quinta-feira, 13 de junho de 2013

Ônibus podem parar por três horas nesta sexta

Apesar de o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, Patrício Magalhães, afirmar que não haverá nenhum protesto e que a circulação de ônibus acontecerá normalmente nesta sexta-feira (14), motoristas que fazem oposição ao sindicalista garantem que os ônibus irão parar por três horas, das 6h às 9h da manhã. 

Um motorista que pediu para não ser identificado, ligado ao grupo de oposição, garantiu que cerca de 70% dos motoristas de diferentes empresas vão participar do protesto. “Não é nenhuma greve. Será apenas um protesto da classe para mostrar que a nossa categoria está unida”, afirmou um representante, que não quis se identificar.

Caso aconteça a paralisação, os motoristas vão se dirigir até o Centro da Cidade, onde vão parar os coletivos. Segundo um dos realizadores, a concentração será realizada na Rua do Sol, e após três horas os coletivos voltam a circular normalmente. 

Os integrantes da Oposição Rodoviária desejam um reajuste salarial de 7%, além do aumento no valor do vale-refeição de R$ 160 para R$ 200. Se forem atendidos, o salário do motorista passaria de R$ 1.500 para R$ 2 mil e o do cobrador de R$ 690 para R$ 1.200.


Portal NE10

Clientes podem informar pelo celular vazamentos de água e esgoto

Precisão, agilidade e redução de desperdício são os principais objetivos da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) ao utilizar a telefonia móvel para informar sobre vazamentos na rede de distribuição de água ou extravasamento na rede coletora de esgoto. O recurso tecnológico já está sendo oferecido pela empresa desde o dia 1º de junho, inicialmente apenas para os clientes da Região Metropolitana do Recife. 

A sistemática funciona a partir da utilização de um aplicativo para smartphone compatível com os sistemas Android e iOS (iPhone), permitindo à população informar sobre ocorrências a partir de fotos tiradas no local. O aplicativo funciona da seguinte forma: após instalado no telefone, o cliente tira uma foto do vazamento, aponta no mapa o local da ocorrência e envia o registro para a Compesa, que receberá as informações. 

Feito isso, o operador do call center abrirá um registro de atendimento baseando-se na foto, que já aparecerá georreferenciada no sistema da companhia e enviará um protocolo para o celular do cliente. Se por algum motivo não for possível identificar o local da ocorrência, o cliente receberá uma mensagem de texto informando que não foi possível abrir o registro e será orientado a entrar em contato com o call center da empresa. 

Segundo o diretor Regional Metropolitano da Compesa, Rômulo Aurélio Souza, a companhia tem buscado na tecnologia as ferramentas necessárias para melhorar a prestação de seus serviços. “Essa ferramenta vai permitir que a Compesa tenha ciência de um vazamento, estouramento (quando ocorre em tubulações de grande porte) ou extravasamento de esgoto com o auxílio de um recurso fundamental, que é a imagem”, explica Rômulo. 

Essas imagens chegarão com as coordenadas, possibilitando a identificação do endereço correto e dando uma maior agilidade no conserto da tubulação. “Pela imagem, os nossos técnicos já terão uma noção sobre a extensão do vazamento para adotar as providências cabíveis, como o fechamento imediato dos registros para evitar o desperdício e mobilizar equipes, que seguirão para o local com a estrutura necessária para resolver a questão”, explica Rômulo. 

Quando o serviço for concluído, o cliente da Compesa receberá uma mensagem de texto informando sobre a sua conclusão. Caso ele tenha cadastrado o seu endereço eletrônico no aplicativo, será possível também receber por e-mail um questionário para avaliar o serviço da companhia. O aplicativo já está disponível para download na GooglePlay (para usuários Android) e em breve será também disponibilizado na Apple Store (para os usuários Iphone). 

INVESTIMENTO - Atualmente, a Compesa investe cerca de R$ 1 milhão para consertar cerca de seis mil vazamentos por mês no Grande Recife. Ao todo, são 70 equipes de manutenção. Além desse trabalho corretivo, a companhia também tem investido em ações preventivas. Estão sendo aplicados R$ 400 milhões na troca de tubulações antigas da Região Metropolitana.


Imprensa Compesa

Livro lançado em São Paulo mostra por que o Bolsa Família incomoda muita gente

Dez anos após sua implantação, o Bolsa Família mudou a vida nos rincões mais pobres do País: o tradicional coronelismo perde força e a arraigada cultura da resignação está sendo abalada.

A conclusão é da socióloga Walquiria Leão Rego, 67, que escreveu, com o filósofo italiano Alessandro Pinzani, "Vozes do Bolsa Família" (Editora Unesp, 248 págs., R$ 36). O livro foi lançado na noite da última segunda-feira (10) na Livraria da Vila do shopping Pátio Higienópolis. No local, ainda houve um debate mediado por Jézio Gutierre com a participação do cientista político André Singer e da socióloga Amélia Cohn.

Durante cinco anos, entre 2006 e 2011, a dupla realizou entrevistas com os beneficiários do Bolsa Família e percorreu lugares como o Vale do Jequitinhonha (MG), o sertão alagoano, o interior do Maranhão, Piauí e a cidade do Recife. Queriam investigar o "poder liberatório do dinheiro" provocado pelo programa.

Aproveitando férias e folgas, eles pagaram do próprio bolso os custos das viagens. Sem se preocupar com estatística, a pesquisa foi qualitativa e baseada em entrevistas abertas.

Professora de teoria da cidadania na Unicamp, Rego defende que o Bolsa Família "é o início de uma democratização real" do país. Nesta entrevista, ela fala dos boatos que sacudiram o programa recentemente e dos preconceitos que cercam a iniciativa: "Nossa elite é muito cruel", afirma.

Veja a entrevista com a socióloga brasileira:

Folha - Como explicar o pânico recente no Bolsa Família? Qual o impacto do programa nas regiões onde a sra. pesquisou?
Walquiria Leão Rego - Enorme. Basta ver que um boato fez correr um milhão de pessoas. Isso se espalha pelos radialistas de interior. Elas [as pessoas] são muito frágeis. Certamente entraram em absoluto desespero. Poderia ter gerado coisas até mais violentas. Foi de uma crueldade desmesurada. Foi espalhado o pânico entre pessoas que não têm defesa. Uma coisa foi a medida administrativa da CEF (Caixa Econômica Federal). Outra coisa é o que a policia tem que descobrir: onde começou o boato. Fiquei estupefata. Quem fez isso não tem nem compaixão. Nossa elite é muito cruel. Não estou dizendo que foi a elite, porque seria uma leviandade.
Como assim?
Tem uma crueldade no modo como as pessoas falam dos pobres. Daí aparecem os adolescentes que esfaqueiam mendigos e queimam índios. Há uma crueldade social, uma sociedade com desigualdades tão profundas e tão antigas. Não se olha o outro como um concidadão, mas como se fosse uma espécie de sub-humanidade. Certamente essa crueldade vem da escravidão. Nenhum país tem mais de três séculos de escravidão impunemente.
Qual o impacto do Bolsa Família nas relações familiares?
Ocorreram transformações nelas mesmas. De repente se ganha uma certa dignidade na vida, algo que nunca se teve, que é a regularidade de uma renda. Se ganha uma segurança maior e respeitabilidade. Houve também um impacto econômico e comercial muito grande. Elas são boas pagadoras e aprenderam a gerir o dinheiro após dez anos de experiência. Não acho que resolveu o problema. Mas é o início de uma democratização real, da democratização da democracia brasileira. É inaceitável uma pessoa se considerar um democrata e achar que não tenha nada a ver com um concidadão que esteja ali caído na rua. Essa é uma questão pública da maior importância.
O Bolsa Família deveria entrar na Constituição?
A constitucionalização do Bolsa Família precisava ser feita urgentemente. E a renda tem que ser maior. Esse é um programa barato, 0,5% do PIB. Acho, também, que as pessoas têm direito à renda básica. Tem que ser uma política de Estado, que nenhum governo possa dizer que não tem mais recurso. Mas qualquer política distributiva mexe com interesses poderosos.
A sra. poderia explicar melhor?
Isso é histórico. A elite brasileira acha que o Estado é para ela, que não pode ter esse negócio de dar dinheiro para pobre. Além de o Bolsa Família entrar na Constituição, é preciso ter outras políticas complementares, políticas culturais específicas. É preciso ter uma escola pensada para aquela população. É preciso ter outra televisão, pois essa é a pior possível, não ajuda a desfazer preconceitos. É preciso organizar um conjunto de políticas articuladas para formar cidadãos.
A sra. quer dizer que a ascensão é só de consumidores?
As pessoas quando saem desse nível de pobreza não se transformam só em consumidores. A gente se engana. Uma pesquisadora sobre o programa Luz para Todos, no Vale do Jequitinhonha, perguntou para um senhor o que mais o tinha impactado com a chegada da luz. A pesquisadora, com seu preconceito de classe média, já estava pronta para escrever: fui comprar uma televisão. Mas o senhor disse: 'A coisa que mais me impactou foi ver pela primeira vez o rosto dos meus filhos dormindo; eu nunca tinha visto'. Essa delicadeza... a gente se surpreende muito.
O que a surpreendeu na sua pesquisa?
Quando vi a alegria que sentiam de poder partilhar uma comida que era deles, que não tinha sido pedida. Não tinham passado pela humilhação de pedi-la; foram lá e compraram. Crianças que comeram macarrão com salsicha pela primeira vez. É muito preconceituoso dizer que só querem consumir. A distância entre nós é tão grande que a gente não pode imaginar. A carência lá é tão absurda. Aprendi que pode ser uma grande experiência tomar água gelada.
Li que a sra. teria apurado que o Bolsa Família, ao tornar as mulheres mais independentes, estava provocando separações, uma revolução feminina. Mas não encontrei isso no livro. O que é fato?
É só conhecer um pouco o país para saber que não poderia haver entre essas mulheres uma revolução feminista. É difícil para elas mudar as relações conjugais. Elas são mais autônomas com a Bolsa? São. Elas nunca tiveram dinheiro e passaram a ter, são titulares do cartão, têm a senha. Elas têm uma moralidade muito forte: compram primeiro a comida para as crianças. Depois, se sobrar, compram colchão, televisão. É ainda muito difícil falar da vida pessoal. Uma ou outra me disse que tinha vontade de se separar. Há o problema de alcoolismo. Esses processos no Brasil são muito longos. Em São Paulo é comum a separação; no sertão é incomum. A família em muitos lugares é ampliada, com sogra, mãe, cunhado vivendo muito próximos. Essa realidade não se desfaz.
Mas há indícios de mudança?
Indícios, sim. Certamente elas estão falando mais nesse assunto. Em 2006, não queriam falar de sentimentos privados. Em 2011, num povoado no sertão de Alagoas, me disseram que tinha havido cinco casos de separação. Perguntei as razões. Uma me disse: 'Aquela se apaixonou pelo marido da vizinha'. Perguntei para outra. Ela disse: 'Pensando bem, acho que a bolsa nos dá mais coragem'. Disso daí deduzir que há um movimento feminista, meu deus do céu, é quase cruel. Não sei se dá para fazer essa relação tão automática do Bolsa com a transformação delas em mulheres mais independentes. Certamente são mais independentes, como qualquer pessoa que não tinha nada e passa a ter uma renda. Um homem também. Mas há censuras internas, tem a religião. As coisas são muito mais espessas do que a gente imagina.
O machismo é muito forte?
Sim. E também dentro delas. Se o machismo é muito percebido em São Paulo, imagina quando no chamado Brasil profundo. Lá, os padrões familiares são muito rígidos. É comum se ouvir que a mulher saiu da escola porque o pai disse que ela não precisava aprender. Elas se casam muito cedo. Agora, como prevê a sociologia do dinheiro, elas estão muito contentes pela regularidade, pela estabilidade, pelo fato de poderem planejar minimamente a vida. Mas eu não avançaria numa hipótese de revolução sexual.
O Bolsa Família mexeu com o coronelismo?
Sim, enfraqueceu o coronelismo. O dinheiro vem no nome dela, com uma senha dela e é ela que vai ao banco; não tem que pedir para ninguém. É muito diferente se o governo entregasse o dinheiro ao prefeito. Num programa que envolve 54 milhões de pessoas, alguma coisa de vez em quando [acontece]. Mas a fraude é quase zero. O cadastro único é muito bem feito. Foi uma ação de Estado que enfraqueceu o coronelismo. Elas aprenderam a usar o 0800 e vão para o telefone público ligar para reclamar. Essa ideia de que é uma massa passiva de imbecis que não reagem é preconceito puro.
E a questão eleitoral?
O coronel perdeu peso porque ela adquiriu uma liberdade que não tinha. Não precisa ir ao prefeito. Pode pedir uma rua melhor, mas não comida, que era por ai que o coronelismo funcionava. Há resíduos culturais. Ela pode votar no prefeito da família tal, mas para presidente da República, não.
Esses votos são do Lula?
São. Até 2011, quando terminei a pesquisa, eram. Quando me perguntam por que Lula tem essa força, respondo: nunca paramos para estudar o peso da fala testemunhal. Todos sabem que ele passou fome, que é um homem do povo e que sabe o que é pobreza. A figura dele é muito forte. O lado ruim é que seja muito personalizado. Mas, também, existe uma identidade partidária, uma capilaridade do PT.
Há um argumento que diz que o Bolsa Família é como uma droga que torna o lulismo imbatível nas urnas. O que a sra. acha?
Isso é preconceito. A elite brasileira ignora o seu país e vai ficando dura, insensível. Sente aquele povo como sendo uma sub-humanidade. Imaginam que essas pessoas são idiotas. Por R$ 5 por mês eles compram uma parabólica usada. Cheguei uma vez numa casa e eles estavam vendo TV Senado. Perguntei o motivo. A resposta: 'A gente gosta porque tem alguma coisa para aprender'.
No livro a sra. cita muitos casos de mulheres que fizeram laqueadura. Como é isso?
O SUS (Sistema Único de Saúde) está fazendo a pedido delas. É o sonho maior. Aliás, outro preconceito é dizer que elas vão se encher de filhos para aumentar o Bolsa Família. É supor que sejam imbecis. O grande sonho é tomar a pílula ou fazer laqueadura.
A sra. afirma que é preconceito dizer que as pessoas vão para o Bolsa Família para não trabalhar. Por quê?
Nessas regiões não há emprego. Eles são chamados ocasionalmente para, por exemplo, colher feijão. É um trabalho sem nenhum direito e ganham menos que no Bolsa Família. Não há fábricas; só se vê terra cercada, com muitos eucaliptos. Os homens do Vale do Jequitinhonha vêm trabalhar aqui por salários aviltantes. Um fazendeiro disse para o meu marido que não conseguia mais homens para trabalhar por causa do Bolsa Família. Mas ele pagava R$ 20 por semana! O cara quer escravo. Paga uma miséria por um trabalho duro de 12, 16 horas, não assina carteira, é autoritário, e acha que as pessoas têm que se submeter a isso. E dizem que receber dinheiro do Estado é uma vergonha.
Há vontade de deixar o Bolsa Família?
Elas gostariam de ter emprego, salário, carteira assinada, férias, direitos. Há também uma pressão social. Ouvem dizer que estão acomodadas. Uma pesquisa feita em Itaboraí, no Rio de Janeiro, diz que lá elas têm vergonha de ter o cartão. São vistas como pobres coitadas que dependem do governo para viver, que são incapazes, vagabundas. Como em "Ralé", de Máximo Gorki, os pobres repetem a ideologia da elite. A miséria é muito dura.
A sra. escreve que o Bolsa Família é o inicio da superação da cultura de resignação? Será?
A cultura da resignação foi muito estudada e é tema da literatura: Graciliano Ramos, João Cabral de Melo Neto, José Lins do Rego. Ela tem componente religioso: 'Deus quis assim'. E mescla elementos culturais: a espera da chuva, as promessas. Essa cultura da resignação foi rompida pelo Bolsa Família: a vida pode ser diferente, não é uma repetição. É a hipótese que eu levanto. Aparece uma coisa nova: é possível e é bom ter uma renda regular. É possível ter outra vida, não preciso ver meus filhos morrerem de fome, como minha mãe e minha vó viam. Esse sentimento de que o Brasil está vivendo uma coisa nova é muito real. Hoje se encontram negras médicas, dentistas, por causa do ProUni (Universidade para Todos). Depois de dez anos, o Bolsa Família tem mostrado que é possível melhorar de vida, aprender coisas novas. Não tem mais o 'Fabiano' [personagem de "Vidas Secas"], a vida não é tão seca mais.

Folha SP

Governo inicia construção de mais dois equipamentos para o Parque da Macaxeira, que recebe nome de ex-ministro

Parque Urbano da Macaxeira Ministro Fernando Lyra. Esse será o nome do maior equipamento público reunindo as áreas de educação, cultura e lazer do Recife. O anúncio foi feito pelo governador Eduardo Campos, na segunda-feira (10/06), ao visitar o local e assinar as Ordens de Serviço para a construção de mais dois importantes empreendimentos que integram o complexo: a biblioteca multimídia e a unidade do Expresso Cidadão. Os equipamentos ficarão prontos em março de 2014, apenas três meses após a conclusão das obras do novo parque.
O Parque da Macaxeira está sendo erguido na antiga Fábrica da Macaxeira, na Avenida Norte. Para Eduardo, o novo parque vem para suprir a ausência de espaços públicos voltadas para a população da Zona Norte do Recife. “Vamos corrigir a falta de planejamento urbano que atinge praticamente todas as grandes metrópoles do País. Casa Amarela tem uma carência muito grande por áreas de lazer. As pessoas não têm para onde levar seus filhos nos finais de semana para fazer uma caminhada, um piquenique ou espairecer vendo uma apresentação cultural. Aqui, vão encontrar todos esses equipamentos juntos”, destacou Eduardo.
A antiga Fábrica da Macaxeira, que teve grande expressão na história da indústria têxtil pernambucana, estava com o terreno desativado e abandonado desde o final da década de 1970. O governador sublinhou a importância de dar ao parque um nome que fizesse jus à sua história e que provesse “um belo encontro com a história política do nosso Estado”. O Projeto de Lei que dá nome ao parque é de autoria do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Guilherme Uchôa, e foi publicado no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (10).
“Neste lugar de carregado de belas histórias, Fernando Lyra será tratado e guardado com muito carinho, pois a sua arte foi exatamente a da convivência. Um brasileiro que nos ajudou a fazer a transição democrática e que foi o primeiro ministro da Justiça na redemocratização. Como figura humana e política, lutou por democracia, por liberdade, sempre apoiando a arte e a liberdade de expressão”, relembrou Eduardo.
“A decisão do governador de fazer desse equipamento um lugar do povo honra e muito a minha família, que recebe esta homenagem em nome de Fernando Lyra. Tenho a certeza de que esse parque vai servir à formação cultural e profissional de muitos pernambucanos”, agradeceu o vice-governador João Lyra Neto, irmão do ex-ministro Fernando Lyra, que faleceu em fevereiro. 
Os equipamentos que tiveram suas obras iniciadas nesta segunda-feira serão construídos no edifício principal da antiga fábrica. Orçada em R$ 3,8 milhões, a biblioteca multimídia terá uma área de 2,4 mil metros quadrados. Nela, o público encontrará uma sala de leitura, uma videoteca, 380 computadores com acesso à internet, sala de processamento onde serão feitas a catalogação, etiquetagem e a encadernação dos livros, além de dois banheiros. Já no Expresso Cidadão, serão investido R$ 2,5 milhões. O ambiente contará com postos descentralizados da Compesa, Procon, Defensoria Pública, Agencia do Trabalho, Detran, e as Secretarias de Defesa Social e da Fazenda. Além disso, o Governo também irá construir de um campo de futebol society, que foi um pedido das comunidades. 
Secretário das Cidades, Danilo Cabral classificou o novo parque como o “espaço da democracia”. “Esse empreendimento responde a uma necessidade da população que chegou nessa região antes do estado. Esse ato traz o símbolo de resgate do planejamento urbano e, sobretudo, do estado chegando mais perto do cidadão, uma vez que aqui o cidadão poderá encontrar a integração de muitos serviços”, concluiu o secretário. 
ESTRUTURA COMPLETA – Com uma área construída de dez hectares, o projeto do novo parque também contempla a Escola Técnica Estadual (ETE) Vereador Miguel Batista, que já está em construção e será inaugurada em dezembro deste ano, junto com o parque. Além disso, o espaço abrigará uma área aberta, onde será implantada uma ciclovia, uma pista de cooper, três quadras poliesportivas, um restaurante, um teatro, uma pista de skate e playgrounds. O investimento total é da ordem de R$ 54,1 milhões. A área total do empreendimento será superior à dos parques da Jaqueira e Treze de Maio, ambos com sete hectares cada.
Secretaria de Imprensa de Pernambuco

GO: mulher ganha filha em banco de maternidade e servidores são afastados

Após mais de duas horas de trabalho de parto, Letícia Leite Machado, 34 anos, deu à luz uma menina em um banco da recepção de uma maternidade pública em Goiânia enquanto aguardava por internação na noite da última terça-feira. O bebê caiu no chão, em meio a uma poça de sangue. Um rapaz que acompanhava a mulher no hospital conseguiu registrar a cena em vídeo com o auxílio de um aparelho celular e postou nas redes sociais.
A situação provocou o afastamento do corpo técnico da unidade que trabalhava no momento do parto na Maternidade Nascer Cidadão, localizada no Jardim Curitiba e administrada pela prefeitura de Goiânia. Ontem, o secretário de Saúde do município, Fernando Machado, anunciou o afastamento dos funcionários até a conclusão de uma sindicância interna para apurar em até quatro dias as circunstâncias do parto, e se houve negligência. Em nota, a assessoria da secretaria informou que também serão notificados os conselhos de Medicina e Enfermagem.
No vídeo, logo após o nascimento do bebê, um médico obstetra de plantão aparece recolhendo a criança e prestando os primeiro cuidados, enquanto a mãe permanecia no banco, sentindo dores. Segundo a nota da secretaria de Saúde, o bebê passou por todos os exames necessários, inclusive raio-X de tórax e crânio, e está bem, assim como a mãe.
A secretaria informou ainda que Letícia chegou à maternidade sem acompanhante, às 17h25, e às 19h foi reavaliada. O bebê nasceu às 19h45 enquanto a mulher aguardava a internação. "A explicação da direção é que o processo expulsivo do bebê ocorreu de forma mais acelerada que o comum. A usuária informou que era o segundo parto, mas na verdade é seu quinto filho. Essa informação pode ter prejudicado o raciocínio clínico da equipe", argumentou a secretaria, por meio da nota.
Portal Terra

Metroviários decidem os rumos do movimento grevista nesta quinta-feira

Ainda sem receber um posicionamento efetivo do Governo Federal, os metroviários de Pernambuco seguem em clima de insatisfação e devem reinstalar uma assembleia, na noite desta quinta-feira (13). A categoria vai decidir os rumos do movimento, que busca, entre outros pontos, o reajuste salarial e a melhoria nas relações de trabalho. De acordo com o Sindicato dos Metroviários (Sindmetro-PE), caso não ocorra uma proposta satisfatória, a greve será deflagrada a partir da 0h desta sexta-feira (14).
Os profissionais reivindicam 6,49%, referente à inflação dos últimos 12 meses, além de um ganho real de 10%. “Estamos em um processo de negociação e, desta forma, ambas as partes precisam ceder em algum momento. O que vemos é um quadro de total descaso com os trabalhadores, onde o Governo se mostra irredutível e não demonstra interesse em valorizar o trabalho da categoria”, criticou Diogo Morais, presidente do Sindmetro-PE.
Na contramão do que busca a liderança sindical, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) sinalizou, até o momento, o reajuste de apenas 2%, caso fosse mantido o regime de hora extra bonificado em 100%. O órgão indicou que essa média poderia chegar a 4,7%, caso a hora extra fosse reduzida pela metade.
Além dos imediatos transtornos aos usuários, caso ocorra uma paralisação, um ponto que traz preocupação é a proximidade do início dos jogos da Copa das Confederações, no próximo domingo (16). O metrô é o principal meio de transporte para os torcedores chegarem à Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife. “Esperamos que esta situação seja resolvida o mais rápido possível. Não temos interesse em cruzar os braços, nem tampouco atrapalhar um evento deste porte. Nosso objetivo é exercer nossas atividades com condições dignas.”
Ainda de acordo com o Sindmetro, a CBTU também apresentou um plano de demissão voluntária para os profissinais já aposentados que optaram por continuar trabalhando. A direção nacional da companhia ainda não apresentou novas deliberações, nem tampouco indicou uma contraproposta diante da iminência de greve.
Outras reivindicações na pauta do movimento grevista são um plano de saúde que atenda a todos os funcionários, já que, atualmente, cerca de 25% deles não podem pagar o benefício; abertura de concurso público, pois existe um déficit de 150 pessoas em diferentes funções, como, por exemplo, agentes de estação; e melhorias estruturais nas estações tanto para os usuários, quanto para os funcionários.
Folha de Pernambuco