quarta-feira, 20 de março de 2019

Morango é a fruta com maior índice de agrotóxicos

A organização não-governamental EWG, sediada nos Estados Unidos, fez uma lista de frutas e vegetais que foram classificados de acordo com maior ou menor concentração de resíduos de pesticidas. De acordo com a pesquisa, o morango é a fruta com maior índice de contaminação, com mais de 90% das amostras. O relatório também assegura que 70% dos alimentos vendidos nos EUA contém restos de pesticidas.

A EWG revela ainda, que além do morango, também há altos índices de contaminação nas maçãs, cerejas, espinafre, pêssego e couve. Inclusive, várias mostras de couve indicaram a presença de 18 tipos de agrotóxicos. 

Ao fim do relatório, a ONG recomenda que os consumidores comprem mais alimentos orgânicos, produzidos sem o uso de produtos sintéticos, como pesticidas, herbicidas e fertilizantes artificiais. Em especial, frutas e verduras. No relatório, a EWG sugere que há uma correlação entre os pesticidas e doenças como câncer, problemas neurológicos e infertilidade. 

O Departamento de Agricultura do governo norte-americano havia anunciado em 2017 que a produção agrícola nos Estados Unidos é uma das mais saudáveis do mundo. No anúncio, o departamento afirmou que "em mais de 99% das amostras, os resíduos de pesticidas estavam muito abaixo das referências estabelecidas pela Agência de Proteção Ambiental".

Com informações do Portal RT em Espanhol (Rússia)

Homofobia no mundo: Países onde ser LGBT é crime



De acordo com relatório da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexuais, 70 países ainda criminalizam relações homoafetiva (seis paises, inclusive, condenam à morte). Países como Índia, Angola e Trinidad & Tobago revogaram as proibições legais de relações entre pessoas do mesmo sexo. Em contrapartida, o Chade (país africano) criminalizou as relações consensuais entre casais de mesmo gênero. 

De acordo com o relatório, os relacionamentos homossexuais são legalizados em 123 países e em 32 deles, há leis que restringem liberdade de expressão sobre questões de orientação sexual e liberdade de gênero. Em 73 países, há legislação que protege os LGBTs de discriminação no trabalho, além de 26 nações que aceitam o casamento entre pessoas do mesmo sexo e 30 que permitem a adoção de crianças. 

Estes são os países em que as relações do mesmo sexo são ilegais:

África
Argélia
Burundi
Camarões
Egito (de fato)
Botswana
Chade
Comores
Eritreia
Etiópia
Gâmbia
Ghana
Guiné
Quénia
Libéria
Líbia
Malawi
Mauritânia
Maurício
Marrocos
Namíbia
Nigéria
Senegal
Serra Leoa
Somália
Sudão do Sul
Sudão
Eswanti
Tanzânia
Togo
Tunísia
Uganda
Zâmbia
Zimbabwe

América Latina e Caribe

Antígua e Barbuda
Barbados
Dominica
Granada
Guiana
Jamaica
São Cristóvão e Nevis
Santa Lúcia
São Vicente e Granadinas

Ásia

Afeganistão
Bangladesh
Butão
Brunei Darussalam
Irã
Iraque (de facto)
Kuwait
Líbano
Malásia
Maldivas
Myanmar
Omã
Paquistão
Qatar
Arábia Saudita
Cingapura
Sri Lanka
Síria
Turquemenistão
Emirados Árabes Unidos
Uzbequistão
Iêmen
Oceania

Kiribati
Papua Nova Guiné
Samoa
Ilhas Salomão
Tonga
Tuvalu


Com informações do Portal CNN em Español

Câmara deve debater impacto da cessão da Base de Alcântara/MA para as comunidades locais

Foi aprovado hoje (20/03) um requerimento para que se realize audiência pública na Câmara Federal para que se debata o impacto da cessão da Base de Alcântara, no Maranhão, nas comunidades locais. São 210 comunidades quilombolas que não foram consultadas sobre o acordo feito entre o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro e o presidente norte-americano Donald Trump, esta semana em Washington. 

Os quilombolas lutam pela regularização de suas terras há cerca de 40 anos e as famílias da região temem o que pode acontecer com elas, que se sentem inseguras em relação ao futuro. A audiência pública Os impactos do contrato do Brasil com os Estados Unidos para o uso comercial do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão foi requerida pelo deputado federal Carlos Veras (PT-PE)

Tejucupapo: Comunidades podem perder moradias

O distrito de Tejucupapo, em Goiana, a 63 km do Recife, centenas de anos após de ser campo de batalha contra a Invasão Holandesa no Século XVII, agora é palco de outra luta. De um lado, a viúva de um político da região (que está pedindo reintegração dos terrenos) e de outro, dezenas de famílias que vivem há décadas e que podem perder, de uma hora pra outra, a casa onde moram. 

"São pessoas idosas, que não têm pra onde ir, escrituras de casas que são de 30, 40, 50 anos atrás. Sem falar nos pescadores, que não terão outra fonte de renda caso precisem sair daqui", afirma a assistente social Maria da Conceição Galvão.

Cerca de metade do território construído de Tejucupapo, em especial a do Sítio Picuta, está sendo alvo de disputas judiciais. A viúva de Olímpio Menezes, Rosa Oliveira, acionou as 1ª e 2ª varas judiciais de Goiana, alegando que os comunitários invadiram as terras. No entanto, Maria da Conceição disse ao Blog que as famílias têm documentos comprobatórios de que são donas dos terrenos onde residem, algumas há décadas. 

Na localidade em questão, estão ainda prédios públicos, templos religiosos e ainda um espaço onde o Governo do Estado havia desapropriado para a construção de 140 casas populares. Os moradores levaram o caso à Defensoria Pública do Estado e na Câmara Municipal de Goiana houve uma audiência pública e um grupo de vereadores se comprometeu em levar o pleito ao Tribunal de Justiça de Pernambuco.

História - A comunidade é conhecida pela Batalha de Tejucupapo, ocorrida em 1646, durante a colonização holandesa em Pernambuco. Os militares holandeses, buscando cajus e farinha de mandioca, resolveram invadir Tejucupapo, julgando que as mulheres e crianças estariam desprotegidos, visto que os homens iriam ao Recife vender os produtos da pesca e do campo. Mas as mulheres fizeram uma mistura de água fervente com pimenta, para atacar os invasores enquanto os poucos homens que estavam na comunidade emboscavam-nos. Os poucos holandeses que sobreviveram foram expulsos da localidade. 


Uma passagem por Pernambuco e a arte de ser ele mesmo

Em fevereiro de 1972, Zé havia aderido à cultura hippie e foi morar em Arembepe, na Bahia, paraíso dos alternativos da época. E por um tempo, viveu em praias da região, como a Ilha de Itaparica e Itapoã. Mas uma carona o trouxe a terras pernambucanas. “Quando cheguei a Pernambuco, fui acampar na Praia do Janga, só havia o mar, os coqueiros, a travessia do rio em Maria Farinha, tudo muito lindo...” 

No Janga, conheceu seu grande amigo da época, o pintor Jorge Tavares. “Fui morar na comunidade hippie que tinha na fazenda dele, em São Lourenço da Mata. Fiz amizade com a família dele, a mãe, que morava em Boa Viagem, a avó, que tinha uma daquelas casas enormes... E o café da tarde era inesquecível, com as comidas maravilhosas que vocês têm aí em Pernambuco”. De carona em carona, deixou Pernambuco e voltou a São Paulo, onde conheceu uma de suas esposas, Nara. Com ela, viveu 20 anos e teve três filhos, que lhe deram quatro netos (de outros relacionamentos Abreu tem mais dois filhos). 

E o que o faz querer satirizar a vida pública, através de seus personagens e de sua rede social? “Sei lá... Acho que é o instinto artístico. Tenho facilidade em escrever coisas curtas, me acostumei com o Twitter, acho uma fala mais inteligente, de 280 caracteres. Sempre gostei de estar na internet, nos primórdios tive ICQ, depois MSN. Sempre fui muito interneteiro”. 

Professor, estudante universitário, militante, hippie, policial, seminarista, ator. Como é ser ao mesmo tempo, todas as pessoas no mundo e ele mesmo? “Como ator, eu posso ser tudo (risos), inclusive Presidente da República, num papel muito brechtiano, ligado muito à realidade, mas essencialmente crítico para fazer as pessoas pensarem”, finaliza.

A necessidade de mudar o mundo, ou ao menos, o seu mundo #ZehDeAbreu

Imagem de Internet

A porta de entrada de José de Abreu na militância político-social se deu ainda no final dos anos 1960. Recém-saído da Polícia, entrou na faculdade de Direito da PUC-SP. “Foi na PUC onde conheci o movimento, as faculdades eram focos de resistência contra a ditadura. Ali eu li os primeiros livros, e logo eu entrei no TUCA, o grupo de Teatro da PUC”. 

No grupo de Teatro, fez seu primeiro trabalho artístico, a peça Morte e Vida Severina, do pernambucano João Cabral de Melo Neto (1920-1999). A trupe era ligada ao grupo de esquerda Ação Popular - AP, uma entidade que era a junção de três entidades juvenis católicas: JEC (Juventude Estudantil Católica), JOC (Juventude Operária Católica) e JUC (Juventude Universitária Católica). O princípio que ordenava as agremiações políticas era o de diminuir a miséria, a fome e as desigualdades sociais. “Era um Socialismo Cristão. A ótica desse trabalho era absolutamente Cristã. Eu nunca fui comunista”. 

Após o AI-5, em 1968, os grupos de esquerda foram sendo desarticulados e em 1972, os poucos grupos de mobilização que ainda tinham tentavam fazer informes, panfletos, a fim de conscientizar a população. “O Brasil vivia uma censura ferrenha e a maioria do povo só tinha acesso a notícias contra quem lutava contra a ditadura. Tudo já estava muito desarticulado, havia um peso, uma nuvem preta sobre nossas cabeças, não dava pra viver mais aqui no Brasil e decidi ir pra Europa”. 

Zé foi um dos muitos estudantes presos no Congresso da UNE, em Ibiúna - SP. A União Nacional dos Estudantes estava na ilegalidade e tinha como lideranças José Dirceu, Vladimir Palmeira, Ricardo Noblat, Franklin Martins. Muitos estudantes foram liberados, mas as lideranças foram presas. Dois meses de cadeia e a liberdade no dia 11 de dezembro de 1968, antevéspera da promulgação do AI-5. Abreu não foi torturado, mas prestou depoimento no DOPS e esteve detido por dois meses nos presídios Tiradentes e Carandiru (ambos hoje demolidos). 

Quando perguntado se há algumas semelhanças com o que se vive hoje no Brasil, Abreu é enfático. “Se fosse como naquela época, qualquer sátira ou brincadeira que eu fizesse, provavelmente hoje eu estaria morto, mas a nuvem preta, o baixo astral de hoje em dia, é igual àquela época”, afirma.

Na busca pelo Re-Ligare #ZehDeAbreu

Divulgação - Novela Caminho das Índias
Quando perguntado sobre sua fé, Abreu conta sua história de vida e suas passagens e aprendizados, que acabaram resultando na fé exercida hoje, Criado no catolicismo, foi seminarista na adolescência: “fui ao seminário aos 12 anos pra estudar, mas vi que não tinha vocação pra ser padre, fiquei um ano”. Do pai (que faleceu quando Zé tinha apenas nove anos), tem a lembrança de que ele era muito religioso, o que influenciou a família como um todo. “Meu pai era muito católico, bem carola mesmo, há até uma foto dele segurando um andor, e de mãos dadas comigo, acho que eu tinha uns oito anos”. 

Mais tarde, acompanhando os Beatles, tornou-se muito fã do George Harrison (1943-2001) e na fase em que o grupo esteve na Índia, alguns dos valores religiosos orientais começaram a ser conhecidos no ocidente como um todo, incluindo o Brasil. “Essa coisa da Yoga, meditação, comida macrobiótica, hinduísmo, budismo... Isso tudo fez com que eu me tornasse um cara místico”. Chegou a frequentar um centro espírita Kardecista, na época em que morava no Sul do Brasil. “mas logo percebi que isso não era a minha praia”. 

Sua definição de fé vem exatamente da necessidade de sempre estar ligado com o lado espiritual. “Eu acho que religare, ou melhor, o verbo religar, a palavra ‘religião’ vem do verbo latino religare , ‘ligar de novo’, né? Podemos dizer que, quando a pessoa nasce, ela tem cortado o cordão umbilical e entra no pecado capital, o batismo acaba te libertando”. 

Para ele, uma fé institucionalizada não é fundamental. “Você não necessita de uma igreja, de uma religião formal pra se envolver com Deus, o Universo, essa energia, qualquer coisa que se fale, o nosso cérebro não tem amplitude para entender o que é isso”, afirma. 

Por anos, Zé fez muitas leituras sobre religiões e religiosidades, além de ter feito meditação. “Tudo isso me deu uma base, tenho muita sorte de ter o pé em duas canoas, sendo um na luta contra a ditadura, a coisa mais social, coletiva; e o outro pé na revolução individual interior, mudando um pedaço do mundo que é a sua responsabilidade individual.

Garanhão na Ficção, romântico na vida real #ZehDeAbreu

Renato Rocha Miranda

O personagem que Zé interpreta em A Dona do Pedaço é o empresário Otávio, do ramo de imobiliárias. Casado com Beatriz (Natália do Vale) e pai adotivo de uma das protagonistas, vivida por Paolla Oliveira, Otávio “não pode ver um rabo de saia” e acaba colecionando casos com outras mulheres. Outros personagens, como o Bruno, de Desejos de Mulher (foto), que teve quatro mulheres ao longo da trama, e o adúltero Soares, do filme Anjos do Arrabalde também fazem parte do histórico do ator. 

Mas será que atualmente há alguma “primeira-dama” no coração do presida? “Não, não... Tô sozinho mesmo, na boa. Mas sempre estou aberto a relacionamentos, gosto sempre de viver com outra pessoa, mas não fico correndo atrás”. Quando o assunto é amor, deixa escapar que, embora tenha aprendido a viver só e conviver bem com a solidão, estar com alguém sempre é melhor. “É difícil arrumar cama de casal sozinho, esticar o lençol de elástico sozinho. Chama-se cama de casal, tem que ser arrumada a dois.” 

O ator gosta de alternar tempos de relacionamento, com tempos de solidão e fala de suas ex-mulheres com muito carinho, o que faz a blogueira perguntar se ele é mais romântico ou mais sensual. “Eu me acho um cara muito romântico, mas, claro, eu também adoro sexo! É uma dádiva divina! Deus quando criou o pecado de Adão e Eva, deixou aquele momento do orgasmo como uma amostra do que seria o Paraíso, sabe os momentos gozosos? Acho que era o Gozo Divino!”

Muito o que fazer, dentro e fora do Brasil #ZehDeAbreu

Divulgação
Zé de Abreu tem integrado o elenco de novelas das 21h já há algum tempo. Encarnando vilões como Nilo, de Avenida Brasil ou então pais de família como o Dodô, de Segundo Sol, encara o trabalho em horário nobre como “muito envolvente”. Mas que, ao mesmo tempo, é algo que ocupa muito tempo e muita concentração. “As novelas das nove têm capítulos de uma hora, diferente de uma novela das seis, que dura 35 minutos. Pra você ter uma ideia, pra termos um capítulo editado, de uma hora, nós gravamos mais de 10 horas por dia”, revela. 

Sobre planos para teatro ou cinema, não há previsões, pelo menos a curto prazo. “Com a novela, não dá pra pensar em muita coisa. Para o cinema, até há convites para atuar , mas preciso ver questões de agenda, e em relação ao teatro... Não tenho condição de fazer teatro aqui no Brasil. Nenhuma vontade”. 

A permanência no Brasil também é condicionada à novela: “assim que acabarem as gravações, volto para o Exterior, onde vou viajar pela Europa para participar de eventos antifascistas, e há uma possibilidade de produzir um filme sobre a política brasileira”. No Twitter, Abreu chegou a postar que faria a produção de um filme falando sobre a Lava Jato. Seus seguidores demonstraram apoio e alguns se ofereceram para trabalhar voluntariamente. 

Para 2019, outra novidade é o lançamento de seu livro Abreugrafia, com previsão de lançamento em dois volumes, nas versões impressa e on line. “Meu livro passou por quatro editoras e foi lido por escritores, que gostaram do meu jeito de escrever. Eu sou muito irônico, tenho tiradas boas... Sou muito velho, né? Devo ter aprendido qualquer coisa na vida”. A divulgação e os eventos para lançar a autobiografia devem ocorrer paralelamente às gravações da novela.

José de Abreu: um artista que quer fazer pensar

Arquivo Pessoal
Com o mundo ao alcance (literalmente) de suas mãos, o ator, diretor e militante petista José de Abreu não perde a oportunidade de “jogar sementes” nas redes sociais. Uma delas acabou mexendo com o Brasil, quando ele se autoproclamou Presidente da República. “Eu estava na Grécia, sozinho, tava muito frio e resolvi brincar no Twitter, como sempre faço. Só vi a dimensão do que ocorreu no outro dia”, relata. 

Sendo um dos maiores digital influencers políticos no Brasil (mais até do que portais de notícias e jornalistas de política), Abreu tem sua conta na rede há quase 10 anos e explica de onde pode vir sua influência: “a questão não é a quantidade de seguidores, mas quem você segue e quem te segue, ou seja, quem são as pessoas de repercussão social que estão lendo seu Twitter”. 

E foi pelo Twitter que esta blogueira procurou o ator. Mesmo assoberbado em meio à agitação das redes sociais, do seu livro Abreugrafia, que será lançado este ano e, em especial, das gravações da nova novela das 21h, A Dona do Pedaço, ele, de uma forma supergentil e aberta, nos concedeu uma entrevista que vai render alguns textos aqui nesta página. 

Amor, sexualidade, fé, militância. Nada escapa a esse geminiano, pai de cinco filhos e avô de quatro netos, que abriu seu coração ao falar de sua vida, viagens, leituras e de como consegue ser, ao mesmo tempo, todas as pessoas do mundo e ele mesmo. Nessa série de textos que marca o início das comemorações de 10 anos deste blog, conversamos com o ator, diretor, produtor e escritor José de Abreu, 72 anos de idade e 51 de carreira, 56 trabalhos na TV, 27 filmes e vários prêmios ao longo de sua trajetória.

Acompanhe os textos nos links a seguir:

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AMUNAM realiza seminário sobre avanços e desafios da participação feminina na cultura popular




Pernambuco tem se destacado pela valorização dos seus grupos culturais e artistas, possibilitando o protagonismo e valorização de suas várias manifestações. Nessa corrente, a Associação das Mulheres de Nazaré da Mata (Amunam) idealizou o projeto Mulheres Fortalecendo Raízes da Cultura Popular, contemplado pelo Rumos Itaú Cultural 2017-2018, para atender 30 mulheres e manter por 12 meses as atividades do Maracatu Feminino Coração Nazareno. Os trabalhos começam no dia 20 de março, na Sede da Amunam, com um seminário composto por rodadas de mestres de Maracatu e debates sobre os avanços e desafios da participação da mulher na cultura popular. 

Com início às 8h, a programação abre com uma apresentação cultural, na qual mestres versam o dia a dia, contam um pouco sobre os costumes e a manifestação. Cada um ficará responsável por três loas – como são chamadas as canções. São eles: o mestre João Paulo, um dos mais antigos e conhecido como o papa do maracatu; a mestra Cristiane, integrante do Maracatu Feminino Coração Nazareno; e os mestres representantes da nova geração, Anderson, conhecido como o Neymar do Maracatu, André de Lica, Josemir e Gabriel, sendo que os dois últimos, foram atendidos pelo projeto Dando a Volta Por Cima, da associação das mulheres. 

Em seguida, a equipe expõe os objetivos do projeto ao público, que prevê a restauração das indumentárias utilizadas pelas componentes do maracatu e, além do seminário, também conta com oficinas acerca das políticas públicas com recorte em gênero, da violência doméstica e sexual, Lei Maria da Penha e seu mecanismo de defesa, entre outros. Dessa forma, possibilitará a busca da perpetuação das tradições que emanam das terras dos canaviais, o fomento de ações que possibilitem a geração de renda para as pessoas inseridas no folguedo e suas famílias, a continuidade e preservação da memória da cultura de raiz, aprendizado mútuo dos saberes e fazeres entre diferentes gerações e o incentivo da participação de novos agentes em atividades e iniciativas que envolvam as culturas e as manifestações populares. 



Imprensa AMUNAM