quinta-feira, 11 de abril de 2019

UPE divulga datas do seu Processo de Ingresso 2020

A Comissão Permanente de Concursos Acadêmicos da Universidade de Pernambuco (CPCA/UPE) divulgou as datas das provas do seu processo de ingresso 2020. O calendário foi aprovado na última reunião do Conselho de Ensino e Pesquisa da UPE (Cepe), que aconteceu no dia 28/04.

As provas da 3a fase do Sistema Seriado de Avaliação (SSA) serão realizadas nos dias 17 e 18 de novembro de 2019, pela manhã. Já as provas das 1a e 2a fases do SSA acontecem nos dias 01 e 02/12/2019, pela manhã e tarde, respectivamente.

Os detalhes, novidades e mudanças para a seleção deste ano serão divulgados no lançamento do Processo, com previsão para acontecer no próximo mês de maio.

Outras informações através dos telefones: (81) 3183-3660 e 3183-3791, no e-mail: processodeingresso@upe.br ou ainda no endereço eletrônico: http://processodeingresso.upe.br.


Imprensa UPE

Páscoa no Camará Shopping

Nesta Páscoa, o Camará Shopping promove uma série de eventos nos quais o protagonista é um ingrediente que não pode faltar neste período: o chocolate. A Páscoa do Camará ocorre até o próximo dia 21 e vai contar com uma série de deliciosos atrativos para crianças e adultos.

Um deles é a Fazenda do Coelho, atração que permite que as crianças pulem, corram, pintem e aprendam dentro de um cenário alusivo a uma fazenda, com celeiro, toneis de leite, espantalho e outros detalhes. O circuito é formado por sete atrações, que incluem piscina de bolinhas, pintura de rosto e caça aos ovos. A brincadeira é livre para todas as idades e tem ingresso ao valor de R$ 40, com meia-entrada para estudantes e/ou crianças de até 12 anos de idade.

Outra atração da Páscoa do Camará é a Fantástica Oficina de Chocolate, na qual as crianças aprendem a montar ovos de Páscoa de colher, fazer decoração com pasta americana e decorar cupcakes com motivos de Páscoa. Para os pequenos, as oficinas ocorrem às sextas, sábados e domingos, sempre das 15h às 21h. O ingresso tem o valor de R$ 20, que dão direito a 30 minutos de brincadeira.

Os adultos também têm vez na Fantástica Oficina de Chocolate. Todos os sábados e domingos, das 14h às 15h, são promovidas oficinas de ovo de colher e decoração de bolo de Páscoa com pasta americana. A oficina de ovo de colher tem o valor de R$ 50. Já a de decoração de bolo custa R$ 100. No caso dos adultos, é necessário realizar o agendamento prévio.

Tem ainda programação de teatro infantil no dia 13 de abril, a partir das 16h, em espaço montado no Piso L2 do Camará. A programação traz o espetáculo “A caça aos ovos na cidade das Esmeraldas”, com os personagens de O Mágico de Oz. Já o Festival do Chocolate reúne diversas marcas na Praça de Eventos do Camará Shopping, onde o público encontra ovos de colher e trufados, bombons, brownies, doces finos, palha italiana, caixas personalizadas e muitas outras guloseimas. As marcas que participam do evento são a Bibia Brigaderia, KCS Festas, Luciene Doces Finos e Delícias da Prazeres.


Páscoa: Procon-PE registra diferença de mais de 200% na venda de produtos

Uma pesquisa realizada pelo Procon/PE relacionada à venda de produtos de Páscoa comparou preços de pescado, mercearia e chocolates registrando diferença que ultrapassa os 200% de um estabelecimento para outro. 

Entre os pescados, o filé de linguado lidera essa lista com valores oscilando entre R$ 78,98 e R$ 24,90, uma diferença de 217,19%. A tilápia também precisa ser pesquisada antes de entrar no carrinho de compras. 

Os fiscais encontraram o quilo do produto por R$ 58,99 e R$ 22,00 (168,14%). Dos crustáceos, o filé de camarão médio também se destaca entre os maiores percentuais com 137,89%, pois a iguaria foi encontrada por R$ 127,25 e R$ 53,49. No setor de mercearia o leite de coco é o campeão de diferença de preço. Um vidro de 200 ml pode está à venda por R$ 6 e R$ 1,55 (287,10%). 

Com essa pesquisa, o Procon visa oferecer ao consumidor pernambucano um instrumento auxiliar para compras mais racionais do ponto de vista do preço. Comparados os valores deste ano com os de 2018, no mesmo período, fiscais do órgão identificaram que o camarão cinza, com cabeça, foi o que mais subiu de preço. 

Este ano, o quilo do produto pode ser encontrado por R$ 49,90 enquanto que no ano passado o crustáceo custava 27,90 (78,85%). Outro produto que subiu de valor em 2019 foi o azeite com um acréscimo de 75,50%.

A pesquisa foi realizada em 11 estabelecimentos, localizados em Recife e Olinda, incluindo dois mercados públicos. Foram pesquisados 35 tipos de peixes, 11 de crustáceos e 11 produtos de mercearia, totalizando 57 itens. 

Chocolates – Já entre os chocolates a pesquisa demonstrou que a caixa de chocolate da marca Garoto é a que apresenta maior diferença de preço. O mesmo produto pode ser vendido por R$ 6,99 e R$13,99, uma diferença de 98,71%. Já o ovo de Páscoa Kit Kat apresentou 61,28%, com variações de preços entre R$ 35,90 e 57,90.

Os produtos que acompanham brinquedos elevam o seu valor de referência com relação aos que não têm, como por exemplo, o ovo de Páscoa Vingadores da Garoto que custa R$ 379,93 o quilo. Sem o brinquedo, o valor do quilo mais barato encontrado no mercado foi de R$ 104,31 (ovos grandes sucessos da Lacta). O Procon pesquisou 28 tipos de chocolates (ovos da Páscoa de diferentes tamanhos e marcas) e três tipos de caixas de chocolates em nove estabelecimentos.

Imprensa Procon PE

2ª Etapa do Campeonato Pernambucano de Bocha Paralímpica será realizada em Caruaru neste sábado (13)


Neste sábado (13), Caruaru irá sediar a 2ª Etapa do Campeonato Pernambucano de Bocha Paralímpica. O evento será das 8h às 17h, no Campus II da Faculdade ASCES – UNITA. Participarão 27 paratletas divididos em quatro classes funcionais: BC1, BC2, BC3 e BC4, todos representados pelas entidades do Recife (ADM e UFPE), Vitória de Santo Antão (ADVISA) e Caruaru (APODEC).

A etapa que será realizada em Caruaru servirá de seletiva para a fase Regional Nordeste da competição. O evento conta com o apoio da Prefeitura de Caruaru, através da Gerência de Esporte e Lazer da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, e entra para o calendário esportivo oficial da cidade.

Serviço:

O quê? 2ª Etapa do Campeonato Pernambucano de Bocha Paralímpica
Quando? 13 de abril de 2019 (sábado).
Onde? Campus II da Faculdade ASCES – UNITA.
Horário? Das 8h às 17h.

Imprensa Caruaru

Seminário de Direitos Humanos em Nazaré da Mata

Após passar por sete municípios do Estado, o primeiro seminário de Direitos Humanos de Pernambuco, promovido pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e o Conselho Estadual de Direitos Humanos de Pernambuco, será encerrado nesta sexta-feira (12). O evento, gratuito e aberto ao público, ocorrerá no município de Nazaré da Mata (foto), Zona da Mata Norte, das 9h às 13h30, na Escola Estadual Dom Mota, Rua Castro Alves, s/n, Centro.

Entre os assuntos abordados durante o evento, o público poderá conferir temas como proteção e promoção na garantia de direitos, que será ministrado pela representante da Secretaria Executiva de Direitos Humanos, Luzia Dutra. 

Imprensa SEDH PE

Amanhã terá colóquio sobre games no Recife



Promover reflexões e debates sobre impacto dos games no cotidiano dos adolescentes é o foco do Colóquio “Games na Educação”, que será realizado no dia 12 de abril, no Apolo 235, no Porto Digital, às 14h. O evento, que é aberto ao público, vai reunir cerca de 100 pessoas, entre alunos, gestores e coordenadores pedagógicos das 36 escolas de Anos Finais.

"Além de promover os debates acerca da utilização dos games na vida dos jovens, nós queremos discutir os jogos como ferramenta pedagógica", destacou o secretário de Educação do Recife, Bernardo D´Almeida, que estará presente no evento. Para falar sobre o assunto, a Secretaria de Educação preparou uma programação repleta de especialistas.

Às 14h, o secretário faz a abertura do colóquio. Na sequência, às 14h20, com o tema "Games na Educação", Tiago Eugênio, discute temas interdisciplinares como empatia, videogames, curiosidade, criatividade, saúde e tecnologias digitais. Tiago é mestre em Psicobiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFEN), com especialização em Game-based leaning pela Quest to Learn, em Nova York, e autor do livro "Por Dentro do Jogo".

"Nós queremos ampliar a nossa maturidade sobre o uso dos games, garantindo um processo seguro e impactante na formação de cidadãos responsáveis em nossas escolas municipais", pontou o diretor executivo de Gestão Pedagógica, Rogério Morais. Para encerrar o evento, às 15h30, acontece o debate com o tema "A influência dos games no comportamento dos adolescentes". A mesa será mediada por Morais, e contará com a participação de Fred Vasconcelos, conselheiro da Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais (Abragames) e CEO da Joy Street, e com Luciano Meira que é professor da Universidade Federal de Pernambuco e também CEO da Joy Street, além de Tiago Eugênio.


SERVIÇO:
Colóquio Games na Educação
Quando: 12 de abril, das 14h às 17h
Onde: Apolo 235 – Porto Digital
Endereço: Rua do Apolo, 235 - Bairro do Recife


Imprensa Recife

(SUB)Imersa: Conheça o elenco do curta-metragem

Maria Dias, que assina a direção do filme (SUB)Imersa, também interpreta a personagem Emília, na segunda fase da história. Ela é atriz há 10 anos e teve passagens na Cia. Macambira de Teatro e Loucos e Oprimidos da Maciel. Criou a MDias Produções e fundou a Trupe Arte na Mochila, da qual são integrantes praticamente todo o elenco de (SUB)Imersa. No audiovisual ela deu seus primeiros passos em 2016 já em parceria com a Almagesto Produtora. O curta, além de passagens na Zona da Mata Pernambucana e às margens do Rio Capibaribe, tem cenas na cidade portuguesa de Óbidos, iniciando uma parceria luso-brasileira. 





Natália Castro faz a sua estreia como a doce Emília, que, sem pegar em armas, sem lutar contra a ditadura, nem mesmo ter ideia do que estava acontecendo no País, passa por todos os sofrimentos de ter o esposo desaparecido e o corpo violado sob tortura. Integra a Trupe Arte na Mochila desde novembro de 2017 e trabalhou no espetáculo Tango en Trapos, uma homenagem ao intelectual, filósofo e professor Jomard Muniz de Brito.




Juca dos Santos é um veteraníssimo artista do teatro pernambucano. Com 43 anos de profissão, tem uma longa carreira no teatro e está à frente da Trupe Arte na Mochila, está em seu segundo filme (o primeiro é Sobre o Esquecimento, que o premiou como ator revelação) e também coleciona passagens vitoriosas na televisão brasileira, como Tio Maneco (TVE, hoje TV Brasil); Clube da Criança e Rede de Intrigas (TV Manchete), A Vida como Ela É e A Justiceira (TV Globo). Também é músico e participou de shows como Um Arlequim Desconhecido e Raízes do Samba e desde 1996 integra o trio oficial do Galo da Madrugada.


Pedro Dias já teve seu perfil esmiuçado aqui no blog. Com mais de 30 anos de carreira, suas passagens pelo audiovisual tem vários destaques recentes. Além de (SUB) Imersa, Dias também integra o elenco de O Menino que Morava no Som e participou do especial de Natal da Rede Globo Nordeste, A Presepada. Em (SUB)Imersa, Dias interpreta o torturador, um personagem que representa toda a opressão do que foi o regime civil-militar (1964-1985).


Além de assinar o roteiro, ser o assistente de direção, e de ser responsável pelas cenas gravadas em Portugal, Lucas Rocha interpreta Antônio, um homem simples que, apenas por simpatizar com as Ligas Camponesas, é preso e torna-se desaparecido político. Formado em Audiovisual pela Aurora Filmes, é radialista formado pela UFPE e dirigiu o curta-metragem Sobre o Esquecimento, sendo premiado como Diretor Revelação. Rocha também é o produtor da Trupe Arte na Mochila.



E relembramos que o filme será lançado nacionalmente em Olinda, neste sábado, a partir das 20h, com exibição de curtas, debate com ex-presos políticos e convidados, além de shows musicais. 

Serviço:
Lançamento do curta-metragem (Sub)Imersa
Data: 13/04 às 20h
Local: Petiscaria Cultural Na Ladeira
           Rua de São Francisco, 81
           Carmo, Olinda - PE

"Queremos uma garotada que não se interesse por política"


Ao discursar durante a cerimônia de posse do ministro da educação, Abraham Weintraub, que aconteceu nesta terça-feira 9, o presidente Jair Bolsonaro sinalizou a intenção do governo de desestimular estudantes a se interessarem por política.

“Queremos uma garotada que não esteja ocupando os últimos lugares no Pisa. Queremos que não mais 70% dessa garotada não saiba fazer uma regra de três simples, não saiba interpretar textos, não saiba perguntas básicas de Ciências. Nós queremos uma garotada que comece a não se interessar por política, como é atualmente dentro das escolas, mas comece realmente aprender coisas que possam levar a quem sabe ao Espaço no futuro”, declarou.

O presidente acredita que não faltará a Weintraub empenho, dedicação, patriotismo e entrega para atingir os objetivos do Ministério da Educação. “Queremos [eu e a sociedade] que ele faça de nossos jovens, filhos e netos, melhores do que seus pais e avós”, afirmou.

Bolsonaro mencionou que ele, assim como o ministro da Cidadania, Osmar Terra, também presente na posse, tiveram acesso a uma educação pública de qualidade e que, com o passar do tempo, a situação se inverteu, ficando a cargo das escolas privadas. “E muitas ainda deixam a desejar na questão”, disse.

O presidente ainda reforçou que a boa condução do MEC não se restringe só à sua liderança imediata, mas a todo um time que atuará em conjunto com o ministro, que terá “carta branca” para eleger os membros de seu primeiro escalão.

O MEC ainda conta com pelo menos duas cadeiras importantes vagas: a secretaria de Educação Básica do MEC e a presidência do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais). O cargo de secretário-executivo, braço direito do ministro, é ocupado pelo militar Ricardo Machado Vieira, que era assessor especial da presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) desde fevereiro de 2019.

Weintraub chega ao cargo de ministro da educação com a “benção” de Olavo de Carvalho e sua turma, que vem travando um cabo de força junto ao Ministério da Educação com o grupo dos militares. Ao condecorar o novo ministro da educação no Twitter, Olavo não deixou de cutucar um dos militares demitidos do governo, sob sua interferência – o coronel Ricardo Vagner Roquetti, que foi afastado do cargo de diretor de Programa da Secretaria Executiva da pasta.

O ministro da educação, por sua vez, declarou que uma de suas primeiras missões será pacificar o MEC. “Quem continuar na guerra, quem continuar batendo, está fora, não tem segundo aviso”, declarou.

Também afirmou que tudo que será feito está no plano de governo e que a pasta precisa de unidade para funcionar. “O MEC tem um rumo, uma direção, e quem não concorda, por favor, avise, que será tirado”, disse e acrescentou: “A partir do momento que entro no governo, tenho que me pautar pelas convicções feitas no topo do time. Eu posso ter posições diferentes do presidente Bolsonaro. Eu tenho duas alternativas, ou obedeço, ou caio fora”.

Carta Capital

Nota do Blog: Na matéria da Carta Capital estava uma foto da cerimônia de posse. A ideia é mostrar que sim, os jovens devem se interessar pela política, por isso o blog teve a opção de substituir a foto. 

Datafolha: 64% dos brasileiros são contra a posse de armas

Aproximadamente três meses após a assinatura de decreto presidencial que flexibiliza a posse de armas, levantamento do Instituto Datafolha concluiu que a maioria da população é contra a medida. Em pesquisa divulgada, nesta quinta-feira 11, pelo jornal Folha de S. Paulo, 64% dos entrevistados concordam com a afirmação que “a posse de armas deve ser proibida, pois representa ameaça à vida de outras pessoas”. Já 34% concordam que “possuir uma arma legalizada deveria ser um direito do cidadão para se defender”.

O Datafolha ouviu 2.806 entrevistados em 130 municípios do país, nos dias 2 e 3 de abril. A pesquisa tem margem de erro máxima de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.

Em relação à frase “a sociedade brasileira seria mais segura se as pessoas andassem armadas para se proteger da violência”, 72% das pessoas ouvidas discordaram, enquanto 26% delas concordaram total ou parcialmente.

Apenas 27% dos entrevistados disseram já ter cogitado a compra de uma arma. E 20% afirmaram que podem considerar comprar armamentos após o governo ter flexibilizado a legislação.

O pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro, também foi foco da pesquisa, abordando pontos como a redução de penas a policiais que venham a matar em serviço, alegando legítima defesa. No levantamento do Datafolha, para 81% dos brasileiros, a polícia não deve ter liberdade para atirar em suspeitos sob o risco de atingir inocentes. Já 17% admitem esse tipo de ação.

Dentre os entrevistados, 79% afirmaram que policiais que matam devem ser investigados. Em outro questionamento, 51% dos entrevistados dissera que têm “mais medo que confiança” da polícia, enquanto 47% declararam ter “mais confiança que medo”.

Revista Veja

Em março, IBGE prevê alta de 1,6% na safra de grãos de 2019






Em março, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2019 foi estimada em 230,1 milhões de toneladas, 1,6% acima da safra de 2018 (mais 3,6 milhões de toneladas) e 0,6% superior ao obtido na 2ª estimativa (mais 1,3 milhão de toneladas). Já a área a ser colhida é de 62,3 milhões de hectares, 2,3% maior que a de 2018 (mais 1,4 milhão de ha) e 0,6% maior que a 2ª estimativa (mais 399,4 mil ha).

O arroz, o milho e a soja representam 93,1% da estimativa da produção e respondem por 87,2% da área a ser colhida. Em relação a 2018, houve aumento de 4,8% na área do milho, 2,0% na área da soja e queda de 10,0% na área de arroz. Já na produção, ocorreram quedas de 4,5% para a soja, de 10,6% para o arroz e acréscimo de 11,9% para o milho. Mato Grosso é o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 27,0%, seguido pelo Paraná (15,9%) e Rio Grande do Sul (14,7%). Somados, esses três estados representaram 57,6% do total nacional. 

A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição regional: Centro-Oeste (103,4 milhões de toneladas); Sul (77,0 milhões de toneladas); Sudeste (21,9 milhões de toneladas); Nordeste (18,9 milhões de toneladas) e Norte (8,9 milhões de toneladas). Em relação a 2018, ocorreram aumentos de 2,4% na Região Centro-Oeste e de 3,3% na Região Sul. Houve quedas de 4,4% na Região Sudeste e 1,2% na Região Nordeste. Na Região Norte não houve variação.

Destaques na estimativa de março de 2019 em relação a fevereiro

Em março, destacaram-se as seguintes variações percentuais: algodão herbáceo (12,2%), feijão 1ª safra (8,7%), feijão 2ª safra (7,2%), milho 2ª safra (3,4%), cana-de-açúcar (1,8%), mandioca (1,6%), café arábica (1,3%), Café canephora (0,0%), soja (-0,8%), milho 1ª safra (-1,7%), tomate (-4,6%), sorgo (-7,9%) e feijão 3ª safra (-13,3%%).

Em números absolutos, os destaques ficaram com a cana-de-açúcar (11.855.427 t), o milho 2ª safra (2.124.491 t), o algodão herbáceo (677.418 t), a mandioca (315.629 t), feijão 1ª safra (109.183 t), o feijão 2ª safra (85.172 t), o café arábica (29.824 t), o café canephora (11 t), o feijão 3ª safra (-66.743 t), o sorgo (-182.231 t), o tomate (-199.859 t), o milho 1ª safra (-446.927 t) e a soja (-876.964 t).

ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – A estimativa da produção de algodão foi de 6,2 milhões de toneladas, crescimento de 12,2% em relação ao mês anterior, constituindo-se em recorde da série histórica do IBGE. Preços compensadores para 2019 e resultados positivos das lavouras, em 2018, na Bahia e no Mato Grosso, em decorrência do clima mais chuvoso e preços favoráveis, foram fatores determinantes que estimularam o aumento dos investimentos nas lavouras de algodão para o ano corrente. O Brasil tem sido favorecido pela redução de oferta de algodão registrada em 2018 nos principais países produtores e o consumo deve aumentar, uma vez que os estoques chineses de pluma estão reduzidos.

A Bahia informou um crescimento de 8,6% na produção. As lavouras chegaram a ser prejudicadas pela falta de chuva, contudo, o retorno das mesmas proporcionou uma recuperação da produtividade em fevereiro/março. A produção estimada do Estado alcançou 1,4 milhão toneladas, correspondendo a 21,9% da safra a ser colhida pelo País este ano. No Mato Grosso, a estimativa da produção encontra-se em 4,2 milhões de toneladas, aumento de 12,8% em relação ao mês anterior. O Mato Grosso deve produzir 67,6% de todo algodão a ser colhido pelo País em 2019. Em relação a 2018, a produção deve crescer 26,7% maior. No Maranhão e no Piauí, as estimativas de produção encontram-se 25,2% e 143,7% maiores, respectivamente.

CAFÉ (em grão) – A estimativa da produção brasileira de café encontra-se em 3,2 milhões de toneladas, ou 53,9 milhões de sacas de 60 kg, redução de 10,0% em relação a 2018. Apesar da queda, essa é uma boa produção para ano de bienalidade negativa para o café arábica. Com relação ao café arábica, a produção estimada foi de 2,3 milhões de toneladas, ou 38,7 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 1,3% em relação ao mês anterior. Frente a 2018, a produção do café arábica caiu 13,8%, em decorrência da redução de 15,4% do rendimento médio. Em março, São Paulo elevou sua estimativa de produção em 9,5%. O Estado é o segundo maior produtor de arábica do País, participando com 12,8% do total a ser colhido. A produção paulista deve alcançar 297,2 mil toneladas, ou 5,0 milhões de sacas de 60 kg. A produção mineira deve alcançar 1,6 milhão de toneladas, ou 27,3 milhões de sacas de 60 kg. Minas Gerais é o maior produtor de café arábica do País, com participação de 70,6% do total a ser produzido.

Para o café canephora, mais conhecido como conillon, a produção estimada, de 914,0 mil toneladas, ou 15,2 milhões de sacas de 60 kg, não apresentou variação em relação ao mês anterior. Contudo, em relação a 2018, encontra-se 1,6% maior. A estimativa da produção capixaba foi de 606,9 mil toneladas, ou 10,1 milhões de sacas de 60 kg. O Estado é responsável por 66,4% da produção nacional. A estimativa das produções de Rondônia e Bahia foram de 143,7 e 129,6 mil toneladas, ou 2,4 e 2,2 milhões de sacas de 60 kg, respectivamente. Juntos, esses três estados devem responder por 96,3% da produção brasileira de café conillon em 2019.

Vale ressaltar a melhoria da qualidade do café produzido pelo Brasil, fruto dos esforços dos produtores, cada vez mais conscientes da necessidade da agregação de valor à sua produção. Os produtores estão apreensivos com os preços do produto que, em função da grande oferta no mercado, têm registrado valores abaixo do necessário para cumprir com os compromissos assumidos com as lavouras. 

CANA-DE-AÇÚCAR – A estimativa da produção brasileira foi de 677,0 milhões de toneladas, um crescimento de 1,8% em relação ao mês anterior. O retorno das chuvas em algumas regiões, tem proporcionado a recuperação dos canaviais, principalmente aqueles que serão colhidos no terço final da safra, com isso, aguarda-se uma melhora de 2,3% no rendimento médio das lavouras.

Responsável por mais da metade da cana produzida no País, São Paulo aumentou sua estimativa de produção em 2,0%, refletindo o crescimento da produtividade que tem sido favorecida pelo clima e pela adoção de novas técnicas como o revezamento de culturas, com o milho, que acaba protegendo o solo no período de renovação do canavial. Na Região Centro Oeste, Mato Grosso e Goiás elevaram suas estimativas de produção em 3,6% e 5,0%, respectivamente. Na Região Nordeste, Alagoas e Maranhão também apresentaram melhorias no rendimento médio das lavouras, de 16,9% e 3,9%, respectivamente. Em relação a 2018, a estimativa da produção apresenta crescimento de 0,4.

FEIJÃO (em grão) – A produção estimada, considerando-se as três safras do produto, foi de 3,1 milhões de toneladas, aumento de 4,3% em relação ao mês anterior. Em relação à safra de 2018, a produção total de feijão deverá crescer 3,1%. A 1ª safra de feijão foi estimada em 1,4 milhão de toneladas, um aumento de 8,7% na produção frente à estimativa de fevereiro, o que representa 109,2 mil toneladas. Destaques para a Bahia, com alta de 85,0% (84.360 toneladas) e para o Ceará, com alta de 34,3% na produção.

A comparação anual para a 1ª safra mostra uma redução de 9,7% na estimativa de produção. Diversos estados produtores reduziram suas estimativas, entre eles: São Paulo (-36,1%), Paraná (-19,4%) e Goiás (-29,7%). Preços pouco compensadores do feijão, além da concorrência com a soja, pelas áreas disponíveis, desestimularam os produtores a investirem nas lavouras de primeira safra. Além disso, no Paraná as lavouras sofreram os efeitos da falta de chuvas e das elevadas temperaturas de novembro e dezembro. 

A 2ª safra de feijão foi estimada em março com um aumento de 7,2% (85.172 toneladas) frente a fevereiro. A Bahia, que foi o maior responsável por esse resultado, teve um aumento de 66,1% na estimativa de produção, o que representou 59.208 toneladas a mais. O Paraná estimou um crescimento de 9,1% na produção. Minas Gerais estimou um aumento de 13,3% na sua estimativa de produção. Esses estados devem produzir 436,1 e 176,0 mil toneladas nesta época.

Até o presente momento, o clima vem possibilitando adequado desenvolvimento das lavouras da segunda safra nos principais estados produtores. Em relação a 2018, a estimativa de produção da 2ª safra encontra-se 25,8% maior. A Região Nordeste teve influência nesse resultado, com altas na estimativa de produção de Pernambuco (44,3%), Alagoas (152,0%), Ceará (35,4%) e Bahia (478,5%). O Paraná também foi importante, prevendo um aumento de 58,6% na produção. Em 2018, as lavouras paranaenses foram afetadas por problemas climáticos.

Para a 3ª safra de feijão, a estimativa de colheita é de 436,1 mil toneladas, redução de 13,3% em relação à estimativa de fevereiro, o que representou 66.743 toneladas a menos. São Paulo é o estado com maior influência nesse resultado, pois, as estimativas indicam diminuição de 68,8% na estimativa de produção, o que representou 64.608 toneladas. Goiás também informou uma diminuição de 4,7% na estimativa de produção. A estimativa para a 3ª safra de feijão é 4,5% inferior à de 2018. Alguns estados têm reduzido a área nessa safra de feijão, em cumprimento ao vazio sanitário, implementados em alguns estados antes do plantio da soja.

MANDIOCA (raiz) – A estimativa da produção de mandioca foi de 20,5 milhões de toneladas, crescimento de 1,6% em relação ao mês anterior. Houve aumentos mais relevantes nas estimativas de Minas Gerais (68,9%), de São Paulo (10,4%), do Mato Grosso do Sul (5,5%), do Pará (1,0%) e de Alagoas (6,0%). Em relação ao ano anterior, a produção apresentou crescimento de 5,6%, apesar da redução de 24,2% da área plantada. Preços pouco compensadores e demanda restrita, em 2018, desestimularam os investimentos nas lavouras. Os produtores reduziram a área de plantio, a tecnologia de produção aplicada e a área colhida, deixando as plantas por mais tempo no campo, acumulando reservas e aguardando melhores condições de mercado.

MILHO (em grão) – Em relação à última informação, a estimativa da produção cresceu 1,9%, tendo totalizado 91,0 milhões de toneladas. Ao todo, foram acrescidos 1,7 milhão de toneladas. Em relação ao ano anterior, a estimativa da produção encontra-se 11,9% maior. Na 1ª safra de milho, a estimativa da produção alcançou 25,7 milhões de toneladas, decréscimo de 1,7% em relação à última informação. Os declínios mais significativos foram informados por São Paulo (-16,2%), Minas Gerais (-2,8%), Mato Grosso do Sul (-15,6%), Bahia (-14,0%) e Goiás (-2,9%). Em contrapartida, o Rio Grande do Sul estimou uma produção 3,6% maior. A produção gaúcha deve alcançar 5,7 milhões de toneladas, o que representa 22,2% da produção nacional de milho primeira safra. Em relação ao ano anterior, a estimativa da produção foi 0,3% menor. Preços mais compensadores da soja, durante a época de plantio, influenciaram os produtores a ampliarem as áreas de plantio da leguminosa em detrimento do milho de verão.

Em decorrência do plantio antecipado da soja, aguarda-se um maior período para a “janela de plantio” do milho 2ª safra. Isto deve possibilitar um menor risco para o desenvolvimento das lavouras no campo, uma vez que será menor a probabilidade da ocorrência de períodos secos, durante o ciclo, o que deve repercutir positivamente no rendimento médio. A estimativa da produção (65,4 milhões de toneladas) cresceu 3,4% em relação à última estimativa e aumento de 17,5% em relação a 2018.

Os aumentos mais expressivos em volume de produção, em relação ao mês anterior, foram estimados para o Mato Grosso (5,4%), Paraná (1,8%), Piauí (139,7%), Minas Gerais (11,2%) e Mato Grosso do Sul (4,2%). Em contrapartida, São Paulo informou declínio de 11,9% na produção. Como os preços do milho encontram-se em patamares superiores aos do ano anterior, aguarda-se que os produtores aumentem os investimentos. Contudo, a ocorrência de chuvas, notadamente nas fases fenológicas mais importantes, torna-se fundamental para consolidação das atuais estimativas.

SOJA (em grão) – A estimativa da produção caiu 0,8% em relação ao mês anterior, pelo desdobramento do clima seco e quente em importantes estados produtores. Foram afetadas importantes áreas produtoras do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Em São Paulo, a estimativa da produção foi reduzida em 6,4%, devendo alcançar 3,2 milhões de toneladas. O Mato Grosso do Sul informou uma produção 7,6% menor. Quanto ao Paraná, a produção foi reduzida em 1,3%, devido ao veranico e às altas temperaturas em novembro e dezembro. A colheita da leguminosa está em andamento e, apenas no final haverá certeza quanto à extensão das perdas, que só não foram maiores devido ao retorno das chuvas. Nas áreas afetadas, houve adiantamento da colheita, dando mais segurança para a “janela de plantio” das culturas de segunda safra, como o milho e o feijão.

SORGO (em grão) - A estimativa alcançou 2,1 milhões de toneladas, decréscimo de 7,9% em relação ao mês anterior. Em Minas Gerais, segundo produtor nacional, responsável por 28,4% da produção nacional, a estimativa da produção caiu 14,7%. Em contrapartida, a produção goiana, que representa 47,6% do total nacional, cresceu 6,1%. Outros estados que alteraram suas estimativas de produção foram Mato Grosso (-6,4%), Rio Grande do Sul (-6,6%), São Paulo (16,1%), Bahia (29,9%), Maranhão (-74,8%), e Pará (-9,2%). Em relação ao ano anterior a produção nacional do sorgo deverá diminuir 5,4%. Como em alguns estados a colheita da soja foi antecipada, aumentando a “janela de plantio” para o milho 2ª safra, os produtores deram preferência ao plantio desse cereal, em detrimento do sorgo, já que este último apresenta menor liquidez e preço. Cultura cultivada em época de segunda safra nas áreas de Cerrado, o sorgo é mais tolerante ao clima seco que o milho.

TOMATE – A produção brasileira deve alcançar 4,1 milhões de toneladas, redução de 4,6% em relação ao mês anterior. No presente mês, Goiás informou declínio de 27,3% na estimativa da produção do tomate, principalmente, em decorrência da redução de 24,9% da área a ser plantada. Segundo a Supervisão de Agropecuária do IBGE de Goiás, parte das áreas de plantio levantadas nos prognósticos da produção para a safra de 2019 não se confirmaram. Contudo, outros estados importantes informaram estimativas de produção maiores, compensando, em parte, o declínio da produção goiana. Minas Gerais e São Paulo estimaram aumentos de 38,5% e 3,2% na produção de março, respectivamente, em relação ao mês anterior. Em relação 2018, a produção de tomate crescerá 0,8%.

Agência IBGE de notícias

CFM pede apoio para combater agressões a profissionais de saúde

Diante de relatos de violência contra profissionais da área de saúde, o Conselho Federal de Medicina (CFM) recorreu aos ministérios da Saúde e da Justiça e Segurança Pública.

O CFM enviou ofícios aos ministros Sergio Moro (Justiça) e Luís Henrique Mandetta (Saúde), pedindo que invistam em ações para ampliar a proteção dos profissionais.

Segundo o conselho, a má alocação de recursos, inclusive por gestores públicos, contribui para o crescimento do número de agressões e abusos.

Entre os pedidos do conselho estão o reforço de policiamento nas unidades de saúde e a consolidação, por parte do Ministério da Justiça, de um relatório que reúna informações sobre os casos. O documento, argumenta o CFM, auxiliaria na elaboração de estratégias mais efetivas de combate aos ataques.

Campanha - Hoje (11), o CFM lançará uma campanha institucional, que terá como foco orientar os médicos sobre as providências que devem ser tomadas caso sejam vítimas de agressões no ambiente de trabalho. O conteúdo sobre o passo a passo para denunciar as ocorrências será transmitido em vídeos e textos.

Estudo feito conjuntamente pelo CFM, pelos conselhos regionais de Enfermagem de São Paulo (Coren) e de Medicina de São Paulo (Cremesp) revelou que 59,7% dos médicos e 54,7% dos profissionais de enfermagem sofreram, mais de uma vez, situações de violência no trabalho.

O levantamento mostrou também que 7 em cada 10 profissionais da saúde já sofreram alguma agressão cometida por paciente ou por um familiar dele. De acordo com a autarquia, maior vulnerabilidade é observada entre os médicos que integram a rede pública de saúde do país. 

Recursos - Nem sempre o agressor é um paciente ou um familiar. Em agosto do ano passado, o Cremesp emitiu nota de repúdio após tomar conhecimento de um caso de violência contra uma médica do ABC paulista. A mulher disse ter sido agredida por policiais, depois de ter se negado a fornecer o prontuário de uma paciente que havia atendido numa Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

A falta de leitos, medicamentos, insumos e equipamentos é um dos pontos destacados pelo conselho como problema que provoca indignação nos pacientes. Em muitos casos, eles se voltam contra os médicos.

Animosidade - Para o terceiro vice-presidente da autarquia, Emmanuel Fortes Cavalcanti, essas deficiências se somam a um grau de descrédito da população em relação aos profissionais. Segundo Cavalcanti, o discurso foi fortalecido, ao longo da última década, pela imprensa, ao reiterar que "médico não atende bem e falta ao trabalho”.

Cavalcanti disse que os médicos são responsabilizados até mesmo por reformulações no sistema de saúde que desagradam aos usuários dos serviços. Acrescentou as recomendações médicas quanto aos tratamentos têm sido alvos de desqualificação. 

"Nos últimos anos, há uma campanha muito violenta contra o médico. Uma campanha sistemática, e a comunidade vai respondendo, contribuindo para um clima de animosidade”, afirmou.

Congresso - Além de encaminhar as demandas ao Poder Executivo, o CFM também pediu ao Congresso Nacional que contribua para a coibir os crimes. Como providência na alçada da Câmara dos Deputados, o conselho cita o Projeto de Lei nº 6.749/16.

A proposta, de autoria do ex-deputado federal Antônio Goulart (PSD-SP), tem por objetivo endurecer as penalidades para quem cometer atos de violência contra profissionais de saúde. O texto está pronto, devendo ser submetido ao plenário. Se aprovado, seguirá para o Senado.

Agência Brasil

Fósseis de Homo luzonensis são encontrados nas Filipinas

Dentes e 13 ossos fossilizados escavados em uma caverna das Filipinas são de uma espécie humana enigmática e até então desconhecida, provavelmente de estatura baixa e dotada de uma mistura inesperada de traços arcaicos e modernos, disseram cientistas nesta quarta-feira.

A descoberta dos restos de ao menos três indivíduos desta espécie, batizada de "Homo luzonensis", na Caverna de Callao, na parte norte da ilha de Luzón, marcou a segunda ocasião do século 21 em que um membro desaparecido da família humana foi descoberto em ilhas do sul asiático.

Os pesquisadores não conseguiram extrair DNA, mas determinaram que um dos indivíduos viveu 67 mil anos atrás, e outro 50 mil anos atrás.

Em 2003, fósseis de outra espécie insular --o "Homo floresiensis", apelidado de "Hobbit" devido ao tamanho diminuto-- foram escavados em uma caverna da ilha indonésia de Flores, a cerca de 3 mil quilômetros de Luzón.

Não há indícios de que as duas espécies interagiram ou foram próximas. O "Homo luzonensis" não foi um contemporâneo do Hobbit, mas de nossa espécie, "Homo sapiens", que emergiu na África aproximadamente 300 mil anos atrás.

Os cientistas disseram não poder descartar a possibilidade de que a chegada de nossa espécie na região tenha contribuído para o desaparecimento do "Homo luzonensis". O "Hobbit" também desapareceu cerca de 50 mil anos atrás, mesma época em que o "Homo sapiens" se espalhava pela região.

As descobertas de Luzón e Flores demonstram que a história da evolução humana é mais complicada do que se entendia. A Ásia tem oferecido surpresas, e pode haver mais pela frente, segundo os pesquisadores.

Eles foram circunspectos ao descrever a aparência física e o estilo de vida do "Homo luzonensis", já que só se encontrou um aglomerado esparso de ossos das mãos e pés e dentes de dois adultos e um jovem, mas nenhum fóssil de crânio.

Principalmente com base no tamanho dos dentes, parece que este era muito menor que o "Homo sapiens", mas não está claro se era tão pequeno quanto o "Hobbit", que tinha cerca de 1 metro de altura.

"Temos que continuar sendo cautelosos a respeito dele, especialmente porque as pessoas pensarão imediatamente no Homo floresiensis como um 'modelo' para a aparência física do Homo luzonensis, o que certamente não era o caso", disse o paleontólogo Florent Détroit, do Museu do Homem-Museu Nacional de História Natural de Paris.

Alguns de seus traços são tão arcaicos que lembra o Australopitecos, um membro primitivo da linha evolucionária humana que pereceu cerca de 2 milhões de anos atrás, e as espécies humanas antigas "Homo habilis" e "Homo erectus".

Portal UOL