domingo, 19 de agosto de 2018

Caruaru: Orçamento Público em Debate

A Prefeitura de Caruaru realizou, neste sábado (18), na Escola Presidente Kennedy, zona rural da cidade, a 1ª Audiência Pública para elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) do exercício de 2019.

Com o objetivo de ouvir e debater junto com a população o futuro do município, as plenárias irão percorrer todos os territórios da cidade, divididas em áreas urbanas e rurais de Caruaru, trazendo as observações, soluções colaborativas e propostas para uma melhor qualidade de vida para todas as localidades. “O encontro é de grande importância, pois são nestes espaços, como o de hoje, onde a população, assim como eu, pode apresentar nossas demandas, o que falta, o que precisamos como emergência, assim como os benefícios que já estamos recebendo”, pontuou Josefa de Melo, moradora da comunidade do Murici.

Neste primeiro encontro, estiveram reunidos moradores e lideranças comunitárias do Território de Gestão Sustentável 1 (TGS1/ 1º distrito), abordando as localidades de Murici, Peladas, Pau Santo, Terra Vermelha, Serra dos Cavalos, Brejo Velho, entre outras. Na ocasião, os participantes puderam repassar suas sugestões nos mais variados quesitos, desde a saúde, educação e segurança, como também, estrutura básica de calçamento, saneamento e iluminação, até assuntos ligados ao meio ambiente, lazer, esporte, mobilidade e qualidade de vida.

“Na área que participei, abordando temas ligados ao meio ambiente, foi o lugar que encontrei para apresentar tudo o que eu e outros cidadãos planejam para o melhoramento da nossa cidade. É fundamental ouvir a população, repassando, assim, tanto nossos anseios como o que pensamos de melhorias para o ambiente em que vivemos”, frisou o morador João Francisco.

É através da LOA que o governo define as prioridades e metas em matéria de política pública que deverão ser atingidas no determinado ano, disciplinando todas as ações dos governos, sejam eles Federal, Estadual e Municipal. “Nosso objetivo maior é abrir para a comunidade a discussão sobre as políticas públicas e o futuro da nossa cidade. É também um direito da população de contribuir com essa participação, trazendo para o poder público as principais demandas que cabem aos cidadãos”, pontuou o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Rubén Pecchio.

Anualmente, a prefeitura municipal realiza as audiências públicas territorializadas. No total, serão dez audiências, nove em cada TGS e uma de encerramento do processo. Em Caruaru, como nas demais cidades do país, a Câmara Municipal analisa e aprova as peças orçamentárias. Depois de aprovado, o projeto de lei é sancionado pelo Poder Executivo do município e transforma-se em lei.

“Após o ciclo de reuniões, vamos compilar todo o material, fazer a composição dos programas e projetos, montar a estrutura da legislação e levar para avaliação da prefeita. Posteriormente, seguirá para a Câmara de Vereadores para aprovação e possíveis emendas para, então, vir a sanção da lei”, finalizou Rubén Pecchio.

Imprensa Caruaru
Fotos Janaína Pepeu


Venezuelanos expulsos do Brasil


Moradores revoltados da cidade de fronteira brasileira Pacaraima protestaram e expulsaram imigrantes venezuelanos neste sábado, depois que um dono de restaurante local foi esfaqueado e espancado, disseram moradores e autoridades do governo.

As manifestações forçaram centenas de venezuelanos a fugirem pela fronteira a pé e os moradores incendiaram os pertences que deixaram para trás e bloquearam o único cruzamento entre os dois países, mostraram imagens de vídeo divulgadas pelo governo de Roraima.

A explosão de raiva foi desencadeada pelo roubo e espancamento de um residente em sua casa na noite de sexta-feira, informou a delegada da Polícia Civil e secretária de Estado da Segurança Pública, Giuliana Castro, por telefone.

Depois de cruzar o país, os venezuelanos atacaram um grupo de 30 brasileiros que fazia compras na fronteira e precisava ser levados para um abrigo, disse a secretária.

O Ministério da Informação da Venezuela não respondeu imediatamente a um pedido de informação.

Dezenas de milhares de venezuelanos invadiram a fronteira do estado brasileiro de Roraima nos últimos anos, fugindo da turbulência econômica e política em seu país. O fluxo sobrecarregou os serviços sociais do Estado e trouxe aumento no crime, na prostituição e nas doenças, bem como incidentes de xenofobia, disseram autoridades do governo brasileiro.

Um residente de Pacaraima que pediu para ser identificado apenas como Ismael disse por telefone que quatro venezuelanos supostamente entraram na casa do dono do restaurante, amarraram ele e sua esposa e esfaquearam o homem antes de roubarem sua casa.

"As pessoas estão queimando os pertences dos venezuelanos que estavam acampados aqui", disse Ismael. Ele disse que a polícia estava procurando pelos quatro homens.

"Fora, fora, fora, volte para a Venezuela", gritavam os manifestantes aos venezuelanos enquanto eles passavam correndo pelo posto de fronteira carregando o que podiam, mostraram imagens de vídeo distribuídas pelo governo de Roraima.

A secretária disse que os quatro suspeitos venezuelanos roubaram 23 mil reais do dono do restaurante, identificado apenas como Raimundo. Ele sofreu ferimentos na cabeça e foi levado ao hospital inconsciente, mas estava fora de perigo, disse ela.

Soldados do exército brasileiro estacionados em Pacaraima para ajudar a manter a ordem pediram aos recém-chegados imigrantes venezuelanos retornarem pela fronteira para sua própria segurança, disse Castro.

A economia da Venezuela tem estado em declínio e há ondas periódicas de protestos contra o governo esquerdista do presidente Nicolas Maduro.

O governo de Roraima declarou o fluxo de imigração como uma crise social e pediu ao governo federal do Brasil para fechar a fronteira, o que não será feito por razões humanitárias.

Portal Brasil 247

Líder LGBT assassinado na Bahia

O corpo do líder LGBT de Itororó (a 547 quilômetros de Salvador), Marcos Cruz Santana, 40 anos, foi encontrado com diversas perfurações de faca na madrugada deste sábado, 18. Ele teve a genitália mutilada durante o crime.

A vítima, popularmente conhecida como "Marquinhos Tigresa", foi achada por volta das 2h30. O ativista era conhecido por divulgar e promover eventos LGBT por toda a região do sudoeste do estado.

De acordo com o site Itororó Já, a população está inconformada com o crime. Marcos era considerado uma pessoa querida por causa de suas ações sociais. A motivação e a autoria do crime são investigadas pela polícia.

Marcelo Cerqueira, presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), disse que a morte do líder LGBT "é a mais concreta expressão da homofobia", devido ao requinte de crueldade, caraterístico de crimes desta natureza. 

Ele, que era amigo pessoal de Marcos, afirmou ainda que solicitou a apoio da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) para investigar e prender os responsáveis pelo crime. Marcelo acredita que três homens teriam seduzido a vítima, torturando e matando-a em seguida. 

"Estes crimes ocorrem devido à impunidade, uma vez que os agressores, quando presos, não ficam por muito tempo na cadeia", salienta ele.

O presidente do GGB ainda destacou que Marcos era uma pessoa boa e que ajudava a população em geral, não somente os homossexuais da região. Por isso, ele acredita que o crime teria sido cometido somente por homofobia, quando um LGBT é morto e agredido por sua condição de gênero ou sexual.  

A reportagem do Portal A TARDE entrou em contato com a delegacia local, mas ninguém foi encontrado para falar sobre o crime até a publicação desta reportagem.

Números alarmantes 

Até 15 de maio deste ano, 153 pessoas LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) foram mortos no Brasil. Deste total, 62 eram gays, 58 transgêneros (travestis e transsexuais), 27 lésbicas, seis bissexuais, segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB).

No ano passado, foram assinados 445 LGBTs, o que representa uma vítima morta a cada 19 horas. O monitoramento anual é realizado pela entidade há 38 anos.

Jornal A Tarde (BA)

Morre cantor Deivison Kellrs

Morreu neste domingo (19), aos 30 anos, o cantor Deivison Kellrs, vocalista da Banda Torpedo. Kellrs estava hospitalizado desde o último dia 04, para tratar de um câncer no fígado, o qual tratava havia pouco mais de um ano. Nascido no feriado de 21 de abril de 1988, Deivison era garçom antes de entrar no mundo do brega. Uma de suas músicas, Fase Ruim, acabou sendo usada como uma espécie de hino, entre o artista e seus fãs, durante os meses de tratamento, que precisou ser custeado com recursos arrecadados de shows não apenas da Banda Torpedo, mas de outros artistas amigos, como a cantora Michelle Melo. Deivison deixa um filho pequeno e uma família que esteve ao seu lado até o fim.