segunda-feira, 6 de março de 2017

Após Olimpíada, medalhistas são demitidos e perdem verbas

Seis meses após os Jogos Olímpicos, os medalhistas sofrem com queda nos investimentos federais, dificuldades para atrair novos patrocinadores e até demissão pura e simples, como o técnico da seleção de futebol, Rogério Micale, que perdeu o emprego apesar do ouro inédito. A lista engloba várias modalidades.

Até Arthur Zanetti, estrela da ginástica artística, está em baixa. Suas dez fontes de renda até a Olimpíada foram reduzidas para apenas três: Bolsa Pódio, Força Aérea Brasileira e Adidas. Preocupado com a brusca redução no orçamento, o medalhista olímpico nas argolas (prata no Rio-2016 e ouro em Londres-2012) trabalha em um cenário de incertezas no ano da disputa do Campeonato Mundial, em outubro, em Montreal (Canadá).

O temor também atinge Poliana Okimoto – a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha olímpica nos esportes aquáticos com o bronze na maratona aquática. No ano passado, tinha sua equipe multidisciplinar, financiada pela verba do Plano Brasil Medalhas – programa do governo federal – à disposição. Atualmente, conta apenas com o auxílio do preparador físico e do fisioterapeuta, ambos pagos do próprio bolso.

Sem perder o bom humor, a atleta tem tentado dar um jeito de contornar a crise depois da perda do maior investidor, os Correios. “Ainda bem que meu marido (Ricardo Cintra) é meu técnico. Assim, ele trabalha de graça”, brinca. Poliana poderia desfrutar da estrutura oferecida pela Universidade Santa Cecília (Unisanta) para sua equipe olímpica, mas seria preciso se deslocar até Santos diariamente. Hoje, mantém a rotina de treinos no Clube Esperia, em São Paulo. “Uma medalha é feita de detalhes. Minha vida estava perfeita”, afirma. Só lhe resta agora torcer para que a dificuldade seja passageira.

A vida de Micale também parecia perfeita. Tanto que, após acertar com a CBF que seu trabalho iria até 2020, mudou-se de Belo Horizonte para o Rio. Mas aí veio o fracasso no Sul-Americano Sub-20 e o desemprego.

FALTA DE VERBA ESMAGA NANICAS

Se os atletas de renome estão sofrendo com a crise econômica e a fuga de patrocinadores após os Jogos do Rio, a situação é dramática para as modalidades menores, aquelas que convivem com a falta de visibilidade e popularidade no País.

O badminton planeja acabar com a seleção brasileira permanente depois que perdeu 30% dos recursos da Lei Agnelo/Piva, cerca de R$ 500 mil. As alternativas são reduzir pela metade a participação em torneios internacionais ou diminuir o número de atletas. A modalidade não possui outras fontes de patrocínios públicos ou privados, pois não fazia parte do Plano Brasil Medalhas, programa do governo. “A situação piorou muito após os Jogos”, diz José Roberto Santini, superintendente de Gestão Esportiva da Confederação Brasileira de Badminton.

Torneios como o Campeonato Brasileiro, que está sendo disputado no Esporte Clube Pinheiros, ainda não foram afetados por causa do apoio dos próprios clubes. A confederação estuda pedir um apoio emergencial para o Comitê Olímpico do Brasil (COB).

No tae kwon do, o medalhista de bronze Maicon Andrade demorou mais de dois meses para receber o prêmio de R$ 12,5 mil pela conquista. De acordo com um de seus técnicos, Reginaldo dos Santos, o próximo ciclo olímpico já está comprometido. “Ele perdeu cinco torneios importantes e não temos planos para o segundo semestre deste ano”, reclama.

A demora foi causada por um escândalo. A confederação está paralisada após o afastamento do presidente Carlos Fernandes no mês de agosto. Ele deixou o cargo após uma ação da Polícia Federal para desarticular uma quadrilha responsável por fraudes em licitações e desvios de recursos públicos do Ministério do Esporte a diversas confederações esportivas. O interventor Carlos Carvalho iniciou as suas atividades em fevereiro para regularizar a administração em 90 dias. Cálculos iniciais apontam fraudes de R$ 8 milhões.

No levantamento de peso, Fernando Reis afirma que a situação virou um “salve-se quem puder”. A modalidade tinha, entre seus maiores apoiadores, a Petrobrás, que reduziu drasticamente os patrocínios esportivos. “Caiu tudo, o apoio do Ministério do Esporte e da Petrobrás. Perdemos até o plano de saúde dos atletas”, explica o quinto colocado na Olimpíada do Rio.

Na mesma situação, Ane Marcelle, que alcançou o melhor resultado do Brasil na história do tiro com arco ao chegar às oitavas, dá aulas da modalidade para complementar o orçamento, cortado pela metade. “Nós estamos acostumados com a falta de recursos, mas todo mundo esperava que uma Olimpíada no Brasil poderia mudar a situação”, lamenta a arqueira.

Francisco Arado, técnico da mesa-tenista Bruna Takahashi, identifica uma debandada de atletas para a Europa para diminuir os gastos. Para um atleta, uma diária com transporte, alimentação e inscrição nos torneios gira em torno de 150 euros (R$ 496). Hugo Calderano, que chegou às oitavas de final, igualando feito de Hugo Hoyama, iniciou o movimento de partida anos atrás e vem sendo seguido por vários jovens. “É mais barato ficar três meses na Alemanha do que ir e voltar a cada torneio”, explica o treinador.

Na esfera do apoio privado, Felipe Wu acredita que o problema maior é a crise econômica do País. O medalhista de prata no tiro esportivo tinha em 2016 as rendas do Bolsa Pódio e Forças Armadas, além do patrocínio de um fabricante de chumbinhos. Neste ano, não conseguiu atrair novos apoiadores. Para piorar, ficou sem psicólogo e fisioterapeuta por corte de verbas da Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE). “Até parece que estamos sendo punidos pelo bom resultado.”

Mas a maior perda de Wu foi a saída do técnico colombiano Bernardo Tobar após um ano de trabalho e de bons resultados. Dessa forma, voltou a treinar sozinho no Hebraica, em São Paulo. De olho no futuro, o medalhista olímpico retomou para a faculdade de Engenharia Aeroespacial. “Infelizmente, não estou me dedicando exclusivamente ao esporte, como em 2016, mas tenho treinado, mesmo com a rotina puxada da faculdade”, diz.

REPASSE DAS LOTÉRICAS CAI R$ 13 MILHÕES

Uma das razões da pindaíba do esporte brasileiro em 2017 foi a redução da arrecadação. A Lei Agnelo/Piva destina 1,7% do prêmio pago aos apostadores de todas as loterias federais do País ao Comitê Olímpico do Brasil (COB). A arrecadação do ano passado foi 14% menor em relação a 2015. Com isso, a entidade vai repassar R$ 85 milhões diretamente para as confederações, R$ 13 milhões a menos que os R$ 98 milhões do ano olímpico. Todas as confederações foram obrigadas a se adaptar à nova realidade.

Em seu primeiro mês como ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB) cancelou um edital de R$ 150 milhões que garantiria projetos para apoio a atletas após os Jogos. O órgão afirma que os critérios eram desconhecidos. “Não houve redução de investimento e sim o cancelamento de um edital, cujos critérios eram desconhecidos pela nova gestão que acabara de entrar. O apoio não vai cessar, porém será embasado em critérios melhor estruturados”, diz nota do órgão à reportagem do Estado.

Por outro lado, o Ministério do Esporte garante que não mudará as regras do Bolsa Atleta, o maior programa de patrocínio individual do País. Das 19 medalhas conquistadas pelos brasileiros nos Jogos do Rio, apenas o ouro do futebol masculino não contou com atletas bolsistas.

Revista Exame

Portugal acolhe 1150 refugiados e vai receber mais 91 yazidis em breve


O ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, disse esta segunda-feira que a chegada a Lisboa de 24 cidadãos yazidis eleva para 1150 o número de refugiados acolhidos por Portugal no âmbito dos programas de recolocação da UE.

O governante falava aos jornalistas no aeroporto de Lisboa, momentos após reunir com o grupo de refugiados yazidis vindos da Grécia - depois de terem fugido da perseguição do Estado Islâmico no Iraque - e que ainda esta tarde vão ser instalados em Guimarães.

Eduardo Cabrita adiantou que há um outro grupo de 91 refugiados yazidis na Grécia que já manifestaram "opção de recolocação em Portugal" e deverão chegar em abril, sendo acolhidos em Lisboa.

Eduardo Cabrita, acompanhado pela vereadora de Ação Social da autarquia de Guimarães, frisou que os refugiados são cidadãos livres e que Portugal "não terá nenhuma estratégia que leve a qualquer limitação da sua liberdade de circulação".

"Temos um processo [de recolocação de refugiados] que é considerado uma referência no quadro europeu e da ONU", sublinhou Eduardo Cabrita, deixando ainda uma garantia: "Não temos em Portugal campos de refugiados, nunca os iremos ter."

"Temos um profundo envolvimento das comunidades locais, das estruturas da sociedade civil", de organismos ligados às igrejas e ainda nove dezenas de municípios que "decidiram participar neste esforço nacional" de acolhimento, realçou o ministro Adjunto.

Eduardo Cabrita salientou ainda ter sido objetivo do Governo que "ficasse no berço da nacionalidade o primeiro grupo" de cidadãos yazidis "que desejou vir para Portugal".

Paula Oliveira, vereadora da Ação Social da câmara de Guimarães, assegurou estar "tudo preparado" para "fazer com que [os yazidis] se sintam em sua casa, em segurança e felizes".

Os 24 yazidis vão residir em habitações existentes na cidade e arredores, devidamente preparadas, e vão reunir-se regularmente nos diversos "momentos culturais e de convívio" organizados pela autarquia com o apoio do Conselho Português para os Refugiados e outras entidades locais.

Sobre o grupo de 43 refugiados acolhidos em Guimarães há cerca de um ano, Paula Oliveira frisou que todos são "cidadãos livres" e duas dezenas deles "abandonaram voluntariamente" o projeto.

Diário de Notícias (Portugal)

Prefeito gay se casa com parceiro em Lins (SP)

O prefeito reeleito de Lins, Edgar de Souza (PSDB), casou-se sábado, 4, mas, ainda assim, a cidade do interior de São Paulo, não tem o que se convencionou chamar de primeira-dama. Um dos primeiros prefeitos assumidamente gays do Brasil, Souza casou-se com o empresário Alexsandro Luciano Trindade, com quem mantinha união estável há 13 anos. A cerimônia agitou a sociedade local. O governador Geraldo Alckmin (PSDB), em visita ao interior, passou por Lins na véspera para cumprimentar os noivos.

O Diversidade Tucana, segmento de políticas LGBT do PSDB, considerou a união um marco na história do País. A cerimônia ecumênica teve oficiantes de vários credos religiosos: uma ministra católica, um pastor anglicano, uma espírita kardecista e um pai de santo.

Os noivos entraram acompanhados pelos pais, familiares, além de pajens e daminhas de honra com as alianças. O “sim” teve direito a lágrimas e beijo. A juíza de casamento Aline de Oliveira, expediu a certidão de matrimônio. “Fizemos questão desse momento para dizer a todos que nos amamos. Corrupção é feio, lavagem de dinheiro é feio, mas o amor é muito bonito”, discursou o prefeito.

Edgar, de 38 anos, e Alex, como o parceiro prefere ser chamado, de 35, conheceram-se na adolescência, mas não houve empatia no primeiro encontro. Os dois só se reencontraram depois de adultos. “Foi em 2004, quando eu já era vereador reeleito. Seis meses depois, decidimos morar juntos.”

O prefeito estreou na política aos 20 anos, em 2000, eleito para o primeiro mandato como vereador. Foram três mandatos consecutivos até 2012, quando foi eleito prefeito. Na campanha, decidiu assumir que era gay. “Falei no palanque: eu não tenho que esconder com quem vivo e quem eu amo. Se esconder não mereço ser prefeito de vocês.” Ele conta que na campanha foi vítima de ataques homofóbicos. “Falavam que a prefeitura seria transformada em boate gay, coisas assim.”

Uma semana antes da eleição, os adversários distribuíram uma foto dele com Alex encostado em seu ombro e a frase: “Se votar no 45, essa família vai governar a sua.” Conforme Edgar, o efeito foi contrário. “Muita gente passou para nosso lado, tanto que a gente tinha 42% e fomos eleitos com 53%. A cidade rejeitou a homofobia.” Na campanha para a reeleição em 2016, Edgar não enfrentou o mesmo problema. “A população já conhecia e aprovava o meu trabalho. Na região, 90% dos prefeitos não se reelegeram, mas fui eleito enfrentando três candidatos.”

Católico, Edgar fez questão de convidar o padre da cidade para abençoar o casamento, mas ele se disse impedido. “Gostaria de ter podido casar na igreja, pois minha família toda é católica e tenho um irmão que é assessor jurídico do bispo.

Em sua atuação como prefeito, Edgar luta para criar na cidade um ambiente sem homofobia. “Eu me propus a ter uma vida aberta para que as pessoas pudessem ver que os homossexuais não são diferentes dos heterossexuais”.

Na cidade de 75,1 mil habitantes, a maioria das pessoas abordadas pela reportagem aprovou o casamento. “ O Edgar é bom administrador”, disse Júlio Cesar Batista, o ‘Geminho’, de 60 anos. “Gostamos dele como prefeito”, afirmam os estudantes Giovana Verdeli e Alessandro Paulo Junior, de 17 anos. Para eles, Edgar e Alex têm direito a serem felizes. “Faz anos que vivem juntos, acho normal que se casem”, disse a dona de casa Maria Luísa Martinho Soares, 64 anos, auxiliar do padre.

O apoio, porém, não é unânime. “Acho isso uma vergonha. Cada um sabe dos seus atos, mas ele é prefeito, não deveria ser de forma tão escancarada. Isso prejudica a cidade que está precisando atrair empregos. Lins perde credibilidade”, criticou o balconista de farmácia Sérgio Luis Santana, de 42 anos.

Estadão (SP)

Delação premiada revela repasse de R$100 mi na gestão José Serra

O operador financeiro Adir Assad propôs um acordo de delação premiada à Lava Jato no qual afirma ter repassado cerca de R$ 100 milhões para Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), entre 2007 e 2010, na gestão José Serra (PSDB). Preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde agosto do ano passado, Assad é apontado como o maior emissor de notas frias para lavagem de dinheiro de empreiteiras suspeitas de envolvimento no escândalo de corrupção na Petrobras.

Na negociação, Assad assumiu ter usado suas empresas de fachada para lavar recursos de empreiteiras com obras viárias em São Paulo, entre elas a Nova Marginal Tietê, o Rodoanel e o Complexo Jacu-Pêssego.

Assad disse também como funcionava seu esquema de fornecimento de dinheiro em espécie para caixa 2 de construtoras. Segundo ele, as empreiteiras subcontratavam suas empresas, o valor das notas frias era transformado em dinheiro e as companhias indicavam os beneficiários dos recursos. Entre 2007 e 2012, o "noteiro" movimentou cerca de R$ 1,3 bilhão em contratos fictícios assinados com grandes construtoras.

O operador prometeu revelar detalhes sobre o esquema de Souza na Dersa, como, por exemplo, as características de um suposto imóvel onde o dinheiro em espécie era armazenado. O "Estado" apurou que o empresário chegou a afirmar ter conhecimento sobre nomes de políticos contemplados com os repasses oriundos de empreiteiras. Ele, porém, não tratará dessas autoridades em seu acordo porque disse não ter provas para corroborar sua versão, uma vez que apenas lavava o dinheiro e entregava os montantes aos operadores indicados.

Ainda sobre Souza, Assad disse que o conheceu há mais de 15 anos, quando os dois eram triatletas. Afirmou que o ex-diretor da Dersa centralizava todos os repasses das empreiteiras responsáveis por obras na estatal do governo de São Paulo. Segundo Assad, o ex-diretor da Dersa o apresentou a representantes das maiores construtoras do País.

O "Estado" apurou que Assad também propôs aos procuradores elaborar um mapeamento sobre o funcionamento do sistema financeiro paralelo das construtoras responsáveis por abastecer as contas de suas empresas. Outro tema abordado pelo operador foi sobre como firmas sem prestar serviços e sem ter funcionários conseguiram movimentar uma quantia bilionária nos bancos brasileiros.

Sigilo - Os indícios da relação das empresas de Assad com obras em São Paulo já apareciam nas quebras de sigilo promovidas pela Lava Jato. Os documentos sobre essas contas mostram um pagamento de R$ 37 milhões do Consórcio Nova Tietê, liderado pela Delta Engenharia e vencedor da licitação de um dos lotes da Nova Marginal, para uma de suas empresas.

Das empresas que executaram lotes no Rodoanel, o Consórcio Rodoanel Sul 5 Engenharia, formado por OAS, Carioca Engenharia e Mendes Júnior, depositou R$ 4,6 milhões na conta da Legend Engenheiros, de Assad. O SVM, do qual a Andrade Gutierrez faz parte, pagou R$ 7,4 milhões para a Legend, entre 2009 e 2010. O consórcio atuou no Complexo Jacu-Pêssego.

Em quase três anos de Lava Jato, os investigadores esmiuçaram as transações financeiras entre empresas de fachada de Assad, como a Legend, Rock Star Marketing, Power to Ten e SM Terraplenagem, e as maiores construtoras do País. A força-tarefa descobriu que as notas fiscais de prestação de serviços de terraplenagem e aluguel de máquinas serviram para produzir dinheiro em espécie que, supostamente, deveria ser distribuído para agentes públicos e políticos. As empresas subcontratadas, no entanto, não possuíam nem máquinas nem funcionários para operá-las.

Prisão - Assad teve prisão preventiva decretada quatro vezes desde 2015. Chegou a ser solto duas vezes, mas foi novamente levado à prisão por ordem do juiz Sérgio Moro. Ele foi condenado na Lava Jato a 9 anos e 10 meses de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Delações premiadas, como a de executivos e ex-executivos da Odebrecht, e a negociação do empresário Fernando Cavendish, da Delta, citam o nome do operador. A tentativa de acordo é vista como a chance de Assad obter algum benefício no cumprimento da pena.

Como a força-tarefa já detém uma série de informações sobre suas operações, Assad está atrás na corrida das negociações e enfrenta a resistência do Ministério Público Federal (MPF).

Outro lado - O criminalista Miguel Pereira Neto, que defende Adir Assad, disse que "não é de conhecimento da defesa técnica a existência da colaboração premiada" e negou que tenha sido firmado qualquer acordo de colaboração. O senador José Serra (PSDB-SP) disse que não comentaria o caso. Paulo Vieira Souza, ex-diretor da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), não havia respondido aos questionamentos enviados pelo Estado até a conclusão desta edição.

Por meio de nota, a Dersa afirmou que, "em todos os empreendimentos mencionados pela reportagem, firmou contratos de obras apenas com os consórcios executores que venceram as respectivas licitações" e não com as empresas de Assad. Ainda segundo a estatal, em 2011, foi criado um departamento de Auditoria Interna e implantado um Código de Conduta Ética, "aprimorando a análise e a fiscalização dos contratos dos empreendimentos de modo permanente e organizado".

Por meio de sua assessoria, a Andrade Gutierrez, em nome do consórcio SVM, disse que não iria se manifestar sobre o tema. Questionada em nome do Consórcio Rodoanel Sul 5 Engenharia, a OAS não respondeu aos contatos da reportagem. A defesa da Delta Engenharia não foi encontrada para comentar os pagamentos para as empresas de Assad.

Portal UOL

UPE inaugura sede própria do Instituto Confúcio na instituição

O​ Magnífico Reitor da Universidade de Pernambuco (UPE), Prof. Pedro Henrique de Barros Falcão, e o Diretor do Instituto Confúcio na UPE, Prof. Héldio Pereira Villar, têm a honra de convidar V. Sa. para participar da inauguração da sede definitiva do Instituto Confúcio Modelo, instituição voltada para a difusão da cultura e da língua chinesa no Nordeste brasileiro.

O Instituto Confúcio é uma entidade sem fins lucrativos que tem como missão promover o idioma mandarim e o ensino na língua e da cultura chinesas e tem como objetivo promover o intercâmbio cultural com o Brasil, fomentar o ensino do mandarim e ajudar a compreender a China contemporânea.

Com sede central localizada em Pequim, o Instituto Confúcio é um órgão ligado ao Ministério da Educação chinês, representado pelo Escritório Nacional da China para o Ensino da Língua Chinesa como Língua Estrangeira e pelo Departamento para Assuntos do Instituto Confúcio, órgão do Conselho Internacional da Língua Chinesa. O instituto está presente em mais de 50 países

Além de incrementar o conhecimento e o diálogo entre os dois países, o projeto possibilita novas formas de cooperação acadêmica e científica, estimulando inclusive a integração econômica, pois o conhecimento mútuo da língua e da cultura cria um ambiente mais favorável para o intercâmbio em todos os campos da atividade humana, inclusive o econômico e empresarial.

História - Confúcio, ou Kung-Fu-Tze (mestre kong), é uma das figuras históricas chinesas mais conhecidas em todo o mundo. Filósofo moralista e teórico político que viveu entre 551 A.C. - 479 A.C, desenhou uma doutrina - o confucionismo - que ainda hoje exerce forte influência em toda a Ásia oriental.

Seu sistema de governo, criado a partir de uma visão nostálgica das virtudes humanas, busca o bem-estar geral, além de colocar em pauta questões específicas, como o abrandamento das penas. Em sua visão, os critérios para uma vida social harmoniosa estavam ligados a qualidades como o altruísmo, a sabedoria, a cortesia, a integridade, a fidelidade e a justiça.


Serviço:

Dia: 07 de março de 2017
Hora: 17h
Local: Instituto Confúcio
Rua Benfica, 305 - Madalena, Recife / PE


Imprensa UPE

Vem Livre Acesso: O agendamento pra recadastrar é só até hoje

Nesta segunda-feira(6) , é o prazo final para os usuários do VEM Livre Acesso agendarem o seu recadastramento pelo site www.vemlivreacesso.com.br ou pelos telefones (81) 3125-7575 ou 0800.081.0158. No agendamento, o usuário pode escolher a data em que fará o seu recadastramento até o mês de maio. 

O cartão Vem Livre Acesso garante o direito de pessoas com deficiência utilizarem o Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife gratuitamente. O benefício está previsto na Lei 14.916/2013 e os beneficiários devem ser recadastrados a cada dois anos.

É importante lembrar que antes de fazer o agendamento, o beneficiário deve estar com toda a documentação atualizada original (cédula de identidade, inscrição do Cadastro de Pessoa Física [CPF], comprovante de residência), além de laudos, declarações e/ou exames anteriores que comprovem a deficiência. Os cartões que não forem recadastrados serão cancelados.

Imprensa Grande Recife

Mulheres criticam PEC da Previdência

O principal desafio do governo no momento, a PEC 287/16, da reforma da Previdência, altera as regras para a aposentadoria. Um dos itens previstos na proposta encaminhada pelo Executivo acaba com a diferença entre homens e mulheres para se aposentar. A medida não foi bem recebida por movimentos que lutam pelos direitos das mulheres, que a consideram machista.

"Se somos [machistas] então o mundo inteiro é", disse o secretário de Previdência, Marcelo Caetano, em uma audiência pública na Câmara dos Deputados no último mês.

A regra atual, estabelece uma fórmula que leva em consideração idade e tempo de contribuição. Mulheres podem receber o benefício integral quando atingirem 85 pontos, somando tempo de contribuição e idade. Para os homens, são necessários 95 pontos.

Dos 36 membros titulares da Comissão Especial da Câmara que analisa a proposta de reforma da Previdência, apenas um é mulher: a líder da minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Nós não somos iguais na vida, no trabalho temos uma imensa desigualdade e na hora de acessar o benefício somos iguais?", questiona a deputada. "Igualar a idade é o não reconhecimento da vida diferenciada da mulher", disse a deputada.

Segundo ela, proposta de reforma da Previdência será uma das bandeiras dos atos em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, na quarta-feira. As novas regras para as mulheres serão tema de audiência pública da comissão.

Contraponto - O vice-líder do governo na Câmara, Darcísio Perondi (PMDB-RS), defende que a reforma seja aprovada nos moldes da proposta enviada pelo Executivo. Ele lembra que a expectativa de vida das mulheres é maior, e que as diferenças salariais vêm sendo superadas. "As disparidades não podem ser compensadas com a Previdência, devem ser compensadas com outras políticas públicas", afirmou o deputado.

O parecer do relator, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), será apresentado no final do mês. Depois da comissão, a PEC ainda precisa passar por dois turnos de votação na Câmara e no Senado.

Jornal Destak

Filipinas: ex-policial assume 200 assassinatos a mando do presidente

Um policial aposentado depôs em uma audiência do Senado das Filipinas nesta segunda-feira assumindo ter matado quase 200 pessoas como integrante de um "esquadrão da morte" quando o presidente filipino, Rodrigo Duterte, era prefeito da cidade de Davao, e disse ter feito a confissão por causa de seu "medo de Deus".

Arturo Lascanas (foto) admitiu ter mentido em outubro, durante um inquérito do Senado a respeito de supostas execuções extrajudiciais ligadas a Duterte, mas disse só tê-lo feito por temer pela segurança de sua família e porque a polícia o havia alertado a "negar tudo".

Ele contou que matou pessoalmente 300 pessoas, cerca de 200 delas como membro do "esquadrão da morte de Davao", e que a última foi em 2015. Ele ainda detalhou dois casos em que matou críticos de Duterte seguindo instruções do guarda-costas do então prefeito.

Lascanas, que rompeu em lágrimas diante da mídia ao revelar sua história duas semanas atrás, é a segunda pessoa a testemunhar diante de parlamentares sobre os supostos laços de Duterte com um grupo de extermínio clandestino.

Os aliados de Duterte minimizam as alegações, que veem como um complô de seus opositores para desacreditar o líder popular e sua guerra às drogas, uma campanha que críticos afirmam ter uma semelhança perturbadora com um padrão de assassinatos misteriosos em Davao.

"Temi pela vida de meus entes queridos", disse Lascanas quando indagado por que havia negado anteriormente a existência do esquadrão da morte.

Ele disse ter mudado seu testemunho "por causa de meu desejo de dizer toda a verdade, não só por causa de minha renovação espiritual, mas pelo medo de Deus, queria limpar minha consciência".

Agência Reuters

Pentágono investiga vazamento de nudes de mulheres militares

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos está investigando denúncias de que, entre os marines, circulam fotos de mulheres deste serviço nuas, tiradas sem o seu consentimento, disseram funcionários nesta segunda-feira.

As fotografias, compartilhadas em uma página secreta do Facebook que já foi desativada, mostravam supostamente mulheres marines total ou parcialmente nuas.

Publicadas na página chamada "Marines Unidos", as fotos incluíam comentários lascivos sobre algumas das mulheres.

"O corpo de Marines está profundamente preocupado pelas denúncias sobre os comentários on-line depreciativos e as fotografias obscenas no 'Marines United', um site fechado. Esta conduta destrói a moral, erode a confiança e degrada o indivíduo. O corpo de Marines não aprova este tipo de conduta, que mina seus valores", afirmou o corpo em um comunicado publicado em seu site.

Qualquer marine que "compartilhar uma foto de outra pessoa tirada sem o consentimento desta pessoa e em circunstâncias nas quais esta outra pessoa tem expectativas razoáveis de privacidade (...) pode ser submetido a um processo penal ou a medidas administrativas", acrescenta o comunicado.

O presidente da comissão das Forças Armadas da Câmara de Representantes, Mac Thornberry, disse que o site era "inaceitável". "As revelações do tratamento que estas mulheres marines receberam são penosas", acrescentou.

AFP Brasil

Eleições em Março

Cinco meses depois das eleições municipais de 2016, onze cidades se preparam para ir às urnas mais uma vez neste mês de março. São as eleições suplementares.

No dia 12 de março, as cidades de Ervália e São Bento Abade, em Minas Gerais; Calçoene no Amapá; e Arvorezinha, Butiá, Gravataí, Salto do Jacuí, São Vendelino e São Vicente do Sul - todas no Rio Grande do Sul – terão novas eleições para prefeito. São municípios que tiveram as eleições anuladas porque os candidatos que ganharam nas urnas tiveram os registros de candidatura rejeitados pela Justiça eleitoral.

No dia 2 de abril, outros 12 municípios, dessa vez nos estados de São Paulo, Rondônia, Paraná, Pernambuco, Sergipe e Santa Catarina, também passam por eleições suplementares. Segundo dados do TSE, 737 pessoas tiveram suas candidaturas a prefeito impugnadas. As eleições suplementares são organizadas pelos tribunais eleitorais de cada estado.

Agência Brasil

Recife: Assaltos a ônibus aumentam 437% em um ano

Entre a manhã da última sexta-­feira (3) e a manhã desta segunda-­feira (6), 35 ônibus foram assaltados em Pernambuco, segundo contagem feita pela editoria de polícia da Rádio Jornal em parceria com o Sindicato dos Rodoviários. Entre os dias 1º de janeiro e 2 de março, 730 assaltos a ônibus já foram registrados no estado. Março já acumula 56 assaltos.

Nos primeiros quatro meses do ano passado, foram registrados 554. Apenas em fevereiro, o Estado contabilizou 329 assaltos contra 75 em todo o mês de fevereiro de 2016, um aumento de 438% no número de assaltos a ônibus. 

Entre os 35 assaltos a ônibus ocorridos nos últimos três dias, nove aconteceram entre a manhã da sexta­feira e a manhã do sábado (4). Foram registrados 14 de sábado (4) a domingo (5). Nas últimas 24 horas, 12 ônibus foram assaltados na Região Metropolitana do Recife e em Camocim de São Félix, no Agreste.

Portal Brasil 247

Demissão e Censura após Agência Brasil cobrir ato do MTST em São Paulo

O governo golpista de Michel Temer (PMDB) está mesmo a cada dia mostrando a sua cara. Como se não bastasse ter acabado com o Conselho Curador, onde se encontravam representantes da sociedade civil e reforçava a mídia pública, na Empresa Brasil de Comunicação (EBC) hoje predomina a censura.

Acabou de ser demitido o coordenador geral de jornalismo da Agência Brasil, o jornalista André Muniz. Motivo: a Agência cobriu um ato do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) nesta quinta-feira (02/03). É dessa forma que age o espaço estatal representado pela EBC, presidida por um tal de Laerte Rimoli, um protegido e indicado pelo deputado cassado Eduardo Cunha.

Os manifestantes protestavam pela paralisação nas contratações de casas do Minha Casa, Minha Vida, na faixa que atende as famílias com menor renda. O movimento está acampado há mais de 15 dias em frente ao escritório da Presidência da República, na Avenida Paulista. O ato ganhou visibilidade em diversos veículos em todo o País. Na Agência Brasil, o texto citou apenas as complicações geradas no trânsito.

O Brasil assim perde a oportunidade histórica de desenvolver uma mídia pública, exatamente porque o usurpador Temer optou por acabar com o projeto e priorizar uma mídia estatal. Como se não bastasse, os ocupantes usurpadores da EBC sob o comando de Rimoli decidem adotar como norma a censura e, no caso, demitir quem ouse fazer jornalismo.

Opera Mundi

Grupo de comunicação venezuelano conversa com TV Bandeirantes

Pouco antes do Carnaval, no último mês de fevereiro, emissários do grupo venezuelano Cisneros, um dos maiores de mídia do mundo, começaram conversas com a Band.

Segundo informações obtidas pela reportagem do TV História, as conversas tiveram um tom secreto. Não se falou sobre possível compra, mas sim de parceria de conteúdo, algo que a Band já tem com outros grupos.

A ideia é uma produção em conjunto de alguma atração, assim como a Band já tem com a Turner. Recentemente, ambas fizeram a versão brasileira do X Factor, que não teve grande êxito nas noites de segunda e quarta.

O problema é que, por conta das poucas informações que surgiram, os comentários foram fortes nos corredores da emissora do Morumbi. Uma ala do canal jurava que o Cisneros iria comprar 30% da Band.

Outros diziam que existiam negociações, usando como exemplo a Turner, que se interessou pela Band algum tempo atrás e pensou em comprar 30% de suas atividades -algo que acabou não acontecendo.

O Cisneros é um grupo de mídia venezuelano criado por Gustavo Cisneros, seu dono até os dias de hoje. O conglomerado tem investimentos em várias frentes, como meios de comunicação, entretenimento, mídia digital, investimento imobiliário, produtos de desenvolvimento e turismo.

Na Venezuela, Cisneros é sócio da Coca-Cola e dono do maior canal de TV aberta do país, a Venevision. O grupo também criou canais de TV paga, como o Space e o I.Sat, que foram vendidos para a Turner em 2007.

Também ajuda a distribuir, por toda a América Latina, os sinais de canais adultos da Playboy, como a Playboy TV e o Vênus - menos no Brasil, onde a sociedade da Playboy é com a Globosat.

TV História

Os 200 anos da Revolução Pernambucana

Um desfile cívico, na manhã desta segunda-feira (6), marcou o início das comemorações dos 200 anos da Revolução Pernambucana de 1817, quando o estado foi palco de uma república à parte, livre da Coroa Portuguesa, durante pouco mais de 70 dias. Essa primeira etapa dos festejos contou com a colocação de uma coroa de flores na escultura que homenageia a data, a inauguração de uma placa e a entrega de uma medalha comemorativa aos ex-governadores vivos.

Após o desfile cívico, o governado do estado, Paulo Câmara (PSB), caminhou até a Praça da República e, ao lado do vice-governador Raul Henry e do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Guilherme Uchôa, depositou a coroa de flores na escultura feita por Abelardo da Hora.

A placa, em homenagem aos que lutaram e deram a vida em defesa dos ideais e liberdade e justiça social, foi inaugurada pelo governador logo em seguida. Ele também estava acompanhado do vice e do presidente da Alepe.

No evento, que seguiu no Palácio do Campos das Princesas, na área central do Recife, a medalha comemorativa foi entregue aos cinco ex-governadores vivos. Jarbas Vasconcelos (PMDB), João Lyra Neto (PSB), Joaquim Francisco (PTB), Gustavo Krause (DEM) e Roberto Magalhães (DEM) receberam a comenda com um imponente leão impresso.

As ações seguem ao longo de 2017. Entre as principais estão a criação de uma marca e um selo comemorativo. A data será lembrada também com uma exposição no Museu da Cidade do Recife, localizado no Forte das Cinco Pontas, a partir de domingo (12). Gratuita, a mostra, denominada "1817 - Revolução Republicana", vai durar um ano.

“Pernambuco comemorando os 200 anos da revolução de 1817 mostra a história de um povo guerreiro, que sempre buscou justiça social e liberdade. Então, segue o exemplo de muita gente que se dedicou ao trabalho e colocou sua vida em favor de um Brasil melhor, livre. Devemos deixar viva essa memória”, pontuou o governador.

Outra ideia, ainda não concretizada, é a construção de um monumento às margens do Rio Capibaribe, no Centro do Recife. Será um mirante. Ele ficará próximo à Praça da República. Responsável pelo vitral da Catedral de Brasileira, tudo indica que a artista Marianne Peretti assinará o projeto.

De acordo com o material produzido pelo governo para marcar a data, no século XIX, a maçonaria uniu forças com clero católico esclarecido. Ambos lutavam pela liberdade de pensamento, pelos direitos de cidadania e por uma imprensa livre. Em Pernambuco, a Revolução de 1817 tomou forma. Constituiu-se, assim, um governo republicano e liberatório forjado por uma Constituição Provisória.

“A história se repete. Não com os mesmos atores, não com as mesmas pessoas, mas alguns fatos são constantes e fazem que alguns movimentos de revolta surjam. O que acontece hoje é que a comunicação leva, para a maioria da população, o conhecimento de fatos que são desabonadores para uma história tão rica que Pernambuco tem”, acredita a presidente da Academia Pernambucana de Letras e integrante da comissão organizadora das ações, Margarida Cantarelli.

Portal G1

Bahamas: Porcos nadadores encontrados mortos

Sete porcos nadadores das Bahamas foram encontrados mortos em circunstâncias misteriosas. As autoridades estão investigando as mortes que ocorreram perto da “Pig Beach” em Big Major Cay, uma ilha desabitada a cerca de 150 quilômetros de Nassau.

As denúncias das mortes, que mataram cerca de um terço da metade da famosa colônia de porcos selvagens, surgiram na última semana.

“Pode ter sido um acidente horrível no qual eles comeram algo venenoso. Pode ser malicioso, mas não vejo por que alguém seguiria esse caminho para ferir esses animais adoráveis”, disse a presidente da Humane Society das Bahamas, Kim Aranha.

Lendas locais dizem que a colônia de porcos surgiu devido a um naufrágio que ocorreu há muito  tempo, mas o fenômeno pode ter origens mais recentes. 

O nativo das Bahamas, Wayde Nixon, afirmou que colocou quatro porcas e um javali na ilha nos anos 90, em meio a temores de que os problemas do computador ‘Y2K’ provocariam um colapso social na virada do milênio. A ideia era criar um suprimento de alimentos sustentáveis para armazenar em caso de uma catástrofe, ele disse ao programa Today. Nixon culpa o mau comportamento dos turistas pelas mortes dos porcos.

“Temos pessoas que dão cerveja, rum aos porcos e sobem neles, todos os tipos de coisas. Os porcos receberam o alimento inadequado”, disse ele a um jornal local. Nos últimos meses, os animais têm atraído várias celebridades à ilha. Em janeiro, a atriz Bella Thorne (foto acima) compartilhou fotos da ilha enquanto acariciava um leitão.

No verão passado, Donald Trump Jr foi visto com a esposa e os filhos junto aos porcos da ilha durante suas férias. A atriz Amy Schumer esteve na própria cena do crime nos últimos dias e postou uma foto da Pig Beach em seu Instagram.

“Sei que há muitos marinheiros bobos que lhes dão álcool para tentar embebedá-los, mas não vamos confundi-los com os operadores turísticos baseados em Nassau que os trataram com excelente cuidado”, disse a Humane Society de Aranha.

Os investigadores foram enviados para coletar amostras de água e averiguar as possíveis causas das mortes calamitosas. “O que matou esses belos animais é realmente um mistério”, disse Aranha.

Nixon estimou que cerca de 15 porcos permanecem vivos na ilha. Ele pediu para estabelecer uma zona proibida a fim de manter os turistas afastados dos porcos restantes.

V. Alfred Gray , ministro da Agricultura e Recursos Marinhos das Bahamas, concordou e informou ao Nassau Guardian que o governo iria buscar restrições para manter os turistas afastados.

“Se tivermos linhas de fronteira, as pessoas serão capazes de tirar fotografias e ver os porcos nadarem, tudo isso. Porém, elas não serão capazes de lhes dar alimentos”, declarou, segundo o Daily Mail.

Os porcos mortos foram enterrados no mar que tanto amaram, de acordo com as autoridades.

Portal 24 Brasil



Cresce reincidência na Funase em 2016

Em 2016, 61,8% dos jovens que deram entrada em uma unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Pernambuco eram reincidentes. Em números absolutos, dos 3.289 jovens que chegaram à fundação no ano passado, 2.034 já tinha passagem por ela. A estimativa é maior do que em 2015, quando 59,3% dos 3.272 jovens apreendidos eram reincidentes. Vale destacar que os dados referentes a 2016 disponibilizados pela Funase ainda estão sendo finalizados e os números podem ter alterações. A Funase afirma que não possui dados de reincidência para os anos de 2013 e 2014.

Outro dado que chama atenção é que, no ano passado, 96% dos jovens que deram entrada na Funase eram do sexo masculino. Além disto, em 2016, os atos infracionais que mais levaram a apreensões de jovens foram roubo (49,8%), tráfico de entorpecente (20,7%) e homicídio (10,1%). Entre os anos de 2013 a 2016, a maioria dos infratores que deram entrada na fundação tinha entre 16 e 18 anos.

O papel da Funase é promover, no âmbito estadual, a Política de Atendimento aos Adolescentes envolvidos em ato infracional, com privação e restrição de liberdade, visando a garantia dos seus direitos fundamentais, por meio de ações articuladas com outras instituições públicas e a sociedade civil organizada. O público alvo são adolescentes de ambos os sexos, dos 12 aos 18 anos de idade incompletos e, excepcionalmente, dos 18 aos 21 anos de idade, envolvidos em ato infracional.

A diretora-presidente da Funase, Nadja Alencar, reconhece que o grande número de reincidentes não é algo bom, mas afirma que o maior desafio está no retorno dos jovens infratores à sociedade. "Enquanto eles estão sob nossa custódia participam de atividades educativas, profissionais, mas, infelizmente, em alguns casos, quando retornam à sociedade acabam voltando para o crime, pois falta apoio e acolhimento da família e da sociedade", avalia.

De acordo com a diretora-presidente, a Funase tem buscado intensificar a educação e profissionalização dos internos. "A maioria deles tem baixa escolaridade. Então, um dos nossos objetivos é a frequência deles em sala de aula, para que ao sair de nossas unidades eles dêem continuidade e tenham um objetivo de vida", disse.

Atualmente, todas as unidades da Funase contam com escola estadual de ensino. Além do ensino regular, são desenvolvidas com os jovens atividades culturais e profissionalizantes, como capoeira, futebol, serigrafia, robótica, horta agrícola, entre outras.

"Para este ano, estamos desenvolvendo projeto voltado às práticas restaurativas, para que os jovens deixem de lado as práticas mais violentas e restaurarem as relações com familiares, amigos, educadores. Estamos definindo ainda uma política de combate às drogas. Para isto, vamos intensificar parcerias com prefeituras".

Novas unidades - Três novas unidades da Funase estão previstas para serem entregues neste ano, sendo dois Centros de Atendimento Socioeducativo (Case), um no Cabo de Santo Agostinho e outro em Jaboatão, e um Centro de Internação Provisória (Cenip), no Recife. Juntas, as três unidades estão orçadas em cerca de R$ 65 milhões e vão abrir 320 novas vagas. Atualmente, a Funase dispõe de 1.139 vagas, distribuídas em seis Cenips, oito Cases, oito Casas de Semiliberdade (Casem) e uma Unidade de Atendimento Inicial (Uniai).

Jornal Destak

EUA: Trump pede ao Congresso que investigue supostas escutas em seus telefones

O presidente Donald Trump pediu ao Congresso Americano que investigue as escutas "com potencial motivação política" de seus telefones durante a campanha eleitoral de 2016, informou a Casa Branca neste domingo.

O anúncio acontece um dia depois que Trump usou o Twitter para acusar seu antecessor Barack Obama de grampear seus telefones antes das eleições de novembro, sem, no entanto, fornecer qualquer tipo de prova dessa acusação, negada por um porta-voz do ex-presidente.

"Eu apostaria que um bom advogado poderia levar adiante um caso pelo fato de que o Presidente Obama grampeou meus telefones em outubro, antes da eleição!", escreveu Trump no Twitter

"Como o Presidente Obama caiu tão baixo a grampear meus telefones durante o sagrado processo eleitoral. Isso é Nixon/Watergate. Cara ruim (ou doente)!", assinala em outro tuíte.

Em resposta à acusação, um porta-voz do ex-presidente Barack Obama afirmou que o ex-presidente jamais ordenou que cidadãos americanos fossem alvo de espionagem. A declaração classificou de "simplesmente falsa" a acusação feita pelo atual ocupante da Casa Branca, Donald Trump.

Portal G1

Coreia do Norte lança 4 mísseis balísticos ao mar

A Coreia do Norte lançou quatro mísseis balísticos nesta segunda-feira que voaram cerca de mil quilômetros antes de cair no Mar do Leste (Mar do Japão), segundo informaram os governo do Japão e da Coreia do Sul.

O lançamento aconteceu às 7h06 (no horário norte-coreano, 19h36 de domingo em Brasília) de Dongchang-ri, na costa noroeste do país, em direção ao Mar do Leste, e um dos projéteis voou pelo menos 1.000 quilômetros antes de cair no oceano, segundo um comunicado do Estado-Maior Conjunto (JCS) da Coreia do Sul.

Embora Seul, em colaboração com tropas americanas, ainda esteja analisando toda a informação disponível para determinar o tipo de projétil, um representante do Ministério da Defesa sul-coreano considerou que a probabilidade de que se trate de um teste de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) é "muito pequena".

O porta-voz explicou, em entrevista coletiva divulgada pela agência "Yonhap", que os projéteis alcançaram uma altura de "260 quilômetros".

O presidente interino da Coreia do Sul, Hwang Kyo-ahn, considerou durante a reunião do Conselho de Segurança Nacional (NSC) que o lançamento representa "um desafio e uma grave provocação para a comunidade internacional", segundo divulgou o escritório presidencial.

Hwang também pediu que se conclua a instalação do polêmico sistema antimísseis THAAD em território sul-coreano para "fortalecer a capacidade de dissuasão" perante os mísseis norte-coreanos.

Por sua parte, Tóquio confirmou que três dos quatro projéteis caíram em sua Zona Econômica Especial (EEZ) - espaço que se estende cerca de 370 quilômetros a partir da costa japonesa - perto do litoral da cidade de Akita.

"Os lançamentos claramente mostram que a ameaça norte-coreana alcançou uma nova dimensão", disse perante o parlamento o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, que considerou estes testes como "uma provocação muito séria" para a segurança nacional.

Já aministra de Defesa japonesa, Tomomi Inada, tachou de inaceitáveis estes lançamentos e acrescentou que são "um ato provocativo para a segurança do Japão e da região".

As autoridades japonesas e sul-coreanas acreditam que o lançamento realizado hoje pelo regime de Pyongyang responde às manobras conjuntas anuais que Coreia do Sul e Estados Unidos realizam em território sul-coreano desde a semana passada.

Na sexta-feira passada a Coreia do Norte ameaçou, através de seu jornal estatal "Rodong Sinmun", realizar novos testes de mísseis em resposta a estes exercícios militares, cuja escala este ano é a maior até o momento e que Pyongyang considera um ensaio para invadir seu território.

Depois do registrado em 12 de fevereiro, o lançamento de hoje é o segundo que a Coreia do Norte realiza desde que seu líder, Kim Jong-un, anunciou em sua mensagem de Ano Novo que Pyongyang estava finalizando o desenvolvimento de um ICBM, uma arma que poderia permitir-lhe no futuro atingir o território americano. 

Agência EFE

Muçulmanos se oferecem para vigiar locais judaicos contra vândalos nos EUA

Nos últimos dias a comunidade judaica nos EUA se viu às voltas com uma série de ameaças de atentados a sinagogas e centro comunitários, além de dois episódios de vandalismo em cemitérios das cidades de Filadélfia e St. Louis.

Entre as demonstrações de simpatia, chamou a atenção a oferta de muçulmanos para ajudar na vigilância de locais ameaçados. Elas vieram de militares, advogados e mesmo de personalidades praticantes da religião.

A JCC Association  of  North America, uma rede de centros culturais judaicos, denunciou mais de 100 ameaças de bomba nos primeiros dois meses deste ano. Apenas na última segunda-feira, houve 31 ameaças e uma sinagoga no Estado de Indiana teve o vidro de uma janela quebrada com um tiro.

Em tuíte, um ex-fuzileiro naval muçulmano, Tayyib Rashid se ofereceu como vigia. "O Islã requer isso", escreveu ele em sua conta no Twitter:

Rashid, que assina como @MuslimMarine, disse ter visto "todos os tipos de americanos - judeus, cristão, ateus, todo mundo - demonstrando amor e compaixão", além de condenar publicamente os ataques anti-semitas. O tuíte viralizou, com mais de 12 mil curtidas e 5 mil compartilhamentos até sexta-feira.

Entre as respostas que recebeu da comunidade judaica, Rashid foi até convidado para passar a Páscoa judaica na casa de um dos admiradores.

Outros muçulmanos, como o apresentador de TV Momim Bhatti, também usaram as redes sociais para oferecer apoio.


No final de fevereiro, uma campanha de financiamento pela internet iniciada por muçulmanos arrecadou mais de US$ 150 mil para os trabalhos de limpeza e reparos em um cemitério judaico de St. Louis - no último dia 20, mas de 170 lápides foram danificadas. Na mesma semana, 100 lápides foram destruídas em Filadélfia.

A união entre muçulmanos e judeus também se deu na campanha online em que mais de US$ 70 mil foram arrecadados para reparos em uma mesquita vandalizada em New Tampa, no Estado da Flórida.

Um dos representantes da comunidade muçulmana na cidade, Adeel Karim, disse ter ficado impressionado quando viu que muitos doadores eram judeus.

"Não conseguia entender por que algumas das doações vinham em somas estranhas - US$ 18, US$ 36, US$ 72, por exemplo. Quando cliquei nos nomes dos doadores, vi vários nomes de família judaicos. Judeus doam em múltiplos de 18 como forma de desejar ao destinatário uma longa vida", explicou Karim.

BBC Brasil