O Hospital Veterinário do Recife (HVR) informa que em decorrência de um problema técnico-operacional nas linhas de prefixo 3355, para a marcação de cirurgias de castração no HVR, o agendamento só poderá ser feito exclusivamente por meio do número 3446 9808 até esta quarta-feira (03). A previsão é que na próxima semana novos números serão informados. As consultas continuam sendo marcadas normalmente pelo número 3446 6201. O agendamento para castração sempre é realizado nos primeiros três dias úteis do mês, quando são oferecidas 50 vagas por dia, cerca de 1 mil cirurgias mensalmente.
Durante a Semana Santa, a cidade-teatro de Nova Jerusalém, localizada no município do Brejo da Madre de Deus, agreste de Pernambuco, a 180 km do Recife, deverá receber mais de 50 mil pessoas para assistir ao espetáculo da Paixão de Cristo no maior teatro ao ar livre do mundo, segundo estimativa dos organizadores . A temporada de 2019 acontecerá de 13 a 20 de abril.
Na peça teatral, que este ano completa 52 anos de história, a vida de Jesus é contada em nove palcos-plateia com uma arrojada cenografia que reproduz lugarejos, ambientes e prédios da Jerusalém dos tempos de Cristo, como o Templo, Fórum Romano, o Palácio de Herodes e o Monte do Calvário. Além disso, um rico figurino e efeitos especiais de última geração completam a grandiosidade do espetáculo. A encenação tem início com a cena do Sermão da Montanha e termina com a espetacular ascensão de Cristo aos céus. A peça começa diariamente às 18h, mas os portões são abertos ao público às 16h.
Outro ponto alto da Paixão de Cristo é o elenco de artistas formado por destacados atores e atrizes que conferem à encenação uma carga dramática intensa por meio de interpretações magistrais que emocionam e dão força ao realismo das cenas. Como acontece todos os anos, a encenação contará em 2019 com a participação de artistas conhecidos da teledramaturgia nacional como Juliano Cazarré (Jesus), Priscila Fantin (Maria), Ricardo Tozzi (Herodes), Gabriel Braga Nunes (Pilatos) e Bruno Lopes (Apóstolo João).
Além dos artistas convidados, o elenco é formado também por mais de 50 atores e atrizes pernambucanos, entre os quais se destacam Ricardo Mourão (Caifás), Nínive Caldas (Madalena), José Barbosa (Judas), Júlio Rocha (Pedro) e Rafaella Carvalho (Herodíades).
Ao todo, 450 atores e figurantes atuam no espetáculo sob a direção artística de Carlos Reis e Lúcio Lombardi. Além disso, a Paixão agrega cerca de 600 profissionais incluindo técnicos, eletricistas, sonoplastas, contras regras, maquiadores, cabeleireiros, e costureiras, entre outros.
Segundo o presidente da Sociedade Teatral de Fazenda Nova, Robinson Pacheco, que também é o coordenador geral da peça, boa parte desses profissionais trabalham o ano todo para que, durante a temporada, tudo fique perfeito. “Desde o início, quando as encenações aconteciam nas ruas da Vila de Fazenda Nova, o espetáculo é realizado com muito suor, muita dedicação e comprometimento de todos os envolvidos. Nós nos esmeramos na riqueza dos detalhes e no realismo das cenas a fim de proporcionar ao nosso público uma viagem no tempo, na qual as pessoas possam viver emoções como se estivessem presenciando os fatos que aconteceram há mais de dois mil anos”, afirma Pacheco.
O esforço e a seriedade empreendidos na montagem da Paixão de Cristo traduzem-se na satisfação revelada pelo público nas pesquisas de opinião. Todos os anos, cerca de 98% dos pesquisados consideram o espetáculo ótimo ou bom. Além disso, quase 50% do público retornam para assistir a Paixão pelo menos mais uma vez. Não é sem motivos, portanto, que, ao longo dos seus mais de 50 anos de história, a Paixão de Cristo já registra um público acumulado de aproximadamente 3,8 milhões de expectadores.
A maior parte do público chega em ônibus de turismo e vans que é a forma mais fácil e cômoda de ir à Nova Jerusalém. Esses serviços de traslados têm preços variados e podem ser encontrados no Google ou Facebook. Existem também iniciativas independentes de grupos de amigos, igrejas, clubes e associações que formam caravanas para assistir ao espetáculo. Muitas pessoas também chegam de automóvel até a Nova Jerusalém. A estrada que liga a cidade-teatro à capital pernambucana e ao município de Caruaru é duplicada em sua quase totalidade, oferecendo conforto e segurança para os viajantes.
Além disso, os turistas de qualquer parte do Brasil, que optarem por pacotes de hospedagem no Recife ou na paradisíaca praia de Porto de Galinhas (PE), podem adquirir o passeio para assistir ao espetáculo oferecido pela Luck Viagens (81 3366-6222 – www.luckviagens.com.br), lojas da CVC em todo Brasil e outras agências de viagens. O pacote inclui transporte de ida e volta em ônibus especial para turismo, guia turístico e parada na famosa feira de Caruaru para conhecer o artesanato regional e saborear uma deliciosa tapioca. No Recife, o ônibus sai do aeroporto e, em Porto de Galinhas, o turista tem acesso ao transporte nos hotéis e pousadas.
Para os que buscam viver emoções mais fortes, a Pousada da Paixão, instalada dentro da cidade-teatro de Nova Jerusalém, oferece pacotes para os turistas que desejam não só assistir, mas também sonham em entrar em cena junto com os atores do espetáculo. São dois dias de hospedagem, nos quais os turistas assistem à peça no primeiro dia e, no segundo, atuam como figurantes juntamente com todo o elenco (Pousada da Paixão, 81 3732-1574,www.pousadadapaixao.com.br). Ou pelos celulares – Vivo (81) 9 8239-4764 / Tim (81) 9 9673-0815.
As entradas para o espetáculo, que já estão à venda pelo site oficial (www.novajerusalem.com.br) custam de R$ 100,00 a R$ 120,00, dependendo do dia, com meia-entrada para estudantes, professores de Pernambuco e público de até 14 anos. Nas compras feitas pelo site, o valor do ingresso poderá ser parcelado em até 12 vezes nos cartões de créditos.
Cerca de 1.300 motoristas de ônibus da Região Metropolitana do Recife estão sendo capacitados com foco na segurança viária. O treinamento “O trânsito em condições seguras” está sendo realizado pelas empresas Metropolitana e Rodoviária Caxangá.
A iniciativa tem como objetivo melhorar a qualidade dos serviços para atender os passageiros e reforçar com os motoristas informações importantes, como, por exemplo: atualização das leis do código de trânsito, direção defensiva, transito em condições seguras, penalidades, direitos e deveres dos operadores, além de dicas práticas sobre situações comuns ocorridas no dia a dia nas cidades.
Para o motorista de ônibus Rosivaldo Andrade da Silva, essas orientações são fundamentais para aperfeiçoar seu trabalho. “Fiquei atualizado e de agora em diante vou reforçar ainda mais o meu conhecimento e meu profissionalismo”, conta.
A capacitação está sendo realizada pelo Coronel Moura, da empresa Educatrânsito, referência na área. Todos os motoristas da Empresa Metropolitana e da Rodoviária Caxangá passarão pela capacitação que deve ser concluída em maio.
O Coletivo Juntas - codeputadas estaduais e o vereador do Recife Ivan Moraes (Todos do PSol) protocolaram no último dia 1º, na Assembleia Legislativa de Pernambuco e na Câmara de Vereadores, respectivamente, um Projeto de Lei proibindo a administração pública de prestar qualquer tipo de homenagem ou exaltação ao Golpe Militar que o Brasil sofreu em 1964 e ao período de ditadura (1964 - 1985).
A data dos pedidos, este 1º de abril, é simbólica por ter sido o dia em que os militares derrubaram o presidente João Goulart, efetivando o Golpe que durou 21 anos e promoveu violências, torturas, assassinatos e violação de direitos.
O PL veda a atribuição a prédios, rodovias, repartições públicas e bens de qualquer natureza que sejam pertencentes ou estejam sob a administração pública estadual de qualquer nome de pessoa que conste no Relatório Final da Comissão Nacional da Verdade como responsável por violações de direitos humanos.
Também determina o prazo de um ano para que a Administração Pública estadual faça as alterações da denominação de bens públicos de qualquer natureza, além da retirada de placas, retratos ou bustos que enalteçam ou exaltem a memória de pessoas que constem no relatório da Comissão como violadores, e propõe a proibição do uso de bens e recursos públicos em eventos oficiais ou privados em comemoração ou exaltação ao Golpe ou a pessoas responsáveis por violações de direitos, além da cassação de honrarias estaduais concedidas a pessoas no mesmo perfil.
A Caoa vai assumir as operações da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. O grupo brasileiro, capitaneado por Carlos Alberto de Oliveira Andrade, inclusive, já assinou acordo para a compra da unidade, segundo fontes ligadas à negociação. Na fábrica paulista, a Caoa manterá apenas a produção de caminhões. Até recentemente, também era produzido na unidade o hatch Fiesta. A ideia da Caoa é fazer os veículos pesados sob licença da Ford.
Atento ao número de incidentes que resultam em danos à saúde do paciente, o Hospital Miguel Arraes (HMA), em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, deu início nessa segunda-feira (01) a um treinamento para funcionários visando o cumprimento da portaria que institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente. Para alertar sobre o início desse trabalho, integrantes do Núcleo de Segurança do Paciente, Educação Permanente, Comissão de Controle à Infecção Hospitalar (CCIH) e residentes de Enfermagem percorreram todos os setores da unidade nessa segunda, quando também foi lembrado o Dia Nacional de Segurança do Paciente.
O treinamento vai durar um mês, com aulas de uma hora no período das 13h às 22h, no auditório do hospital. Cada turma tem uma média de 30 funcionários, que estão recebendo informações sobre o protocolo de segurança do paciente. Débora Guedes, gerente de Risco do Núcleo de Segurança do Paciente do HMA, esteve à frente da atividade de conscientização e fez questão de alertar: “todos os colaboradores devem estar atentos às seis metas do programa que garantem a segurança dentro dos serviços de saúde. Só assim iremos diminuir os danos ao paciente provocados, muitas vezes, por condutas tão simples, a exemplo da identificação do paciente e do hábito de lavar as mãos antes de qualquer procedimento”.
Além dessas, o protocolo de segurança do paciente prevê ainda a melhoria da comunicação entre os profissionais de saúde; a segurança na prescrição, no uso e na administração de medicamentos; a garantia da cirurgia em local de intervenção, procedimento e paciente corretos; e a redução das quedas e das lesões por pressão. Banners com as metas foram colocados em diversos pontos do hospital e os funcionários também receberam brindes com o protocolo anexado.
Abril é o mês da campanha sobre a importância da prevenção e combate às diversas causas de cegueira. Simbolizada pelo laço na cor marrom, seu objetivo é conscientizar a população e reduzir a incidência dos principais problemas de visão. Nesta época de alerta, a oftalmologista Catarina Ventura, do Instituto de Olhos Fernando Ventura, explica quais são as principais causas de cegueira reversível e as irreversíveis.
De acordo com ela, as principais causas da cegueira que são possíveis de recuperar a visão: erros refrativos, catarata, opacidade da córnea, descolamento de retina (reversível se operado com urgência) e enxaqueca. Já as principais irreversíveis, destacam-se: glaucoma avançado, DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade), retinopatia diabética avançada, deficiência de vitamina A (principalmente em crianças), neurite óptica (uma inflamação no nervo óptico, que leva as informações da retina para o cérebro) e ambliopia (popularmente conhecido como “olho preguiçoso”).
“A cegueira ou perda de visão podem ter diversas causas, de modo que o tratamento varia de acordo com o diagnóstico estabelecido pelo oftalmologista. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e evite a automedicação. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um especialista”, explica Catarina Ventura.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 75% dos casos de cegueira no mundo são tratáveis. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, estima-se que existam 37 milhões de cegos no mundo. E 82% das pessoas que vivem com a cegueira têm mais de 50 anos. A médica do Instituto do Olhos Fernando Ventura destaca cinco pontos que ajudam a manter a saúde dos olhos em bom estado:
1. Mantenha seus exames de rotina em dia – visite frequentemente o oftalmologista, principalmente após os 40 anos.
2. Não fumar – O tabagismo está diretamente relacionado a muitos efeitos nocivos à saúde, incluindo a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI).
3. Alimentação equilibrada – Uma deficiência de vitaminas e minerais pode prejudicar e muito a função da retina.
4. Use óculos de sol – Óculos escuros bloqueiam os raios ultravioletas. Pode retardar o desenvolvimento de catarata e proteger os olhos da luz solar direta.
5. Equipamentos de proteção – a cegueira pode ocorrer por conta de acidentes de trabalhos ou esportes que apresentam perigo aos olhos. Então óculos com vedação lateral previnem fatalidades.
O Ministério Público do Rio de Janeiro(MPRJ) enviou ofícios às autoridades fluminenses sobre o uso de snipers(atiradores de elite) na segurança pública do Rio de Janeiro. O MPRJ quer saber se os policiais estão sendo usados para executar pessoas que estejam portando fuzis.
Durante campanha para o governo do estado, o governador fluminense, Wilson Witzel, prometeu que usaria esses atiradores para matar pessoas que estivessem portando fuzis. Nesta semana, em entrevista ao jornal O Globo, Witzel afirmou que os snipers já estavam sendo usados, mas que não havia divulgação sobre isso porque eram ações sigilosas.
Os ofícios do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) do MPRJ, que pedem explicações sobre a prática, foram enviados ontem (1º) para Witzel e para os secretários de Polícia Civil, Marcus Vinícius Braga, e da Polícia Militar, Rogério Figueiredo Lacerda.
Os documentos fazem parte de dois inquéritos civis que investigam as rotinas operacionais das polícias Civil e Militar.
Também ontem (1º), o procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, encaminhou ao Gaesp/MPRJ representação em que a deputada estadual Renata Souza (PSOL) requer a apuração dos fatos referentes às afirmações do governador sobre o uso de snipers pela polícia.
A dupla Wesley Cristiano/Denílson, que faz parte do programa Recife Esportes de Rendimento, conquistou a medalha de bronze na categoria Sub-19 da Etapa Natal da Copa Nordeste de Vôlei de Praia, realizada neste final de semana, na capital potiguar. Pelo Sub-17, os atletas Breno e Lucélio também fizeram bonito, terminando na quarta colocação. Lançado em outubro de 2017, o Recife Esportes de Rendimento é uma iniciativa da Prefeitura do Recife que tem o objetivo de preparar atletas para competir em alto nível.
É a quarta medalha conquistada pelos atletas do programa, gerenciado pela Secretaria Executiva de Esportes do Recife. No ano passado, Arthur/Wesley Luiz foram prata na etapa do Recife, disputada em julho; também em Natal, o atleta Arthur Vieira conquistou a segunda colocação na categoria Sub-19, enquanto que a dupla formada por Wesley Luiz/Dudu ficou com a medalha de bronze. Além disso, os atletas Breno e Lucélio terminaram o ano na liderança do ranking estadual após vencerem duas fases do Circuito Pernambuco de Vôlei de Praia.
“Fico muito satisfeito e com vontade de me dedicar ainda mais aos treinos. Estou ansioso para disputar novas competições”, afirma Wesley Cristiano, que subiu ao pódio pela primeira vez desde que começou a treinar no Recife Esportes de Rendimento. “É muito bom ver nossos jovens se destacando nas competições. O Recife Esportes de Rendimento é fundamental para formarmos atletas capazes de conquistar títulos nacionais, disputar olimpíadas e se tornar referência”, destaca a secretária executiva de Esportes do Recife, Yane Marques.
Iniciativa - A escolinha de vôlei de praia do programa Recife Esportes de Rendimento funciona na orla de Boa Viagem, com o treinador Caio Lopes, e já conta com mais de 30 alunos. Sete atletas que se destacaram conseguiram bolsas de estudo integrais no Colégio Agnes e no Colégio Elo. Já o atletismo, que tem como coordenadora a atleta olímpica Cisiane Dutra, acontece no parque da Macaxeira e atualmente conta com 140 inscritos.
A Zona Sul recebe nesta quarta-feira (03), uma super noite de jazz com o trio Mongiovi. O grupo pernambucano se apresenta a partir das 18hrs, no Happy Hour do Barchef Riomar. Mongiovi encanta a noite com composições autorais e grandes interpretações de clássicos do jazz.
No palco, o grupo vai executar temas do jazz e bossa nova, relembrando compositores como Miles Davis e Tom Jobim. Além disso, também haverá espaço para composições autorais e releituras dos Beatles, Michael Jackson, Gilberto Gil e Caetano Veloso.
SERVIÇO:
Happy Hour Barchef com Mongiovi Trio
Nesta quarta-feira (03), a partir das 18h, no Barchef Riomar – Pina
A jornalista Taíza Brito lança hoje, no Recife, o livro “Catalunha, entre a esperança e a tempestade”, editado com apoio cultural da Companhia Editora de Pernambuco. A apresentação será a partir das 19h, no auditório do Centro de Teologia e Ciências Humanas (CTCH), no 1º andar do Bloco B da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), durante aula inaugural da 11ª Turma de Especialização em Ciência Política.
No lançamento, a jornalista e o professor Manoel Moraes, coordenador da Cátedra Dom Helder Câmara de Direitos Humanos/ Unicap, abordarão o tema “Democracia e os desafios dos particularismos contemporâneos”. O evento conta com apoio da Assembleia Legislativa de Pernambuco, por proposição do deputado Isaltino Nascimento (PSB).
Taíza Brito, radicada em Barcelona há quatro anos, narra no livro-reportagem os acontecimentos que levaram políticos e ativistas catalães ao banco dos réus na Espanha e ao exílio por conta do processo independentista.
A narrativa começa na madrugada do dia 1º de outubro de 2017, quando mais de dois milhões de pessoas foram aos colégios eleitorais da Catalunha votar no referendo de autodeterminação proposto pelo então presidente Carles Puigdemont.
A jornalista acompanhou a jornada que ficou marcada pelo ataque da polícia espanhola contra os eleitores, que resultou em mais de mil feridos.
O relato segue pelos episódios que se sucederam dali por diante, entre eles a declaração de independência e a intervenção da Espanha na região, com a dissolução do governo e do Parlamento autonômicos, além da prisão e exílio dos líderes independentistas acusados de rebelião e sedição.
Trata ainda do périplo entre a detenção e a liberação de Puigdemont na Alemanha e das tentativas frustradas da Espanha de conseguir a sua extradição, chegando temporalmente até novembro de 2018, quando o Ministério Público espanhol divulgou as penas solicitadas para os presos catalães, que estão sendo julgados agora pelo Tribunal Supremo da Espanha.
O prólogo do livro é assinado pelo jornalista Vicent Partal, diretor do jornal digital Vilaweb, que destaca os porquês do sonho independentista e faz um paralelo entre o Brasil e a Espanha em termos de criminalização de certos projetos políticos através de tribunais judiciais. O livro também inclui entrevistas com correspondentes internacionais da Alemanha, França e Argentina, que dão seu ponto de vista sobre o caso, e com o então chefe da Diplomacia Pública da Catalunha, Martí Estruch, que explica a luta midiática dos corpos diplomáticos da Espanha para sufocar a internacionalização do relato independentista.
A novidade da edição está nos recursos utilizados pela jornalista para facilitar a compreensão do litígio entre a Catalunha e a Espanha pelo público de língua portuguesa. Códigos QR ao longo da narrativa dão acesso a reportagens de jornais e de emissoras de TV na internet e a vídeos publicados nas redes sociais. Capturas de telas de publicações no Twitter e no Instagram se somam para ilustrar os fatos expostos, além de fotos cedidas pelo fotojornalista catalão Albert Salamé.
"Grande parte do material do livro provêm de publicações que realizei no blog Mundo Afora e de matérias publicadas como colaboradora no Jornal do Commercio", explica Taíza. A jornalista aponta que a edição inclui glossário, linha do tempo e links de interesse. "Dessa forma, fica mais fácil para o leitor entender um tema que é complexo e tem diversas nuances históricas, sociais, culturais políticas e econômicas", acrescenta.
O que: Lançamento do livro “Catalunha, entre a esperança e a tempestade”, de Taíza Brito
Quando: 02/04/2019
Horário: 19:00
Onde: Auditório do CTCH - 1º andar do Bloco B-Unicap - 19h
"Muitas meninas e mulheres autistas parecem ser apenas pessoas tímidas e introvertidas", diz a escritora e empresária britânica Alis Rowe. Com frequência, afirma ela, "essas garotas quietas - e seus problemas - podem ser 'invisíveis' para outras pessoas".
Informada de que era autista quando já era adulta, Alis é uma das poucas mulheres a obter um diagnóstico - pelo menos, em comparação com os homens.
Os transtornos do espectro autista (TEA) são uma condição com a qual uma pessoa precisa conviver ao longo da vida e que afeta a forma como ela se comunica e interage com o mundo. O nível de funções cognitivas e intelectuais de autistas varia bastante, desde um profundo comprometimento destas habilidades até impactos bem mais sutis.
Estima-se que 1 a cada 160 crianças em todo o mundo tenha TEA, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mas há uma enorme disparidade nos diagnósticos por gênero.
No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, estatísticas publicadas mostram uma grande concentração em casos de autismo entre os homens em comparação com as mulheres. Os números oficiais no Reino Unido indicam que há cerca de 700 mil pessoas no espectro do autismo, com uma proporção de aproximadamente dez homens para uma mulher. Outros estudos no mundo apontam para uma proporção de 16 para 1.
Mas e se os parâmetros de diagnóstico forem tendenciosos quanto ao gênero do paciente? Carol Povey, diretora do Centro para o Autismo da Sociedade Nacional Autista Britânica, diz que há um crescente consciência sobre esta questão.
Novas pesquisas científicas no Reino Unido, especificamente projetadas para detectar características autísticas em mulheres, sugerem que a proporção real entre homens e mulheres austistas pode estar mais próxima de 3 para 1.
Se isso estiver correto, centenas de milhares de meninas e mulheres em todo o mundo estão convivendo com autismo sem sequer saberem disso.
A importância do diagnóstico
Alis conta que só foi diagnosticada aos 22 anos de idade. "Passei toda a vida me perguntando por que era 'diferente', me sentindo aterrorizada por isso e tentando me adequar."
Ela diz que o diagnóstico transformou sua vida. "Agora, há uma razão pela qual sou diferente. É assustador ser diferente e não ter ideia do porquê. Isso te faz se sentir completamente sozinho".
Alias afirma que o diagnóstico lhe trouxe "paz de espírito, a sensação de estar se encerrando um ciclo e autoaceitação".
"Hoje, posso explicar aos amigos e colegas que tenho dificuldades e que meu pensamento e comportamento podem ser um pouco 'incomuns'. Tudo isso levou, no fim das contas, à uma melhora da minha saúde mental e a relacionamentos mais significativos e agradáveis."
Como Alis, muitas pessoas dizem que um diagnóstico permitiu que entendam por que são como são e finalmente serem aceitas e compreendidas pela família e por amigos.
Diagnosticar o autismo também é importante porque muitos pacientes têm outros problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e autoflagelação. Um estudo realizado no Reino Unido descobriu que 23% das mulheres hospitalizadas por anorexia preenchiam os critérios diagnósticos para o autismo.
Os sinais de autismo em meninas e mulheres não são os mesmos que em meninos e homens e podem passar despercebidos, especialmente em casos de autismo de alto funcionamento, um termo informal usado para designar os casos em que a pessoa tem habilidades cognitivas acima da média em comparação com outros autistas.
Uma dificuldade enfrentada pelos pesquisadores é que meninas com autismo parecem se comportar de maneiras consideradas "adequadas" - se não ideais - para elas em comparação com meninos: podem parecer ser passivas, retraídas, dependentes dos outros, não envolvidas nas situações que vivenciam ou mesmo deprimidas.
Elas podem se tornar aficcionadas e até mesmo obsessivamente interessadas em temas muito específicos, como ocorre com os meninos autistas, mas elas podem não gravitar em direção às áreas de conhecimento "nerds", como tecnologia ou matemática.
"Infelizmente, na cultura ocidental, as meninas que exibem esses comportamentos são mais propensas a serem alvo de piadas ou ignoradas do que diagnosticadas e tratadas", diz a mãe de uma garota com TEA.
"Para um observador externo, esse tipo de pessoa simplesmente parece 'passar despercebida', é um tipo de pessoa que 'some na paisagem'. Ela não é considerada 'problemática' ou 'desobediente', portanto, ninguém realmente nota o que está acontecendo", diz Alis
A dificuldade de obter um diagnóstico
Alis - que é tímida, mas assertiva - foi ao seu médico com uma lista de motivos pelos quais achava que estava no espectro autista e foi encaminhada para uma avaliação.
Mas e se o paciente é uma criança? O que acontece se ela não souber se expressar e alguém estiver falando em nome dela?
"Quando diagnosticaram minha filha com TEA, foi um grande alívio", diz Marilu*. "Mas como é que uma mãe pode sentir alívio quando sua filha de 10 anos é diagnosticada com uma doença que não tem cura e terá impacto no resto de sua vida?"
Bem, foi assim com Marilu, após ela lutar por anos para fazer com que médicos e professores ajudassem a descobrir o que estava acontecendo com sua filha, Sophia.
Ela descreve que chegar a esse ponto foi o auge de uma "batalha para entender o que estava por trás da extrema tristeza" da menina.
Os TEAs surgem ainda na infância e tendem a persistir durante a adolescência e a fase adulta. Algumas pessoas no espectro do autismo podem viver de forma independente. Outras têm deficiências graves e requerem cuidados e apoio ao longo da vida.
Se os pais e cuidadores têm as informações corretas, podem buscar treinamento e adquirir habilidades vitais, como administrar as dificuldades de comunicação e comportamento social, o que, por sua vez, podem melhorar o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas com TEA e de quem convive com elas.
A mãe 'hipersensível, emotiva' e sua criança 'mimada'
"Minha filha Sophia é muito tímida de uma forma peculiar. Ela é 'séria' e 'muito criativa' - foi assim que a professora a descreveu", diz Marilu.
"Eu sabia desde muito cedo que ela tinha dificuldades de fazer amigos da sua idade. Eu apenas achava que era algo que tinha a ver com o fato de ela ter nascido prematuramente."
Mas Marilu não queria "exarcebar a situação". "Não me preocupou que ela fosse percebida como 'diferente', até eu a ver sofrendo na escola. Na hora de dormir, ela dizia: 'Não tenho amigos, mamãe, ninguém gosta de mim'", diz ela.
"Eu falava para ela que todos nós temos dias bons e ruins. Mas estava ficando preocupada e, muitas vezes, perguntava aos professores se eles notavam se alguma coisa estava acontecendo na escola. A resposta foi sempre a mesma: 'Nada está acontecendo'."
Mas a situação piorou, e Marilu voltou a procurar os professores. "Perguntei a eles se Sophia era alvo de bullying. Sabia que algo estava errado. Mas me disseram que eu era 'muito emotiva' e 'hipersensível'. Eu até fui acusada de 'mimá-la'".
Enquanto Marilu e sua família lutavam para entender o que estava acontecendo, todos sofriam: "Uma vez, eu disse a um amigo que, ao levar Sophia para a escola, parecia que a estava levando para o matadouro".
"Ao longo dos meses, vi minha menina ficar cada vez mais com raiva e frustrada. Ela fingia estar bem fora de casa, mas, quando estava em casa comigo, entrava em crise", diz Marilu.
"Eu não entendia porque tudo tinha de ser tão difícil. Brigava com ela quando insistia em escovar os dentes antes de colocar o pijama. Simplesmente não compreendia porque isso fazia diferença."
Mesmo sabendo que Sophia estava sofrendo, Marilu diz que não conseguia evitar. "Tentei e falhei. Infelizmente, minhas emoções me levavam a agir de formas ruins. Talvez, se tivesse eu tivesse explicado (aos médicos) o que estava acontecendo por meio de fatos, em vez de sentimentos, poderíamos ter recebido um diagnóstico mais cedo", diz Marilu.
'Não há problema se você não se encaixar'
Alis diz que, até recentemente, "pessoas quietas que passam despercebidas", pessoas que tendem a ser "esforçadas, agradáveis e bem educadas" não atraíam a atenção dos profissionais de educação e saúde.
Mas há uma mudança em curso mundo científico, e o viés de gênero está sendo lenta e progressivamente debatido.
"Se você quiser ajudar os portadores de TEA, leia e aprenda sobre autismo. Mesmo que você nunca receba um diagnóstico, saber sobre isso significa estar ciente das estratégias que pessoas autistas usam. Pode, literalmente, mudar sua vida", diz Alis.
"Se você é autista e passou a vida inteira tentando se encaixar, comece a entender que não há problema em não se encaixar. Na verdade, você tem muitas habilidades e capacidades únicas. Se puder, transforme suas diferenças em algo que seja seu sustento", diz Alis, que dirige o The Curly Hair Project, uma empresa que dá apoio a pessoas no espectro autista e a quem convive com elas.
Se você for o pai ou responsável por um autista, observe os interesses 'diferentes' da criança e aprecie a forma como eles vêem o mundo. Tenha em mente que o que pode ser fácil para você pode ser muito difícil para eles.
Sophia está feliz por finalmente ter um diagnóstico: "Estou aliviada, mas também um pouco preocupada. Não quero que meus colegas de classe saibam, porque não quero ser diferente, não quero que ninguém tire sarro de mim."
Mas ela preferiria não ter sido diagnosticada? "Ah, não, isso tira um peso do meu coração."