quinta-feira, 28 de abril de 2022

Covers de Rossi e Valdick cantam em Olinda

 



O Raízes Comedoria da Terra presenteia sua mamãe com o show tributos! Reginaldo e Waldick Soriano cover! Sábado Dia 07 a partir das 16:30 show tributos! Com o cover oficial do Reginaldo, Vagi Rossi e Waldick Soriano cover! No restaurante Raízes Comedoria da Terra! Rua Lígia Gomes 33 bairro de Ouro Preto, em Olinda. A reserva de mesa é pelo telefone 986800624

Afonjah e Flaira Ferro lançam clipe ‘Frevo Caboclo’

 

Quem escutar a música “Frevo Caboclo” vai sentir a imensidão de possibilidades que a música pernambucana é capaz de fazer, ao entrar pelos ouvidos e sacudir todo o corpo, com sua efervescência. Esta mistura musical, que coloca o Frevo e Maracatu Rural, dois dos importantes ritmos patrimônios culturais do Brasil, em um único acorde musical, é ideia do produtor e compositor Afonso Oliveira, com coautoria do músico e cantor Afonjah, ambos pernambucanos.

Assim como a sonoridade musical exalta a beleza dos patrimônios, a letra da música busca ser um manifesto às condições sub-humanas do trabalho laboral que vivem as mulheres e homens da Zona da Mata Norte. “Este projeto tem como proposta fazer reverência à luta das canavieiras e canavieiros da Zona da Mata Norte. Desde a época da escravidão, levantam-se cedo, antes do sol raiar, deixam suas famílias para trás, para enriquecer a classe dominante da monocultura. São eles, o doutor da Usina, como é chamado pelos trabalhadores, que exploram sua mão de obra, com serviço precarizado, e que não reverte essa riqueza nem para os que trabalham, nem para os municípios onde estão instaladas as usinas.” destaca Afonso Oliveira.

A gravação do clipe foi realizada no Distrito de Upatininga, Zona Rural da cidade de Aliança, na Zona da Mata Norte. O local, que abriga cerca de cinco mil famílias, é praticamente intocável pelo tempo. É lá que está a Orquestra 15 de novembro (Zezé Correia), formada por jovens negros, músicos, filhos de agricultores e cortadores de cana de açúcar, que também estão no projeto musical. Há, ainda, dentro do musical “Frevo Caboclo”, a participação especial do Maracatu Rural Estrela de Ouro de Aliança, que é Ponto de Cultura, e que traz toda a beleza e sonoridade do seu terno.

“A canção ficou perfeita nas vozes de Afonjah e Flaira Ferro. Para mim, duas gerações diferentes, mas que se encontram e mostram a força de suas trajetórias. Flaira, uma das vozes mais importantes do nosso Frevo, é uma artista da nova música. Já Afonjah é um dos ícones da música preta pernambucana”, crava Oliveira. Além da participação especial dos artistas, Afonso Oliveira, que já dividiu a direção com Marcelo Pedroso no filme Maracatu Atômico Kaosnavial (2012) e no clipe Rainha do Congo (2019), desta vez convidou o fotógrafo alemão-pernambucano, Hans von Manteuffel, para fazer a fotografia.

A música “Frevo Caboclo” pretende, também, ser um instrumento para conclamar mais atenção da sociedade e do poder público para valorização da classe artistas culturais do Maracatu Rural. “Observamos que, apesar das condições análogas a escravidão que as mulheres e homens cortadores de cana passam no dia a dia, ainda assim, no Carnaval, eles brincam e novamente são explorados. Porém, desta vez, o poder público é o responsável. Tiram, da mulher e do homem preto, o direito de remunerá-los com cachês que merecem. O caboclo de lança, por exemplo, símbolo do nosso carnaval, não é valorizado como trabalhador rural, nem como artista. É muito doloroso ter que assistir a tudo isso em pleno século XXI. Um Estado, que age com burguesia e pensa como os senhores dos engenhos dos séculos passados” conclui Afonso Oliveira.

O artista, Valdi Afonjah diz que a música "Frevo Caboclo" bebe nas fontes de suas origens identitárias e musicais. "O frevo e o passo são minha essência. E, estar nesta empreitada, me conecta a essa essência e aos meus ancestrais, que há muitos anos saíram da Mata Norte e Mata Sul e se encontraram em Recife. Tudo tem uma representação que aquece meu coração" conta, emocionado. Sobre a parceria musical com Flaira Ferro, ele diz que é uma simbiose cultural. "Flaira tem uma energia profunda e, ao mesmo tempo, uma leveza que encanta as pessoas e faz a música pulsar a todo momento e se transformar. É realmente uma explosão de alegria e cores. Adianto que o público com certeza vai sentir essa vibração" diz. Flaira Ferro destaca a importância de fazer parceria musical com Afonso Oliveira e Valdi Afonjah. "Foi maravilhoso participar dessa música. Afonso e Afonjah são pessoas muito engajadas com as questões das políticas públicas voltadas para cultura autoral de Pernambuco. Isso fortalece a cultura popular", enfatiza.

Letra - “Frevo Caboclo”

Quando Caboclo pegar a sombrinha
Canavial vai todo arrepiar
É vida quente não tem alforria
Maracatu Rural pra libertar

Nosso milagre é quase todo dia
Acordo vivo e morto eu vou voltar
É bem ligeiro o frevo tá fervendo
E o Carnaval vai logo passar

Cadê? Cadê?
Cadê Mateus, Cadê Catirina
Foi pra Angola, foi pra Zanzibar
Cadê? Cadê?
Foi pra Angola, foi pra Zanzibar

Se você for um dia a Upatininga
Vai entender o som que vem de lá
É tanta cana, Santana, caiana
É malunguinho pra todo lugar

Curica, Capa Bode, Revoltosa
Zezé Correia eu quero frevar
Deixa a enxada bem atrás da porta
Na quarta-feira cinza eu vou virar

Cadê? Cadê?
Cadê Mateus, Cadê Catirina
Foi pra Angola, foi pra Zanzibar
Cadê? Cadê?
Foi pra Angola, foi pra Zanzibar

Com lnformações do jornalista Salatiel Cicero

Bens patrimoniais históricos e culturais ganham cartilha educativa

 

Quando se pensa em Pernambuco, não conseguimos associar diretamente o município de Jaboatão dos Guararapes a este estado tão fértil culturalmente e emblemática. Ela não só é uma cidade com progressivo crescimento comercial e desenvolvimento urbano, mas configura-se o 2° maior PIB do estado com uma soma de cerca R$ 13 217 350 000,00 reais (Dados do IBGE/2019) em virtude do seu parque industrial e da proximidade com o Porto de Suape e o Recife. Contudo, suas riquezas vão além dos bem de produção produzidos no município e que passam pelas suas vias em direção a tantas localidades, afinal, a cidade considerada Berço da Pátria também apresenta um riquíssimo patrimônio tombado nível federal e estadual. “Jaboatão é a segunda maior cidade do Estado de Pernambuco em população, que conta, atualmente, segundo o senso de 2020, com 706.867 habitantes e com um IDH de 0,717, ocupando o quinto lugar no ranking estadual”, comenta a pesquisadora Dora Dimenstein, residente na localidade há mais de 20 anos.

De acordo recente estudo realizado por ela nos últimos meses, o município foi fundado como um povoado a partir de 4 de Maio de 1593 tem muitas histórias, personalidades e patrimônio cultural, arquitetônico e histórico que precisa ser contado. A cidade de Jaboatão que foi constituída e foi se desenvolvendo com o passar do tempo a partir das ações de Bento Luiz Figueira, terceiro proprietário de um engenho chamado “São João Batista”, passou a ser vila e depois cidade. E, em meio a seus 258,694 km² de área geográfica, está um universo ainda desconhecido do grande público. “Cidade com belas praias e uma história linda, Jaboatão é dona de um passado que orgulha toda a nação e detentora de um rico patrimônio material e imaterial permite, em toda a sua ambiência histórica com a presença de valores culturais para as gerações atuais e futuras. É preciso resgatar a autoestima e o sentimento de pertença de toda sua população no perfil cultural e turístico do estado”, destaca Dimenstein, que faz sua contribuição neste sentido.

De fato, Jaboatão tem tudo para e um pouco mais como referencia de cidadãos que fizeram da cidade seu local de residência entre os quis estão vários personagens importantes para a história como Frei Jaboatão, Gervásio Pires, Barão de Lucena, Padre Chromácio Leão, Paulo Freire, Amélia Brandão, Benedito da Cunha Melo e muitos outros. Por isso, a pesquisadora desenvolveu a Cartilha de Educação Patrimonial dos Bens Edificados Tombados da cidade para contribuir para a educação patrimonial, que foi criada por meio da sua ADCE Produções Culturais, a partir de projeto contemplado pela Lei Aldir Blanc 2, de Jaboatão/2021, graças a Prefeitura de Jaboatão. “Esta é uma contribuição que visa proporcionar um panorama de importantes edificações existentes em Jaboatão dos Guararapes que são tombadas e, desta forma, estão protegidas por leis para serem preservados, conservados e utilizados. Entretanto, não são de conhecimento geral”, completa a produtora cultural.

Neste compilado estão o Povoado de Muribeca dos Guararapes onde foram erguidos engenhos importantes como Santo André e Novo da Muribeca à época, com constituição de prédios históricos e um casario colonial na forma não só na forma de engenhos como ainda de casarios e igrejas, que foram alçados pelo homem em plena colina às margens do Rio Jaboatão, onde começou este povoado. A Capela de Nossa Senhora do Loreto integra também a Cartilha de Educação Patrimonial dos Bens Edificados Tombados, propriedade que integra a Ordem dos Beneditinos e que é a única com alpendres nas laterais, que passou pelo processo de tombamento nº. 40/86 do Decreto Estadual de Homologação nº. 15.632 de 9 de março de 1992. Há ainda o Engenho Suassuna, fundado pelos irmãos Diogo Soares e Fernão Soares, cristãos-novos, em 1573, que está há muito desativado e que foi tombado a nível estadual através do Processo administrativo nº 3382/12 – Fundarpe. “Jaboatão é um dos mais importantes locais históricos do Brasil e, mais do que preservado, precisa ser destravado e apreciado tal e qual é como gracioso patrimônio pernambucano”, enfatiza.

Tudo isso poder se melhor conhecido através da Cartilha de Educação Patrimonial que está disponibilizada pela plataforma online Mirada Janela Cultural (https://www.miradajanela.com/2022/04/cartilha-de-educacao-patrimonial-dora.html) e ainda conferir uma aula dinâmica sobre os bens edificados tombados na cidade do Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, acessível em Canal do Youtube (https://youtu.be/9w-xrbs2AwM) com tradução em libras, que pode ainda ser transformada em uma atividade a ser vista e levada para salas de aula de qualquer localidade.

Com informações da jornalista lvelise Buarque

'Em Busca de Judith' aborda o silenciamento feminino e a crueldade do sistema manicomial

 

Afinal, o que é a loucura? Essa pergunta dá o tom do espetáculo “Em Busca de Judith”, que faz sua temporada de estreia no Itaú Cultural, entre os dias 5 e 15 de maio, com sessões de quinta a sábado, às 20h, e, aos domingos, às 19h. Os ingressos são gratuitos e podem ser reservados direto pelo site do Itaú Cultural.

Para quem não estiver em São Paulo no período, é possível entrar em contato com a obra de outra maneira. Será exibida online a peça-filme que serviu de base para a montagem presencial, filmada em pavilhões da antiga Colônia Juliano Moreira, no Rio de Janeiro. No online, Em Busca de Judith integra o Palco Virtual Ancestralidades, e poderá ser assistido no Youtube do Itaú Cultural: www.youtube/itaucultural.

O espetáculo estreia no Mês da Luta Antimanicomial. A data celebra a mudança na forma de lidar com a saúde mental. Chamado de Reforma Psiquiátrica, o movimento iniciado na década de 1970 foi responsável por deslocar dos hospitais para a comunidade os tratamentos para os transtornos mentais, criando dispositivos que são fundamentais para a assistência e a luta contra os estigmas, como os CAPS e as residências terapêuticas.

Idealizado por Jéssica Barbosa e Pedro Sá Moraes, o trabalho resgata uma história familiar muito importante para a atriz. Até os 32 anos, a artista acreditava que a sua avó paterna, Judith, havia morrido em um acidente de carro, quando seu pai ainda era um bebê. No entanto, a realidade era bem diferente.

Na verdade, a matriarca foi internada compulsoriamente por seu marido em um hospital psiquiátrico, aos 28 anos. Ela passou 13 anos na instituição, até sua morte, aos 42. Quando Jéssica descobriu esse fato, sentiu que era sua missão descortinar essa história. Afinal, era injusto mais uma jovem mulher preta, mãe de cinco filhos, ter sua voz silenciada de uma maneira tão brutal. “Meu avô nunca se casou com ela no papel. Na verdade, ele a traiu e se casou com uma mulher branca. Desconfiamos que ela enfrentou uma depressão pós-parto, mas não havia esse diagnóstico nos anos 40”, comenta Jéssica.

O desenvolvimento da peça começou em 2018, quando Jéssica e Pedro ingressaram na residência artística do Museu Bispo do Rosário, chamado de Programa Casa B. A dupla pesquisou o universo da saúde mental, a história de Judith e sua interface com a arte durante três anos.

Nesse período, trocaram experiências com os artistas residentes do Ateliê Gaia, além de acessar vários materiais de pesquisa e contar com o apoio da curadora pedagógica do Museu Bispo do Rosário Diana Kolker, orientadora durante a construção desse trabalho.

Enquanto construía a dramaturgia, a atriz debruçou-se sobre livros como “Holocausto brasileiro” (2013), da jornalista Daniela Arbex, sobre o Hospital Colônia de Barbacena; e “Mulheres e Loucura: Narrativas de Resistência” (2020), de Melissa de Oliveira Pereira. Além disso, promoveu debates em seu canal do YouTube com o psicólogo Lucas Veiga, com a psicóloga e doula Luiza Ferreira e com a própria Diana Kolker.

“Precisamos racializar a história da luta antimanicomial, especialmente no caso das mulheres, que sempre escutam que estão ficando loucas. E pensarmos sobre saúde mental em uma época em que estamos generalizadamente doentes, com insônia, bruxismo, burnout e depressão, é fundamental. Afinal, o que é a loucura”, completa?

Espetáculo como ebó

Segundo Jéssica, “Em Busca de Judith” é muito mais do que um espetáculo teatral. A conexão espiritual – e até ancestral – dela foi tão grande, ao longo do processo, que é quase como um ebó, ritual de oferenda aos Orixás para equilibrar diferentes aspectos da vida e até desfazer nós.

Outro aspecto importante da montagem é a música. Com trilha sonora ao vivo executada por Alysson Bruno (percussão e voz) e Muato (voz, baixo, guitarra e violão), a peça também é embalada pela potente voz de Jéssica Barbosa, que interpreta canções carregadas de afeto e emoção. A direção musical é de Pedro Sá Moraes.

“As canções são momentos de reflexão, de respiro. Ao mesmo tempo, essa musicalidade conversa com a pesquisa de doutorado do Pedro, que investiga o quanto a música traz um ritmo para a fala – e como se constrói um tipo de espetáculo em que o texto é atravessado pelas canções”, comenta a idealizadora. Há também muitas referências a elementos relacionados à estética negra, como a capoeira e a própria dança executada em cena.

"Nossa historiografia pessoal se dá no coletivo. Por isso, tem muita coisa do coletivo que se dá pela busca pessoal. O quintal é o mundo. Se houve X pessoas internadas no manicômio Y, todos temos responsabilidade sobre isso”, acrescenta.

Para os espectadores mergulharem nessa realidade dos hospitais psiquiátricos, serão projetados trechos da peça-filme durante o espetáculo presencial. É a chance de conhecer os escombros da Colônia Juliano Moreira e dar um significado para aquilo.

Sinopse

Até os 32 anos, Jéssica Barbosa acreditava que Judith Alves Macedo, sua avó paterna, havia falecido em um acidente de carro. A história que lhe era contada desde a infância ganhou uma reviravolta quando a atriz se deparou com uma fotografia num livro e ouviu um relato familiar, gatilhos que dispararam nela a busca pela história real de Judith.

A mulher negra, mãe de cinco filhos, fora internada compulsoriamente em um hospital psiquiátrico, onde permaneceu até a sua morte, em 1958. É sobre as buscas e descobertas dessa história, permeada pelo silenciamento das vozes femininas e questões que atravessam o sistema manicomial que trata “Em Busca de Judith”, espetáculo idealizado por Jéssica e Pedro Sá Moraes, que também assina a direção.

FICHA TÉCNICA
Idealização e dramaturgia: Jéssica Barbosa e Pedro Sá Moraes
Atriz: Jéssica Barbosa
Músicos/performers: Alysson Bruno e Muato
Direção e direção musical: Pedro Sá Moraes
Supervisão de direção e criação da iluminação: Fabiano de Freitas Dadado
Direção de movimento e preparação corporal: Leandro Vieira
Figurino: Cris Rose
Cenografia: Ana Rita Bueno
Produção: Corpo Rastreado
Assessoria de Imprensa: Canal Aberto - Márcia Marques

SERVIÇO

Presencial

Em Busca de Judith
De 5 a 15 de maio, de quinta a sábado, às 20h, e, aos domingos, às 19h
Duração: 70 minutos Classificação: 12 anos

Local: Itaú Cultural – Av. Paulista, 149 – Bela Vista
Ingresso: grátis, (os ingressos devem ser reservados pela INTI (acesso pelo site www.itaucultural.org.br).

Formato peça-filme no Palco Virtual Ancestralidades

Em Busca de Judith

A programação do Palco Virtual Ancestralidades faz link com a plataforma Ancestralidades https://www.ancestralidades.org.br, lançada em novembro de 2021 pelo Itaú Cultural e a Fundação Tide Setubal. Neste ambiente digital, voltado às heranças culturais do Brasil, o público poderá conferir texto reflexivo sobre o espetáculo.

De 1º de maio, a partir das 19h, até às 23h59 do dia 29 de maio, sob demanda
Duração: 60 minutos Classificação: 12 anos

Local: Youtube do Itaú Cultural www.youtube/itaucultural

Ingresso: grátis

Temporada do espetáculo “Deslenhar” continua nesse fim de semana no Recife

 

O Teatro Miçanga voltou aos palcos com o espetáculo “Deslenhar”, em apresentações gratuitas no Recife e em Camaragibe, no último fim de semana. O espetáculo segue temporada até o dia 18 de junho e acontece em espaços alternativos com encerramento no Teatro Marco Camarotti, em Santo Amaro, zona central do Recife. O grupo ainda oferecerá, no mesmo teatro, uma oficina gratuita ao final do projeto, no dia 18 de junho, das 13h às 19h. Para participar, o interessado precisa enviar uma solicitação de inscrição para o e-mail teatromicanga@gmail.com, a partir do dia 4 de junho. A oficina artística é aberta para todas as pessoas e vai abordar a improvisação e uso da literatura em cena. O espetáculo tem 45 minutos de duração e possui classificação livre.

Vale ressaltar que as apresentações acontecem dentro de todos os protocolos sanitários estabelecidos pelo Governo de Pernambuco, e que a temporada possui o incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura - Funcultura PE.

O espetáculo “Deslenhar” estreou em 2018, e é uma peça inspirada no conto "A Fogueira", do escritor moçambicano Mia Couto. Utilizando-se da poesia, música, dança e humor, o espetáculo conta a história da vida de Dona Eterninha e de Seu Perpétuo, personagens que dividem amores, alegrias e tristezas, bem como o confronto com a iminência da morte.

A história tem início quando seu Perpétuo percebe a dura necessidade de cavar a cova de sua esposa, ainda viva. A contação se desdobra, com delicadeza, sobre a vida dos personagens. “Na história de Seu Perpétuo, somos transportados para um tempo em que ele era jovem e observamos um homem que, diante de uma vida difícil, inventa histórias e diverte os filhos. É um espetáculo que nos lembra da preciosidade do tempo e de cada momento que vivemos”, revela a diretora e também atriz, Amanda Pegado.

Todo o grupo, formado por Amanda Pegado, André Alencar, Fernando Rybka e Geraldo Monteiro, atua e assina a dramaturgia, direção, iluminação e sonoplastia do espetáculo. O figurino é assinado por Maria Agrelli e a produção é do Coletivo Enlace, de Bárbara Souza e de Camila Mendes.

Teatro Miçanga - Criado em agosto de 2016, a investigação do grupo se pautou na utilização da literatura não-dramática, no ator-narrador e na ocupação de espaços alternativos. Deslenhar é o primeiro espetáculo do grupo, que teve a sua estreia em abril de 2018, fez três temporadas, participou de quatro festivais e foi contemplado com a ocupação do Centro Cultural Banco do Nordeste, em Fortaleza. O segundo trabalho do grupo, “Tão de Perto”, é um espetáculo virtual, nascido durante a pandemia, que estreou na plataforma Zoom, em janeiro de 2021.




PROGRAMAÇÃO

ABRIL

30/04 - 19h30 - Centro de Educação e Cultura Daruê Malungo - Rua Passarela, 18-A, Chão De Estrelas – Recife/PE




MAIO

07/05 - 19h30 - Casarão Das Artes - Rua Travessa Tiradentes, 122– Recife/PE

14/05 - 19h30 - Centro de Capoeira São Salomão - Rua Amaro Gomes Poroca, 267 – Várzea – Recife/PE

20/05 - 19h30 - Compaz Ariano Suassuna - Av. Gen. San Martin, 1208– Recife/PE

27/05 - 19h30 - Compaz Eduardo Campos - Av. Aníbal Benévolo, S/N – Alto Santa Terezinha – Recife/PE




JUNHO

*Essas apresentações contam com intérprete de Libras

04/06 - 19h30 - Compaz Miguel Arraes - Av. Caxangá, 653 – Recife/PE

18/06 - 20h - Teatro Marco Camarotti - Rua Treze De Maio, 455 – Recife/PE




FICHA TÉCNICA

Elenco: Amanda Pegado, André Alencar e Fernando Rybka

Atriz intérprete de Libras: Patrícia Albuquerque

Dramaturgia, encenação, iluminação e sonoplastia Teatro Miçanga

Figurino: Maria Agrelli

Produção: Coletivo Enlace (Bárbara Souza e Camila Mendes)

Produções locais: Geraldo Cosmo, Vilma Carijós, Michel Gomes e Izabel Cordeiro

Paixão de Cristo em Paulista estreia hoje e homenageia Pimentel