segunda-feira, 8 de maio de 2017

Promotor censura jornal em Sorocaba




O promotor de Justiça da Vara da Infância e Juventude de Sorocaba (SP), Antônio Domingues Farto Neto, está sendo acusado de censurar e pautar a edição do jornal Cruzeiro do Sul um dia após ocorrer a greve geral convocada pelas centrais sindicais em todo o país em 28 de abril. Neto é membro do Conselho Consultivo da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), entidade mantenedora do veículo.

A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP). De acordo com o portal Comunique-se, o promotor agrediu verbalmente os profissionais da casa, afirmando que o êxito da greve geral era responsabilidade da cobertura que o Cruzeiro do Sul vinha fazendo.

Ele teria dito que precisava "limpar o desserviço feito" e criar uma "agenda positiva", valorizando o trabalho da Polícia Militar de São Paulo e da Guarda Civil Municipal de Sorocaba. A decisão tomada, então, foi de que Farto Neto definiria as fontes a serem entrevistadas e a manchete do dia seguinte, que ficou sendo "Paralisação prejudica o trabalhador sorocabano".

Leia a seguir o comunicado publicado pelo SJSP sobre o assunto:

Diante dos fatos denunciados, o SJSP-Regional Sorocaba lamenta profundamente que um promotor de Justiça, um homem público e com papel de grande responsabilidade na sociedade, se preste ao papel de intimidar profissionais da imprensa.

O SJSP-Regional Sorocaba lamenta também que o coronel Antônio Valdir Gonçalves Filho, do CPI/7, e o secretário de Segurança e Defesa Civil, José Augusto de Barros Pupin, tenham sido coniventes com o assédio moral aos jornalistas.

O SJSP-Regional Sorocaba lamenta que membros da Fundação Ubaldino do Amaral, instituição que tanto se orgulha de promover assistência social em nosso município, tenham praticado e presenciado tamanho desrespeito à liberdade de imprensa.

O SJSP-Regional Sorocaba lamenta que a credibilidade do centenário jornal Cruzeiro do Sul seja prejudicada por essa irresponsável e criminosa atitude e cobra um posicionamento da direção, pois acredita que a sociedade sorocabana e da região tem o direito de saber se teremos um veículo chapa-branca ou se teremos um veículo comprometido com o bom fazer jornalístico, que apura os fatos com isenção política e apresenta os diversos pontos de vista sobre as ocorrências.

Por último, o SJSP-Regional Sorocaba parabeniza o corpo de profissionais de imprensa e o editor-chefe por terem se mantido ao lado do bom fazer jornalístico e do compromisso com a sociedade em veicular informações condizentes com a realidade, mesmo diante de grande assédio e pressão. Parabenizamos a coragem dos jornalistas que não compactuaram com a interferência política violenta e que desde o dia 29 de abril não assinam expediente e matérias no jornal Cruzeiro do Sul.

O SJSP-Regional Sorocaba reconhece também a posição ética e comprometida do diretor-presidente José Augusto Marinho Mauad (Gugo), que desde o dia 29 de abril assina o jornal como diretor-presidente licenciado.

O SJSP-Regional Sorocaba está acompanhando o desenrolar dos fatos dentro do jornal Cruzeiro do Sul e está tomando as medidas necessárias para preservar o emprego e a integridade dos profissionais de imprensa.

O SJSP-Regional Sorocaba espera que esse triste episódio possa ser elucidado, se colocada a disposição das autoridades acima mencionadas para esclarecimentos dos ocorridos e que a FUA tenha a compreensão de preservar os profissionais do jornal e se mantenha ao lado do bom fazer jornalístico.

É fato que a credibilidade do jornal Cruzeiro do Sul está nas mãos dos jornalistas que, sendo o elo mais fraco na relação empregador-empregado, tiveram a coragem de se posicionar contra um feroz ataque à liberdade de imprensa.

Por fim, a sociedade sorocabana está ciente da crise ética instalada no jornal e, conforme o andamento, todos saberão se o Cruzeiro do Sul será um jornal chapa-branca, a serviço de apenas um grupo político e social, ou um jornal a serviço da sociedade.

Diretoria da Regional Sorocaba do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP).


Portal Brasil 247

Israel aprova proposta para eliminar árabe como idioma oficial e estabelecer Estado judeu

O governo de Israel deu sinal verde neste domingo (07/05) a uma emenda na lei do Estado-nação para eliminar o árabe como idioma oficial e determinar que Israel é “o Estado-nação do povo judeu”, proposta que agora será submetida a votação no Parlamento.

O Comitê de Legislação Ministerial defendeu durante sua reunião o projeto, que mantém o hebraico como idioma oficial e concede à língua árabe um "status especial" dentro do país. Além disso, determina que Israel é “o Estado-nação do povo judeu”, que tem “exclusividade” no direito à autodeterminação no território, informou o jornal Haaretz.

A proposta, que tem sido considerada há anos, tem que ser revisada pelos deputados no Parlamento (Knesset). Esse é o resultado de um debate criado precisamente para dar caráter de lei à ideia de que Israel é o Estado-nação do povo judeu, uma noção que conta com o apoio do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

O promotor deste projeto, Avi Ditcher, deputado do partido encabeçado por Netayahu, parabenizou por este "grande passo para estabelecer identidade".

Os árabes-israelenses no país, a maioria palestina com nacionalidade israelense, compõem cerca de 20% da população e em diversas ocasiões denunciaram serem discriminados por instituições oficiais.

O novo projeto de lei diz também que aqueles que falam árabe "têm direito a serviços estatais com idioma acessível" e estabelece que "cada morador de Israel, sem distinção de religião ou origem, tem direito a trabalhar para preservar sua cultura, herança, linguagem e identidade".

Ayman Odeh, parlamentar líder da Lista Árabe Unida, coalizão de partidos que representam cidadãos palestinos de Israel, afirmou que o projeto de lei “massacra os direitos das minorias”. “A lei da nacionalidade é a tirania da maioria, nos transformando em cidadãos de segunda classe, e desta vez tornando isso legal”, escreveu Odeh em suas redes sociais.

Zehava Galon, líder do partido sionista de esquerda Meretz, disse que o projeto consiste em “uma declaração de guerra contra cidadãos árabes-israelenses e contra Israel como uma sociedade democrática e governada apropriadamente”.

A organização de direitos humanos Adalah – Centro Legal para Minorias Árabes em Israel fez um levantamento e concluiu que, atualmente, pelo menos 76 leis israelenses já discriminam entre cidadãos israelenses e palestinos do país, informou a agência palestina de notícias Maan.

Opera Mundi e Agência Efe

Janot quer impedimento de Gilmar Mendes e volta de Eike à prisão

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, quer que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seja declarado impedido de relatar o habeas corpus (pedido de liberdade) do empresário Eike Batista, solto há duas semanas por força de uma decisão liminar (provisória) expedida pelo ministro.

O pedido de Janot baseia-se no fato de que a mulher do ministro Gilmar Mendes, Guiomar Mendes, é sócia do escritório do advogado Sérgio Bermudes, que atua em diversos processos ligados a Eike Batista. O procurador-geral da República quer também que seja anulada a liminar que libertou o empresário.

“Ela é responsável pela filial de Brasília, figurando inclusive como sócia do escritório, tendo participação nos lucros obtidos mediante o recebimento de honorários dos respectivos clientes, um dos quais é exatamente Eike Furhken Batista”, escreveu Janot.

A arguição de impedimento foi encaminhada nesta segunda-feira (8) à ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, para que ela leve a questão ao plenário. Janot pede ainda que o próprio Gilmar Mendes seja interrogado pelos pares. Segundo assessores do Supremo, trata-se da primeira vez que um pedido do tipo é encaminhado ao tribunal.

Além do impedimento, o procurador-geral da República quer que seja declarada também a suspeição de Mendes para atuar como relator do pedido de liberdade de Eike. Tanto o impedimento como a suspeição são situações que põem em dúvida a imparcialidade do ministro e estão previstas no Código de Processo Civil (CPC) e no Código de Processo Penal (CPP).

Janot pediu que sejam ouvidos ainda Guiomar Mendes, Sérgio Bermudes e o próprio Eike Batista. Caso seja aceita, a oitiva de Gilmar Mendes se daria de maneira secreta, de acordo com o regimento interno do STF.

Prisão

Eike Batista foi preso no final de janeiro na Operação Eficiência, um desdobramento da Lava Jato. O empresário é réu na Justiça Federal do Rio por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ele é acusado de pagar propinas e receber vantagens indevidas durante a gestão do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral.

Após a liminar de Mendes, o juiz Marcelo Bretas, da 3ª Vara Federal do Rio de Janeiro, impôs como condição para a prisão domiciliar de Eike o pagamento de uma fiança de R$ 52 milhões.

Agência Brasil

'Uberizar' o país e mudar leis trabalhistas: quem é Emmanuel Macron, novo presidente da França?

A chegada ao segundo turno do fundador do Front National e a exclusão do candidato do Partido Socialista Lionel Jospin foram um verdadeiro eletrochoque para os franceses. Milhões de pessoas foram às ruas das principais cidades dizer “não” à extrema-direita e a seu líder. Chirac ganhou com 82% dos votos. Apesar de ser o candidato da direita (UMP, na época), ele teve os votos de praticamente toda a esquerda francesa que se uniu à direita no Front Républicain (Frente Republicana).

Os tempos mudaram. A Frente Republicana não é uma evidência e a abstenção foi defendida por muitos que acreditavam que entre Marine Le Pen e Emmanuel Macron era escolher entre “a peste e a cólera”, na expressão francesa.

De 2002 para cá, o Front National banalizou-se, sofreu uma maquiagem profunda, a tal ponto que muitos o consideram um partido como outro qualquer. Mas a maioria dos franceses ainda o vê como um partido fascista e xenofóbico, uma ameaça à democracia francesa.

A maior prova da banalização do FN é que Emmanuel Macron aceitou debater com Marine Le Pen.

Muitos intelectuais e políticos de esquerda têm martelado em artigos e entrevistas que era preciso votar Macron no segundo turno, pois quanto maior fosse sua votação, mais marcante seria a prova da rejeição da França às teses extremas do FN. A pesquisa de opinião feita pelo IFOP divulgada dia 1° de maio dava 59% dos votos para Emmanuel Macron e 41% para Marine Le Pen. Em relação a semana anterior, ele perdeu um ponto e ela ganhou um.

Os mais reticentes em votar Macron eram os eleitores de Jean-Luc Mélenchon (19,6% no primeiro turno). Mélenchon se recusou a estimular seus eleitores a votar por Macron por sua posição radicalmente oposta ao programa do candidato, mas afirmou que os franceses não podem eleger Marine Le Pen, considerada por toda a esquerda como um perigo para a République.

Macron venceu com 61%, contra 39% de Le Pen. Fato inédito na história da França, o novo presidente vai festejar, em dezembro, seus 40 anos no Eliseu. Sua mulher Brigitte, tem 64 anos e era professora de francês no liceu em que ele estudou, em sua cidade Natal, Amiens.

Os boatos sobre a homossexualidade de Emmanuel Macron, que lhe atribuíam até mesmo um amante (o PDG de Radio France, Mathieu Gallet) foram desmentidos com fair play pelo próprio candidato. Houve quem sugerisse que o boato veio de Moscou, pois foi publicado pela primeira vez na imprensa russa.

Na atual recomposição do cenário político francês, as alianças mais improváveis acontecem e não se pode esquecer que Marine Le Pen é próxima de Vladimir Putin.

Ambiguidade

A fulgurante carreira de Emmanuel Macron, totalmente atípica na França, já faz parte da história do país, pois ele revolucionou todos os rígidos códigos do mundo político francês no qual a separação entre a direita e a esquerda, que se alternam no poder, é muito clara.

Mas quem é Emmanuel Macron? O futuro presidente francês de 39 anos nunca exerceu um mandato eletivo nem mesmo de vereador (conseiller municipal) e era desconhecido dos franceses até três anos atrás, quando François Hollande o nomeou ministro da Economia, no governo do primeiro-ministro Manuel Valls.

Desde o ano passado, quando pediu demissão do ministério, nenhum político ocupou tanto espaço na mídia francesa como Macron, prova de que os proprietários de jornais, TV e revistas lançaram todas as suas fichas na candidatura do ex-ministro. O jornalista Marc Endeweld escreveu um livro cujo título já fala da ambiguidade do personagem : “L’ambigu monsieur Macron”.

Para ressaltar as hesitações de Macron, seus adversários o acusam de ambiguidade porque ele é capaz de defender uma posição hoje e amanhã mudar de opinião fazendo nuances em seu raciocínio. Para os mais críticos, ele encarna dois personagens : Dr. Emmanuel e Monsieur Macron.

Antes de declarar seu voto em Emmanuel Macron para o segundo turno, o economista Thomas Piketty – que assessorou o candidato do Partido Socialista Benoît Hamon no primeiro turno – havia escrito que “Macron é um banqueiro que vai governar para os banqueiros”. Não mudou de opinião, mas não quer ver Marine Le Pen no Eliseu.

O programa direitista de Macron prevê a supressão do imposto sobre a fortuna (ISF), a remodelação (que os neoliberais apresentam sempre no mundo inteiro como a “modernização”) do Code du Travail (a CLT francesa) e o exercício do poder por decretos quando não houver maioria no Parlamento. Os serviços públicos devem também ser atingidos por cortes de funcionários e orçamento. Além disso, ele vai esvaziar o papel dos sindicatos, com menos poder e menos repasse de dinheiro.

Mas os dividendos aos acionistas estão garantidos.

Formado na prestigiosa ENA (École Nationale d’Administration), ele foi inspetor de finanças e fez carreira no serviço público até 2008, quando entrou para o Banco Rothschild, onde ficou até 2012. O seu passado de banqueiro ficou colado como um estigma na pele do jovem candidato à presidência, numa França que não aprecia o “mélange de genres” entre o mundo dos negócios e a política.

Com a eleição de François Hollande e por ter tido uma rápida passagem de três anos pelo Partido Socialista, o jovem ambicioso entrou no Palácio do Eliseu como secretário-geral adjunto em 2012. Saiu em 2014, para voltar poucos meses depois como ministro da Economia. O jovem ministro aparentemente gostou do mundo do poder e resolveu começar por onde todos terminam. Em abril de 2016, criou o partido “En Marche” (as iniciais do seu nome), em agosto pediu demissão e lançou sua candidatura à Presidência da República.

Dizendo-se nem de esquerda nem de direita, para logo depois começar a se afirmar “de esquerda e de direita”, Macron foi comendo pelas beiradas eleitores dos dois campos.

Macronizar ou uberizar a sociedade francesa

Com sua biografia e seu programa neoliberal, Macron angariou a simpatia geral do mundo das finanças, do CAC 40 (as principais empresas francesas cotadas na Bolsa) e do mundo da mídia, quase 100% a seus pés, com raras exceções.

E, muito importante, começou a contribuir com a demolição do Partido Socialista ao receber o apoio de alguns dos pesos-pesados do governo Hollande, antes ainda do primeiro turno, esvaziando totalmente a candidatura de Benoît Hamon, candidato do PS. O ministro da Defesa, Jean-Yves Le Dryan, e o ex-primeiro-ministro Manuel Valls, ambos socialistas, macronizaram antes do primeiro turno.

Nunca a França fez tantas guerras e vendeu tantas armas quanto no governo Hollande, quando o ministro Le Dryan era um verdadeiro relações públicas da indústria bélica francesa. Os fabricantes de armas deram apoio incondicional e entusiasmado ao candidato de “En Marche”.

Como parte da ambiguidade do candidato, seu livro lançado durante a campanha se chama “Révolution”. Que ninguém espere outra coisa senão uma clara e nítida virada mais à direita do aquela realizada por seu mentor François Hollande.

“Seu partido, provavelmente rebatizado no futuro, já recebeu apoio de um grande número de deputados de direita, além de ministros de Hollande. Ele se encarregará de ‘macronizar’ ou ‘uberizar’ a sociedade”, escreveu o jornalista Denis Sieffert, diretor da revista semanal “Politis”.

Consequência do cometa Macron, Sieffer acrescenta que em breve todos vão perceber que o Partido Socialista, esvaziado por Macron, vai se transformar “em um partido de centro-esquerda, que gravará no mármore o neoliberalismo”.

No entanto, assim como numerosos socialistas e comunistas, Denis Sieffert declarou voto em Emmanuel Macron dizendo que ele encarna tudo o que sua revista combate há muitos anos mas “não se brinca com o risco fascista”. “Não é uma questão de programa, iremos combatê-lo com outras armas”, acrescentou.

Quanto à jornalista Aude Lancelin, ela foi demitida da revista Nouvel Obs por um artigo em que demonstrava a total adesão e conivência da grande mídia ao candidato Macron, no que ela chamou de “endogamia macroniana”. Baseada em fatos e exemplos irrefutáveis, ela demonstra em seu excelente artigo como este pareceu aos grandes patrões da imprensa mais palatável e seguro que o direitista François Fillon, implicado judicialmente por empregos fictícios de sua mulher e de seus filhos.

Opera Mundi

Cesta básica sobe em todas as capitais do país em abril

O preço da cesta básica subiu em todas as capitais do país no mês de abril. As maiores altas foram registradas em Porto Alegre (6,17%), Cuiabá (5,51%), Palmas (5,16%), Salvador (4,85%) e Boa Vista (4,71%).

As menores elevações foram observadas em Goiânia (0,13%) e São Luís (0,35%). Os dados, divulgados hoje (8), são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, feita mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em Porto Alegre, foi registrada a cesta mais cara (R$ 464,19), seguida por Florianópolis (R$ 453,54), Rio de Janeiro (R$ 448,51) e São Paulo (R$ 446,28). Rio Branco (R$ 333,18) e Aracaju (R$ 363,87) foram as cidades com os menores valores.

No acumulado dos primeiros quatro meses de 2017, 11 capitais registraram queda no preço da cesta, com destaque para Rio Branco (-13,33%), Manaus (-5,34%) e Maceió (-4,32%). No entanto, em 16 capitais houve aumento, sendo os mais expressivos em Fortaleza (7,33%), Recife (5,97%) e Teresina (4,84%).

No acumulado dos últimos 12 meses (de março de 2016 a abril de 2017), 20 cidades registraram alta na cesta. Os aumentos mais expressivos foram observados em Natal (10,28%), Fortaleza (9,85%) e Porto Alegre (8,73%). As reduções ocorreram em sete capitais, com destaque para Belém (-3,49%), Macapá (-3,28%) e Rio Branco (-3,11%).

Segundo o Dieese, em abril o salário-mínimo necessário para a manutenção de uma família deveria ser R$ 3.899,66, ou 4,16 vezes o salário-mínimo oficial, de R$ 937,00. O cálculo considera a determinação constitucional de que o mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele, com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Comportamento dos preços

O tomate registrou aumento nas 27 capitais, em abril. As altas variaram entre 5,61%, em Belém, e 64,69%, em Porto Alegre. Segundo o Dieese, o fim da colheita da safra de verão e o clima mais ameno foram os fatores que reduziram a oferta e elevaram o valor do fruto.

A batata também apresentou alta em todas as capitais, com destaque para os aumentos em Florianópolis (37,84%), Cuiabá (29,91%), Porto Alegre (26,64%) e Curitiba (26,40%). De acordo com o Dieese, as chuvas reduziram a oferta do tubérculo. A maior demanda pelo produto, na Semana Santa, fez com que o preço da batata crescesse em todas as capitais.

O leite teve aumento de preço em 20 capitais, com destaque para as elevações em Recife (8,81%), Cuiabá (4,85%), Natal (2,44%) e Palmas (2,30%). As retrações mais expressivas foram registradas em Boa Vista (-3,65%) e São Luís (-3,09%).

Já o preço do arroz diminuiu em 23 capitais, com variações entre -7,36%, em Campo Grande, e -0,25%, em Teresina. Em São Paulo, o preço do grão não variou, e houve elevação em Manaus (0,32%), Fortaleza (0,63%) e Belém (2,84%). Segundo o Dieese, os estoques abastecidos da indústria e a baixa demanda dos centros consumidores fizeram com que o preço do arroz diminuísse em abril.

Agência Brasil

Polícia identifica quatro suspeitos de estupro coletivo

Quatro suspeitos do estupro coletivo de uma menina de 12 anos em uma comunidade da Baixada Fluminense foram identificados pela polícia. Gravado pelos suspeito, o crime as imagens foram compartilhadas em redes sociais na última semana.

Na manhã desta segunda (8), ela e a tia, que denunciou o caso, foram à Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) com os rostos cobertos. De lá, foram encaminhadas ao Centro de Atendimento ao Adolescente e à Criança (Caac), que funciona no Hospital municipal Souza Aguiar, no Centro (foto).

No local, a jovem fez exame de corpo de delito e foi medicada contra doenças sexualmente transmissíveis. De acordo com o delegado, a Polícia Civil fez uma solicitação para o Facebook preservar todo conteúdo que mostra o ato contra a menina.

Compartilhado em redes sociais, no vídeo pelo menos cinco rapazes aparecem nus, enquanto a menina grita pedindo para que parem com o ato, mas eles continuam com as agressões.

Revista Veja

Pesquisadores anunciam ter eliminado HIV em animais com técnica de edição de DNA

Uma equipe de pesquisadores da Universidade Temple, na Filadélfia, anunciou que conseguiu reeditar os genes do HIV presentes em animais vivos infectados. Essa reformulação do DNA evita que o vírus continue a se replicar e elimina a doença. A pesquisa foi publicada na revista "Molecular Therapy".

Essa técnica de edição de DNA é recente, mais divulgada durante o ano de 2016, e é uma das maiores promessas para combate às doenças. O Crispr, como é chamada, é uma ferramenta usada pelas bactérias quando são atacadas pelos vírus: elas reescrevem os genes inseridos pelos "inimigos", o que chamou a atenção dos pesquisadores.

Usar o Crispr para curar o HIV é uma das principais metas de pesquisadores. Neste estudo, os cientistas Wenhui Hu, Kamel Khalili, Laura H. Carnell e Won-Bin Young ampliaram os resultados obtidos em 2016, em artigo publicado pela revista "Nature" (leia em inglês). No ano passado, eles conseguiram eliminar fragmentos do HIV do genoma da maioria dos tecidos dos animais do experimento, também com a ajuda do Crispr.

"Nosso novo estudo é mais abrangente", disse Hu. "Confirmamos os resultados do nosso trabalho anterior e melhoramos a eficiência da nossa estratégia de edição de genes. Nós também demonstramos como é eficaz a estratégia em dois modelos de ratos diferentes e adicionais, um com uma infecção aguda nas próprias células e outro representando a infecção latente em células humanas".

Desta vez, neste novo artigo, a equipe conseguiu inativar o HIV geneticamente em camundongos, reduzindo a expressão do RNA viral em cerca de 60 a 90%, confirmando a descoberta anterior. Em seguida, eles conseguiram usar o Crispr em roedores infectados com um tipo de HIV equivalente ao humano. Os cientistas também usaram o Crispr em um terceiro modelo de células infectadas, com enxerto em nas células T, ou linfócitos T, tipo importante para a defesa do seres humanos.

"Durante a infecção aguda, o HIV se replica ativamente", disse Khalili. "Com os camundongos com EcoHIV (similar ao humano), nós pudemos investigar a capacidade estratégica do Crispr em bloquear a replicação do vírus e potencialmente prevenir um sistema de infecção. A eficiência da edição chegou a 96%. De acordo com os pesquisadores, é a primeira evidência para erradicação do HIV.

Portal G1

Trabalhadores já sacaram mais de R$ 16 bilhões de contas inativas do FGTS

Os saques nas contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) já somaram R$ 16,6 bilhões, segundo balanço da Caixa Econômica Federal. De acordo com o banco, 85% dos 10,6 milhões de trabalhadores que têm direito ao saque e fazem aniversário entre janeiro e maio já acessaram os recursos, disponibilizados em dois lotes até agora.

Na próxima sexta-feira (12), quando começa a próxima fase do programa, os valores estarão disponíveis para os nascidos nos meses de junho, julho e agosto.

No terceiro lote do calendário de saques do FGTS, 7,6 milhões de trabalhadores poderão sacar cerca de R$ 10,8 bilhões que, de acordo com o banco, correspondem a 25% do total de recursos disponíveis no programa.

Independentemente das próximas datas, as pessoas que fizeram aniversário nos meses anteriores ainda podem sacar os valores ou transferi-los para suas contas-correntes.

A vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa, Deusdina dos Reis Pereira, destacou que a data limite para todos os trabalhadores é o final do mês de julho. “Desde o primeiro calendário até o que vai contemplar os que nasceram em dezembro, que é o último calendário, o prazo máximo é de até 31 de julho. É necessário que todos estejam em condições de realmente receber nesta data”, afirmou a representante do banco em uma transmissão ao vivo pelo Facebook para orientar os trabalhadores sobre o saque.

Horário especial nas agências

Assim como ocorreu nas fases anteriores, cerca de 2 mil agências da Caixa estarão abertas no próximo sábado (13) exclusivamente para o pagamento das contas inativas e esclarecimento de dúvidas sobre o tema. Além disso, o atendimento do banco vai funcionar duas horas mais cedo na sexta (12), segunda (15) e terça (16) para evitar filas nos primeiros dias de liberação do lote.

Em 16 de junho, os saques serão liberados para os nascidos em setembro, outubro e novembro. O mesmo ocorrerá a partir de 14 de julho, quando quem nasceu em dezembro poderá sacar o saldo de contas inativas do FGTS.

Quem pode sacar

Pode fazer o saque quem teve contratos de trabalho encerrados até 31 de dezembro de 2015. Valores até R$ 1,5 mil podem ser sacados nos terminais de autoatendimento com a senha do Cidadão. Para valores até R$ 3 mil, o saque pode ser feito com o Cartão do Cidadão e a senha no autoatendimento, em lotéricas e correspondentes Caixa. Acima de R$ 3 mil, os saques devem ser feitos nas agências do banco. A transferência de recursos de contas inativas do FGTS da Caixa para outros bancos poderá ser feita sem a cobrança de taxas, a pedido do trabalhador.

Agência Brasil

Cármen Lúcia (STF) tem encontro reservado com seleto grupo de empresários

A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, recebeu em seu gabinete, na manhã desta 2ª feira (8.mai.2017), 1 seleto grupo de 13 empresários. Foi a 2ª reunião da magistrada com esse grupo. Tudo é feito de maneira muito discreta e a presidente do Supremo pede reserva a todos os participantes.

Eis a lista de participantes da reunião:

Betania Tanure (consultora da BTA – Betania Tanure Associados);
Candido Bracher (novo presidente do Itaú Unibanco);
Carlos Schroder (diretor-geral da Rede Globo);
Chieko Aoki (fundadora e presidente da rede Blue Tree Hotels);
Décio da Silva (controlador da fabricante de motores Weg);
Flavio Rocha (dono das lojas Riachuelo);
Jefferson de Paula (chefe da ArcelorMittal Aços Longos na América do Sul);
Luiza Helena Trajano Rodrigues (dona da rede Magazine Luiza);
Paulo Kakinoff (presidente da Gol Linhas Aéreas);
Pedro Wongtschowski (empresário do grupo Ultra, dono da rede Ipiranga);
Rubens Menin (dono da construtora MRV);
Walter Schalka (presidente da Suzano Papel e Celulose);
Wilson Ferreira (presidente da Eletrobras).

AGENDA CHEIA

À tarde, Cármen reuniu-se com a ministra do TST (Tribunal Superior do Trabalho) Delaide Arantes. Depois, encontrou-se com o procurador da República Frederico de Carvalho Paiva.

Poder 360º

Dilma vai à Curitiba nesta quarta apoiar Lula



A ex-presidente Dilma Rousseff acabou de confirmar que vai a Curitiba em solidariedade ao ex-presidente Lula, que deve depor na manhã desta quarta ao Juiz Sérgio Moro. O ex-presidente é réu na ação penal do caso triplex — imóvel situado no Guarujá, litoral de São Paulo, cuja propriedade a Lava-Jato atribui ao petista, o que ele nega. Movimentos Sociais de todo o País, como o MST e a CUT também estão mandando caravanas para a capital paranaense.


Com informações do Jornalistas Livres e do Zero Hora (RS)

Latuff e a revogação da Lei Áurea


Charge de Carlos Latuff para a Frente Brasil Popular

Audiência tenta evitar votação de "proposta-bomba" do licenciamento ambiental

Na Câmara dos Deputados, a bancada ruralista apresentou um projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental no país. Entre as mudanças propostas, está o fim da obrigatoriedade de licenciamento para empreendimentos como asfaltamento de rodovias, obras de saneamento, dragagem de portos e atividades de agropecuária extensiva.

No próximo dia 10, às 9h da manhã, a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável realizará uma audiência pública para evitar a votação da proposta na Comissão de Finanças e Tributação. Na audiência, será debatido o relatório apresentado pelo deputado Mauro Pereira (PMDB-RS) e outras versões do projeto em tramitação. 

“A vida das pessoas e o meio ambiente não são moedas de troca para votações no Congresso Nacional. A exemplo do que ocorreu com o Código Florestal, que se transformou em uma Lei rural, a versão unilateral pode se tornar uma lei de liberação e gerar demandas judiciais por ferir princípios Constitucionais e prerrogativas da União”, afirma Malu Ribeiro, da SOS Mata Atlântica. 

A Lei Geral do Licenciamento é uma demanda de setores como o agronegócio, já que não existe uma lei única sobre licenciamento ambiental no país. O ministro Sarney Filho (PV-MA), da pasta do Meio Ambiente, deu início ao debate com ambientalistas, sociedade civil e os ruralistas.

Entretanto, a pressão do setor agropecuário, com apoio da Casa Civil, fez com que o ministério cedesse em alguns pontos da versão do projeto de Lei Geral elaborado pelo Ibama. Depois, a bancada ruralista apresentou um projeto substitutivo que acaba com o licenciamento para diversos setores.

Suely Araújo, presidente do Ibama, criticou o substitutivo, afirmando que ele tem uma quantidade excessiva de empreendimentos dispensados de licenciamento. Há fortes retrocessos ambientais no texto, que tenderão a gerar judicialização de processos de licenciamento e da própria lei aprovada com esse conteúdo", afirma. 
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Ambientalistas apontam que o projeto dos ruralistas dá muito poder de decisão para órgãos estaduais, gerando algo similar com a guerra fiscal entre os Estados, com os entes reduzindo as exigências ambientais que teria que ser cumpridas. 

“A Lei só será efetiva se garantir o controle social e a eficiência técnica de forma ágil para ser capaz de evitar tragédias anunciadas, como a de Mariana (MG), diz Malu, da SOS Mata Atlântica. 

GGN

Apesar da dor, um saldo positivo

O jornalista João Pedro Schonarth abre as portas do sobrado ainda em reforma, onde mora há menos de um mês, acompanhado por seus dois cachorros, Tom e Tody. Ofega após uma pedalada de oito quilômetros que percorre para voltar do trabalho, na Cidade Industrial de Curitiba, e aos poucos retoma o fôlego. Bebe água num galão improvisado sobre a cadeira e oferece à repórter, que também chegou de bicicleta. “Vamos subir e conversar?”, ele pergunta, já familiarizado com o protocolo; como jornalista, nem precisa que lhe explique como funciona ou do que se trata um perfil.

Bruno Banzato, seu companheiro, não está em casa: servidor público da UFPR, cumpre uma carga horária mais extensa do que João. “Eu gostava quando nós dois trabalhávamos no período da manhã e tínhamos muito tempo juntos para conduzir nossa rotina, cozinhar, ir ao supermercado e passear com os cachorros”, recorda-se.

O casal tornou-se conhecido nacionalmente ao denunciar, nas redes sociais, um panfleto repulsivo e criminoso distribuído à porta de sua casa e pelas ruas do bairro Água Verde. Alguns dias depois, moradores da região e de toda a cidade se reuniram num protesto em combate à homofobia. “Quando vi aquele panfleto as minhas pernas vacilaram, caí sentado”, lembra João Pedro. “Mas o ato contra a intolerância foi tão bonito e reuniu tanto amor que compensou todo o sofrimento. Se eu tiver feito ao menos uma pessoa repensar seu preconceito, penso que a experiência já teve saldo positivo”, assegura.

Uma dentre milhares que se comoveram e solidarizaram com o episódio é a pequena Letícia Haro, de dez anos, que mora a algumas quadras do casal. Chegou aliviada de encontrá-los almoçando num restaurante próximo e explicou que não conseguiu chegar a tempo para participar do protesto. “Pediu para tirar foto com a gente, já depois do ato, e disse que estava ao nosso lado”, lembra João, antes de mostrar a fotografia no celular, a mesma que ilustra esta matéria. 

Sete anos de cumplicidade

Bruno e João Pedro moram juntos há sete anos. Nesse período, já conheceram 20 dentre os 26 estados brasileiros. Sempre que as finanças permitiram, reuniram economias para percorrer países da América Latina e vivenciar o cotidiano em Londres, na Inglaterra, por alguns dias. “Sentimos orgulho ao ver que conseguimos realizar os nossos planos”, diz João, que trabalha desde os 15 anos. Ele aponta que o casal nunca viveu uma situação como esta. “A homofobia ainda não é crime tipificado em nosso país”, critica João. “Nosso caso foi classificado criminalmente como injúria, embora se trate de crime de ódio explícito. Só passamos por isso porque somos gays”.

A casa em que moram está nas etapas finais da reforma. Enquanto instalam prateleiras, desencaixam utensílios e organizam aposentos, o último andar já foi equipado com o sofá em que assistem séries e do qual até os cachorros se aproveitam para cochilar. Ao lado da sala de TV, uma varanda ensolarada aguarda a chegada da criança que em breve fará parte da família. “O processo está na etapa final”, João revela, ansioso. “Não vemos a hora de amar, acolher e educar um filho que aguarda uma família nas filas de adoção”.

Saldo positivo 

O jornalista ainda enxerga outro saldo positivo, apesar da dor e da humilhação que sentiram ao descobrir os panfletos, covardes e anônimos. “Eu vivia num mundo cor-de-rosa”, reflete em voz alta, no seu tom afetuoso. “Sempre pensei que bastava fazer o bem, cumprir com as obrigações e pagar minhas contas para que ninguém nos incomodasse”.

Agora, depois de encontrar-se cara a cara com a homofobia (ou, para sermos exatos, cara a panfleto), saberá como lidar com outras situações caso o preconceito encoberto em meio ao cotidiano se revele em sua vida outra vez. “Depois dessa, a gente encara qualquer coisa. E eu vou contar ao meu filho que não ficamos calados quando isso aconteceu com seus pais. Pra que ele nunca se cale também”, finaliza, otimista, como quem sabe alegrar com esperança até a mais perversa dentre as ruas da cidade.

Brasil de Fato

Professor da UFRJ é acusado de racismo

A substituição chegou a ser pedida pelo CaEng (Centro Acadêmico de Engenharia) à direção da Escola Politécnica. No entanto, segundo a direção da escola, o professor deixou a disciplina Rede de Computadores I por iniciativa própria. Ele continuará, entretanto, com seus projetos de pesquisa vinculados ao CNPq e também atuando na pós-graduação.

Em reunião com diretores, os integrantes do CaEng também solicitaram a abertura de um processo administrativo contra o professor, mas a direção da Escola Politécnica não atendeu a reivindicação. Em entrevista ao UOL, o diretor João Carlos Basilio minimizou as declarações do professor.

“Com o governo Lula houve abertura de acesso de pessoas à universidade que até então não tinham condições de entrar. Muitas delas de classe social baixa. Essas pessoas estão acostumadas a serem encurraladas, oprimidas e aqui elas têm voz. Tudo passou a ser mais discutido hoje em dia.”

Segundo denúncia do centro acadêmico em março passado, o professor teria relacionado ladrões a pessoas negras. “Na rua como você detecta um ladrão? Primeiro você olha a cor”, teria dito o docente segundo relato de estudantes. Ainda de acordo com os alunos, o professor complementou: “Se você tem um sistema de segurança onde só passa gente branca, quando passa um preto o sistema apita.”

Segundo o diretor da Escola Politécnica, o professor alegou que a declaração foi descontextualizada. Na opinião de Basílio, o exemplo foi pertinente levando em consideração a alegação do professor.

“Ele estava explicando como se estabelece um procedimento para segurança de rede. No meio da aula, ele disse: ‘Às vezes podemos fazer um protocolo errado, e baseado em equívocos, a gente pode tomar decisões erradas’. Aí, chegou o grande problema. Ele deu o seguinte exemplo: ‘Imagina que estamos numa fila, vem um negro correndo e a gente acha que é um ladrão e decide sair correndo com medo. Isso é um é sinal de anomalia no sistema de defesa.'”
Professor nega ser racista

Em uma reunião entre representantes do centro acadêmico, diretores e coordenadores dos cursos da Escola Politécnica, o CaEng esperava que o professor fizesse um pedido de desculpas à comunidade escolar, o que não aconteceu. Ele contratou um advogado para acompanhar o caso.

Os estudantes também se frustraram com a resposta da Escola Politécnica, que até agora optou por promover um seminário obrigatório a todos os professores para que seja discutida a questão racial. Serão abordados assuntos como ética no ensino da engenharia, questões raciais e o novo perfil socioeconômico dos alunos da UFRJ.

Os estudantes também se frustraram com a resposta da Escola Politécnica, que até agora optou por promover um seminário obrigatório a todos os professores para que seja discutida a questão racial. Serão abordados assuntos como ética no ensino da engenharia, questões raciais e o novo perfil socioeconômico dos alunos da UFRJ.

A medida foi considerada insuficiente pelo CaEng. “Nós achamos essa ideia muito boa, talvez um primeiro passo rumo a não reprodução do racismo e não relativização dessa opressão. Mas, de fato, não achamos que seja uma medida suficiente e, diante de toda essa situação, o CaEng já está procurando todas as alternativas possíveis para que esse ocorrido não fique impune”, diz o centro acadêmico. Na ocasião da denúncia, o centro acadêmico havia informado a intenção de buscar ajuda jurídica.

Na página do CaEng nas redes sociais, um estudante de Engenharia defendeu que o professor saísse da universidade direto para a delegacia. “Isso não merece nota de repúdio, não. Ele merecia sair da sala num carro de polícia.”

A reportagem do UOL tentou contato com o professor, mas ele não foi encontrado para comentar a acusação.

Já a assessoria de imprensa da UFRJ disse que a Reitoria e a Ouvidoria Geral estão acompanhando o caso. Em nota, a universidade disse que, por meio da campanha ‘Não se Cale’, dará apoio à Escola Politécnica no sentido de promover ações de respeito à diversidade. “Lançada no ano passado, a campanha tem objetivo de combater todas as formas de opressão e violência na UFRJ”, diz a UFRJ por meio de nota.

Portais UOL e Geledés

Jovens desaparecidas em Jaboatão foram encontradas em Carpina

As quatro adolescentes desaparecidas desde a terça-feira (2), em Jaboatão dos Guararapes, foram encontradas na manhã deste sábado (6), no município de Carpina, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Segundo a Polícia Militar, as garotas estão bem e foram levadas para a Delegacia de Nazaré da Mata. Os parentes foram avisados sobre o término das buscas. 

As quatro jovens estavam em uma casa no bairro de Santo Antônio, em Carpina. "As meninas foram encontradas a partir de uma denúncia anônima, que, a princípio, disse que elas se encontravam no bairro de Santo Antônio e nossas equipes foram averiguar. Fizemos a apreensão das mesmas e viemos para a delegacia para as providências das mesmas", afirmou o capitão José Leandro, do 2º Batalhão da PM.

De acordo com moradores da área, duas mulheres e um homem residem na casa. “Eu só notei que as meninas estavam aqui perto quando vi a movimentação da polícia. Elas estavam chorando enquanto eram levadas pelos policiais, mas aparentavam estar bem”, conta Suzy Moura, moradora do bairro.

As garotas foram levadas por policiais militares e por uma equipe do Conselho Tutelar de Carpina à Delegacia de Nazaré da Mata, onde chegaram pouco depois das 16h. "Eu fiz uma corrente forte, pois sou muito católico. Ela apareceu e agradeço muito a Deus e à imprensa. Quem ligou para o Disque Denúncia, para a polícia, eu agradeço muito. Estou muito feliz", disse José Roberto da Silva, pai de uma das adolescentes.

A polícia, no entanto, ainda não informou os motivos que levaram as jovens a sair de casa. De acordo com o delegado de plantão, Joaquim Braga Neto, as pessoas que tiveram contato e deram abrigo às adolescentes serão investigadas. "Vou fazer a ouvida das mesmas, em seguida vou mandar para o IML para fazer exame sexológico, toda a cautela que a gente tem que ter quando recupera uma pessoa. Em seguida, entregar aos pais e continuar a investigação", contou o delegado.

Entenda o caso

As adolescentes têm entre 12 e 16 anos e moram na mesma rua, no bairro de Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes. Segundo familiares, elas tinham sido vistas pela última vez na terça (2), quando foram à escola. Na quarta (3), os pais denunciaram o desaparecimento à Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente.

Durante as investigações, a delegada Vilaneida Aguiar descartou a hipótese de sequestro porque uma das garotas levou itens de higiene pessoal e outra jovem chegou a escrever uma carta para a mãe informando que sairia de casa. A delegada, no entanto, não comentou se a polícia trabalhava com a hipótese de violência doméstica.

Portal G1

Organizações pedem que condenação de Menicucci seja levada à ONU e OEA

A defesa da ex-ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci, já protocolou embargos de declaração (pedido de esclarecimentos com caráter recursal) à decisão da juíza Juliana Nobre Correia. A titular da 2ª Vara do Juizado Especial Cível proferiu no último dia 19 sentença condenando Eleonora ao pagamento do valor correspondente a R$ 10 mil corrigidos monetariamente e com acréscimo dos juros desde a arbitragem da decisão até a efetiva quitação, a título de danos morais em favor do ex-ator pornô Alexandre Frota.

Frota processou Eleonora após ela ter criticado o fato de o ministro da Educação, Mendonça Filho, ter recebido o ator em maio do ano passado para discutir o projeto “Escola Sem Partido”. Na época, Alexandre Frota respondia a procedimento investigativo no âmbito da Promotoria Criminal por ter tripudiado de uma ialorixá em um programa de TV e afirmado que “botei a mãe de santo de quatro, levantei a saia dela, agarrei ela pela nuca, botei o boneco para fora e comecei a sapecar” e que “fiz tanta pressão na nuca da mulher que ela dormiu”. Posteriormente o processo foi arquivado por um promotor depois de Frota ter dito que tudo se tratava de “uma brincadeira”.

No entanto, o arquivamento do procedimento só atesta que, na opinião do promotor responsável, não estavam presentes os requisitos mínimos para o ajuizamento da ação penal. Não significa que Frota foi absolvido porque sequer houve uma ação penal e julgamento de seus atos. O portal Consultor Jurídico destacou à época do arquivamento que o promotor do caso ressaltou a necessidade de preservar a liberdade de expressão do investigado. E que o despacho de arquivamento atesta que “no caso dos autos, Alexandre não teve o ânimo de exaltar a sua conduta (reprovável), mas apenas narrar um episódio de sua vida”.

No entanto, a sentença condenatória a Eleonora Menicucci pelo fato de a ex-ministra ter afirmado que Frota “não só assumiu ter estuprado, mas também faz apologia ao estupro” ressalta “que o direito de crítica somente é válido quando alicerçado em alguma idéia [sic] construtiva para o leitor ou para quem presencia a crítica.” A juíza afirma ainda que “no momento em que se constata que houve ataque à pessoa do requerente, com referência a situação de estupro envolvendo o autor em contexto que envolvia simples audiência aceita pelo Ministro da Educação para tratar de projeto relacionado à educação apresentado pelo autor, verifica-se a viabilidade do pleito a título de danos morais, como forma de restaurar a ordem jurídica, pois restou caracterizada situação de efetiva desvinculação da narrativa da autora em relação ao tema da visita do autor ao Ministro da Educação, de modo que nasce a possibilidade de reparação a título de danos morais”.

Em sua página em uma rede social, Eleonora publicou que “tal sentença assinada por uma mulher, me condenando a pagar 10 mil reais com correção, revolta a todas as mulheres, pois o estupro é crime hediondo e inafiançável. Lamentavelmente a condenação não atinge só a mim, mas as mulheres que lutam há séculos contra o estupro, contra as violências de gênero e hoje em nosso país contra as perdas de direitos que o governo golpista tem imposto, sobretudo a nós mulheres. Não será esta sentença, proferida por esta juíza que me calará, nem tampouco as mulheres brasileiras. Tolerância zero com a violência contra as mulheres!!! Tolerância zero com o estupro!!!!”.

Em entrevista à Rede TVT, Eleonora se disse “revoltada” e afirmou que a decisão é um ataque às mulheres e à liberdade de expressão”.

Feministas criticam decisão

A sentença vem sendo criticada também por feministas e parlamentares. As deputadas Maria do Rosário (PT/RS), Benedita da Silva (PT/RJ) e Jô Moraes (PCdoB/MG), a também ex-ministra Emília Fernandes e a ex-presidenta Dilma Rousseff se manifestaram publicamente, entre outras personalidades políticas.

“Minha solidariedade à ex-ministra Eleonora Menicucci, condenada judicialmente por denunciar a cultura do estupro. Num País onde uma mulher é estuprada a cada 11 minutos, é fundamental que tenhamos coragem e não nos calemos. Não podemos compactuar com o machismo, nem tampouco com qualquer tipo de violência. Tolerância zero à violência contra a mulher”, publicou a ex-presidenta.

Para Jô Moraes, que se manifestou no plenário da Câmara dos Deputados, “a ministra Eleonora estava cumprindo o papel de todas as mulheres deste país, que não podem ter qualquer anuência à expansão da cultura do estupro”.

Em workshop realizado por organizações de mulheres nesta semana em Brasília, foi aprovado um manifesto em solidariedade à ex-ministra. O texto afirma que a decisão é “discriminatória” e que o caso “deve ser levado ao conhecimento em esferas internacionais do sistema das Nações Unidas e da Organização dos Estados Americanos, expondo as decisões judiciais brasileiras que não se comprometem com a defesa dos direitos humanos das mulheres”.

Confira abaixo a íntegra do texto:

DIREITO FORA DE CONTEXTO

Condenação de Eleonora Menicucci não pode e não vai calar a sociedade civil

Eleonora Menicucci, ativista e acadêmica feminista, ministra da Secretaria de Políticas para Mulher do governo federal até 2016, foi condenada, em um ato de direito fora de contexto, em ação de danos morais movida pelo ator Alexandre Frota.

Alexandre Frota declarou, em programa de televisão, que havia estuprado uma mulher, e o fez como se esse fosse ato corriqueiro e aceitável. A Ministra Eleonora Menicucci expressou sua indignação compartilhada por milhares de mulheres brasileiras, afirmando que contar ato de violência sexual, que permanece impune, em programa de televisão aberto, representava uma “apologia ao estupro”.

Reagindo a essa manifestação de Eleonora Menicucci, Alexandre Frota entrou com ação de indenização por danos morais contra ela, alegando que o havia difamado, mesmo que, em tal programa de televisão, ele tenha declarado explicitamente ter cometido estupro, crime sexual previsto no Código Penal, como pode ser verificado neste link.

Surpreendentemente, em 19 de abril de 2017 (fato que só veio a público no último dia 3/5), a juíza de direito Juliana Nobre Correia do Tribunal de Justiça de São Paulo deu ganho de causa a Alexandre Frota, condenando Eleonora ao pagamento de R$10.000,00 como dano à imagem de um homem que foi – publicamente – se gabar de ter estuprado uma mulher. Entendemos que esta decisão fere todos os princípios de direito da igualdade e não discriminação, ao não considerar que a violência sexual, como instrumento de dominação contra mulheres, não pode ser divulgada e valorizada, como o foi neste episódio.

Também consideramos que fere o Direito Internacional dos Direitos Humanos, ao não reconhecer os direitos humanos das mulheres, vítimas de violência sexual no país, que sofrem dano irreparável à sua integridade física, moral e psíquica por atos como o relatado por Alexandre Frota.

Principalmente, afirmamos que essa decisão fere o bom senso e a justiça, ao não reconhecer a responsabilidade de Eleonora Menicucci, como ex Secretária Nacional de Políticas Públicas para as Mulheres, de expressar uma opinião pública contrária ao elogio do machismo violento, que não se constrange em violar o corpo alheio. Além disso, fere qualquer sentido de generosidade humana, pois operadores de justiça devem ser capazes de pensar naquela mulher violada por um homem que hoje recebe um prêmio judicial com a condenação a Eleonora Menicucci.

Além de manifestar nossa indignação com a decisão judicial de primeira instância, temos a dizer que: 

1. há graus de recursos judiciais nacionais que Eleonora Menicucci deve buscar como porta-voz de todas as mulheres brasileiras que já foram, ou podem ser, agredidas sexualmente.

2. como decisão discriminatória emblemática, este caso deve ser levado ao conhecimento em esferas internacionais dos sistema das Nações Unidas e da OEA, expondo as decisões judiciais brasileiras que não se comprometem com a defesa dos direitos humanos das mulheres.

3. o direito, como lugar da manutenção de privilégios, pode produzir decisões judiciais desta natureza, mas isto não pode e não vai calar a sociedade civil.


Ádila Fabiana de Moura e Silva Leite – Fórum de Mulheres do DF
Alberto Carvalho Amaral – mestre em Direito e defensor público do DF
Alessandra Ramos de Oliveira Harden – professora da Universidade de Brasilia
Amanda de Sales – advogada
Ana Liesi Thurler – socióloga e PartidA/Brasília
Ana Teresa Iamarino – advogada e mestranda em Direitos Humanos/UnB
Ana Paula Gonçalves – advogada
Branca Moreira Alves – advogada e escritora
Carmen Hein Campos – professora de Direito da UNIRITTER/RS
Cleide de Oliveira Lemos – consultora legislativa aposentada, integrante da partidA
Coletivo Mulheres Defensoras Públicas do Brasil
Debora Duprat – procuradora de Direitos Humanos/MPFU
Denise Dourado Dora – advogada, ex-ouvidora da Defensoria Pública do RS, e coordenadora da ONG THEMIS
Denise da Veiga Alves – advogada na RENAP/Marietta Baderna
Erika Lula de Medeiros – advogada na RENAP/ Marietta Baderna
Erina Gomes – advogada popular, mestranda em Direitos Humanos/UnB
Elisangela Karlinski – socióloga
Fabiana Severi – professora na FDRP/USP
Fabiane Simioni – professora na FURG/RS e integrante da ONG THEMIS
Fátima Pacheco Jordão – socióloga e conselheira do Instituto Patrícia Galvão – Mídia e Direitos
Fernanda Pereira Nunes – estudante de Direito na UnB
Giselle Mathias Flügel Barreto – advogada
Jacqueline Pitanguy – socióloga e diretora da CEPIA – Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação
Jacira Melo – comunicóloga e diretora do Instituto Patrícia Galvão – Mídia e Direitos
Laina Crisostomo – advogada e integrante da Tamo Junta
Leila Linhares Barsted – advogada e diretora executiva da CEPIA – Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação
Lourdes Bandeira – docente da UnB e do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher – NEPEM/UnB
Luana Basilio e Silva – advogada e integrante da Articulação de Mulheres Negras Brasileiras –AMNB
Lucia Xavier – assistente social e coordenadora da ONG Criola/RJ
Iáris Cortês – advogada e integrante do CFEMEA/Brasília
Isadora Dourado Rocha – estudante de Direito na UnB
Jacira Vieira de Melo – comunicóloga e diretora executiva do Instituto Patrícia Galvão/SP
Maiara Auck Peres de Lima – advogada e mestranda em Direito pela UnB
Marcela Dias Barbosa- advogada e mestranda em Direito pela Unesp/Franca
Maria Amélia de Almeida Teles – advogada e coordenadora da União de Mulheres de São Paulo
Maria Betânia Ávila – socióloga e coordenadora do SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia
Schuma Schumaher – pedagoga e coordenadora da Rede de Desenvolvimento Humano/Redeh – RJ
Mariana Barros R. da Cruz – assistente social e advogada, servidora no Centro Judiciário da Mulher do TJDFT
Maria Terezinha Nunes – advogada e integrante da Associação das Advogadas pela Igualdade de Gênero e Raça- AAIGRE
Myllena Calazans – advogada, colaboradora do CLADEM-Brasil
Nathalia Ferreira Monteiro – advogada e membro do IBDFAM
Nilza Iraci – comunicóloga e coordenadora do Geledés-Instituto da Mulher Negra
Olga Maria Parente Macedo de Andrade – assistente social na Casa da Mulher Brasileira/DF
Rachel Moreno – psicóloga e integrante da Rede Mulher e Mídia
Rafaela de Miranda Ochoa Peña – advogada
Regina Soares Jurkewicz – doutora em Ciências da Religião e integrante da ONG Católicas pelo Direito de Decidir
Renata Jardim – advogada e integrante do Coletivo Feminino Plural
Rita de Castro Hermes Meira Lima – defensora pública no DF e integrante do Coletivo de Mulheres Defensores Públicas do Brasil
Rosane Reis Lavigne – defensora pública na DPE/RJ
Rubia Abs da Cruz – advogada e integrante do CLADEM
Silvia Pimentel – advogada, professora PUC/SP e integrante do CEDAW-ONU
Sonia Maria Alves da Costa – advogada, doutoranda em Direito na UnB
Wania Pasinatto – consultora da ONU Mulheres
Yaris Cortês – advogada e integrante do CFEMEA

Rede Brasil Atual 

Mudança em parada de ônibus tem impacto em 20 linhas na Zona Norte do Recife

O Grande Recife Consórcio de Transporte anunciou que a parada número 100187, localizada na Avenida Conselheiro Portela, no Espinheiro, passará a ser seletiva, a partir das 9h de terça-feira (9). A alteração terá impacto em 20 linhas de coletivos.


Por isso, as linhas que param no local e seguem para Rua 48, agora deverão parar no abrigo número 100190, na Rua 48. A ação será realizada pelo Grande Recife para promover uma maior segurança e fluidez no trânsito.


A empresa alega que era difícil para os motoristas realizarem o giro à esquerda para acessar a Rua 48. As linhas que seguem direto pela Avenida Conselheiro Portela não serão afetadas com a mudança.


Confira abaixo as linhas que realizarão embarque e desembarque na parada nº 100190, localizada na Rua 48:



711 - Alto do Pascoal
712 - Alto Santa Terezinha
713 - Bomba do Hemetério
721 - Água Fria
723 - Cajueiro
723 - Cajueiro Via Derby
724 - Chão de Estrelas
726 - Alto Santa Terezinha (Conde da Boa Vista)
731 - Beberibe (Espinheiro)
741 - Dois Unidos
743 - Alto José Bonifácio (João de Barros)
746 - Alto do Capitão
760 - Dois Unidos/Derby
780 - Alto Santa Terezinha/Derby
810 - TI Xambá / Encruzilhada
821 - Jardim Brasil I (Estrada de Belém)
823 - Jardim Brasil II (Estrada de Belém)
825 - Jardim Brasil/Joana Bezerra Estrada de Belém
860 - TI Xambá (Príncipe)
930 - Rio Doce/Dois Irmãos




Veja as linhas que permanecem com embarque e desembarque na parada nº 100187, localizada na Av. Conselheiro Portela:



511 - Alto do Mandu
621 - Alto Treze de Maio
623 - Vasco da Gama (João de Barros)
624 - Brejo
642 - Guabiraba (Córrego do Jenipapo)
644 - Largo do Maracanã
700 - Beberibe/Afogados
2920 - Rio Doce/CDU


Portal G1

Chapéu de Palha abre inscrições para trabalhadores da cana

O cadastramento do Programa Chapéu de Palha para os trabalhadores e trabalhadoras indústria da cana-de-açúcar começa nesta segunda-feira (8). Essa modalidade da iniciativa é voltada para os municípios da Zona da Mata de Pernambuco. Na Mata Norte, as inscrições ocorrem até sexta-feira (12). Na Mata Sul, o processo começa na segunda (22) e termina na sexta (26).


Durante o período da entressafra da cana, os trabalhadores inscritos recebem um auxílio financeiro complementar ao programa federal Bolsa Família, de até R$ 256,42. Os interessados em saber os locais de cadastramento ou tirar qualquer outra dúvida podem ligar, de forma gratuita, para o número 0800.282.5158.

Para ser beneficiário, o trabalhador ou trabalhadora da zona canavieira precisa ter mais de 18 anos e ter trabalhado na última safra por pelo menos trinta dias seguidos, além de morar em um dos municípios beneficiados da Zona da Mata. Também pode se inscrever quem foi dispensado de 10 de Janeiro a 20 de abril de 2017 (função exclusiva de trabalhador rural).

Os interessados precisam comparecer a um dos pontos de cadastro com a seguinte documentação: originais e cópia da carteira de identidade, CPF, carteira de trabalho, rescisão do contrato de trabalho, comprovante de residência ou declaração do sindicato de comprovação de residência e o cartão cidadão ou o cartão do programa Bolsa Família (número do NIS ou PIS).

O Chapéu de Palha é coordenado pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag). Este é o 11º ano consecutivo do programa, desde que foi reeditado pelo governo do estado, em 2007.

Nos dois primeiros anos da atual gestão estadual, o Chapéu de Palha beneficiou quase 100 mil pessoas, de acordo com o governo de Pernambuco. A edição 2017 terminou o cadastramento para os beneficiários da modalidade da Pesca Artesanal em 27 de abril.

Em janeiro, o programa realizou a inscrição de mais de 9 mil pessoas na fruticultura irrigada. Esses estão recebendo a bolsa. Com o cadastramento da cana, o Chapéu de Palha encerra a fase de inscrições desta edição.

Portal G1

Juíza que proibiu povo de acompanhar depoimento de Lula nesta quarta em Curitiba é militante antipetista

A juíza Diele Zydek (foto), que vetou manifestações em Curitiba no dia 10, quando mais de 30 mil pessoas deverão emprestar seu apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é também militante, nas redes sociais, contra o PT.

No dia 4 de março de 2016, data da condução coercitiva do ex-presidente Lula, ela afirmou nem rede social que "a casa caiu para Lula".

Dias depois, ela também se manifestou contra a nomeação de Lula para a Casa Civil, um ato legal da presidente deposta Dilma Rousseff, que foi derrubado por uma liminar do ministro Gilmar Mendes.

“O direito de manifestação não se confunde com a possibilidade de ocupação de bens públicos ou particulares”, escreveu a magistrada em sua decisão, assinada na última sexta-feira.

Abaixo, reportagem do Conjur:

A Justiça do Paraná proibiu manifestações públicas na região da sede da Justiça Federal em Curitiba. Por causa do depoimento do ex-presidente Lula ao juiz federal Sergio Moro, a juíza Diele Denardin Zydek proibiu a montagem de estruturas nos arredores do fórum e determinou que apenas pessoas autorizadas adentrem o perímetro feito pela Secretaria de Segurança do Paraná. As manifestações estão restritas das 23h desta segunda-feira (8/5) até as 23h sexta-feira (10/5), dia do depoimento.

“O direito de manifestação não se confunde com a possibilidade de ocupação de bens públicos ou particulares”, escreveu a magistrada em sua decisão, assinada na sexta-feira (5/5). “Diante do elevado número de pessoas envolvidas, muito embora seja obstada a ocupação de ruas e praças públicas, é salutar que o requerente, juntamente com os movimentos indicados na peça inaugural, negocie soluções a fim de garantir o direito de manifestação, com a limitações ora deferidas.”

Lula deporá a Moro como réu em uma ação penal na qual é acusado de receber R$ 75 milhões da construtora Odebrecht para ajudá-la a conseguir oito contratos com a Petrobras. A ação corre desde setembro, e manifestações são esperadas desde que a audiência foi marcada.

Inicialmente, o depoimento havia sido marcado para o dia 3 de maio. Diante das convocações para manifestações e da expectativa de participação de 50 mil pessoas, a Secretaria de Segurança do Paraná e a Polícia Federal pediram adiamento da audiência. Queriam mais tempo para se organizar, e Moro deferiu.

Na quinta-feira (4/5), a Justiça Federal no Paraná publicou portaria suspendendo o atendimento ao público e a entrada de pessoas não autorizadas nas dependências da Justiça Federal no dia da audiência de Lula. A decisão foi tomada a pedido da Procuradoria Municipal de Curitiba.

Na sexta, a juíza Diele Zydek escreveu que são esperadas milhares de pessoas, o que vai atrapalhar o direito de livre circulação das pessoas que moram e trabalham na região. A “análise da situação concreta”, afirmou a juíza, faz “necessária a limitação parcial do acesso às imediações do Justiça Federa”.

Caso pedestres e veículos não autorizados adentrem a área mais próxima do fórum, estarão sujeitos a multas diárias de R$ 100 mil. Na área secundária demarcada pela Polícia Militar do Paraná, a entrada não autorizada acarreta multa de R$ 50 mil. Já a “montagem de estruturas e acampamentos” será punida com multa diária de R$ 50 mil.

A juíza se baseou em decisão de 2002 do Tribunal Regional Federal da 4ª Região segundo a qual “a garantia constitucional do direito à manifestação não se estende à ocupação, ainda que provisória, do bem público”.

Portal Brasil 247

Trote para o SAMU agora dá multa

De cada 10 ligações feitas para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na Região Metropolitana, três são trotes. Ou seja, isso representa 30% do total de chamadas recebidas pelo sistema. Para tentar coibir esse tipo de ação, uma nova lei, que entrou em vigor no sábado (6), passou a determinar a cobrança de multa de R$ 1 mil para o infrator.

O número de lgações falsas chama a atenção. Das 19h da sexta-feira (5) às 6h desta segunda-feira (8), por exemplo, o Samu recebeu 1.423 trotes. O número foi divulgado pelo coordenador-geral do Samu Metropolitano, Leonardo Gomes. Ele espera que a nova medida consiga diminuir o problema.

“São ligações que ocupam a linha e dificultam o acesso ao serviço. Elas ocupam as equipes também quando não desconfiamos e mandamos elas para as ruas. Isso precisa acabar, porque quem precisa acaba esperando mais ou não tem acesso. Agora, quem sabe, isso não muda, já que passa a pesar no bolso”, comenta.

As ligações que forem feitas de telefones públicos não saírão impunes, segundo o texto da lei, publicada no Diário Oficial da capital pernambucana, no sábado (6). "Deverão ser objeto de levantamento de incidência geográfica e solicitação de providências às autoridades policiais competentes”, diz.

O ato de passar trote já era considerado crime. Entretanto, são impostas punições como prestação de serviço para a comunidade.

Portal G1


Portal G1