terça-feira, 4 de abril de 2017

Atriz Letícia Birkheuer se emociona nos ensaios da Paixão

Letícia Birkheuer não segurou a emoção em cena e foi às lágrimas durante o primeiro ensaio da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém que aconteceu na madrugada desta terça-feira (4). Este ano. O espetáculo completa 50 anos de encenação em Pernambuco na temporada que começa na próxima sábado e vai até o dia 15, em Brejo da Madre de Deus (PE).

Letícia dará vida à Maria, mãe de Jesus, interpretado por Rômulo Arantes Neto. "Primeiro ensaio e ainda estamos vendo todas as marcações. Mas não tem como não se emocionar, principalmente fazendo passagem do encontro de Maria com Jesus sem poder tocar no próprio filho. Você ter essa emoção sem tocar na pessoa é muito forte, vem de dentro pra fora. A vontade dela com certeza era poder tocá-lo. Então esse contraste entre o querer abraçar, cuidar e não poder é um sentimento de muita entrega pra conseguir fazer bem e, aí, não resisti", disse a atriz.

Quem mostrou-se também bastante emocionada foi Adriana Birolli que interpreta Madalena. Junco com ela estava e DJ e modelo Jesus Luz, que faz o papel do apóstolo João. O ensaio também contou com Joaquim Lopes, como o governador Pilatos. O elenco ainda conta com Aline Riscado e Raphael Vianna, como Herodiades e Herodes, respectivamente. 

Já assistido por cerca de 3,8 milhões de pessoas, a encenação é uma das principais atrações turísticas do Brasil na Semana Santa. Todos os anos, o espetáculo atrai, por dia, uma média de 7 mil expectadores que acompanham a encenação como se fossem o povo de Jerusalém que acompanhava o desenrolar dos acontecimentos dos últimos dias de Jesus. São pessoas de todas as idades, vindas de vários estados do Brasil e do exterior.

Ingressos

Os ingressos podem ser adquiridos em agências de viagens ou por meio do site oficial (www.novajerusalem.com.br). As entradas para o espetáculo custam de R$ 100,00 a R$ 140,00, dependendo do dia, com meia-entrada para estudantes, professores de Pernambuco e público de até 14 anos. Nas compras feitas pelo site, o valor do ingresso poderá ser parcelado em até 12 vezes nos cartões de crédito.

E-book mostra oportunidades de comercialização de softwares on line

Tendência no mundo tecnológico, o modelo Software como Serviço (SaaS, na sigla em inglês) está substituindo a forma tradicional de comercialização e distribuição de softwares. Ele oferece serviços on line na nuvem, ou seja, diversos programas, que antes funcionavam somente quando instalados em um computador, podem agora ser acessados de qualquer lugar. Para ajudar empreendedores a entender as características e desafios do SaaS, o Sebrae lança nesta terça-feira (4), em parceria com a Endeavor, oebook Guia Saas: uma nuvem de oportunidades para empreendedores (http://info.endeavor.org.br/ebook-gratuito-guia-saas). 

O material tratará de temas como as características do modelo Saas, as fases de maturidade das empresas de SaaS (vendas e marketing), precificação e escalabilidade métricas e metas, entre outros. Um exemplo é a agilidade do modelo se comparado com o tradicional: a implementação das soluções é muito mais rápida, já que são realizados testes que permitem às empresas do setor responder a uma demanda imediata dos consumidores.

Foram entrevistados diversos especialistas no assunto para a criação do conteúdo, como: Daniel Hoe, Head de Marketing do Salesforce; Edson Rigonatti, sócio da Astella Investimentos; João Zaratine, responsável pela área de Sales and Marketing da ContaAzul. Para trazer os aprendizados de quem viveu esses desafios na prática, também foram entrevistados três empreendedores: Eric Santos, da Resultados Digitais; Fernando Steler, da Direct One; e Henrique Mengue, CEO da EZCommerce.


Agência Sebrae de Notícias

Evento gratuito debaterá o marketing digital para o próximo biênio

O marketing digital para promoção de marcas ou produtos tornou-se uma das principais ferramentas de comunicação entre as empresas e o seu público. São diversas ações online realizadas com o objetivo de atrair novos negócios, criar relacionamentos e desenvolver uma identidade de marca. 

Percebendo essa importância a Faculdade Esuda realiza evento gratuito com o tema, Marketing Digital para 2017/2018, no próximo dia 18 de abril, das 19h às 21h.

Voltada para estudantes, profissionais da área da comunicação em geral e empresários que queiram promover seus negócios no mundo digital, o evento debaterá as tendências para o biênio, visto que com a crise econômica, o marketing digital traz maior possibilidade e vendas para as empresas, muitas vezes com um baixo nível de investimento, além de servir como uma oportunidade de trabalho via home office, gerando uma renda extra. 

Os interessados em participar da palestra realizada pelo professor Valter Brito, deve inscrever-se através do site da instituição no link do Geia http://esuda.com.br/geia/inscricao/index.php.

Marketing Digital para 2017/2018

Quando: 18 de abril, das 19h às 21h
Local: Auditório da Faculdade Esuda, Rua Bispo Cardoso Ayres, SN.
Investimento: Gratuito.
Mais informações: 3412.4242

Marinha do Brasil abre 64 vagas para Engenheiros

A Diretoria de Ensino da Marinha (DEnsM) abre mais um Concurso Público de nível superior. As oportunidades são para Engenheiros, de ambos os sexos e com menos de 36 anos de idade. A inscrição para ingresso no Corpo de Engenheiros começa nesta terça-feira (04) e vai até 28 de abril.

São 64 vagas distribuídas nas seguintes áreas: Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Cartográfica, Engenharia Civil, Engenharia de Materiais, Engenharia de Produção, Engenharia de Sistemas de Computação, Engenharia de Telecomunicações, Engenharia Elétrica, Engenharia Eletrônica, Engenharia Mecânica, Engenharia Mecatrônica, Engenharia Naval, Engenharia Nuclear e Engenharia Química. 


Os interessados devem fazer sua inscrição no site da DEnsM (www.ingressonamarinha.mar.mil.br) ou em um dos postos de inscrição, distribuídos por todo o país (ver endereços no Edital). O valor é de R$ 110,00 e o pagamento será aceito até o dia 08 de maio. Feito isso, o candidato deverá verificar a confirmação de sua inscrição na página da DEnsM, a partir do 5º dia útil subsequente ao pagamento.

As provas serão realizadas em duas fases. A primeira é composta por uma prova escrita objetiva de conhecimentos profissionais, com 20 questões e uma Redação. Os aprovados nesta primeira etapa, poderão participar da segunda fase e farão prova escrita discursiva de conhecimentos profissionais e uma tradução de texto. O conteúdo das provas estão disponíveis no Anexo III do Edital. 

Os aprovados farão o Curso de Formação de Oficiais (CFO) no Centro de Instrução Almirante Wandenkolk (CIAW), na cidade do Rio de Janeiro, com duração de 39 semanas. 

Após aprovação no Curso de Formação, no final de 2018, os militares serão nomeados Oficiais da Marinha do Brasil no posto de Primeiro-Tenente e passarão a receber remuneração de cerca de R$ 10.500,00.

Serviço
Concurso Público de Nível Superior – Corpo de Engenheiros da Marinha do Brasil (CP-CEM-2017) 
Inscrição: 04 a 28 de abril de 2017 
Taxa: R$110,00 


Capitania dos Portos de Pernambuco

IFPE inscreve para curso gratuito de braille

O Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) recebe inscrições, até a quarta-feira (5), para um curso gratuito de Tiflologia/Braile, com início previsto para o dia 11 de abril. As aulas acontecem às terças-feiras, no horário das 13h às 17h, no Campus Recife, na Cidade Universitária, na Zona Oeste da capital pernambucana.

Ao todo, são oferecidas 20 vagas para servidores do IFPE, estudantes da instituição e também para o público externo. As inscrições são feitas no site da instituição, através de um formulário.

As aulas serão ministradas pelo revisor de textos braile do IFPE, José Carlos Amaral. O curso tem término previsto para o dia 25 de julho. Outras informações podem ser obtidas através do e-mail napne@recife.ifpe.edu.br ou pelo telefone (81) 2125-1692.

Braille - O sistema Braille é um processo de escrita e leitura baseado em 64 símbolos em relevo, resultantes da combinação de até seis pontos dispostos em duas colunas de três pontos cada. Pode-se fazer a representação tanto de letras, como algarismos e sinais de pontuação. Ele é utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão, e a leitura é feita da esquerda para a direita, ao toque de uma ou duas mãos ao mesmo tempo.

O código foi criado pelo francês Louis Braille (1809 - 1852), que perdeu a visão aos 3 anos e criou o sistema aos 16. Ele teve o olho perfurado por uma ferramenta na oficina do pai, que trabalhava com couro. Após o incidente, o menino teve uma infecção grave, resultando em cegueira nos dois olhos.

O Brasil conhece o sistema desde 1854, data da inauguração do Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro, chamado, à época, Imperial Instituto dos Meninos Cegos. Fundado por D. Pedro II, o instituto já tinha como missão a educação e profissionalização das pessoas com deficiência visual. "O Brasil foi o primeiro país da América Latina a adotar o sistema, trazido por José Álvares de Azevedo, jovem cego que teve contato com o Braille em Paris", conta a pedagoga Maria Cristina Nassif, especialista no ensino para deficiente visual da Fundação Dorina Nowill.

O código Braille não foi a primeira iniciativa que permitia a leitura por cegos. Havia métodos com inscrições em alto-relevo, normalmente feito por letras costuradas em papel, que eram muito grandes e pouco práticos. Quatro anos antes de criar seu método, Louis Braille teve contato com um capitão da artilharia francesa que havia desenvolvido um sistema de escrita noturna, para facilitar a comunicação secreta entre soldados, já utilizando pontos em relevo. Braille simplificou esse trabalho e o aprimorou, permitindo que o sistema fosse também utilizado para números e símbolos musicais.

O Braille hoje já está difundido pelo mundo todo e, segundo pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil", de 2008, do Instituto Pró-Livro, 400 mil pessoas leem Braille no Brasil. Não é possível, segundo o Instituto Dorina Nowill, calcular em porcentagem o que esses leitores representam em relação à quantidade total de deficientes visuais no país. Isso porque o censo do ano 2000, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aponta que há 169 mil pessoas cegas e 2,5 milhões de pessoas com baixa visão. No entanto, este último grupo é muito heterogêneo - há aqueles que enxergam apenas 1% e, portanto, poderiam ler apenas em Braille, como pessoas que enxergam 30% e podem utilizar livros com letras maiores.

A falta de informação é ainda o principal problema que Maria Cristina percebe em relação ao Braille. "Muitos professores acham que é simples ensinar o Braille a um aluno cego. No entanto, a alfabetização com esse sistema tem suas especificidades, e o professor, para realizar essa tarefa com êxito, tem de buscar ajuda", explica a especialista.

Hoje institutos como o Benjamin Constant, o Dorina Nowill e muitos outros pelo país oferecem programas de capacitação em Braille e dispõem de vasto material sobre o assunto.

Quer saber mais?



Com informações do Portal G1 e da Revista Nova Escola

Visibilidade e inclusão para travestis e transexuais em debate na UFRPE


Será realizado, no dia 12 de maio, das 9h às 17h, no auditório da Pró-reitoria de Atividades de Extensão (PRAE), campus Dois Irmãos, o Fórum de Visibilidade e Inclusão para Travestis e Transexuais, o Fortrans. Esta será a primeira edição do Fortrans na UFRPE e terá como objetivo propiciar uma abertura de discussão acerca dos temas relativos ao universo trans, de modo a visibilizar a realidade dessa população e possibilitar um conhecimento maior de suas ontologias. O Fortrans também busca questionar o grau de exclusão que essa população sofre e proclamando uma maior inserção social de suas vidas na sociedade.

Participam como palestrantes Robeyoncé Lima, Céu Cavalcanti, Maria Clara de Sena e Laura Souto maior (ver os detalhes na programação ao fim do texto).

O evento é parte das ações de extensão do Núcleo de Estudos em Discurso e Descolonialidade e Laboratório de Estudos da Linguagem e Psicanálise (Langue), liderados, respectivamente, pelos professores Iran Melo e Natanael Duarte de Azevedo, coordenadores do evento. Dividido em dois momentos, nos turnos da manhã e da tarde, o Fortrans será realizado em formato dialógico e contará com rodas de conversa, debates e exibição de curtas-metragens sobre a temática do evento.

Podem participar do evento as pessoas interessadas pelo tema. Não é preciso realizar inscrição nem ser parte da comunidade universitária da UFRPE.

Realidade trans

Segundo pesquisa da organização não governamental Transgender Europe, rede europeia de organizações que apoiam os direitos da população transgênera, o Brasil é o país onde mais se mata travestis e transexuais no mundo (40% do número total). Entre janeiro de 2008 e março de 2014, foram registradas 604 mortes no país. Esses dados alarmantes, nem de longe, se mostram como miméticos à realidade, uma vez que o grau de subnotificação da violência infringida contra travestis e transexuais ainda é imenso e resultado das deficitárias políticas públicas brasileiras que atendem a demanda de investigação sobre o assunto em nosso país. O direito à vida dessa população está na última fronteira dos direitos da população LGBT e, naturalmente, da população brasileira como um todo.

Vinculadas a isso ainda estão as práticas cotidianas de violação dos direitos à pessoa as quais travestis e transexuais vivenciam, tais como a exclusão da família, da escola e do trabalho; a negação ao seu nome social; a negligência de assistência à saúde; o silenciamento e a depreciação nos meios de comunicação. Essas e outras violências se realizam no campo da reificação e da desumanização das subjetividades e dos corpos trans. Por isso, faz-se sempre urgente a discussão pública sobre a necessidade de visibilidade e inclusão de pessoas travestis e transexuais no Brasil, demanda que deve ser assumida por todos os aparelhos públicos, sobretudo pelas instituições de ensino como as universidades.

Local: Auditório da Pró-Reitoria de Extensão da UFRPE

PROGRAMAÇÃO

Manhã

09h – Abertura do evento – professores coordenadores Iran Melo e Natanael Duarte

09h20 – Exibição Vídeo Ser, histórias de vida de homens e mulheres trans.

09h30 – Momento 1

- Palestrantes: Robeyoncé Lima (advogada e primeira transexual aprovada na Ordem de Advogados Brasil, seccional Pernambuco) e Céu Cavalcanti (psicóloga, assistente de coordenação do GTP+PositHIVo).

- Mediador: Natanael Duarte.

Tarde

Vídeo: Homem trans: conheça e respeite.

- Palestrantes: Maria Clara de Sena (integrante do Mecanismo Nacional de Prevenção e de Combate à Tortura) e Laura Souto Maior Kerstenetsky (advogada das causas LGBT).

- Mediador: Iran Melo.

Assecom UFRPE

Google homenageia criadora do "Orelhão"

Chu Ming Silveira foi a design sino-brasileira responsável pelo icônico orelhão, um dos objetos mais reconhecíveis do Brasil, criado em 1972. A inspiração para a cobertura dos telefones públicos veio da casca de ovo, que a arquiteta definiu como “a melhor forma acústica”.

Inicialmente, foram desenvolvidos dois projetos. Chu I seria usado em ambientes internos como lojas e prédios públicos, apelidado de orelhinha. Ele não existe mais. O Chu II, feito de fibra de vidro para proteger os usuários do sol e da chuva e aguentar mudanças de temperatura é o orelhão das ruas. Hoje existem cerca de 52.000 orelhões em todo o Brasil. Além disso, o trabalho de Chu também foi exportado para países como Moçambique, Angola, Colômbia e Paraguai.

Formada em arquitetura pela Universidade Mackenzie, Chu Ming Silveira foi para Ilhabela depois de desenvolver o projeto que lhe deu visibilidade. Lá ela construiu uma vila familiar, com o estilo que ficou conhecido como “pós-caiçara”. Para a construção das casas, a arquiteta usava materiais típicos da região, inspirada na tradição milenar do Feng Shui, criando um equilíbrio com a natureza ao redor. Chu Ming Silveira é a homenageada com um Doodle nesta terça-feira, dia em que faria 76 anos.

Biografia - A arquiteta (que na foto ao lado utiliza sua criação) nasceu no dia 04 de abril de 1971, em Shangai, na China, filha de um engenheiro e mãe dona de casa. 

Seu pai serviu às forças armadas nacionalistas de Chiang Kai-Shek. Com a vitória dos comunistas em 1949, a violenta perseguição e repressão aos opositores levaram-no a mudar-se com a família para Hong Kong, onde permaneceram por quatro anos. 

Decididos a tentar a vida no continente americano, batizaram os quatro filhos com nomes ocidentais e Chu Ming chegou a ser batizada como "Verônica". Após as formaturas e casamentos dos filhos, os pais de Chu Ming se mudaram para Manaus e se estabeleceram como comerciantes na Zona Franca de Manaus, na década de 1960. 

Chu Ming casou-se com o engenheiro Clóvis Silveira e teve dois filhos, Djan e Alan. Após o sucesso dos orelhões,  em 1973, ela atuou como Arquiteta Senior na Montreal Engenharia S.A., e ainda nesse ano passou a trabalhar em projetos da Serete S.A. Engenharia, ambas em São Paulo, onde atuou até 1978, quando passou a dedicar-se especialmente ao Design e à Comunicação Visual. 

A partir de 1987, voltou-se ao desenvolvimento de projetos de residências no litoral paulista, onde aplicava um estilo que equilibrava técnicas modernas com a cultura caiçara. Ela morreu em São Paulo, aos 56 anos, no dia 18 de junho de 1997.





Seu esposo e seus filhos hoje mantêm o site Orelhão para homenagear Chu Ming e sua criação.


Com informações do jornal El País, da Wikipedia e do site Orelhão.arq.br

Falta de chuva provoca ampliação do rodizio em quatro cidades da RMR

A previsão de chuvas abaixo da média para os próximos quatro meses e o baixo nível da Barragem Botafogo (Rio Catucá), principal fonte hídrica que compõe o sistema de distribuição de água das cidades de Olinda, Paulista, Igarassu e Abreu e Lima, levaram a Compesa a tomar medidas para a preservação da vida útil do manancial. A companhia anunciou hoje (4) a ampliação do calendário de abastecimento nas quatro cidades que era, em média, de um dia com água e três dias sem, para o regime de um dia com água e cinco dias sem. O aumento do rodízio foi necessário em função da redução do volume de água retirado da Barragem Botafogo - de 700 litros por segundo para 200 l/s - que apresenta apenas 11,27% da sua capacidade total de armazenação (27,6 milhões de metros cúbicos de água).

O índice pluviométrico registrado na região da Barragem de Botafogo, localizada em Igarassu, no mês de março deste ano (119 mm), sofreu uma queda de 34% se for comparado ao mesmo período de 2016 (180 mm). Outro sinal de alerta é o fato da Barragem de Botafogo ter extravasado água apenas uma vez (em 2009), nos últimos oito anos. "Vamos entrar no sétimo ano consecutivo de seca e os prejuízos também são sentidos nos mananciais da Região Metropolitana do Recife. Antes, o Sistema Botafogo operava com 1,5 mil l/s, hoje, só temos 930 l/s, o que obrigou a Compesa adequar o calendário nessas cidades para a realidade de oferta de água", explica Rômulo Aurélio Souza, diretor Técnico e de Engenharia da Compesa, pontuando que a companhia já instalou uma balsa flutuante para ajudar a captar água no manancial.

O novo calendário já está em vigor nos municípios de Olinda, Paulista, Igarassu e Abreu e Lima, que juntos somam uma população de 900 mil habitantes. O Sistema Botafogo responde por 50% da oferta de água nessas quatro cidades, que também são atendidas por poços e outros sistemas de abastecimento. Na região norte da RMR, ficam de fora da ampliação do calendário as cidades de Itamaracá e Itapissuma, que são abastecidas por poços, e Araçoiaba, que possui um sistema independente a partir do Riacho Floresta. O calendário de abastecimento de água atualizado já está disponível no site www.compesa.com.br.

A Barragem Botafogo é o manancial mais importante que compõe o Sistema Botafogo, que ainda conta com captações à fio d'água realizadas nos rios Arataca, Monjope, Cumbe, Tabatinga e Conga. Hoje, a captação mais confiável do sistema é realizada no Rio Arataca (450 l/s), situado no município de Goiana. Com a redução da retirada de água da Barragem Botafogo, a companhia vai aumentar a exploração das captações à fio d'água para totalizar a vazão de 930 l/s do sistema - que também conta com contribuições de 140 poços tubulares profundos com vasão da ordem de 1.800 l/s.

A Compesa já tem em mãos uma alternativa efetiva para regularizar a vazão da Barragem Botafogo e melhorar o fornecimento de água para os quatro municípios. "Vamos executar a Transposição do Rio Capibaribe para a Barragem Botafogo. O projeto já está pronto e é relativamente simples, prevê a implantação de uma captação (estação de bombeamento) no rio na região do Engenho Muribara, em Paudalho, e a construção de uma adutora de 7,6 quilômetros para transportar a água até a Barragem Botafogo", informa o diretor. A obra terá condições de incrementar o sistema com uma vazão que pode variar de 460 l/s a 1,2 mil l/s, tendo em vista que a Barragem de Carpina vai regularizar a vazão do Rio Capibaribe.

O empreendimento está orçado em R$ 30 milhões, recursos que ainda não estão assegurados, mas que a Compesa busca viabilizar junto ao Ministério da Integração Nacional. A previsão é concluir a obra em seis meses após o início da ordem de serviço.

Imprensa Compesa

TSE adia julgamento da chapa Dilma-Temer; sessão deve ficar para fim de abril

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu hoje (4) adiar o julgamento da ação em que o PSDB pede a cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições presidenciais de 2014. A sessão começou na manhã desta terça-feira, mas a maioria dos ministros aceitou o pedido feito pelos advogados da ex-presidenta Dilma Rousseff, que requereram prazo de mais cinco dias para apresentar defesa.

O prazo de cinco dias começará a contar após o fim dos novos depoimentos que foram autorizados na segunda parte da sessão. Assim, o julgamento deve ser retomado apenas a partir da última semana de abril, tendo em vista o feriado de Páscoa e viagens oficiais do presidente do tribunal, Gilmar Mendes, responsável pela condução dos trabalhos.

No início da sessão,o advogado de Dilma, Flávio Caetano, alegou que precisava de mais cinco dias para analisar melhor o caso. Antes do julgamento, o relator do processo, ministro Herman Benjamin, concedeu prazo de 48 horas após o encerramento da fase de coleta de provas do processo para que os advogados apresentassem a defesa dos clientes. O prazo está na legislação eleitoral.

A maioria do plenário, no entanto, derrotou o relator, que votou parcialmente a favor dos advogados. Ele concedeu três dias para novas alegações.

Benjamin foi contra o prazo de cinco dias por entender que o processo já tramita no TSE há quase dois anos e meio. Para o ministro, a concessão de mais prazo para defesa atrasaria o final do julgamento, que poderia terminar depois da conclusão do mandato de Temer. "Não é questão de dois dias a mais, três dias a mais. A ninguém deve se dar prazo maior do que o estabelecido na lei", disse.

Votaram a favor da defesa de Dilma os ministros Napoleão Maia, Henrique Neves, Luciana Lóssio e o presidente do TSE, Gilmar Mendes. Luiz Fux e Rosa Weber acompanharam o relator. Os advogados do PSDB e o Ministério Público Eleitoral (MPE) também concordaram com o adiamento.

Novos depoimentos

Na segunda questão de ordem, Benjamin acatou pedido da defesa de Dilma Rousseff para que fosse ouvido o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que teria sido citado por delatores da empreiteira Odebrecht como envolvido no recebimento de recursos não declarados.

O ministro também aceitou o pedido do Ministério Público para que sejam ouvidos o marqueteiro de Dilma em 2014, João Santana, sua mulher, Mônica Moura, e André Santana, funcionário dela. Ele negou, no entanto, que fossem realizadas oitivas com os presidentes dos nove partidos que compunham a coligação de Dilma, conforme solicitado pelos advogados da ex-presidenta.

“Nós não podemos transformar esse processo num universo sem fim, nós não podemos ouvir Adão e Eva e, possivelmente, a serpente”, disse Benjamin, ao negar a oitiva dos presidentes dos partidos, que já se manifestaram por escrito na ação.

Os demais ministros do TSE acompanharam o relator, deferindo que fossem ouvidas as quatro novas testemunhas, mas negando as oitivas dos presidentes dos partidos, que somente para a ministra Luciana Lóssio deveriam ser ouvidos presencialmente.

Processo

Mesmo com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o processo continuou e pode terminar com a convocação de eleições indiretas, presididas pelo Congresso, caso a chapa seja cassada.

Após o resultado das eleições de 2014, o PSDB entrou com a ação e o TSE começou a julgar suspeitas de irregularidades nos repasses a gráficas que prestaram serviços para a campanha eleitoral. Recentemente, Herman Benjamin decidiu colocar no processo os depoimentos dos delatores ligados à empreiteira Odebrecht, investigados na Operação Lava Jato. Os delatores relataram que fizeram repasses ilegais para a campanha presidencial.

Em dezembro de 2014, as contas da campanha da então presidenta Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer, foram aprovadas com ressalvas e por unanimidade no TSE. No entanto, o processo foi reaberto porque o PSDB questionou a aprovação, por entender que há irregularidades nas prestações de contas apresentadas por Dilma, que teria recebido recursos do esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato. Segundo entendimento do TSE, a prestação contábil da presidenta e do vice-presidente é julgada em conjunto.

A campanha de Dilma Rousseff nega qualquer irregularidade e sustenta que todo o processo de contratação das empresas e de distribuição dos produtos foi documentado e monitorado. A defesa do presidente Michel Temer sustenta que a campanha eleitoral do PMDB não tem relação com os pagamentos suspeitos. De acordo com os advogados, não se tem conhecimento de qualquer irregularidade no pagamento dos serviços.

Agência Brasil

José Mayer está suspenso das produções por tempo indeterminado, diz Globo

Por meio de nota, a Globo confirmou que o ator José Mayer está afastado das produções nos Estúdios Globo "por tempo indeterminado". A emissora também se solidarizou com a manifestação de funcionárias que usaram nesta terça-feira (4/4), camisetas com a frase "Mexeu com uma, mexeu com todas".

O afastamento vem depois que a figurinista Susllen Tonani denunciou um assédio por parte do ator.


De acordo com a nota, Mayer foi notificado da decisão na segunda-feira (3). O ator divulgou uma carta aberta nesta terça (4), reconhecendo o erro e pedindo desculpas:


Carta aberta aos meus colegas e a todos, mas principalmente aos que agem e pensam como eu agi e pensava:

Eu errei. Errei no que fiz, no que falei, e no que pensava. A atitude correta é pedir desculpas. Mas isso só não basta. É preciso um reconhecimento público que faço agora

Mesmo não tendo tido a intenção de ofender, agredir ou desrespeitar, admito que minhas brincadeiras de cunho machista ultrapassaram os limites do respeito com que devo tratar minhas colegas. Sou responsável pelo que faço.

Tenho amigas, tenho mulher e filha, e asseguro que de forma alguma tenho a intenção de tratar qualquer mulher com desrespeito; não me sinto superior a ninguém, nao sou.

Tristemente, sou sim fruto de uma geração que aprendeu, erradamente, que atitudes machistas, invasivas e abusivas podem ser disfarçadas de brincadeiras ou piadas. Não podem. Não são.

Aprendi nos últimos dias o que levei 60 anos sem aprender. O mundo mudou. E isso é bom. Eu preciso e quero mudar junto com ele.

Este é o meu exercício. Este é o meu compromisso. Isso é o que eu aprendi.

A única coisa que posso pedir a Susllen, às minhas colegas e a toda a sociedade é o entendimento deste meu movimento de mudança.

Espero que este meu reconhecimento público sirva para alertar a tantas pessoas da mesma geração que eu, aos que pensavam da mesma forma que eu, aos que agiam da mesma forma que eu, que os leve a refletir e os incentive também a mudar.

Eu estou vivendo a dolorosa necessidade desta mudança. Dolorosa, mas necessária.

O que posso assegurar é que o José Mayer, homem, ator, pai, filho, marido, colega que surge hoje é, sem dúvida, muito melhor.


José Mayer

Abaixo, a íntegra da nota da emissora, enviada no início da tarde desta terça-feira:


"Em relação à denuncia de assédio envolvendo o ator José Mayer e a figurinista Susllen Tonani, a Globo reafirma o teor da nota divulgada na última sexta-feira, quando afirmou que o caso foi apurado e que as devidas providências estavam sendo tomadas. 

Naquela nota, a emissora enfatizou que repudia toda e qualquer forma de desrespeito, violência ou preconceito. E que zela para que as relações entre funcionários e colaboradores se deem em um ambiente de harmonia de acordo com o Código de Ética e Conduta do Grupo Globo. 

Esta convicção da Globo foi reafirmada para um grupo de atrizes, diretoras e produtoras, reunidas no domingo à noite, quando a emissora informou que, apurado o caso, tomou a decisão de suspender o ator José Mayer de produções futuras dos Estúdios Globo por tempo indeterminado. 

O ator foi notificado na segunda-feira dessa decisão. Sobre a iniciativa de funcionários, colaboradores e executivos de usar hoje camisetas com os dizeres "Mexeu com uma, mexeu com todas", a Globo se solidariza com a manifestação, que expressa os valores da empresa. 

O ator José Mayer, de enorme talento e com grandes serviços prestados à Globo e às artes brasileiras, certamente terá oportunidade de expressar seus sentimentos em relação ao triste episódio e esclarecer que atitudes pretende tomar. 

A Globo lamenta que Susllen Tonani tenha vivido essa situação inaceitável num ambiente que a emissora se esforça cotidianamente para que seja de absoluto respeito e profissionalismo. E, por essa razão, pede a ela sinceras desculpas."


Com informações do Correio Braziliense (DF) e do Jornal Extra (Rio)

#MeuProfessorRacista

Começou a viralizar nas redes sociais, na noite desta segunda-feira (3), a hashtag #MeuProfessorRacista, em que negros e negras relatam situações de racismo, preconceito e injúria racial que sofreram em ao menos algum momento de suas vidas na escola ou na universidade.

A campanha surgiu a partir de uma iniciativa da Ocupação Preta – coletivo de alunos e alunas negras da Universidade de São Paulo (USP) -, que divulgou o caso de uma professora que tratou com chacota uma discussão sobre a questão racial na obra de Monteiro Lobato e o racismo em marchinhas de carnaval.

“Sabendo que se perpetua nas universidades uma diretriz e um embasamento teórico pertencente à branquitude, levantamos a necessidade de que a professora conheça, discuta ou ao menos escute o que os alunos têm a dizer, abandonando seu posto de superioridade”, escreveu o coletivo, contando ainda que, após a discussão, foram expulsos da sala de aula.

Foi lançada, então, a hashtag #MeuProfessorRacista e milhares de depoimentos, muitos deles, chocantes, começaram a surgir e explicitar o quão grave é o problema do racismo no ambiente escolar e universitário. Os relatos vão desde apelidos, como “sabonete de mecânico”, macaco, macaca, entre outros, passando por exclusão de grupos de trabalhos, situações vexatórias como mandar colher comida do chão para “aprender a não desperdiçar”, até discursos meritocráticos e anti-cotas, como se os negros beneficiados por programas de cotas não merecessem ocupar aquela vaga.

Revista Forum

Brasileiros precisam se preocupar com arsênio no arroz, assim como os britânicos?

Classificado como cancerígeno pela Iarc (Agência Internacional para a Pesquisa sobre Câncer, na sigla em inglês), órgão da OMS (Organização Mundial da Saúde), o arsênio tem causado polêmica quando o assunto é alimentação.

O debate voltou à tona depois que o programa Trust Me, I'm A Doctor ("Confie em mim, eu sou um médico"), da BBC, mostrou maneiras de diminuir a quantidade da substância no arroz - como deixar os grãos na água durante a noite, por exemplo.

A preocupação dos especialistas consultados pelo programa não foi exagerada: boa parte do arroz consumido no Reino Unido, onde a atração é gravada, vem de Bangladesh.

O grão e outros alimentos importados de Bangladesh possuem três vezes mais arsênio do que os cultivados no próprio Reino Unido, como mostra uma pesquisa realizada na Universidade de Montfort, na Inglaterra, em 2005.

O estudo também afirma que o nível de arsênio nos vegetais vindos de Bangladesh é semelhante ao encontrado no Estado de Bengala Ocidental, na Índia, onde a água é contaminada por arsênio.

Arroz seguro

Essa realidade, porém, é bem diferente da brasileira. O INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde), da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), testou recentemente 193 amostras de arroz produzido Brasil e todas estavam abaixo do limite de arsênio permitido: 0,3 mg por quilo de alimento.

O limite é estabelecido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em sintonia com as normas preconizadas pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, em inglês).

"Por que a gente tem uma preocupação com o arroz? Porque, no Brasil, a gente tem um grande consumo de arroz. Qualquer possível contaminação estaria expondo a população", explica Ligia Lindner Schreiner, gerente de avaliação de risco e eficácia em alimentos da Anvisa.

Assim como a Anvisa, pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) concluíram que o arroz brasileiro é seguro para consumo.

Uma das primeiras pesquisas do país foi realizada por Bruno Lemos Batista, que chegou a passar uma temporada na Escócia durante seu doutorado em toxicologia, concluído em 2012.

Na Universidade de Aberdeen, Batista - que atualmente é professor de Química da Universidade Federal do ABC - encontrou diversas pesquisas na área justamente por causa da preocupação com o arroz importado de Bangladesh.

"Garanto que o arroz das prateleiras brasileiras está dentro da normalidade", diz ele.

O pesquisador ressalta que o arsênio, por estar presente naturalmente no meio ambiente, é encontrado no solo, na água e no ar.

"Mas não é nada aterrorizante", tranquiliza.

A pesquisadora Ana Carolina Paulelli, doutoranda em Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, estudou diversos tipos de arroz durante seu mestrado em toxicologia e concluiu que algumas formas concentram mais arsênio nos grãos do que outros - mas sempre abaixo do limite determinado pela Anvisa.

O arsênio do solo chega à planta através da raiz e é conduzido até o grão pela água. No entanto, até mesmo o tipo de grão que mais concentra arsênio, segundo o estudo de Paulelli, não é motivo para preocupação - curiosamente, ele possui menos arsênio inorgânico, a forma mais tóxica, do que os demais tipos.

Maior produtor

A maior parte do arroz consumido no Brasil é cultivado no Rio Grande do Sul: 72 %.

"Os solos do Estado são bastante antigos, é uma formação não vulcânica, as rochas que originaram nossos solos do RS não possuem arsênio na sua composição", explica Henrique Dornelles, presidente da Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do RS).

O Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz) também defende a qualidade da produção gaúcha.

"A gente monitora a qualidade e nunca tivemos relatos de taxas de arsênio superiores ao recomendado", certifica Tiago Sarmento Barata, diretor comercial do Irga.

O Estado tem 19 mil produtores de arroz. Um deles é Arnaldo Eckert, de 64 anos, que viu a propriedade da família crescer de 8 para 800 hectares.

"Era tudo manual, com foice, não tinha colheitadeira", relembra Eckert sobre a infância no campo.

Hoje, na lavoura que fica em Tapes, a 103 km de Porto Alegre, às margens da Lagoa dos Patos, Eckert colhe 6,4 mil toneladas de arroz por safra, gerando um resultado bruto de R$ 5,5 milhões.

Agrotóxicos

Apesar de não enfrentar problemas com a questão da concentração do arsênio, o Rio Grande do Sul tem de lidar com outro risco.

São 19 mil produtores de arroz - e tamanha produção também demanda controle de pragas, que é feito da forma tradicional, com uso de agrotóxicos.

No último relatório do Programa de Análises de Resíduos Agrotóxicos em Alimentos (Para), da Anvisa, o órgão testou 746 amostras de arroz.

A investigação concluiu que 715 foram consideradas satisfatórias (sem resíduos de agrotóxicos ou com resíduos dentro do limite).

Mas 33 amostras revelaram a presença não autorizada de resíduos agrotóxicos.

BBC Brasil

Casal João Santana e Mônica Moura fecha acordo de delação premiada

O início do julgamento da cassação de Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral, nesta terça (4), revelou que o casal João Santana e Mônica Moura, marqueteiros das últimas campanhas presidenciais do PT, fecharam um acordo de delação premiada com a Lava Jato, que já se encontra no Supremo Tribunal Federal.

Durante a sessão no TSE, o vice-procurador-geral eleitoral Nicolao Dino pediu a realização de três novas audiências para ouvir João Santana, Mônica e André Luís Reis Santana, que foi apontado como auxiliar direto do casal.

Caberá ao ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato no STF, homologar a delação. Se isso ocorrer, o Ministério Público Federal poderá usar os depoimentos para fundamentar pedidos de abertura de inquéritos.

Além das audiências com Santana e sócios, Dino conseguiu convencer o TSE a ouvir o ex-ministro Guido Mantega. Ele aparece em delações da Odebrecht como o “intermediário” da empresa com o governo. Marcelo Odebrecht afirmou que fez doações ao PT, via caixa 2, a pedido de Mantega. Seu depoimento já havia sido solicitado pela defesa de Dilma, mas foi negado na ocasião. Dino concordou e acrescentou os outros três.

“João Santana e Mônica Moura foram presos em fevereiro de 2016 durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, por ordem do juiz Sérgio Moro. Em julho, eles admitiram ter recebido recursos do PT no exterior. Em agosto, foram soltos após pagar fiança de mais de R$ 30 milhões”, lembrou o jornal O Globo.

Em entrevista publicada pela Folha nesta terça (04), a ex-presidente Dilma Rousseff defende que o Tribunal Superior Eleitoral não leve delações sem provas para cassar a chapa eleita em 2014, como pede ação proposta pelo PSDB.

Diário do Centro do Mundo

Ministro do STF suspende busca e apreensão em gabinete de deputada federal

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu suspender a busca e apreensão feita no mês passado pela Polícia Federal no gabinete da deputada Simone Morgado (PMDB-PA). Os policiais cumpriram mandado expedido pela Justiça Federal do Pará contra Soane Castro de Moura, assessora da deputada e ex-superintendente federal de Pesca e Aquicultura do estado. A decisão foi assinada na sexta-feira (31).

Moraes atendeu a um pedido liminar feito pela Câmara dos Deputados, que contestou a busca, por entender que não cabe a um juiz de primeira instância determinar o cumprimento de diligências nas dependências do Congresso, tarefa que caberia somente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Na decisão, o ministro concordou com os argumentos e entendeu que um parlamentar não pode se “submeter à persecução penal e às medidas acautelatórias” de um juiz.

“Não seria razoável ao juiz de 1º grau, que determinou a colheita de provas na residência oficial e no próprio local de trabalho de uma parlamentar federal, ainda que sob a justificativa de investigar terceira pessoa, excluir a possibilidade de violação à intimidade e vida privada da congressista no curso de investigação criminal conduzida por autoridade a qual falece tal competência”, decidiu o ministro.

De acordo com a decisão, a Justiça Federal do Pará deverá enviar imediatamente ao Supremo todo o processo e o material apreendido. A Polícia Federal também deverá remeter ao ministro o relatório das investigações e as cópias das decisões que justificaram a busca.

As investigações que embasaram as buscas começaram em 2016. De acordo com a PF, auxiliadas por agentes públicos, pessoas sem vínculo com Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura no Pará acessavam sistemas internos para alterar dados do cadastro de pescadores no seguro-defeso, que é concedido a pescadores em épocas nas quais a pesca é proibida para a manutenção da fauna. A PF investiga um possível prejuízo de R$ 185 milhões no cadastro de pescadores no órgão, que na época era vinculada ao extinto Ministério da Pesca.

Agência Brasil

Polícia indicia Júlia Salgueiro; enquanto isso, no Acre, delegado também zomba de portadores da Síndrome de Down

Após terminar as investigações do caso dos comentários feitos pela blogueira Júlia Salgueiro contra uma criança portadora de Síndrome de Down numa rede social, o delegado Paulo Rameh pediu a prisão preventiva e irá encaminhar o inquérito ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) na tarde desta segunda-feira (3). Apesar de a defesa da acusada ter alegado que ela sofre de depressão e faz uso de medicação controlada, o responsável pelas investigações alegou que a justificativa não tem efeito sob as investigações policiais.

"O quadro depressivo não elimina nem justifica a conduta dela. Cabe à Justiça definir se a doença merece a diminuição ou a não aplicação da pena", explica Rameh. A blogueira, segundo o inquérito, foi enquadrada no crime de Discriminação de Pessoas em Razão de sua Deficiência e, por ter utilizado a internet para cometer o delito, pode ter a pena ampliada para até cinco anos de prisão, além de precisar pagar uma multa de valor a ser definido pela Justiça, caso haja condenação. "Esse é um caso em que o clamor público solicita uma punição a essa pessoa e é nesse sentido, somando isso à gravidade do fato, que eu peço a prisão preventiva", frisa.

Ainda de acordo com Rameh, a blogueira afirmou ter apagado os comentários para evitar danos futuros. "Ela também disse que os comentários não eram direcionados especificamente à criança, mas às outras pessoas que estavam acompanhando a publicação", conta.

O titular do caso afirmou, ainda, ter recebido outras publicações referentes à blogueira. Por terem sido enviados ao delegado na noite do domingo (2), os comentários não entrarão no inquérito. Rameh não confirma a data das publicações, mas afirma que os posts foram feitos por pessoas que conviveram com a blogueira. "As pessoas que escreveram esses comentários dizem que ela já praticou outras ofensas e que, pelo seu comportamento, ela estaria banida do mundo da moda", diz.

O advogado responsável pela defesa da blogueira, Humberto Cavalcante, informou que impetraria ainda hoje um habeas corpus preventivo para que ela responda o processo em liberdade.

Acre - Um vídeo polêmico vem circulando no whatsapp e na internet desde as primeiras horas desta domingo (2). Nas imagens, em tom de ironia, o delegado de Polícia Civil, Flavio Henrique Peviani (foto ao lado), afirma que os portadores de Síndrome de Down são “filhos de extraterrestres com macacas”.

No video é possivel ver Peviane simulando conceder uma entrevista a uma suposto policial civil que pediu ao delegado explicações sobre a Síndrome de Down.

O local onde as declarações de Peviani são concedidas indica ser nas dependências de uma das delegacias de Polícia de Civil de Rio Branco.

O secretário de Polícia Civil do Acre, Carlos Flávio, emitiu nota repudiando as declarações do delegado e afirmando que o servidor será responsabilizado pelo que foi dito, como também serão punidos os demais envolvidos.

Carlos diz, ainda, que “A Polícia Civil não coaduna com a postura inadequada e desrespeitosa do servidor e tomará as providências no intuito de identificar e responsabilizar todos os envolvidos na gravação e veiculação do vídeo, e adotará as medidas necessárias e cabíveis”.

Com informações do Portal G1 e da Folha do Acre

Mistério: universitário desaparece e deixa vários livros criptografados

O estudante de psicologia da Uninorte, Bruno Silva Borges, de 24 anos, que está desaparecido há mais de uma semana, na cidade de Rio Branco, capital do Acre, ainda não foi encontrado pela família, que usa as redes sociais para buscar informações que possam levar ao paradeiro do jovem.

O empresário Athos Borges, pai de Bruno, contou à imprensa que o filho saiu de casa usando apenas uma bermuda listrada e camiseta branca. Segundo, Athos, o celular do filho está desligado e ninguém tem notícias.

Supostos investigadores da polícia entraram no quarto de Bruno para conseguir alguma pista, e fizeram um vídeo onde mostra algumas escritas na parede e chão do imóvel, além de quadros e objetos que estão associados ao ocultismo e alquimia.

Durante a gravação é possível ver no centro do quarto uma estátua do filósofo e teólogo Giordano Bruno avaliada em R$ 20 mil reais, segundo a própria mãe do jovem. Bruno é admirador do pensador que foi morto na fogueira santa em 1600 D.C pela inquisição por questionar erros teológicos.

Além da imagem, é possível notar folhas coladas no chão e parede com escrita enigmática, símbolos de religiões consideradas pagãs e sociedades secretas e uma pintura onde o jovem aparece ao lado de um ET.

Os livros criptografados estão em posse da Polícia do Civil do Acre, que também está investigando o caso. De acordo com o coordenador da Delegacia de Investigação Criminal (DIC), o delegado Fabrizzio Sobreira, todas as possibilidades estão sendo consideradas, porém, o caso segue em sigilo.

Apesar disso, uma página dos 14 livros criptografados foi fotografada e postada na internet. Não levou muito tempo: ela foi descriptografada e o conteúdo do texto revela algumas ideias escritas por Bruno antes de seu desaparecimento.

O diretor da Antecipe, plataforma de gerenciamento de vulnerabilidades, Igor Rincon, e o líder de desenvolvimento, Renoir dos Reis, montaram um site chamado “Decifre o Livro” para ajudar a descriptografar outras páginas que venham a surgir.

“Caminho difícil”

Segundo a mãe de Bruno de Melo, em entrevista ao G1, o jovem não possui problemas psicológicos. “Ele é iluminado. Na escola, sempre foi diferenciado, um líder nato, com um alto poder de persuasão. É um menino de um coração tão bom, que dava as coisas da casa e dele aos outros, como camisetas e calças. Não é porque é meu filho, estou falando do Bruno amoroso, que enxerga a alma das pessoas”, comentou a mãe.

O TecMundo conversou com Igor Rincon para entender qual o padrão encontrado no página de Bruno que foi divulgada na internet. “Eu achei o texto na internet. Encontrei o ‘700’ e, como é um número grande, deduzi que ‘LO’ seria referente à ‘AC’ ou ‘DC’”, explicou sobre o ponto inicial da descriptografação do texto. “Atrás da data, tentei deduzir as palavras que são mais comuns quando se refere à um texto antigo e, então, encontrei os padrões”.

Rincon e Renoir ainda colocaram os caracteres criptografados sobre um teclado físico para entender melhor como o padrão de criptografia. Segundo Renoir, a ideia agora é “centralizar todos esses documentos, quebrar a criptografia e disponibilizar a todos”.

A página - Como citado, os livros estão em posse da Polícia Civil. Exatamente por isso, não há como o trabalho de descriptografação seguir adiante — a não ser as páginas sejam liberadas para conhecimento público. Até o momento, a página que foi fotografada é a que você acompanha aqui embaixo.

Agora, você acompanha o texto na íntegra e descriptografado:

“Caminho difícil

Por milhares de anos o ser-humano vem tentando encontrar respostas para perguntas como “qual o sentido da vida”? A filosofia que ao que tudo indica, parece ter se iniciado com Tales de Mileto em meados de 700 A.C. visa encontrar vestígios de perguntas sem respostas. A pesquisa profunda pela verdade absoluta advém da filosofia, e quando falamos a respeito de caminhos fáceis ou difíceis estamos nos referindo a esse tipo de teorema.

É fácil aceitar o que desde criança te ensinaram que é errado. Difícil é quando adulto, entender que te ensinaram errado o que desde criança você suspeitou que fosse correto. Em outras palavras, se você se enquadra em algum cujos estímulos do meio lhe determinaram certo comportamento, fazendo com que estivesse a mercê de crenças já providas e bem estabelecidas em dogmas e rituais, com uma massa concentrada de pessoas nela; ou permitindo-o ficar no conformismo, aceitando o conceito de felicidade e de sentido da vida embutido pela mídia e pela sociedade, então claramente você faz parte do caminho fácil para a busca pela verdade absoluta.

Acaso se enquadre na segunda opção, ou seja, aquele que suspeitava de todo conjunto de crenças que lhe foi enraizado, então este tem tudo para ser um investigador da veracidade nas coisas ao seu redor, entrando em um caminho mais complicado, no qual uma minoria se arrisca ou enfrenta com bravura”.

Com informações da Folha do Acre, do TecMundo e do Portal G1