 5 anos estavam na escola. Esse percentual passou para 90,5% em 2015. Entre aqueles com idade entre 15 e 17 anos, o percentual passou de 78,8% para 82,6% no mesmo período. A faixa de 6 a 14 anos é tida como universalizada, atualmente 98,5% estão na escola. No entanto, isso ainda significa dizer que há 430 mil adolescentes nessa faixa etária fora da escola.

"Temos que tomar cuidado quando se diz que estamos quase universalizando. Esse discurso tirou pressão nos governos", diz Priscila. "É a questão que mais deveria envergonhar os brasileiros, saber que temos 2,5 milhões de crianças e jovens fora da escola em pleno século 21".

O TPE estabeleceu, em 2006, metas para melhorar a educação até 2022, ano do bicentenário da independência do Brasil. A primeira delas é a matrícula de pelo menos 98% das crianças e jovens de 4 a 17 anos na escola. Para chegar a esse percentual, a entidade estabeleceu metas intermediárias. Para 2015, a meta traçada era que o país tivesse incluído 96,3%, índice superior à taxa atual de 94,2%. Com informações da Agência Brasil.

Notícias ao Minuto (Rio)

PM apreende 30 quilos de maconha e prende um suspeito no Recife

A PM apreendeu 30 quilos de maconha, na madrugada desta quarta-feira (5). A ação ocorreu no Ibura de Baixo, na Zona sul do Recife. De acordo com informações do 19º Batalhão da PM, um homem foi preso durante a operação. Ele seguiu para a delegacia de Boa Viagem. A ação policial ocorreu em uma residência localizada na comunidade do Frevo. O suspeito guardava 27 tabletes de maconha e duas balanças.

Portal G1

Assédio: José Mayer pode ser preso

Após a denúncia da figurinista Su Tonani contra o ator José Mayer, no qual o acusa de assédio sexual, o caso ganhou repercussão em todo o Brasil e também foi notícia em outros países. Nesta terça-feira (4), as funcionárias da emissora decidiram se unir na campanha #MexeuComUmaMexeuComTodas para protestarem contra a opressão que as mulheres sofrem.

A Globo decidiu se posicionar dizendo que já está tomando medidas sobre o caso, e na sequência, José Mayer acabou admitindo o assédio contra a figurinista: "Eu errei"

Porém, de acordo com o advogado trabalhista Aparecido Inácio Ferrari de Medeiros, em entrevista para a 'Veja', a atitude de José Mayer em admitir o erro é correta, porém isso não tira a responsabilidade de um processo futuro.

O especialista falou também que a Globo agiu de forma correta: “Isso se chama responsabilidade solidária do empregador, ou seja, a Globo é responsável pela conduta do ator, uma vez que o contratou”, afirmou ele. Conforme a lei, o ator poderá ser condenado de um ano a dois anos de prisão.

Caio Blat - Em evento de lançamento da minissérie Os Dias eram Assim, o ator Caio Blat, que integra o elenco, deu uma opinião defendendo Mayer: “Não estou sabendo dessa decisão de afastá-lo, mas não acho certa. José Mayer é uma pessoa que a gente conhece. A declaração que ele deu hoje foi brilhante. A forma como ele se colocou foi perfeita. Ele não representa ameaça a ninguém. Fez uma brincadeira fora de tom, e na presença de outras pessoas. Não houve intimidação”. 

Perguntado se houvesse assédio com a sua mulher, o ator respondeu: “A Maria [Ribeiro] passa por isso diversas vezes, me conta. Ainda faz parte da nossa cultura. Ainda mais quando existe uma relação hierárquica. Existe essa tomada de consciência e a mobilização de hoje foi importante. Uma brincadeira que talvez as pessoas estejam acostumadas porque sempre foi assim. A campanha foi muito legal, todo mundo se engajando. Existe essa questão de outras gerações”, completou.

Com informações do Notícias ao Minuto e do Glamurama

Mulher assassinada em flat na zona sul do Recife

Uma mulher foi assassinada, na manhã desta quarta-feira (5), em um apartamento de um flat, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. De acordo com informações da Polícia Militar, o suspeito do crime é o companheiro da vítima. Depois de praticar o homicídio com uma faca, ele fugiu do local.

Segundo informações da PM, a vítima tinha 27 anos e morava sozinha no local há três meses. Ela era fisioterapeuta.

O crime ocorreu no início da manhã, no edifício localizado na Rua Ribeiro de Brito. Uma equipe da Força-Tarefa dado Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), seguiu para o local.

A Polícia Militar isolou a área. Moradores só puderam transitar pelo condomínio com autorização dos PMs.

De acordo com relatos de vizinhos, por volta das 7h, foram ouvidos gritos no apartamento, no 12º andar do flat. Eles chamaram um funcionário do condomínio, que foi conferir o que tinha acontecido.

O trabalhador contou que viu, por uma janela do corredor do imóvel, a mulher caída no chão da sala. Ela apresentava um corte no pescoço e estava nua.

Às 9h, peritos do Instituto de Criminalística (IC) chegaram ao local. Um dos objetivos era analisar as imagens das câmeras de segurança do condomínio.

Portal G1

Anvisa proíbe venda de desodorante e lote de remédio

A Anvisa proibiu nesta terça-feira (4) a fabricação, a venda, a distribuição e a divulgação do desodorante Florsoll Roll On Lavanda, produzido pela empresa Gleismi Indústria de Cosméticos Ltda.

A medida decorre, segundo a vigilância, da “ausência de notificação ou registro sanitário”. A agência determinou que a empresa recolha o estoque do produto existente no mercado.

Ainda nesta terça, a Anvisa determinou a apreensão do lote 1310710-4 do medicamento Biomag 15mg (cloridrato de sibutramina), utilizado em programas de perda de peso, em todo o território nacional. Segundo a empresa que fabrica o remédio, o lote foi produzido clandestinamente e não possui registro.

Revista Exame

Uber passa a ser um serviço público assim como o Taxi

Após aprovarem o texto-base do projeto para regulamentar o funcionamento dos aplicativos de transporte individual, que transferia para os municípios a responsabilidade de detalhar as regras que o serviço teria que seguir, os deputados conseguiram aprovar uma emenda de autoria do líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), que retirou do texto que a atividade é de natureza privada. Foram 226 votos a favor, 182 contra, e 5 abstenções.

Dessa forma, na interpretação do relator do projeto, deputado Daniel Coelho (PSDB-PE), o serviço passará a ser de natureza pública. Para ele, se o projeto virar lei com essa redação, o serviço de aplicativo não poderia funcionar enquanto não houvesse regulamentação municipal.

O deputado também afirma que, na prática, os municípios poderão aplicar regras parecidas com as dos táxis, que dependem de uma série de regulações e alvarás para poderem circular pela cidade. 

— Eles estão conseguindo inviabilizar o uso de Uber, que é o que eles sempre quiseram — disse Coelho.

O deputado afirmou que o PSDB e o PSD vão tentar obstruir a votação de outros destaques, para evitar novas derrotas. Se a votação do projeto for concluída, o texto seguirá para o Senado.

Outro destaque do PT foi aprovado por 215 votos a 163, especificando que o motorista do serviço de transporte individual por meio de aplicativos terá de cumprir mais exigências que as estipuladas no substitutivo.

O destaque aprovado impõe uma idade máxima para os veículos; a necessidade de autorização específica emitida pelo poder público municipal quanto ao local da prestação do serviço dentro do município; e certificado de registro de veículo em nome do motorista (com ou sem fidúcia) e placa vermelha. Outros pontos que já constavam do substitutivo permanecem. 

O motorista terá de ter carteira categoria B ou superior com informação de que exerce atividade remunerada e seu veículo precisará atender às características exigidas pela autoridade de trânsito e pelo poder público. Entretanto, diferentemente do que previa o substitutivo, o certificado de registro (CRLV) não poderá ser emitido por município integrante de área conurbada interestadual.

Foi retirada ainda a exigência de compartilhamento com o município das informações do motorista cadastrado na empresa do aplicativo.

Seguro e tributos - De acordo com o texto que será enviado ao Senado, os municípios terão de seguir três diretrizes na regulamentação do serviço, que será exclusiva das cidades, às quais caberá ainda a fiscalização. 

A regulamentação deverá prever a efetiva cobrança de tributos municipais pela prestação dos serviços; a exigência de seguro de acidentes pessoais de passageiros (APP) e de seguro obrigatório de veículos (DPVAT); e a exigência de o motorista inscrever-se como contribuinte individual do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Será considerado ilegal o transporte remunerado privado individual que não seguir os requisitos previstos na futura lei e na regulamentação municipal.


Maia - A aprovação da emenda foi comemorada por taxistas que acompanhavam a votação das galerias do plenário da Câmara. Eles cantaram o hino nacional assim que o resultado foi anunciado.

O novo texto põe por terra o esforço do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em costurar um projeto mais favorável às empresas como o Uber.

O texto-base aprovado reconhecia os aplicativos como um modelo de transporte e trazia poucas diretrizes que deveriam ser seguidas pelas prefeituras, como instituir a cobrança de tributos municipais pelo serviços; a contratação de seguro de acidentes pessoais a passageiros e do DPVAT para o veículo e a inscrição do motorista no INSS como contribuinte individual.

Durante a discussão do projeto, vários parlamentares criticaram o uso de aplicativos como o Uber. O deputado Sílvio Costa (PTdoB-PE), por exemplo, chamou o modelo de "transporte pirata". 

Zero Hora (RS)

Evento de comunicação foi adiado

O evento promovido pela Expolab previsto para este sábado foi adiado. Veja a nota da organização:

É com tristeza que comunicamos que o evento “Qual o Futuro da Comunicação?” não ocorrerá neste sábado.

O compromisso em entregar conteúdo de qualidade norteia as nossas ações desde o início das nossas atividades. Pensamos grande para que você voe alto. Por isso, decidimos realizar este ciclo de palestras. Escalamos profissionais renomados em suas áreas para compartilhar conhecimento com o máximo de pessoas possível. Infelizmente, a adesão não foi tão grande como esperávamos e vamos ter que reformular alguns detalhes.

O evento será mantido, mas em outra data e noutro local. Em breve, passaremos as novas informações. Se você ainda está interessadx em descobrir para onde a Comunicação vai nos levar, fique ligadx na nossa página. 

Agradecemos a sua compreensão!