domingo, 25 de maio de 2025

Inscrições para o Enem 2025 começam nesta segunda-feira e seguem até 6 de junho


Brasília, DF – As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025 terão início nesta segunda-feira, 26 de maio, e se estenderão até o dia 6 de junho. O anúncio foi divulgado pelo Governo Federal, em uma campanha que, com bom humor, busca incentivar os futuros candidatos a se prepararem para o exame.

A peça publicitária que informa as datas adota uma linguagem descontraída, exibindo uma caixa de emergência que, em vez de itens de primeiros socorros, contém uma toalha e um martelo, com a mensagem: "Em caso de emergência, leve sua toalha" e "Não entre em pânico". A referência, popularmente conhecida por fãs de ficção científica, simboliza a importância de manter a calma e estar preparado para os desafios do exame.

O Enem é a principal porta de entrada para o ensino superior no Brasil, sendo utilizado por diversas universidades públicas e privadas para acesso a cursos de graduação. Por isso, a atenção aos prazos é fundamental para os estudantes que desejam participar.

Candidatos interessados devem ficar atentos ao cronograma e aos requisitos para a inscrição, que serão detalhados nas plataformas oficiais do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A recomendação é que os estudantes não deixem a inscrição para a última hora e aproveitem o período para revisar os conteúdos e se preparar adequadamente.

O Jovem Talento da Fotografia Esportiva agora também é palestrante

 

A paixão por trás das lentes pode começar cedo, e a história de Paulo Henrique Carrilho, de apenas 12 anos, é a prova disso. O jovem recifense, atleta federado de futebol pelo Sport Clube do Recife e seleção pernambucana de fut7, descobriu a fotografia esportiva há dois anos, durante os próprios campeonatos em que atuava. O encanto foi instantâneo, e desde então, a câmera se tornou uma extensão de sua visão de mundo.

De forma autônoma, Paulo Henrique pegou uma câmera emprestada, cadastrou-se na plataforma Banlek e começou a registrar os torneios de seu irmão, Duca, também atleta do Sport. Rapidamente, suas imagens de qualidade e sua dedicação conquistaram a admiração de outros atletas, abrindo portas para fotografar jogos amadores. Sua desenvoltura chamou a atenção de profissionais da área, que passaram a oferecer dicas e ensinamentos valiosos, construindo uma sólida rede de amizades e mentorias.

Recentemente, o talento mirim foi convidado para participar dos dois dias do Recife Image 2024, um evento que ampliou ainda mais sua rede de contatos e conhecimentos. Em uma parceria promissora com o renomado fotógrafo esportivo Paulo Gentil, ele deu início ao projeto “issopod Paulinho?”, dedicado a entrevistar jogadores e profissionais de base do futebol.

O reconhecimento de sua trajetória teve um novo capítulo no último dia 15 de maio de 2025: Paulo Henrique foi convidado para palestrar para fotógrafos no evento da plataforma Banlek. Uma ascensão meteórica que demonstra que idade não é barreira para o talento e a paixão, com o jovem recifense se consolidando como uma promessa da fotografia esportiva brasileira.

Veja a seguir imagens do jovem fotógrafo:




Sintepe lança campanha e cartilha de prevenção ao abuso sexual em Recife


Recife, PE – Em um esforço contínuo de conscientização e proteção, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) realizará nesta segunda-feira, 26 de maio, o lançamento de sua campanha e cartilha de Prevenção ao Abuso Sexual. O evento está marcado para as 9h, no Auditório do Sintepe, localizado na Rua General Semeão, nº 41, no bairro da Boa Vista, em Recife.
A iniciativa visa reforçar a importância do combate a essa grave violação de direitos, oferecendo informações e ferramentas para identificar, prevenir e denunciar casos de abuso sexual. A cartilha, em especial, deve servir como um guia prático para educadores, pais e toda a comunidade, abordando o tema de forma didática e acessível.

A campanha do Sintepe reflete a preocupação da entidade com a segurança e o bem-estar de crianças e adolescentes, especialmente no ambiente escolar. A expectativa é que o lançamento reúna representantes da educação, autoridades e a sociedade civil, consolidando um importante passo na luta contra o abuso sexual no estado.

O Sintepe convida a todos os interessados a participar do evento, que representa um marco na divulgação de informações cruciais para a proteção de vítimas e a conscientização sobre o tema. Mais informações sobre a campanha e a cartilha poderão ser obtidas através das redes sociais do Sintepe (@sintepedigital) e pelo site www.sintepe.org.br.

Marketing Jurídico para Iniciantes: Curso Gratuito da OAB/ESA Chega a Salgueiro com Professor Luann Matheus

 


Salgueiro, Pernambuco – Jovens advogados e estudantes de Direito de Salgueiro e região terão uma oportunidade imperdível para aprimorar suas estratégias de mercado. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Pernambuco, por meio da Escola Superior de Advocacia (ESA) e sua Subseção de Salgueiro, promoverá no dia 05 de junho, às 17h, o curso "Marketing Jurídico para Advocacia Iniciante".

O evento, que promete ser um guia fundamental para quem está dando os primeiros passos na carreira jurídica, será ministrado pelo Professor Luann Matheus, especialista na área. Ele abordará as melhores práticas e diretrizes éticas para a divulgação do trabalho advocatício, um tema de crescente relevância no cenário atual.

A palestra acontecerá no Auditório da OAB em Salgueiro, oferecendo um ambiente propício para o aprendizado e a troca de experiências. Para participar, os interessados devem realizar suas inscrições na Sede da OAB Salgueiro. A iniciativa reforça o compromisso da OAB e da ESA em capacitar a advocacia, garantindo que os profissionais estejam aptos a enfrentar os desafios do mercado com excelência e inovação.

A expectativa é de grande adesão, visto a importância do tema para a construção de uma carreira sólida e bem-sucedida na advocacia.

"ÀSÉ PORÃ: Cidadania & Saúde nos Terreiros" Leva Serviços Essenciais a Comunidades de Terreiro em Paulista

 


Paulista, Pernambuco – A Prefeitura Municipal de Paulista, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, realiza nesta segunda-feira, 26 de maio, o evento "ÀSÉ PORÃ: Cidadania & Saúde nos Terreiros". A iniciativa, que visa aproximar serviços públicos essenciais das comunidades de matriz africana, ocorrerá das 09h às 15h no Terreiro das Palmeiras, localizado na Rua Caxambu, 3102, no Loteamento Conceição.

O projeto "ÀSÉ PORÃ" tem como objetivo principal levar ações de cidadania e saúde diretamente aos terreiros, reconhecendo a importância desses espaços como centros de cultura, resistência e acolhimento. A ação busca facilitar o acesso a direitos e serviços para membros dessas comunidades, que muitas vezes enfrentam barreiras para usufruir de políticas públicas.

Durante o evento, os participantes terão acesso a uma série de serviços nas áreas de saúde e assistência social, incluindo atendimentos básicos de saúde, orientações sobre direitos, programas sociais e muito mais. A iniciativa reforça o compromisso da gestão municipal em promover a inclusão social e combater o preconceito, valorizando a diversidade e garantindo que todos os cidadãos tenham acesso pleno à cidadania.

O "ÀSÉ PORÃ: Cidadania & Saúde nos Terreiros" é mais um passo em direção a uma cidade mais justa e igualitária, onde a cultura e os direitos de todos os grupos sociais são respeitados e garantidos.

"Mulheres na Gestão da Reputação" Celebra Lançamento e Premia Coautoras em São Paulo

 


São Paulo – A capital paulista se prepara para sediar dois importantes eventos literários que celebram o poder feminino e a expertise em gestão de reputação. O livro "Mulheres na Gestão da Reputação – Volume I: Edição Poder de Uma História", coordenado por Tatiana Maia Lins, será oficialmente lançado no dia 27 de maio, enquanto a entrega do prestigiado Selo Editorial Série Mulheres® ocorrerá um dia antes, em 26 de maio.

O lançamento oficial do livro, uma obra da Editora Leader que integra a bem-sucedida "Série Mulheres", acontecerá na terça-feira, 27 de maio, às 19h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, localizada na Avenida Angélica, 1212, em Higienópolis. O evento é uma oportunidade para o público conhecer de perto o conteúdo que aborda a relevância da gestão da reputação sob a ótica feminina, um tema cada vez mais crucial no cenário corporativo e social. A obra é idealizada e o selo editorial coordenado por Andréia Roma.

Reconhecimento às Coautoras em Cerimônia Exclusiva

Antecedendo o lançamento, a segunda-feira, 26 de maio, será marcada pela solenidade de entrega do Troféu Selo Editorial Série Mulheres às coautoras da obra. O evento, de caráter exclusivo para as coautoras e convidados, terá início às 19h na elegante Mansão Arabesque, situada na Avenida Washington Luís, 3001, em Santo Amaro, São Paulo. A ocasião visa celebrar a contribuição de cada profissional para o volume, reconhecendo seu trabalho e impacto na área.

O livro "Mulheres na Gestão da Reputação" já está disponível para compra, e os interessados podem adquirir seu exemplar através de um QR Code específico para vendas, ou diretamente no evento de lançamento. A iniciativa reforça a importância de vozes femininas no debate sobre reputação e liderança, inspirando e capacitando mulheres em diversas áreas.

"São João dos Médicos 2025" Promete Grande Festa Junina no Classic Hall com Atrações de Peso

 


O calendário junino de 2025 já tem uma data marcada para a comunidade médica de Pernambuco. O tradicional "São João dos Médicos", evento exclusivo para associados do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (SIMEPE) e Clube SIMEPE, promete animar a categoria no dia 18 de junho, a partir das 20h, no renomado Classic Hall.

A edição deste ano traz um lineup de atrações que promete não deixar ninguém parado. O palco será embalado pelo forró contagiante de Luan Estilizado, a poesia e o carisma de Geraldinho Lins, a energia do grupo Anjos do Forró e o talento de Charles Theone. A diversidade musical garante que o público desfrutará de uma noite com o melhor da música junina e nordestina.

O evento, já consolidado como um dos pontos altos da confraternização entre os profissionais da saúde, é uma iniciativa do Clube SIMEPE e do SIMEPE, visando proporcionar um momento de lazer e integração em meio à rotina desafiadora da medicina.

Os interessados em participar devem estar atentos, pois a entrada é exclusiva para associados do SIMEPE. Mais informações sobre os ingressos online podem ser obtidas através do contato (81) 982042314. O "São João dos Médicos 2025" promete ser mais um sucesso, celebrando a cultura junina em grande estilo.

Brega Funk agita Recife com o Red Bull Rochedo na UFPE

 



A Concha Acústica da UFPE foi palco de um evento vibrante e cheio de ritmo no dia 31 de maio, com a realização do "Brega Funk do Red Bull Rochedo". A batalha de Brega Funk atraiu um grande público, que se animou com a energia contagiante do estilo musical que é a cara de Recife.

O evento, promovido pela Red Bull, contou com a participação de Mano Dembele e outros artistas do cenário do Brega Funk, que apresentaram seus sucessos e colocaram todo mundo para dançar. A atmosfera era de pura celebração da cultura local, com a batida inconfundível do Brega Funk ecoando por toda a universidade.

A iniciativa da Red Bull em apoiar e promover o Brega Funk demonstra o reconhecimento da importância desse gênero musical como parte da identidade cultural de Pernambuco. O evento foi um sucesso, consolidando o Brega Funk como um dos estilos mais populares e amados da região.

A ascensão da jovem atriz Hadassa Priscilla, um talento de Pernambuco

 


Aos 14 anos, a pernambucana Hadassa Priscilla desponta como um fenômeno multifacetado, transitando com desenvoltura entre a atuação, a música, a escrita e até o universo do empreendedorismo. Nascida em Recife em 6 de agosto de 2010, sua jornada artística começou cedo, aos 5 anos, no Projeto Passarela Brasil, onde teve suas primeiras experiências com testes de carreira.

Desde então, Hadassa vem se dedicando a uma preparação técnica intensa, com aulas de teatro, desenvolvimento musical na igreja, e participação ativa em cursos e workshops com profissionais renomados de TV e cinema. Essa dedicação a levou a um caminho de protagonismo em sua própria história.

No teatro, a jovem brilhou em grandes produções. Em Recife, estreou no prestigiado Teatro Santa Isabel com o musical "O Rei Leão", sob a direção de Ivan Wolf e figurino de Marcílio Teixeira, da companhia de dança CIA AMAZING. No Rio de Janeiro, protagonizou sua primeira peça monólogo, "Minha Família é um E-book", um trabalho com forte influência nordestina e sanfona, roteirizado por Fael Veloso e dirigido por Felipe Ventura, apresentada no Teatro Dell'Arte, na Barra da Tijuca.

Sua incursão no cinema também é notável. Hadassa gravou e lançou seu primeiro filme, "E vai Rolar a Festa", no qual protagonizou a personagem Adriana, uma das meninas da "turminha do mal" em uma trama infantojuvenil especial, sob a direção do renomado Flávio Colatrello Jr., diretor da primeira edição de "Malhação" e de novelas como "A Escrava Isaura" e "Mandala". Além disso, seu vozeirão a levou aos créditos do filme "Evidências do Amor", uma comédia romântica premiada internacionalmente, dirigida por Fábio Porchat e protagonizada por Sandy. Em breve, até junho de 2025, ela estreará seu segundo filme, uma comédia cheia de trama gravada na Paraíba sob a direção de Aleksander Aragão, onde trabalhou com um elenco maduro e experiente, entregando "muita arte e maturidade".

A versatilidade de Hadassa se estende à música. Em um evento de personalidades em São Paulo, o Imperial Aplausos no Palácio dos Cedros, ela foi premiada pela semelhança de sua voz com a de Elba Ramalho, levando o "Nordeste no gogó" em uma performance transmitida pela TV Londres.

Mas Hadassa Priscilla não se limita aos palcos e telas. A jovem é também escritora e palestrante. Com apenas 13 anos, foi convidada para palestrar em São Paulo, Alphaville, no evento "Sem pressão, respeite minha Identidade", abordando o tema "Seja Protagonista da sua História". Ali, ela compartilhou sua trajetória, inspirando outros jovens a perseguir seus sonhos com foco e determinação, demonstrando seu talento como palestrante. Em 2025, aos 14 anos, ela lançará seu primeiro livro, também intitulado "Seja Protagonista da sua História", um marco importante em sua carreira que, segundo ela, visa inspirar positivamente a geração atual.

Sua presença e autoridade nas redes sociais a levaram a parcerias e publicidades, tornando-a embaixadora de uma revista internacional, a KMI, e capa em setembro, fruto do reconhecimento de seu trabalho. Ela também lançou uma linha de séruns, "Nordeste-se" (Hadassa Priscilla & AB Cosméticos), em parceria com uma indústria de cosméticos, após ser vista palestrando pela CEO da empresa.

A carreira de Hadassa é acompanhada de perto por sua família, que preza por atrelar seu nome a referências e propósitos significativos, conscientes de que "não é da noite pro dia que se constrói uma imagem; porém, da noite pro dia, se consegue destruí-la". Ela aprendeu a lidar com os "nãos" que surgem na carreira, e a necessidade de estudar e fazer renúncias, algo que, segundo seu mentor Marcelo Germano, acompanha a vida do artista para sempre.

Atualmente no ensino médio em Pernambuco, Hadassa conta com o apoio de sua escola para conciliar os estudos com seus projetos, sem prejuízos. Com um brilho no olhar, ela afirma que "a oportunidade vem e você precisa estar pronto", e que se prepara todos os dias para o futuro. Seus sonhos incluem fazer sua primeira novela, personagens de época e enfrentar muitos outros desafios. "O lado bom de ser artista, é que podemos ser quantas personagens quisermos, e experimentar a personalidade de cada um. Eu amo minha profissão", declara Hadassa Priscilla, que já pensa em seu segundo livro e em produzir muito mais.

Caravana Direito Animal leva conscientização e capacitação à Guarda Municipal e estudantes em Toritama


Na manhã desta sexta-feira (23), a cidade de Toritama recebeu a visita da "Caravana Direito Animal", iniciativa do vereador recifense Anderson Correia (PP), que tem como objetivo promover a educação animalista e reforçar os direitos dos animais em Pernambuco. O evento contou com a participação de estudantes da rede pública e agentes da Guarda Civil Municipal (GCM), que acompanharam palestras educativas e capacitações técnicas sobre a legislação de proteção animal.

Anderson Correia, idealizador do projeto, conduziu a palestra e o treinamento voltado aos agentes da Guarda Municipal, abordando aspectos fundamentais como o atendimento adequado a denúncias de maus-tratos, os procedimentos legais nas delegacias, a aplicação das leis de proteção animal e abordagens humanizadas em ocorrências. Segundo o parlamentar, a iniciativa visa preparar as forças municipais para atuarem com maior eficácia na defesa dos animais. "Este projeto tem expandido o direito animal de forma didática e objetiva, levando educação animalista a todos, discutindo políticas públicas e capacitando guardas municipais para atuarem com eficácia em defesa dos animais. Agradeço ao povo de Toritama, à gestão do prefeito e amigo Sergio Colin e Edilson Tavares, e à Guarda Civil Municipal pelo compromisso com essa causa tão importante", afirmou Correia.

A "Caravana Direito Animal" já percorre diversas cidades pernambucanas e está aberta a convites de escolas públicas e privadas, câmaras municipais e outras instituições interessadas em promover ações de conscientização. Os interessados podem solicitar a presença do projeto pelo WhatsApp (81) 97341-5825, canal oficial do gabinete do vereador. Reconhecido por sua atuação na defesa dos direitos dos animais e pela proposição de políticas públicas voltadas à causa, Correia reforça, com essa iniciativa, seu compromisso na formação de uma sociedade mais consciente, empática e engajada com o bem-estar animal.


Campanha Maio Amarelo enfatiza a conscientização sobre o trânsito no Brasil


Com o tema “Mobilidade Humana. Responsabilidade Humana” e o lema “Desacelere. Seu bem maior é a vida”, a campanha Maio Amarelo 2025 destaca a urgência de mudanças de comportamento no trânsito brasileiro. A iniciativa acontece em um contexto preocupante: em 2024, mais de 6 mil pessoas perderam a vida em rodovias federais, um aumento de 9,5% em relação ao ano anterior, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal. No estado de São Paulo, foram registrados 5.594 óbitos no trânsito entre janeiro e novembro de 2024, o maior índice desde 2015, conforme levantamento do Detran-SP/Infosiga.

Criada em 2014 pelo Observatório Nacional de Segurança Viária, a campanha ocorre anualmente em maio, mês que marca o início da Década de Ações para a Segurança no Trânsito, promovida pela ONU desde 2011. O amarelo foi escolhido como símbolo por remeter à sinalização de advertência, servindo como um alerta para a redução dos índices de acidentes e mortes nas vias. Ao longo do mês, instituições públicas e privadas desenvolvem atividades educativas em escolas, empresas e espaços públicos, com o objetivo de conscientizar motoristas, ciclistas e pedestres sobre a importância da empatia e do respeito mútuo no trânsito.

A violência no trânsito é, em grande parte, consequência de falhas humanas. Pressa, distração e imprudência estão entre os principais fatores que levam a acidentes graves. Medidas básicas como evitar o uso do celular ao dirigir, respeitar limites de velocidade e a sinalização, manter distância segura entre veículos e utilizar sempre o cinto de segurança são essenciais para a segurança viária. Além disso, práticas como não dirigir sob efeito de álcool, realizar a manutenção preventiva dos veículos e dar prioridade aos pedestres em faixas de travessia contribuem significativamente para a redução de acidentes. A engenharia de tráfego também desempenha um papel importante, oferecendo soluções como sinalização eficiente e dispositivos para controle de velocidade.

Para o engenheiro civil e professor da Estácio, Anderson Manzoli, é imprescindível integrar segurança viária ao planejamento urbano. “Investir em sinalização adequada e projetos urbanos que favoreçam a convivência segura entre diferentes modais é tão crucial quanto campanhas educativas. Um depende do outro para funcionar”, ressalta. O comportamento humano também é um fator determinante na prevenção de acidentes. Estados emocionais como estresse, fadiga e impaciência afetam diretamente a tomada de decisões, comprometem a atenção e aumentam o risco de reações impulsivas no trânsito. “A forma como as pessoas se sentem influencia diretamente sua postura ao dirigir. Trabalhar a empatia e a responsabilidade emocional é essencial para minimizar riscos e preservar vidas”, explica Fabrício Otoboni, professor de Psicologia da Wyden.

Com ações integradas entre governos, empresas e sociedade, o Maio Amarelo 2025 reforça que a mobilidade segura depende de compromisso e responsabilidade de todos.

Duelo 50tão com Marcelo Cavalcanti

Porto de Suape participa de missão no Oriente Médio para atrair novos investimentos


Com o objetivo de ampliar parcerias comerciais e institucionais entre o Nordeste brasileiro e mercados estratégicos do Oriente Médio, o Governo de Pernambuco, representado pelo Complexo Industrial Portuário de Suape, participa de uma missão oficial no Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos (EAU). A iniciativa é liderada pelo Consórcio Nordeste e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

O diretor-presidente do Complexo de Suape, Armando Monteiro Bisneto, integra a comitiva pernambucana ao lado do secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, e do secretário-executivo de Energia da pasta, Guilherme Sá. A missão se estende até o dia 30, período em que os representantes estaduais irão apresentar um portfólio de oportunidades nas áreas de transição energética, logística e exportação de alimentos, reforçando o potencial estratégico do Porto de Suape.

A exportação de Pernambuco para mercados como Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita superou US$ 1 bilhão em 2022, evidenciando a relevância do estado para o comércio exterior na região. “Sob a liderança da governadora Raquel Lyra, buscamos ampliar nossa presença nos mercados internacionais com foco na atração de investimentos e na expansão das oportunidades para os produtos pernambucanos. O Oriente Médio é um parceiro estratégico, especialmente nos setores de transição energética e agronegócio. Essa missão é fundamental para impulsionar o crescimento econômico sustentável do nosso estado”, destacou Guilherme Cavalcanti.

A agenda da comitiva inclui reuniões com representantes de governos e fundos de investimento árabes interessados em financiar projetos estratégicos no Nordeste. Além disso, serão apresentadas oportunidades de parceria para setores como combustíveis sustentáveis, logística e exportação de alimentos. “Vamos apresentar as potencialidades do Porto de Suape a investidores e esperamos trazer boas notícias para o estado. As expectativas são as melhores possíveis”, afirmou Armando Monteiro Bisneto.

A iniciativa ocorre em um contexto de aumento significativo do comércio entre Brasil e Oriente Médio, com destaque para setores como alimentos, agronegócio, mineração e energia. Nos últimos anos, a balança comercial tem se fortalecido, consolidando o Nordeste brasileiro como um mercado promissor para novos investimentos.

#EntrevistasInéditas Kim Nahuel e a sua Melodia Transatlântica com Sonhos Globais

 



Kim Nahuel, um talentoso músico argentino que vive na Itália, abriu as portas de seu universo criativo em uma entrevista exclusiva concedida ao Blog Taís Paranhos, revelando a profundidade de suas influências, a singularidade de seu processo de composição e seus ambiciosos projetos. Desde cedo, Kim Nahuel foi imerso na música argentina, através de sua família de músicos e da rica cultura de Buenos Aires, onde nasceu. No entanto, foi a música brasileira que, mais tarde, o cativou profundamente.

Ao começar a compor, ele encontrou uma empatia com a escrita poética de Chico Buarque e Vinicius de Moraes, admirando a beleza e perfeição de suas letras. Musicalmente, a riqueza harmônica, melódica e rítmica de estilos como o choro, o samba e a bossa nova fizeram da música brasileira, para ele, "perfeita", não lhe faltando nada. A mistura de inteligência musical com a leveza e alegria, muitas vezes acompanhada de um fundo social e crítico nas letras, inspira-o constantemente.

Seu álbum "Decantado" é um testemunho de sua independência e paixão, produzido integralmente por ele, desde a composição e arranjos até a gravação de cada instrumento, edição, masterização e publicação, incluindo fotos e vídeos. Ele explica que, após anos trabalhando com outros músicos, optou por uma produção solo para apresentar uma "visão estética pura", sem as "contaminações" de múltiplas propostas. Contou, no entanto, com a colaboração vocal de seus irmãos, Jeremías e Agustín, e da amiga cantora Margarita Labossi, que também assina a letra de "Canción Primera".

Além de seu trabalho solo, Kim Nahuel mantém fortes laços musicais com sua família. Ele é parte fundamental de dois projetos: "Surrealistas", um octeto criado por seu irmão Jeremías há cerca de 10 anos, com quem já gravou quatro álbuns e realiza concertos na Itália e internacionalmente; e "Sin Edades", um projeto mais recente liderado por seu irmão Agustín e Erika Bosque. Kim Nahuel já acumula cerca de 10 anos tocando com os Surrealistas e cerca de um ano e meio com o Sin Edades. Essa experiência o marcou e o ensinou muito, especialmente no que diz respeito a estar no palco em apresentações ao vivo.

Kim Nahuel revela um desejo de experimentar outros estilos musicais, como o jazz e outros gêneros da música afro-americana, que o acompanham desde a infância. Começou a tocar saxofone, seu instrumento principal, aos 10 anos, e teve um contato precoce com o jazz e o blues. Embora admire artistas que têm a coragem de misturar livremente, ele ainda não se aventura nesses gêneros do ponto de vista da composição, mas almeja que essa seja sua próxima meta.

Seu processo de composição é majoritariamente inconsciente e melódico, com melodias surgindo em sua mente em momentos inesperados. A letra, então, é adaptada à melodia inicial. Uma das histórias mais fascinantes por trás de suas canções é a de "Corazón, que me haces daño". A melodia surgiu em um sonho envolvendo seu pai, e a letra, que contava uma história fictícia sobre um homem que ia parar na prisão por roubar um casaco, revelou-se assustadoramente real quando seu pai confessou ter vivido uma situação semelhante na juventude, tornando a experiência "maravilhosa e mágica".

Vivendo há mais de 20 anos fora da Argentina, Kim Nahuel não está tão conectado com a cena independente local. Sua mudança para a Itália em 2001 foi uma decisão de seus pais, que buscaram um mundo mais tranquilo e seguro após a crise econômica na Argentina, já que possuíam passaporte italiano. Eles almejavam um lugar onde pudessem "projetar" e "crescer", em busca de estabilidade econômica e social.

Atualmente, Kim Nahuel sente a necessidade de expandir seus horizontes para além do território italiano, já que escreve canções em espanhol e o público italiano nem sempre compreende o conteúdo das letras ou a profundidade da música sul-americana. Ele almeja viajar e fazer turnês na Espanha ou na América do Sul, onde sua música e letras possam ser mais plenamente compreendidas.

Para os jovens músicos, Kim Nahuel tem um conselho essencial: que "se divirtam e estudem divertindo-se". Ele enfatiza a importância de encontrar prazer até mesmo em exercícios técnicos e no solfejo, pois a diversão é a verdadeira motivação para o estudo e a memorização. Além disso, destaca o "tesouro" que a internet representa, com sua vasta oferta de tutoriais e aulas gratuitas, e a necessidade de valorizar esse recurso para estudar ao máximo. Seu sonho maior é tocar no Brasil e viajar o máximo possível, acreditando que está crescendo "lentamente, sem nenhum apuro", e explorando os terrenos interessados em sua música. Embora considere cedo para planejar uma turnê na América do Sul, ele mantém o sonho vivo.

Vamos desvendar mais esse artista?



Você tem fortes influências da música brasileira e argentina. Como essas duas culturas musicais influenciaram seu estilo?

A música argentina sempre esteve presente na minha vida, desde casa, através da minha família, que é composta por músicos. Ela também veio da minha cidade, Buenos Aires, da escola e da própria cultura. Já a música brasileira surgiu mais tarde, quando comecei a escrever canções. Ao criar letras, passei a me identificar com a forma de escrita de Chico Buarque e Vinicius de Moraes, cujos poemas são perfeitos—inalcançáveis em termos de beleza e técnica—mas tentei me aproximar dessa mentalidade positiva.

Musicalmente, a música brasileira é muito completa. Possui uma grande riqueza harmônica e melódica, seja na música chorinho, no samba ou na bossa nova. Além disso, tem uma profundidade rítmica que a torna, para mim, uma música perfeita, pois não lhe falta nada. E como se não bastasse, muitas de suas letras carregam um fundo social e crítico, ao mesmo tempo em que mantêm uma leveza e alegria.

Esse equilíbrio entre riqueza musical, inteligência, leveza e alegria é o que faz da música brasileira algo único e perfeito para mim. Foi isso que me inspirou profundamente.

 Decantado foi um projeto muito pessoal, já que você gravou e produziu tudo sozinho. Como foi essa experiência?

Sim, “Decantado” é um álbum que produzi de forma independente, sem ajuda de ninguém, exceto pelos participantes nas faixas cantadas: meus irmãos, Jeremías e Agustín, e minha amiga, a cantora Margarita la Bossi, que também escreveu a letra da música que interpreta, “Cansó un Primera”.

O álbum foi completamente realizado por mim em todas as suas etapas—desde a composição das letras e músicas até os arranjos, gravação de cada instrumento, edição do som, masterização e publicação. Também cuidei das fotos, dos vídeos e de tudo o que é necessário para divulgar um trabalho musical. Normalmente, esse processo envolve muitas pessoas especializadas, mas eu fiz tudo sozinho porque é minha paixão e porque tenho os meios para realizar isso.

Trabalhar com outros músicos tem muitas vantagens, já que não se precisa cuidar de tudo sozinho. Porém, há momentos em que é necessário aceitar compromissos e decisões que talvez não sejam as melhores para a música em si. Depois de anos colaborando com outros artistas, decidi produzir este álbum sozinho, pois tenho as habilidades para fazê-lo e queria apresentar uma visão estética pura—sem interferências externas, com uma identidade única e bem definida.

 Como surgiu sua parceria com grupos como Sinedades e SuRealistas? O que mais te atraiu no som deles?

Minha parceria com os grupos SuRealistas e Sinedades é, antes de tudo, uma aliança familiar, pois em ambos os projetos meus irmãos estão envolvidos. SuRealistas foi criado há cerca de 10 anos pelo meu irmão Jeremías, e ao longo do tempo fomos incorporando novos integrantes até consolidarmos a formação definitiva como um octeto. Com essa formação, gravamos quatro álbuns e realizamos shows tanto na Itália quanto fora do país. Já Sinedades é um projeto mais recente—pelo menos para mim, pois participo há menos tempo—e é liderado pelo meu irmão Agustín e por Erika Bosque.

 Seu som é marcado por uma fusão de gêneros. Existe algum estilo que você ainda sonha em explorar?

Sim, há muitos estilos musicais que eu gostaria de explorar. Talvez ainda não o faça porque tenho essa ideia de que um músico ou artista precisa manter um público ideal e misturar muitos gêneros pode não ser produtivo. Mas acredito que essa ideia esteja equivocada e que o mais importante seja ser sincero com o que me move e me inspira.

Existem muitos estilos, como o jazz e outros gêneros da música afro-americana, que sinto que fazem parte de mim, pois os ouço desde pequeno. Comecei a tocar saxofone aos 10 anos, e esse instrumento seria o meu principal. Desde cedo, aproximei-me do jazz e do blues ao vivo, o que definiu minha identidade musical. No entanto, ainda não tive coragem de experimentar esses estilos do ponto de vista da composição.

Admiro muito os artistas que têm a coragem de criar sem limites e explorar todas as possibilidades. Esse é um objetivo que gostaria de alcançar em minha trajetória musical.

 Qual é o seu processo de composição? A melodia vem antes da letra ou vice-versa?

Meu processo de composição sempre começa pela melodia. É um processo muito intuitivo, pois a melodia surge na minha mente em momentos inesperados, quando não estou pensando em compor. Às vezes, estou realizando uma tarefa cotidiana em casa e, de repente, uma melodia começa a ressoar na minha cabeça. E assim começo a escrever.

Há vezes em que essas melodias não se transformam em músicas completas. Em outras, escrevo uma letra, mas ela não me convence. Algumas melodias evoluem para a fase de escrita da letra, que me agrada, e então gravo a música—mas ainda assim os arranjos podem não me satisfazer. E existem momentos em que tudo se encaixa perfeitamente e a música acaba entrando no álbum.

Mas, independentemente do caminho que cada composição segue, o processo sempre parte da melodia, e meu objetivo é adaptar a letra para se harmonizar com a essência inicial da música.

Há alguma história ou experiência que inspirou fortemente alguma de suas músicas?

Sim, há muitas histórias, mas a que mais me marcou foi a de uma música chamada "Corazón, que me haces daño". Essa canção nasceu de um sonho—nele, meu pai estava presente, e a melodia me encantava. Ao acordar, aquela melodia ainda ressoava na minha mente, então comecei a escrever uma letra, inventando a história de um homem desafortunado que acabou na prisão por roubar um casaco.

Normalmente, não crio histórias fictícias; minhas composições são baseadas em experiências pessoais. No entanto, essa foi diferente. Quando mostrei a música ao meu pai, ele me revelou algo surpreendente: ele havia vivido exatamente essa história quando tinha a minha idade. Anos atrás, ajudou um homem que foi preso por roubar um casaco.

De alguma forma inexplicável, meu pai me transmitiu essa história por meio de um sonho, junto com a melodia. Nunca havia me contado esse relato antes, e eu não conhecia nada sobre ele. Foi um momento mágico e especial, como se a música tivesse atravessado gerações para finalmente ser escrita.

 Como você vê a cena musical independente na Argentina hoje? Existem desafios específicos?

Eu não estou muito conectado à cena musical independente na Argentina, pois já faz mais de 20 anos que não vivo no país. O que chega até mim são artistas que, de alguma forma, conseguem alcançar o público internacional.

Gosto muito do grupo Catriel e Paco Amoroso, que está ganhando bastante reconhecimento. Eles são músicos de altíssima qualidade e ousam criar algo sofisticado, sem perder a acessibilidade e o apelo popular. Quando encontro artistas que são sinceros consigo mesmos, sinto esperança, pois percebo que também posso me arriscar a fazer algo autêntico e, ao mesmo tempo, alcançar um público real.

Acredito que hoje existe um certo receio entre os músicos, e a balança muitas vezes oscila entre a música mais acadêmica, que exige estudo formal, e a música comercial. Mas há artistas que conseguem transitar por ambos os territórios e criar algo extraordinário—como esse grupo.

 Quais artistas te influenciam atualmente? Algum nome novo que te entusiasme?

Muitos artistas me influenciam, e nem sempre são músicos da atualidade. Minha inspiração vem principalmente do passado—desde a música clássica do século XIX até o jazz do início do século XX, passando pelo rock dos anos 60 e pela vasta cena da música afro-americana dos anos 70.

De fato, são os artistas do passado, aqueles que já não estão vivos, que mais moldam meu som. Mas, claro, ainda há talentos incríveis surgindo hoje. Um deles é Sequé, integrante do grupo Valadez. Também admiro Jacob Collier, um músico que aprecio por sua liberdade artística e capacidade de explorar todas as possibilidades sonoras.

No universo mais tradicional, gosto muito de Silvia Pérez Cruz, uma cantora e compositora que admiro profundamente. Jorge Drexler também me fascina—sua habilidade de escrever letras impecáveis e encontrar formas originais de contar histórias é única.

 Se pudesse colaborar com qualquer músico, vivo ou morto, quem seria e por quê?

Poder colaborar com Jorge Drexler seria incrível, pois, como já mencionei, ele é um músico que admiro profundamente. Mas também ficaria imensamente feliz em tocar ao lado de Chico Buarque, um verdadeiro gênio da música brasileira. Ou quem sabe, até mesmo com algum dos filhos de Caetano Veloso—por que não?

Na verdade, eu sonho todos os dias em estar ao lado de pessoas que admiro. Não sei se um dia isso vai acontecer, mas sigo sonhando, e acredito que esse desejo me acompanhará para sempre.

 Para aqueles que estão começando na música, que conselho você daria?

Aos jovens músicos, meu conselho é que se divirtam enquanto estudam. Acho isso essencial—nunca aprendi música de forma entediante. Mesmo nos exercícios técnicos ou no estudo do solfejo, é importante encontrar maneiras de tornar o aprendizado prazeroso. Sem diversão, falta motivação real, e o estudo se torna menos eficiente. A gente memoriza muito melhor quando algo nos interessa e nos diverte. Se o estudo for apenas uma obrigação, tudo fica mais difícil.

Também recomendo que não percam tempo e aproveitem ao máximo os recursos disponíveis na internet. Hoje é possível aprender muito sobre estilos musicais e ritmos online. Eu mesmo aprendi a tocar alguns dos instrumentos do álbum assistindo a tutoriais no YouTube. Há muitos mestres oferecendo aulas gratuitas, e isso é um verdadeiro tesouro que nem sempre recebe o devido valor. O importante é reconhecer o potencial da internet e estudar o máximo possível.

Como foi a decisão de se mudar para Livorno, Itália? O que te atraiu na cena musical de lá?

A decisão foi dos meus pais. Em 2001, após a crise econômica na Argentina, eles começaram a considerar a ideia de viver na Itália, já que tínhamos passaporte italiano. Minha família tem raízes na Itália—os avós da minha mãe são de Bari, no sul do país. Assim que surgiu a oportunidade, deixamos a Argentina em busca de um lugar mais tranquilo e seguro, onde fosse possível planejar um futuro e crescer.

A sensação na Argentina era de que era muito difícil construir uma vida estável. Hoje, mais de vinte anos depois, o país ainda enfrenta desafios. O que encontramos na Europa foi um solo mais seguro e uma estabilidade econômica e social que nos permitiu seguir em frente.

Seu álbum Decantado foi lançado enquanto você estava na Itália. Como o ambiente e a cultura italiana influenciaram essa obra?

Acho que estou começando a sentir a necessidade de expandir meus horizontes. No momento, minha meta não está tão voltada para o território italiano. Escrevo canções em espanhol, e embora os italianos apreciem o idioma, nem sempre compreendem completamente o conteúdo das letras.

Por isso, sinto vontade de viajar, tocar na Espanha ou na América do Sul, fazer uma turnê musical em um ambiente que esteja mais alinhado com minha linguagem e possa entender minha música não apenas pelas letras, mas também pelo seu contexto sonoro.

O público italiano, de maneira geral, não tem tanto contato com a música brasileira ou argentina. Claro, alguns conhecem artistas como Mercedes Sosa e Caetano Veloso, mas, no geral, é um som que não chega diretamente à alma deles.

Minha intenção agora é crescer, levar minha música para novos territórios e tocar fora da Itália.

Há alguma diferença marcante entre o público italiano e o público argentino ou brasileiro na recepção da sua música?

Tenho o sonho de tocar no Brasil e viajar o máximo possível. Mas tudo acontece aos poucos—sinto que estou crescendo lentamente, sem pressa, explorando quais territórios poderiam se interessar pela minha música.

Também percebo que estou sozinho na divulgação do meu trabalho, então preciso confiar na minha própria percepção enquanto público conteúdo nos meus canais. Pensar em uma turnê pela América do Sul ainda parece prematuro, mas os sonhos nunca acabam, e adoraria estar por lá algum dia. Espero que esse momento chegue! 



Mais "Guararapes": Vinícius Coutinho interpreta coronel Jacob Van Elst. em novo filme


O ator pernambucano Vinícius Coutinho dá vida a um dos personagens mais marcantes de sua carreira: o coronel Jacob Van Elst. Na trama, ele é um militar de personalidade forte, disciplinado e orgulhoso, que se recusa a desistir da guerra, buscando recuperar a honra que acredita ter perdido. A complexidade psicológica do personagem se destaca, mostrando um homem de convicções rígidas e comportamento calculista.

Segundo Coutinho, Jacob Van Elst. é um personagem fanático, movido por seus valores militares, mas que vai sendo moldado ao longo da história. O ator ressalta que a construção do papel está em constante evolução, fruto do trabalho do diretor, que busca ampliar as camadas do personagem a cada nova cena. “Ele é completamente diferente de mim, mas é muito interessante e desafiador interpretar alguém com características tão intensas”, afirma. A direção é de Chris Oliver e Geraldo Dias.

O longa conta com um elenco de peso, reunindo nomes consagrados do teatro e audiovisual pernambucano, como Paulo de Pontes, Roberto Vasconcelos, Pedro Dias, Tiago Gondim, Eric Rodrigues e Guilherme Griz. Para Coutinho, a experiência de contracenar com atores experientes enriquece ainda mais o projeto. “O filme está ficando muito bonito e, quando for lançado, acho que o público vai gostar bastante”, declara.

Com expectativas altas, Vinícius Coutinho celebra a oportunidade de fazer parte da produção e promete uma obra impactante. Resta aguardar o lançamento para conferir a performance do ator na pele do coronel Jacob Van Elst..

Filme "Guararapes" movimenta Pernambuco com produção histórica

 

O Forte do Brum, no Bairro do Recife, é cenário de um momento histórico para o cinema pernambucano. As cenas da épica Batalha dos Guararapes, tema central do filme "Guararapes", foram gravadas no local. A produção impressiona pela grandiosidade: cerca de 400 figurantes, 40 atores e mais de 20 profissionais técnicos, além do suporte de diversas empresas na logística do set.

Um dos destaques das filmagens é a presença de 50 indígenas Potiguaras vindos da Baía da Traição (PB), descendentes dos povos originários que participaram dos conflitos históricos. Essa participação reforça o compromisso do filme com a autenticidade e a valorização das narrativas indígenas na construção da identidade brasileira.

Sob a direção de Geraldo Dias e Chris Oliver, o longa propõe uma visão inovadora sobre a batalha, rompendo com a perspectiva eurocêntrica e colocando negros, indígenas e nativos como protagonistas dos acontecimentos. O roteiro, criado pelo historiador Adriano Marcela, ganhou adaptação de Chris Oliver, trazendo uma abordagem sensível e impactante.

A produção, realizada pela G Soluções, promete emocionar e provocar reflexões profundas, com estreia prevista para setembro de 2025. O projeto conta com o incentivo da Lei Paulo Gustavo, via município de Jaboatão dos Guararapes. Na foto, o ator Pedro Dias interpreta o major holandês Claes, que morre em campo de batalha, um momento crucial da trama.

📽️ Acompanhe as novidades nas redes sociais: @guararapesfilm

Teresa Leitão será condecorada com a Ordem de Rio Branco em cerimônia no Itamaraty


Na próxima terça-feira, 27 de maio, a senadora Teresa Leitão receberá uma das mais altas honrarias concedidas pelo governo brasileiro: a condecoração no grau de Grande Oficial do Conselho da Ordem de Rio Branco. A cerimônia será realizada às 11h no Palácio Itamaraty, em Brasília, e contará com a presença do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Criada em 1963, a Ordem de Rio Branco é um reconhecimento oficial aos serviços prestados à nação e às virtudes cívicas de personalidades que se destacam em suas áreas de atuação. A homenagem leva o nome do renomado diplomata brasileiro Barão do Rio Branco, símbolo da diplomacia e da soberania nacional.

A condecoração representa uma valorização do trabalho de Teresa Leitão e reforça a importância da Ordem de Rio Branco como um instrumento de reconhecimento das contribuições para o país. A cerimônia promete ser um marco na trajetória da senadora.

#EntrevistasInéditas Professor Antonyel Pacheco e a "Metodologia da Sensação" que encanta a Web com o Rock Nacional

 

O Professor e músico Antonyel Pacheco compartilha sua paixão por ensinar música para crianças, destacando como a arte transforma vidas e fortalece a autoconfiança. Ele explica sua metodologia inovadora, voltada para a prática e o envolvimento emocional dos alunos, e comenta sobre a escolha de repertórios que conectam gerações, com destaque para o rock nacional. Suas apresentações ganharam visibilidade nas redes sociais, gerando repercussão positiva e incentivando seus alunos a seguir na música. Ele celebra o impacto de sua iniciativa e já planeja novos projetos para expandir o alcance do ensino musical.  

Vamos acompanhar a primeira entrevista da série #EntrevistasInéditas?🎶✨


Antonyel Pacheco, um dedicado professor de música do Maranhão, não é apenas um educador, mas um visionário que utiliza a arte para moldar futuros e inspirar gerações. Com seus vídeos viralizados ao lado de jovens talentos interpretando clássicos do rock nacional, como "Tempo Perdido" da Legião Urbana, Antonyel tem conquistado a internet e corações, mostrando o poder transformador da música. Sua trajetória, projetos e a inovadora metodologia de trabalho foram recentemente tema de uma entrevista exclusiva concedida ao Blog Taís Paranhos, onde ele compartilhou detalhes sobre sua jornada.

O rock nacional sempre foi uma paixão e uma constante na vida de Antonyel. Nos anos 2000, ele montou uma banda só com seus alunos, "Zona Urbana", em homenagem à Legião Urbana, uma experiência que marcou profundamente sua vida. Quando percebeu que tocar rock era o que fazia com mais amor, o projeto com os alunos "explodiu". Antonyel faz questão de incutir o rock nacional no repertório de seus alunos, considerando-o "música de qualidade, música de referência". A escolha das músicas é cuidadosa, levando em conta o nível do aluno, o que de fato tem "conteúdo" para eles e a análise do público. Ele busca músicas que enriquecem a musicalidade, mesmo que, por vezes, sejam flexíveis quanto à complexidade harmônica, desde que tenham impacto positivo.

Ensinar crianças apresenta seus desafios, e Antonyel aponta que o maior deles são os pais. Ele precisa conscientizá-los de que o processo musical é "lento e gradual", comparando-o ao aprendizado de caminhar – cada criança tem seu tempo. Sua metodologia de sensibilidade também o ajuda a adaptar a forma de ensinar a cada criança, promovendo a coletividade entre os alunos, onde os mais avançados esperam pelos que estão no início, e vice-versa, criando um senso de equipe. A decisão de gravar vídeos com os alunos não é meramente para exibição; é parte da metodologia. 

A atuação ao vivo e a gravação são vistas como formas de aprendizado e formalização do processo, incentivando outras pessoas ao mostrar o talento das crianças. Para Antonyel, os vídeos são parte de um processo de construção, mostrando a evolução sem medo de errar ou de julgamentos da internet. Entre os momentos mais marcantes, a apresentação no Teatro Arthur Azevedo se destaca. Foi uma experiência de "pressão" e "vivência" importante, que servirá para outros projetos. O professor também se orgulha imensamente quando seus alunos conseguem concluir um acorde ou tocar uma música que consideravam complexa.

Com tantos projetos em andamento, Antonyel Pacheco ainda guarda um grande sonho: dividir o palco com Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, da Legião Urbana, ao lado de seus alunos. Ele descreve isso como "ganhar na loteria" e "zerar a minha vida", um objetivo que demonstra sua admiração e o desejo de proporcionar experiências inesquecíveis aos seus jovens músicos. Vamos conhecer mais esse maranhense que ganhou o Brasil ?

O que motivou a ensinar músicas para as crianças?
Então, eu trabalho com musicalização, com aulas de músicas, desde o início dos anos 2000. Eu tinha 16 anos e meu pai tocava violão, achava aquilo incrível. Eu desenvolvi de forma autodidata, ali com os meus irmãos todos juntos, desenvolvendo. Era interior do Maranhão, né? Grajaú interior do Maranhão. Nesse desenvolvimento, a gente acabou montando outras bandas e percebeu que, naquele momento, é óbvio que crianças ali no início da juventude. E percebemos que aquilo transformou nossas vidas, aquilo trouxe sonhos, trouxe diversos desejos. E, a partir daquele momento, eu percebi que a música é muito importante na vida das pessoas, principalmente de um adolescente, de uma criança que, sei lá, de repente, você cresce no interior do estado do Maranhão, o estado que, apesar de ser maravilhoso, tem lá seus problemas, suas deficiências. E você se vê com uma perspectiva, com um sonho. Então a música traz isso, ela te coloca em um patamar que você consegue ter sonhos, independente de onde você esteja. E eu pensei em transferir isso para as crianças. Que, independente de qualquer coisa, você tem sempre que sonhar. E a música, ela te dá essa oportunidade de você sonhar. A arte te dá essa oportunidade. Então parte daí do princípio de querer levar esse sonho também adiante. Para que as crianças tenham sempre essa perspectiva de sonhar.

Como surgiu a ideia de gravar vídeos das apresentações dos seus alunos?
A ideia de gravar vídeos, ela parte do princípio de que a gravação, a atuação ao vivo, ela é uma forma de você aprender também. É como o esporte, um jogador de futebol, ele nunca vai fazer nada sozinho, ele sempre precisa da equipe, ele sempre precisa dos jogadores, todo mundo sincronizado, todo mundo bem posicionado, para que o time consiga alcançar o seu objetivo, que no caso é o gol. Na música, no caso, é a harmonia. Todo mundo em harmonia, todo mundo na mesma melodia, na mesma sintonia. Então, a partir do momento que você pensa em gravar os vídeos, você pensa também em formalizar a metodologia, pra ver que aquilo de fato funciona. Mas eu sempre gravei sozinho, né? Eu gravava só, apresentava, acho que mais aquela questão do ego, de mostrar o talento. Mas é que não dava nada, porque, assim, uma pessoa tocando um instrumento na internet, tem milhares de outras pessoas também fazendo isso. E às vezes até melhor. E por que não mostrar as pessoas como forma de incentivar crianças tocando? Desculpa. Seria essa forma de também incentivar as outras pessoas. Então a gravação, como parte da metodologia, ela parte também como parte de inspiração, para que outras pessoas possam ver, se inspirar e ver que aquilo é fabuloso. Mas sempre no processo de construção. De que você está evoluindo, você mostra sem medo de errar, sem medo de nada. Independente dos julgamentos que virem a ter, porque a internet é terra acendente. Apesar de tudo, as pessoas sempre vão ter alguém para fazer alguma coisa. Você não tem que ter medo disso, não. Então, a ideia é gravar a parte daí, desse princípio.

Você tem uma metodologia específica para ensinar música? Pode falar um pouco sobre ela?
Sim, eu tenho uma metodologia específica. A metodologia da sensação. Como é que funciona isso? A ideia é fazer com que a criança ou adolescente sinta a música. A música é uma arte de expressar sentimentos e sensações através de sonoridades. E tocar um instrumento nada mais é do que você transmitir esse sentimento através dos acordes, das notas. Quem escuta música busca alguma coisa. Busca alguma coisa. Se você tá triste, você coloca uma música com harmonia triste. Se você tá feliz, você coloca uma música com harmonia feliz. Às vezes nem liga tanto pra letra, muito mais porque ela passa a sentir que é o complexo harmônico, né? A harmonia em si, ela traz essa sensação. E a minha metodologia parte daí, é uma metodologia de sensação. Então o primeiro passo é aguçar essa sensação, fazer com que a criança entenda o que ela tá tocando, ela entenda que um acorde maior, acorde, a junção de três ou mais notas tocadas juntas ali, um acorde maior, ela traz uma sensação de, como é que eu te digo, uma sensação de alegria, uma coisa mais aberta, E um acorde menor traz uma coisa mais fechada, mais triste. Um acorde dissonante traz um ato mais tenso, mais sombrio. Então, tudo que você escuta, tudo que você está ouvindo é harmonia. O canto do pássaro, a buzina do carro, todo som tem um propósito na tua vida. A proposta da metodologia é exatamente essa. Então, não é uma metodologia amarrada, é uma metodologia mais filosófica, de discussão e de percepção. Óbvio que pautada em ciência também. Não que a filosofia conflita com a ciência de forma alguma. Não é esse o parâmetro, mas que apesar de ter a metodologia ortodoxa, que você vai ter que ensinar sobre notas musicais, sobre harmonia, sobre montagem, mas antes disso você precisa primeiro ensinar a criança a sentir. O Chico Buarque, quando vai compor uma canção, é incrível que pareça, apesar dele ser um excelente músico, ele em entrevista já falou que ele primeiro sente o que ele quer passar, o sentimento, só depois que ele vai colocar os acordes. Aqui no Maranhão nós temos um compositor maravilhoso chamado Luiz Bucão, É um dos compositores da Companhia Barriga, da qual eu faço parte, e ele não sabe dar um dó no violão, mas ele compõe músicas incríveis. Por quê? Porque ele tem a sensação, o sentimento aguçado. Então, a metodologia é pautada na sensibilidade. A forma disso é que a criança possa sentir a música e se emocionar com ela. Sem perder, claro, a questão do lado também ortodoxo, matemático lá, que você sabe como é que funciona.

Qual foi o momento mais marcante que você já teve com seus alunos?
O momento marcante, às vezes, nem é gravado pelas telas. É o momento de entrega mesmo, porque antes de tudo, a gente tentava... Demorou um pouco para a gente aprender como fazer isso, porque a gente não queria parecer plastificado, não queria parecer uma coisa chata, mas uma coisa natural, específica. Então tentamos passar da forma mais natural possível. Agora sim que a gente consegue capturar pelas câmeras um momento especial, natural. Mas se você me pergunta uma expectativa de vivência, a apresentação que fizemos no Teatro Arthur Azevedo foi o ponto alto, que ali foi para valer. Você estava num teatro importante, um dos teatros mais importantes do Brasil, para uma plateia incrível, a gente tinha ali sete minutos para fazer uma performance, levar os instrumentos, tocar aquela coisa então foi um momento de pressão de vivência para eles importante que vai servir para outros projetos que a gente está buscando envolvendo eu considero esse até agora o mais importante mas sem esquecer de citar também que houve alguns momentos quando eles conseguem concluir um acorde alguma coisa isso me enche de orgulho ou tocar uma música que eles acham complexa entendeu isso me enche de orgulho!

Como você escolhe o repertório das apresentações?
A escolha do repertório passa por diversas análises. Primeiro, é uma análise individual de cada um, o nível que cada aluno está para poder ver se ele consegue tocar aquilo ou não, mas eu nunca coloco isso para eles porque eu quero sempre dar a expectativa de que eles conseguem tocar. Ainda que eles acham uma coisa complexa toda, mas eu respeito os limites também. Não é uma coisa também de encorajar, você também tem que dar bom senso, porque às vezes não tá legal e você diz que tá legal. Não, se não tá legal, você tem que ser sincero, não tá legal. Vamos melhorar, não existe essa trava, entendeu? Você tem que passar segurança suficiente pro aluno pra ele entender que o professor vai dizer que aquilo não tá legal. Isso não quer dizer que você não consiga fazer. É mais ou menos nessa perspectiva. Entende? Então, partindo dessa perspectiva, de você entender o nível que o aluno tá, você escolhe o repertório. Aí você vê o que tá em evidência. Às vezes o que tá em evidência não é legal, né? São músicas... Você vê o que marca, você vê o que pega. Faz uma leitura também do teu público que te segue, pra você também não quebrar, não... Que querendo ou não, você não faz o repertório do show pra você. Você faz pras pessoas. Tanto que a gente mudou. A gente começa tocando coisas que a gente gosta, depois a gente vê que não é isso. Que não é pra nós o show. Os shows são pras pessoas que gostam de assistir. Então essa perspectiva, ela faz também da análise do público. Então vamos lá, o nível do aluno, a análise do público e o que realmente tem conteúdo pra eles, ao nível deles. Isso aqui vai acrescentar algo na vida dele, na música dele, ensinar uma música que, sei lá, só porque tá na onda, não, a gente tem que buscar sempre algo que tem a qualidade, que vai acrescentar na musicalização deles. Então tem essa ótica também. Nível do aluno, a perspectiva que ele tá, né? o público, que a gente também tem que respeitar, e o conteúdo. O que é que essa música vai trazer? Como que essa música vai enriquecer o aluno, né? Ela vai endereçar para outros ramos? Ela vai trazer, sei lá, bons frutos? Você também não precisa ser tão rigoroso ao ponto de querer, não. Músicas aí que, de repente, são pobres em harmonia, mas que têm um conteúdo aí que as pessoas passam a gostar, entendeu? Então, nós temos também essa flexibilidade.

Qual a importância do rock nacional para a formação musical das novas gerações?
O rock nacional sempre esteve presente na minha vida. Sempre, sempre, sempre. Incrível, incrível, incrível. Lá nos anos 2000, quando eu comecei a dar aula, eu montei uma banda só com alunos. O nome dessa banda era Zona Urbana, que era uma homenagem à Urbana Nova. Era um cover que a gente fazia. E, cara, era incrível. Aquilo marcou a minha vida. Foi fundamental pra isso hoje. E aí, quando a gente começa a montar os projetos aqui, eu gravei um monte de música Sei lá, vamos voltar para o que eu mais gosto de fazer. E o que seria o que você faz com mais amor? Que é tocar rock. E aí explodiu. Cara, eu sempre passei para eles no repertório, então não é uma coisa diferente. Só não, sei lá, não tinha essa perspectiva que achando que isso fosse dar bons frutos, no sentido de mostrar o trabalho, que é um trabalho interessante. Mas o rock sempre viveu na minha vida. Eu sempre fui muito enquadrado no rock, no meu repertório. na minha vivência musical, apesar de, depois dessa banda que eu montei, ter aventurado por outros estilos, óbvio, se você sobrevive de música, você precisa tocar outras coisas que não aquilo que você gosta. Às vezes até é falsado mesmo, né? É lamentável, mas é a vida, faz parte. Então o rock nacional tá presente e a gente tenta passar pras pessoas, né? Porque é música de qualidade, é música de referência, não é um estilo qualquer.

Quais são os principais desafios de ensinar música para crianças?
Então, são muitos os desafios de ensinar uma criança. Mas o principal desafio são os pais. Acredite. A primeira coisa que tem é conscientizar os pais de que o processo musical é um processo lento e gradual. Meu filho gosta de música e não sei o quê. Sim, ele pode gostar, mas necessariamente não quer dizer que ele vá chegar já tocando. E aí gera aquela ansiedade na criança, gera aquela perspectiva. E o próprio pai gera a expectativa. Não, você tem que ter paciência. Você tem que entender que toda criança tem seu tempo. É igual caminhar. Ah, meu filho caminhou com oito meses. Ah, meu filho caminhou com... Eu fui caminhar com um ano e meio. E hoje caminha igual os outros. Não teve diferença, não adiantou nada o outro caminhar na frente. Porque todo mundo vai caminhar um dia. Não sei se você tem um problema crônico. Mas a perspectiva é essa, de que não faz diferença. Então, na música é igualzinho. Você tem que ter a expectativa e a perspectiva. de que é um processo lento e gradual. Tem gente que tem mais aptidão, tem crianças que tem mais aptidão que outras. E é natural. Mas o maior desafio não é nem a própria criança em si, porque a gente entende, na verdade, a criança quando ela vem fazer aula de música, há uma leitura sobre ela. Não é o mesmo método que você aplica em um que você vai aplicar na outra, não. Você aplica o método adequado para aquela criança. Ah, mas agora você falava sobre seu método, seu método da sensibilidade. E é essa sensibilidade que faz com que você analise a perspectiva de qual forma ensinar para a criança. Você também não vai chegar e achar que, sei lá, você aplicando outro método não vai funcionar. O certo é que elas têm que tocar juntos, né? Porque aí você já tem uma certeza mais adequada de que aquilo ali tá funcionando. E você enquadra elas num processo social de que quem acha que tá acima tem que ter paciência pra esperar quem tá atrás E quem acha que tá atrás vai se sentir bem por ver outra pessoa que tá acima esperando ela aprender Então acaba também tendo esse efeito de coletividade Entendeu? Mas o maior desafio são os pais.

Como você enxerga o impacto da música na vida dos seus alunos?
É a coisa mais incrível é observar o impacto na vida deles. A diminuição do tempo de tela, o anseio deles pra vir, quando eles chegam com música nova, o relato dos pais de como eles se comportam no carro vendo música, vindo pra casa, como isso afeta na escola deles também, os professores, como eles passam a se sentir bem, importantes, mais seguros. Sabem que são mais capazes porque executam a arte, porque têm sensibilidade. Então esse impacto é visto logo de cara. A postura muda, a forma de falar muda, o jeito de olhar pra vida, pras coisas. Tudo isso é afetado de forma incrível. E eu me sinto muito realizado e feliz de poder compartilhar e levar isso pra vida deles. Tornar pessoas mais seguras, mais sensíveis e mais felizes.

Você recebeu algum feedback especial depois que seus vídeos viralizaram?

Diariamente, diariamente eu sou bombardeado de feedbacks especiais. E eu fico muito realizado, muito feliz. É o que alimenta a alma. Isso vale mais do que dinheiro. Se eu dissesse pra mim, claro, sem demagogia o dinheiro é importante pra você comprar os instrumentos bons, o equipamento, viajar com a família, etc e tal. Mas eu te digo que é muito mais enriquecedor você ler uma mensagem de apoio, de incentivo, de elogio ao teu trabalho do que você ganhar dinheiro, sei lá, como eu falo aí, sem demagogia. Eu cobro pelas aulas, óbvio. Mas os elogios não tem como. Você não compra elogio, cara. Não tem como. O elogio vem natural. E não é um elogio qualquer, são palavras longas. O cara para, a pessoa para para escrever um textão para te elogiar. Isso não tem preço. Isso é maravilhoso. Esse feedback é incrível. Esse feedback é único.

Existe algum artista ou banda que você gostaria de tocar com seus alunos e ainda não teve oportunidade?
Se for uma artista para tocar presencialmente, eu adoraria, seria um sonho, dividir o palco com o Dado Villa-Lobos e o Marcelo Bonfá, da Legião Urbana, com os meus alunos. Seria assim o Ganha na Loteria. Eu ia zerar a minha vida. Seria incrível. Agora fazer covers, são várias, a gente tá na lista aí com grandes bandas, a gente tem alguns preparados. Mas assim, tem muitos alunos, então vai na paciência, vai na calma, que uma hora você tem que postar vídeo de todo mundo. Não tem cobrança de pai, não tem nada, entendeu? E graças a Deus eu tenho um bom relacionamento com os pais dos alunos. Até porque eu faço uma filtragem também, pra ver se a filosofia bate, se aquilo ali vai realmente fluir. Mas os pais sempre gostam, sempre acham legal e se surpreendem. Nossa, meu filho é tímido, não imaginei que ele fosse fazer isso. Pois é, tá aí, tá fazendo.

Como seus alunos reagem ao sucesso dos vídeos? Eles se sentem motivados a continuar na música?
Eles adoram o sucesso dos vídeos, eles amam, eles se sentem muito felizes, realizados. Eu confesso para vocês que como tem muita gente maldosa na internet, eu meio que filtro algumas palavras, algumas coisas, porque quem tem bom senso, né, vai entender que são crianças, mas tem gente que não tem bom senso. Tem cada um e você faz um filtrozinho para também não afetar, até porque os pais estão vendo, mas eu sou muito cuidadoso com isso, então não é problema, mas eles amam, eles reagem E aí, eu que sou mais exigente, né, com eles. Por eles, assim, todo vídeo eu colocava, mas eu não, vamos fazer uma coisa bonitinha. E por incrível que pareça, aqui uma curiosidade no meio dessa pergunta, esse vídeo, tempo perdido, não ia pro ar. E não ia, cara. E, enfim, acabou indo. E foi, de fato, que levou a gente de volta ao auge, né, assim, trouxe a banda pra mais evidências. Desculpa, o projeto. A banda, eu digo assim, os alunos, pra mais, pra uma evidência maior, né. Porque nós tínhamos um vídeo viralizado anterior, mas ele viralizou como família. Eu tava com os meus alunos e eles pensavam que era uma família, e a galera chegou pensando que era família. Agora não, as pessoas vieram realmente enxergando que é uma produção de uma escola de música.

Qual o papel das redes sociais na divulgação do seu trabalho como professor de música?
As redes sociais exercem um papel fundamental, cem por cento, cem por cento, é importantíssimo. Como você divulgava ativamente um trabalho desse? Era no boca a boca, mas só o boca a boca às vezes não era necessário, porque a pessoa precisava ver e entender o seu trabalho. A rede social te proporciona isso, ver e entender o teu trabalho. E você também acaba atraindo o seu nicho ali, entendeu? Um nicho que você tem o seu público seletivo, Quem vem para ver os vídeos são pessoas que gostam de crianças, de música, que gostam de educação, que gostam de coisas boas. São pessoas do bem, são pessoas boas. Você não atrai pessoas. Não tem como uma pessoa ruim chegar... Tem, claro. Sempre tem. Mas não é um... coisa pra... não é um besterol. Tem gente que viraliza porque, sei lá, porque expôs uma criança no avião. Porque... tem cada forma de viralizar no Brasil hoje. E a gente vai e viraliza por música, com crianças, com arte. Isso é incrível. Isso é incrível. Então a rede social exerce um papel incrível na divulgação do trabalho. Não tem como pensar que esse trabalho não existiria sem rede social, de jeito nenhum.

Você tem planos para novos projetos musicais com seus alunos?
Sim, sim, sim, sim, sim! Eu tenho um plano. O plano é montar as bandinhas que eu sempre quis. Na verdade, eu tenho uma... Não é preferência, mas tem uns alunos ali que a gente consegue ter uma conexão melhor. E nós temos uma banda chamada A Bandinha do Professor. Inclusive, a gente tá indo agora pro Rio. Eu vou dar mais detalhes sobre isso depois, a convite. Eu não posso falar muito agora sobre isso, mas... A gente tá indo para o Rio fazer uma apresentação com esses garotos, né? E expandir isso, a ideia é expandir, elevar tanto eles que têm mais carisma, que são... Não que os outros não tenham, todo mundo tem, claro, não é, não tem diferencial. Mas a questão da evidência para a rede social, a rede social qualifica eles com... Isso quando eu coloco o vídeo deles... Desculpa. Quando o vídeo deles entra em evidência, a questão é cheia, as pessoas gostam. Então, por que não apostar? não pensar em um projeto maior. Eu tenho sim esse projeto maior com eles. E eu espero realizar, porque é um sonho, é um sonho. Aquele projeto lá atrás que eu te falei, que eu montei a bandinha com os meus alunos lá nos anos 2000, pois é, agora eu quero materializar ele também, montar a banda com esses alunos agora. E numa perspectiva diferenciada, porque são crianças, entendeu?

Como foi sua própria formação musical e quais foram suas principais influências?
A minha formação musical é autodidata, né? Quando eu falei, meu pai era músico e naquela perspectiva de vivência com ele, eu acabei pegando interesse e comecei tocando numa banda de forró. 1997, com 13 aninhos, estava lá profissionalmente em cima de um caminhão tocando no interior do Maranhão. E todo mundo da mesma idade ali, todo mundo criança. É muito interligado as coisas, é bizarro. E ali nasce a minha formação musical, ali nasce o início, né? e depois você vai escutando outros gêneros mas assim a influência sempre foi rock sempre meu tio tinha uma vitrola e meu pai também ouvia Queen ouvia é por aquilo que pareça Red Hot Chili Peppers naquela época Guns N' Roses Legião Urbana, Barão Vermelho Titãs Paralamas então assim eu cresci com os meus tios ouvindo isso e meu pai também meu pai era um pouco mais jovem guarda mais vanguarda Mas ele gostava de Elton John, John Lennon. Então, assim, você pega muito essa vertente. Porque era o que eu ouvia em casa. E eu pensei, nossa, se você leva isso pra vida, não tem como. Transmite pra frente também, né? É música de qualidade. E eu tento também passar isso, essa mesma influência que eu tive, passar pra eles. Porque hoje, graças a Deus, assim, eu posso dar essa oportunidade pros alunos, pra eles terem essa influência. E essa minha influência foi subjetiva, não foi algo proposital que eu vou botar aqui. Não, eu nem sei. Talvez fosse, né? Talvez os meus tios, o meu pai, quando colocasse uma música dessas, talvez eles quisessem atingir a gente. Mas foi nessa perspectiva.

O que você diria para alguém que quer começar a aprender música, mas não sabe por onde começar?
Eu diria o seguinte, que essa pessoa, ela teve um princípio para tudo na vida dela. Ela começou a andar, ela começou a falar, ela começou a comer. Isso foi uma intuição natural, biológica da natureza por necessidade. A música, a arte também é uma necessidade do corpo. Você só precisa entender o seu corpo, você só precisa entender o ambiente que você vive, os sinais, e vai ver que tudo na tua vida tem música relacionada. Não é nada complexo, não é nada difícil na hora de mecanizar aquilo. Talvez as pessoas se assustam pela metodologia que é incluída, pela forma, mas se você parar pra sentir, pra imaginar, você vai ver que você é capaz. Da mesma forma que você teve a introdução alimentar, você não sabia segurar o garfo, era difícil jogar o garfo na boca e acertar a comida na boca. Mas hoje você consegue. Você sabe a distância de pegar a colher e botar num prato e levar pra sua boca. Você não vai esbarrar na sua boca. Você pode até bater num dente alguma vez por acidente, mas o seu corpo sabe exatamente a distância. O seu corpo sabe exatamente expressar quando você quer falar bem com alguém, quando você quer gritar com alguém, quando você está com emoção. Isso tudo é importante. Você relaciona isso também para a música. Então do jeito que você quer se expressar, a música traz isso. É semelhante você entender que você controla os seus sentimentos, às vezes, ainda que sejam incontroláveis, mas o seu corpo dita a eles. Eu diria que, para a música, você segue no mesmo caminho da analogia que eu acabei de fazer. Você tem a comparação da analogia das condições vitais para a música. Aquilo, o balançar, o bater dos dedos, a forma como você se comporta, tudo isso faz parte do aprendizado. Então não tenha medo, vá em frente. Deixa só o corpo fluir. Todo corpo faz um ritmo. A fala, o coração, tudo tem ritmo, a música tá conectada, não tem como. Então não tenha medo, não tem como você não acertar, não tem como você não fazer. Você vai conseguir fazer. Só comece, só comece e sinta. E vá em frente. Tenha paciência.