terça-feira, 20 de julho de 2021

Narrativas encontradas numa garrafa pet na beira da maré

 

O experimento cênico “Narrativas encontradas numa garrafa pet na beira da maré” tem como espaço cênico e conceitual o universo do mangue, das palafitas, da maré e a diversidade dos sujeitos e suas narrativas. Uma dramaturgia criada a partir da vivência do dramaturgo Anderson Leite na comunidade ribeirinha da Ponte do Pina -Recife/PE, aonde, o autor e sua família encontram a subsistência de sua rede familiar através da pesca artesanal de Marisco e Sururu. Embebido das narrativas que atravessam o autor, os seus e os que partilham daquele espaço para morada e/ou sustento, o dramaturgo e encenador dá vida a um experimento que visa discutir temas de suma importância para a sociedade contemporânea, tais como: homofobia, estupro, assédio, machismo, violência policial, racismo e vulnerabilidade social.

Segundo Anderson Leite a montagem “Busca exaltar os sabores e insumos da margem, a poética exposta em seus rostos, o embalo de seus ritmos, a crueza de suas realidades e a potente resiliência dos seus corpos... Queremos exaltar o funk num corpo negro e ir de Passinho em Passinho tateando os códigos periféricos que nos atravessam desde berço. A presente criação tem o objetivo de extirpar padrões imbuídos de preconceitos, e, exaltar um conceito que eleve a Margem, ao ponto de que, na Margem, os marginais sejam visibilizados socialmente.”

Deste modo, o experimento coloca em evidencia o espaço urbano da cidade do Recife e sua relação com as margens, e visa discutir os problemas inerentes ao fluxo continuo de uma favela, revelando suas poeticidades e mazelas cotidianas. A beira da Maré é o elemento central da montagem, aonde, através do ir e vir de suas águas, são descortinados os estereótipos e é revelado um conjunto de indivíduos resilientes que, mesmo sendo excluídos pelo sistema, se ajudam, se cuidam; criando uma rede humanitária.

O experimento conta com a dramaturgia e encenação de Anderson Leite que também integra o elenco junto com Elis Hellen e Halberys Morais. A direção Musical é de Arnaldo do Monte, figurino de André Lourenço e a Realização do Grupo São Gens de Teatro.

Além do experimento cênico os artistas estrearão, também, um documentário que reunirá entrevistas com os profissionais envolvidos na montagem sobre o processo de criação da obra.




Este Projeto Tem o Patrocínio da Lei Aldir Blanc através do Edital de Criação, Fruição e Difusão do Governo do Estado de Pernambuco.


Serviço:
A Estreia do Experimento Cênico será no Domingo 18/07 às 20h.
Já a Estreia do Documentário acontecerá na Segunda 19/07 às 20h.
Ambas serão transmitidas, com livre acesso, No YouTube do Grupo São Gens de Teatro
Mais informações: gruposaogenspe@gmail.com

Ficha Técnica:
Dramaturgia e Encenação: Anderson Leite
Direção Musical: Arnaldo do Monte
Elenco: Anderson Leite, Elis Hellen e Halberys Morais
Figurino: André Lourenço
Cenário e Iluminação: Anderson Leite
Produção Cultural: Halberys Morais
Produção Executiva: São Gens Produções
Assistente de Produção: Elis Hellen
Apoio Técnico: Fagner Fênix
Captação e edição audiovisual: Washigton Machado



Vale do Siriji e seus remanescentes Engenhos de Açúcar

 

O colorido da região do Vale do Vale do Siriji, tão evidente no azul do céu, na vibração do pôr do sol, nas frutas dos projetos irrigados, é um dos atrativos para os amantes da fotografia, que têm a região como um dos principais-cartões postais da natureza no interior de Pernambuco. Todo esse cenário faz parte do projeto fotográfico "Vale do Siriji e seus remanescentes Engenhos de Açúcar", que está sendo realizado em cidades da Mata Norte e do Agreste Setentrional pernambucano, de forma presencial, respeitando todos os protocolos sanitários contra a covid-19.

A ação acontece com o objetivo de capacitar alunos e professores de escolas públicas para o registro, preservação, memória e salvaguarda dos bens patrimoniais dos municípios construídos no em torno do Rio Siriji, utilizando-se das tecnologias das próprias câmeras de aparelho celular. Com nascente localizada em Jussaral, na Fazenda Condado, no município de São Vicente Férrer, o Vale do Siriji, conta com uma extensão de 74 km, que corta os municípios de Vicência, Aliança, e deságua no rio Capibaribe-Mirim, que fica próximo aos Engenhos Bonito e Santa Rita, na cidade de Condado. Ao longo do percurso, o rio também recebe águas de outros afluentes, localizados em outros municípios da região, como Bom Jardim, Buenos Aires e Timbaúba.

Durante o século XIX e XX, o rio foi responsável pelo escoamento da produção açucareira e cafeeira, entre os municípios da região. Apesar de sua importância para economia e desenvolvimento local da época, o rio encontra-se em um grave problema ambiental, com descarte irregular de lixos, esgotos e mortandade de peixes e toda a vegetação que compõem sua paisagem, além de ter a correnteza interrompida, em alguns trechos. A falta de uma política pública entre poder público, sociedade e entidades ambientais, de forma mais enérgica, pode levar a extinção, do pouco que resta do rio.

“O projeto, que conta com fundamentos teóricos e práticos da fotografia, busca ser um espaço para fomentar o debate social, cultural e ambiental, por meio da diversidade de olhares, além de estimular novos talentos” explica o historiador, mestre em Educação pela Universidade de Pernambuco (UPE) e coordenador do projeto, Uenes Gomes.

Como resultado, além do curso, haverá a publicação de um catálogo e montagem de uma exposição pública com os retratos feitos pelos professores e estudantes. Alguns dos trabalhos serão expostos na página do projeto no Instagram: @engenhosdosiriji. São parceiros do curso a Biblioteca Pública Municipal Doutor Aluízio Inojosa, localizada em São Vicente, e o Museu Comunitário Poço Comprido, localizado na Zona Rural de Vicência, locais onde estão sendo realizadas as formações teóricas.

O curso de fotografia “Vale do Siriji e seus remanescentes Engenhos de Açúcar” é realizado com incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio dos recursos do Funcultura; e apoio da Fundarpe e Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE).

Serviço
O quê: Projeto fotográfico "Vale do Siriji e seus remanescentes Engenhos de Açúcar" capacita alunos e professores de escolas públicas do interior de Pernambuco

Onde: Biblioteca Pública Municipal Doutor Aluízio Inojosa, localizada em São Vicente, e o Museu Comunitário Poço Comprido, localizado na Zona Rural de Vicência.

Com informações do jornalista Salatiel Cícero


 

Festival Brincando na Praça

 

Com foco na cultura popular brasileira, os três primeiros programas do festival de artes cênicas Brincando na Praça estreiam neste final de semana com uma rica programação que envolve arte, dança, circo, música e teatro. Completamente online e gratuito, as três primeiras etapas do festival ocorrem de sexta (23) até o domingo (25), sempre às 15h, com atrações como, Caravana TapiocaCia Navega JangadaCia MapinguaryDuo D’ ÉguaPia FrausFafá ContaCia Fankama ObiGrupo Corpo MoldeOrquestra Modesta e muito mais. A transmissão é pelo Facebook e Youtube Muda Cultural, realizadora do evento.

 

O evento, que também conta com uma programação de workshops e oficinas, traz a Aula Espetáculo, O físico e o simbólico: uma viagem pelas danças e mitos brasileiros, da Nau de Ícaros, o Workshow de Dança Afro com a Cia Fankama Obi e uma Oficina de Confecção de Instrumentos Musicais com a  Orquestra Modesta.

 

A programação tem início na sexta-feira (23), às 15h, com a Pequena Semente do Tempo, uma lúdica apresentação da Cia Navega Jangada, que conta através de um teatro de bonecos, a história de Julieta, menina brincalhona, arteira e curiosa e de seu avô Nono, senhor sábio, contador de historias, e grande amigo de um tal de tempo. Ainda na sexta, o festival traz o Circo de Lampezão e Maria Botina, espetáculo inspirado no universo do cangaço, onde Cavaco e Nina contam a história de um casal anônimo do Sertão. Logo depois, é a vez do público ir Além das Montanhas com a Cia Mapinguary, viagem imaginária pelo interior de Minas Gerais com histórias e lendas que se passam nos vales das cidades históricas. No mesmo dia, o festival apresenta a aula espetáculo O físico e o simbólico: uma viagem pelas danças e mitos brasileiros, da Nau de Ícaros.

 

No sábado (24), às 15h, o espetáculo Duo D’ Égua promete muita música, brincadeiras e simpatia com uma apresentação divertida e irreverente que faz o corpo dançar, a língua enrolar e a memória trabalhar. Em seguida, O Vaqueiro e o Bicho Froxo, encenado  pela  Pia Fraus, apresenta a história de um Vaqueiro que vê Rosinha, seu grande amor, ser raptada pelo terrível Bicho Froxo. A apresentação traz personagens do universo mítico brasileiro como o Papa-Figo, Janaína Mãe D'Água, Miquelina do Jequitinhonha e outros. Ainda no sábado, o festival exibe Fafá Conta Histórias Pra Brincar e Sacudir o Esqueleto e o Workshop de Dança Afro da Cia Fankama Obi.

 

No domingo (25), o grupo Beatles para Crianças apresenta o espetáculo Meu Primeiro Show de Rock, às 15h, onde reúne os sucessos do quarteto de Liverpool com arranjos originais, mesclando histórias contadas e cantadas. No mesmo dia, o espetáculo Bambaquerê, do Grupo Corpo Mole, aborda a temática “infância” através do desenvolvimento infantil entre jogos e brincadeiras, mesclando a dança Contemporânea e as danças tradicionais brasileiras. Em seguida, a Orquestra Modesta invade o Festival com o espetáculo autoral Canções Para Pequenos Ouvidossob direção de Fernando Escrich e Anderson Spada. Ainda no domingo, a Orquestra Modesta  ministra a Oficina de Confecção de Instrumentos.

 

Brincando na Praça acontece até o dia 01 de agosto, sendo uma oportunidade para conhecer de perto a produção de arte do país, por meio de conteúdos como cenários, roupas, bonecos e instrumentos. Também há danças, percussões corporais, música e atividades interativas, em que os visitantes podem aprender a confeccionar os seus instrumentos e o universo da dança de origem africana. A apresentação de todas as atividades do festival é da mestre de cerimônias Palhaça Rubra.

 

Neste ano, o festival que tem levado entretenimento à população no período de pandemia, conta com uma diversidade de estilos que promete agradar ao público, durante cinco encontros. O evento vai oferecer uma programação com mais de 20 atrações de várias partes do país e conta com o patrocínio da Ferro + Mineração, do grupo J. Mendes, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

 

 

PROGRAMAÇÃO

 

Sexta-feira 23/07 – 15h

Atrações:

PEQUENA SEMENTE DO TEMPO - Cia Navega Jangada

CIRCO DE LAMPEZÃO E MARIA BOTINA - Cia Caravana Tapioca

ALÉM DAS MONTANHAS - Cia Mapinguary

AULA ESPETÁCULO - O físico e o simbólico: uma viagem pelas danças e mitos brasileiros - Nau de Ícaros

 

Sábado 24/07 – 15h

Atrações:

DUO D'ÉGUA

O VAQUEIRO E O BICHO FROXO - Pia Fraus

FAFÁ CONTA HISTÓRIAS PRA BRINCAR E SACUDIR O ESQUELETO - Fafá Conta

Workshow DANÇA AFRO - Cia Fankama Obi

 

Domingo 25/07 – 15h

Atrações:

BEATLES PARA CRIANÇAS

BAMBAQUERÊ - Grupo Corpo Molde

CANÇÕES PARA PEQUENOS OUVIDOS - Orquestra Modesta

OFICINA DE CONFECÇÃO DE INSTRUMENTOS - Orquestra Modesta

 

Sábado 31/07 – 15h

Atrações:

O JARDIM DO IMPERADOR - Cia Pelo Cano

LÚDICO - Cia Druw

LÚDICO NA DANÇA - Cia Druw

CATAPPUM - Coletivo Catappum

VIVÊNCIA BARBATUQUES - Barbatuques

CASADA COMIGO MESMA - Cia Asfalto de Poesia

 

Domingo 01/08 – 15h

Atrações:

SONHATÓRIO - Cia Truks

ESTUPENDO CIRCO DI SÓ LADIES - Circo di SóLadies

OFICINA CORPO CASA - Dança Sem Fronteiras

NO REINO DAS ÁGUAS DOCES - Agbalá Conta

MONASCICLOS - Jujuba e Chicote

TIQUEQUÊ

 

SERVIÇO:

 

FESTIVAL BRINCANDO NA PRAÇA 

 

De 23 de julho a 01 de agosto

Transmissão gratuita no: Facebook Muda Cultural e Youtube Muda Cultural

Classificação: Livre

Patrocínio: WestRock e Ferro+ Mineração, do Grupo J. Mendes

Realização: MUDA CULTURAL

Site: http://mudacultural.com.br/ 

Instagram: @mudacultural

Facebook: https://www.facebook.com/mudacultural/

Procon-PE alerta o consumidor sobre a nova lei de superendividamento

 

Com a situação econômica brasileira difícil durante esse período de pandemia, muitos consumidores se encontram endividados. Com base na informação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IBDC), cerca de 60 milhões de brasileiros estão inadimplentes, destes, 30 milhões estão superendividados. Em consequência desse momento, o Governo Federal sancionou recentemente um novo projeto de lei que altera o Código de Defesa do Consumidor (CDC), determinando algumas medidas para que os consumidores possam renegociar suas dívidas e assim se livrar das restrições.

O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, evidencia a alteração da Lei 8.078 do CDC, como um tratamento da dívida. “O objetivo de realizar a negociação, além, obviamente, da quitação financeira, é inserir esse cidadão na vida social novamente. O superendividamento acarreta prejuízos não só financeiros, mas também psicológicos. A aprovação da lei é um grande marco para defesa do consumidor, diante de uma situação que a população já vem enfrentando há alguns anos e que, de certa forma, teve agravamento com essa pandemia”, ressalta Eurico.

Algumas das alterações da lei estabelece que o consumidor tenha condições mais justas para quitar a sua obrigação. A exemplo de quem recebe um salário mínimo. Com a nova alteração, a negociação da dívida não pode extrapolar de 35% do salário. “Como é que uma pessoa que recebe salário mínimo vai assumir uma parcela de R$400? É comprometer 40% da renda. Isso é inviável!”, enfatiza o secretário.

Para quem está em débito com mais de um credor, existe a possibilidade de repactuar a dívida em audiência conciliatória com todos ao mesmo tempo para que seja realizado um acordo. O consumidor pernambucano que estiver disposto a resolver suas questões financeiras, poderá recorrer ao Procon-PE, na Rua Floriano Peixoto, número 141, Bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife, e procurar o Núcleo de Apoio aos Superendividados (NAS).

Em ação ao resgate social dos consumidores, há mais de 6 anos, o Procon Pernambuco dispõe do NAS, onde o consumidor identificado como superendividado recebe suporte e orientações financeiras, além da empresa, a qual o consumidor possui o débito, é notificada para comparecer ao órgão para poder sentar a mesa e negociar com o consumidor. Sendo assim, acertando condições dentro da situação financeira do devedor.

Antes, tudo era tratado de forma cordial, ficando a mera liberalidade da empresa. Mas agora, com a nova alteração da lei, se torna obrigatório esse novo olhar para o consumidor. “Quando a gente fala de resgatar a cidadania, fala em dar condições para que se organize financeiramente, sem deixar de se comprometer com o seu sustento básico. A negativação do cadastro da pessoa física, o conhecido ‘nome sujo’, não é só um prejuízo financeiro, também é um prejuízo social para o cidadão”, finaliza Pedro Eurico.

lmprensa Procon PE