sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Amanhã vai ser outro dia

A canção Apesar de Você, que representa uma das maiores peças de resistência à ditadura militar, voltou a ser cantada pelo cantor e compositor Chico Buarque, nesta madrugada, no antigo Canecão, no Rio de Janeiro, onde ocorre o movimento #OcupaMinc.
Chico estava acompanhado do deputado federal Jean Wyllys ( PSOL-RJ) e fez a plateia cantar em uníssono o refrão "Apesar de você amanhã há de ser oooooutro diaaaa...", mandando um recado para o presidente interino Michel Temer.
O movimento #OcupaMinc nasceu após Michel Temer extinguir o Ministério da Cultura e hoje representa um foco permanente de protestos contra o presidente interino.

Portal Brasil 247
Veja o público acompanhando neste vídeo:



Veja também a música original:


Escola feminista na Mata Sul


“Hoje eu me sinto orgulhosa de estar aqui, porque em mil novecentos e antigamente teve a Guerra de Tejucupapo, onde as mulheres começaram a se unir, mas o mundo continuou dominado pelos homens. E hoje estamos aqui todas reunidas mais uma vez para conhecer e lutar pelos nossos direitos”, disse Dona Linda. Ela relembra a luta das mulheres de Tejucupapo, que em 1646 se muniram de água fervente e pimenta e enfrentaram 600 homens holandeses que chegaram para tomar de assalto as suas terras, no município de Goiana.
Trezentos e setenta anos depois, 40 mulheres de seis municípios da Zona da Mata Sul de Pernambuco se reuniram para participar da Escola Feminista da Zona da Mata Sul, durante os dias 11 e 12 de julho, no município de Rio Formoso. Após a edição da Escola que aconteceu no Agreste de Pernambuco, o Centro Sabiá se reuniu com o Centro das Mulheres do Cabo para desenvolver a escola com as mulheres atendidas pela Chamada Pública de ATER para Mulheres executada pelo Sabiá na Zona da Mata.      
Num ambiente só de mulheres, elas puderam pôr para fora suas experiências e vivências sem medo de represálias, trocar conselhos e ideias. O que pôde ser ouvido foram exemplos de machismo vividos desde a mais nova idade, das imposições de uma sociedade machista e misógina. 
“Não podia estudar, porque meu pai dizia que se aprendesse a ler ia mandar carta para namorado. Os pais de antigamente não valiam nada.”
“Meu pai não botava a gente na escola porque dizia que quando casássemos o dinheiro investido iria embora.”
Segundo Isabel Santos, do Centro das Mulheres do Cabo, o objetivo da Escola Feminista é empoderar as mulheres politicamente, trabalhando as dimensões que estão em suas próprias vidas, principalmente as dimensões de gênero e raça, que estruturam todas as relações sociais. “As próprias mulheres já trazem um conhecimento e uma história que nos ajuda a redimensionar essa história. Elas começam a ressignificar a própria vida. Começam a perceber como é que vão lidar com determinadas situações, a não aceitar mais essa questão da violência, que é muito forte. Uma coisa importante é mostrar para essas mulheres que elas podem mudar essa realidade a partir da realidade delas, educando seus filhos de forma diferente, se comportando de forma diferente, não aceitando mais aquilo que a sociedade impõe para nós quando nascemos. Acho que um dos pulos que as mulheres dão é justamente isso, se reconhecer enquanto sujeito político e ressignificar sua realidade”, diz Isabel, que facilitou esse primeiro módulo da Escola Feminista, com foco em Gênero e Acolhimento. Os próximos vão ser focados em História do Brasil - Questões de raça (II), Economia (III) e Feminismo (IV). 
Muitas mulheres, porém, mesmo sem o acúmulo teórico, já compartilharam experiências de enfrentamento aos seus maridos e pais, corajosamente se impondo contra violências. É o caso de Dona Irene, que lutou para criar os filhos, estudar e trabalhar fora, além de ter que trabalhar em casa. “Eu nunca apanhei do meu marido, porque das duas vezes que ele veio eu peguei o machado e disse ‘bata em mim, se você é macho’. Ele não queria me deixar trabalhar, mas depois que me formei trabalhei 2 meses no hospital sem ele saber, dizendo que ia pro médico de manhã e à tarde. Fiquei 26 anos casada, mas juntando meu dinheiro e construindo minha casa. Me preparei durante 10 anos para poder me separar”, lembra ela. 
Para Isabel, os resultados do curso são concretos, como mulheres que viviam em situação de violência e depois abrem mão de continuar com aquele companheiro, mulheres que não tiveram a oportunidade de estudar porque os pais não deixavam e passaram a estudar depois do curso, se formar e ter a sua própria independência financeira. “Tem um caso de uma menina do município de Escada que ela casou muito cedo, o marido nunca deixava ela estudar, depois que participou do curso ela resolveu terminar o ensino médio, fez um curso de cabeleireira, montou um salão pra ela e agora ganha seu próprio dinheiro. Ainda criou um grupo de mulheres lá em Escada e hoje ela é coordenadora desse grupo. Então hoje ela fala com o companheiro dela de igual para igual”, explica ela. 
O curso também é sobre desconstruir a imagem que é passada pelo senso comum sobre o feminismo, de que as feministas são cabeludas, querem ocupar o lugar dos homens. “Para que no final do curso elas se descubram se são ou não feministas, ou se querem se tornar. Ao longo do curso elas vão poder perceber que ser feminista é isso que elas já fazem, é buscar direitos e querer direitos iguais”, finaliza Isabel.   

Centro Sabiá

Convênio para prevenção de acidentes

As Companhias Pernambucanas de Saneamento - Compesa e a de Gás - Copergás   firmaram  um Convênio de Cooperação Técnica para prevenção de acidentes nas redes de distribuição de água, esgoto e gás. O documento foi assinado na sede da Compesa, no bairro de Santo Amaro, no Recife e contou com a participação do secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, o presidente da Compesa, Roberto Tavares e do presidente da Copergás, Décio Padilha. A iniciativa tem o objetivo de integrar a comunicação e as ações das duas empresas com vistas a melhoria da prestação dos serviços. 
O desenvolvimento do convênio se dará por meio de reuniões mensais para troca de informações entre os técnicos das duas concessionárias sobre obras que possam causar interferências nas redes de distribuição de cada companhia. Entre as atividades estabelecidas pelo convênio consta o apoio técnico operacional, cumprimento a legislação e assessoramento mútuo definidos em plano de trabalho pré-estabelecido. “As ações coordenadas das duas empresas vão garantir maior agilidade na execução dos serviços e segurança à população, além de evitar prejuízos financeiros para as duas companhias”, afirmou o presidente da Compesa, Roberto Tavares. 
Para Décio Padilha, presidente da Copergás, o convênio será um instrumento importante para as duas concessionárias, pois a parceria trará benefícios para à população. “A gestão das duas empresas tem uma grande preocupação com a qualidade de seus serviços e buscam sistematicamente caminhos que visem a satisfação dos seus clientes e isso estamos buscando com essa iniciativa”, argumentou Padilha. 
O convênio oferecerá ás equipes das duas empresas a oportunidade do conhecimento detalhado do cadastro técnico das redes de água, esgoto e gás, facilitando assim a localização das tubulações. Essa troca de informações evitará danos as redes das duas concessionárias e, consequentemente, prejuízos à população, entre eles, a suspensão do abastecimento de água para reparos, a suspensão do fornecimento de gás e transtorno no trânsito. O prazo de vigência é de cinco anos, com possibilidade de prorrogação por tempo semelhante. Cada distribuidora fica responsável pelos próprios custos que eventualmente possam surgir.
Imprensa Compesa

Pajeú: violência contra a mulher ainda é realidade #Disque180

No meio rural, os índices de violência são tão graves quanto nas áreas urbanas. A desigualdade de gênero é vista como algo menor e nem no campo da segurança pública as propostas avançaram. Uma pesquisa do DataSenado (2015) apontou que uma em cada cinco mulheres já foi agredida pelo ex ou atual companheiro. 
Na assessoria técnica feminista que a Casa da Mulher do Nordeste desenvolve junto com as agricultoras no Sertão do Pajeú, foram realizadas oficinas e discussões sobre a violência contra a mulher no projeto Mulheres na Caatinga, apoiado pelo Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-ECOS), gerenciado pelo Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN). E o que se tem percebido é que o ciclo de violência ainda persiste em suas vidas, e falta mecanismos como os serviços de atendimento à mulher vítima de violência.  “Um dos maiores problemas que enfrentamos é a falta de delegacia da mulher. A polícia muitas vezes convence a mulher a não denunciar, e ela continua sofrendo violência”, contou Luciene Ribeiro, 31 anos, do município de Solidão, Sertão do Pajeú. 
A mesma pesquisa registrou que, em 2015, 56% das mulheres afirmaram se sentir mais protegidas por causa da lei da Maria da Penha. Com dez anos de existência, a Lei Maria da Penha que responde em casos de violência contra a mulher, está em votação para algumas mudanças. O projeto prevê, entre outras coisas, que as medidas protetivas possam ser expedidas pelo próprio delegado de polícia, sem precisar esperar chegar até o juiz. 
De acordo com o movimento feminista aprovar esse projeto de lei em nada vai colaborar para melhorar a vida das mulheres. “Ao contrário, pode prejudicar ainda mais o trabalho das delegacias que continua precário. Já é difícil cumprir a Lei Maria da Penha, seja pela falta de serviços de atendimento, seja pela demanda de casos que se aglomeram nas delegacias. E quando você coloca mais uma atividade, a gente tem um entendimento que isso não será feito. Outro ponto importante é escutar as mulheres, o movimento. Em nenhum momento fomos ouvidas sobre as melhorias que podem ser feitas na Lei. E continuamos lutando para que ela seja efetiva na vida das mulheres.”, falou Fátima Santos, coordenadora colegiada do Fórum de Mulheres do Pajeú. 
O enfrentamento a todas as formas de violência é condição necessária para um mundo efetivamente sustentável e agroecológico, sendo imprescindível que todos que apoiam um projeto agroecológico repudiem também a violência contra as mulheres. “A violência não é só espancar, o preconceito é um tipo de violência”, disse Josefa Erivoneide,  de 40 anos, da comunidade de Canudos, município de São José do Egito.

Casa da Mulher do Nordeste

Itália contra o tráfico de pessoas

Um tunisiano suspeito de dirigir uma rede de tráfico de migrantes e de estar vinculado ao extremismo islâmico foi detido nesta sexta-feira (5) na região de Nápoles (sul), anunciou o grupo de operações especiais (ROS) dos carabineiros italianos.

O caso, no qual oito pessoas foram detidas, entre elas o suposto chefe, envolve uma organização que fornecia falsos contratos de trabalho a migrantes ilegais da África do Norte em fábricas de tecidos na região, o que lhes permitia obter vistos de residência, informaram os investigadores.

Segundo os carabineiros, o suposto responsável da organização, um tunisiano de 41 anos, se radicalizou nos últimos doze meses. O suspeito havia elogiado nas redes sociais os ataques terroristas de Paris. As autoridades temem que a Itália seja palco de atos de “lobos solitários”, como os que tem sido praticados na França, Bélgica e Reino Unido.

Expulsão - A operação dos ROS coincide com a multiplicação das expulsões de estrangeiros suspeitos de radicalização nas últimas semanas na Itália, como Aftab Faook, jovem paquistanês que já chegou a ser capitão da equipe italiana de críquete de até 19 anos.

"A intensa atividade de prevenção para reduzir ao máximo possível o nível de risco na Itália continua", afirmou na quinta-feira (4) o ministro do Interior, Angelino Alfano.

O jornal La Stampa informa que o governo de centro-esquerda está estudando a formação de uma comissão de especialistas para a formulação de propostas de combate à radicalização da população muçulmana no país, com diretivas para a identificação de potenciais suspeitos e parâmetros para monitorar mesquitas, locais de trabalho e escolas sujeitas à infiltração de elementos extremistas.
RFI Brasil

O forró da inclusão

SE EU TIVER VENDO, EU CEGUE! é o título do novo show de Muniz do Arrasta-pé, artista que, embora portador de deficiência visual, tem na música o olhar do coração. Isso o artista cantou em seu quarto álbum, que também contém a última gravação de Dominguinhos em estúdio.
Muniz do Arrasta-pé foi o primeiro cantor pernambucano a cumprir a lei da acessibilidade colocando em seus shows, intérprete de libras para os deficientes auditivos.  
Início - Aos 10 anos de idade, já começava a perceber as dificuldades enfrentadas pelo seu pai para manter os filhos, pois o mesmo também estava começando a perder sua capacidade de enxergar. Mesmo sendo ainda uma criança, pensou em uma maneira de ajudar seu pai e seus irmãos. Foi assim que surgiu a ideia de aprender tocar algum instrumento musical. Seu Adélio, pai de Muniz trocou alguns de seus pertences com um amigo por uma sanfona de 32 baixos. Apesar de nunca ter escutado som daquele instrumento: a partir daquele dia inicia sua trajetória de estudos como autodidata. 
Carreira - No ano de 1997, Muniz gravou seu primeiro CD, intitulado "Rotina do Sertão", com 12 faixas, das quais nove é de autoria do próprio. Em 2004, gravou seu segundo trabalho. O CD vendeu cerca de duas mil cópias na época.  
Em 2007, participou da trilha sonora do filme "Itairé na Praia", que foi exibido pela Fundação Joaquim Nabuco sob a regência do maestro Lívio Tragtemberg. No mês de outubro de 2008, fez uma turnê em dez cidades do estado de São Paulo exibindo o mesmo filme no circuito promovido pelo SESC-SP. 
No ano de 2010, gravou seu terceiro CD intitulado "Romeiros do Destino", com músicas de nomes consagrados como Maciel Melo, Nando Cordel, Petrúcio Amorim, Xico Bizerra, Israel Filho, entre outros. Desta vez, o CD vendeu cerca de 5.000 cópias. Em 2010 e 2012, integrou a programação oficial do Festival de Inverno de Garanhuns. 
Shows - Entre os anos de 2012 e 2015, realizou vários shows em Brasília: Na Casa do Cantador do Brasil, 11º Arraial da Feira da Guabiroba e no 4º Arrraial da Feira do Produtor.  Também participou de vários shows nos polos de animação do Recife:  Sítio da Trindade, Pátio de São Pedro e  Pátio Dona Lindu. Como destaque, se apresentou no XXV  Festival de Inverno de Garanhuns PE.  
Conheça o trabalho de Muniz:

E a tocha chega ao Cristo Redentor...


Charge de Carlos Latuff para o Youtube

Urgente: morre cantor Vander Lee


Morreu há pouco o cantor e compositor mineiro Vander Lee. Ele estava internado no Hospital Madre Teresa, em BH.


Vander Lee sofreu um infarto na tarde passada, quando fazia hidroginástica. Ele foi operado durante a noite. O hospital não divulgou nota sobre o paciente.



Vander Lee era separado e deixa 3 filhos. Ele se firmou como um dos principais nomes da música mineira com nove discos, entre registros ao vivo e em estúdio. O compositor tinha 19 anos de carreira.



O cantor tinha uma agenda de show. O último vídeo postado em sua página oficial no Facebook mostra Vander Lee convidando o público de Volta Redonda para a apresentação que aconteceria no dia 13 de agosto. 

Portal Uai (MG)

Um de seus maiores sucessos: Esperando Aviões: