domingo, 8 de março de 2020

#ElasFazemADiferença [5]

Maria da Penha Maia Fernandes é cearense e trabalha como farmacêutica. Ela é conhecida por dar seu nome à principal legislação de combate à violência contra a mulher: a Lei Maria da Penha. A origem dessa história é uma terrível violência sofrida por Maria da Penha. 

Em 1983, seu então marido, o economista e professor universitário Marco Antonio Heredia Viveros, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez atirou simulando um assalto, na segunda tentou eletrocutá-la enquanto ela tomava banho. Por conta das agressões sofridas, Penha ficou paraplégica. Dezenove anos depois, seu agressor foi condenado somente no mês de outubro de 2002, quando faltavam apenas seis meses para a prescrição do crime (no Brasil os homicídios prescrevem com 20 anos do ocorrido) Heredia foi preso e cumpriu apenas dois anos (um terço) da pena a que fora condenado. Hoje está livre. 

No entanto, o seu legado está firme. Atualmente, Penha é coordenadora de estudos da Associação de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV), no estado do Ceará. Ela é fundadora do Instituto Maria da Penha, uma ONG sem fins lucrativos que luta contra a violência doméstica contra a mulher.

Ela foi indicada a títulos como o Premio Nobel da Paz e O Maior Brasileiro de Todos os Tempos.

#ElasFazemADiferença [4]

"É o primeiro dia da mulher que tenho tantas mensagens dizendo que sou inspiração!" E é mesmo! Nathalia Rodrigues, 21 anos, estudante de Administração de Empresas. Ela via em casa, no bairro, na comunidade, na internet, pessoas do povão colocando a mão na cabeça, nervosas por terem pouco dinheiro pra muita despesa. E assim, ela começou com o seu canal do Youtube Nath Finanças, onde dá dicas de educação financeira para o povo. Afinal de contas, o pobre também tem problemas com dinheiro. A fama a levou a ser colunista no jornal El País Brasil e tem no pai a sua maior inspiração para produzir seus conteúdos sobre ganhar, poupar e manter seu dinheirinho, ainda que pouco. O vídeo a seguir é de hoje e fala sobre a independência financeira. 


#ElasFazemADiferença [3]

A missionária católica Dorothy Stang, assassinada há 15 anos no interior do Pará, nasceu nos Estados Unidos e foi morta quando realizava trabalho pastoral no município de Anapu, a 680 km de Belém. Suas atividades buscavam a geração de emprego e renda com projetos de reflorestamento junto aos trabalhadores rurais na área da Rodovia Transamazônica, além de focar na minimização dos conflitos agrários na região. Um de seus maiores feitos foi a construção da Escola Brasil Grande, de formação de professores. No dia 12 de fevereiro de 2005, ela foi assassinada com vários tiros. Antes de morrer, Irmã Dorothy encarou seus assassinos lendo para eles o Sermão da Montanha (texto bíblico onde Jesus citava as bem-aventuranças). O mandante do crime, um fazendeiro da região, está preso e foi condenado a 25 anos de prisão. A Igreja Episcopal Anglicana celebra o dia 12 de fevereiro, no calendário dos santos, o dia da "Mártir da Caridade na Amazônia". 

"Não vou fugir e nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam viver e produzir com dignidade sem devastar".


#ElasFazemADiferença [2]

Ela tem apenas 19 anos, mas tem vários feitos em seu curriculum acadêmico. Juliana ficou internacionalmente conhecida ao desenvolver um plástico biodegradável a partir da casca da macadâmia. A façanha rendeu à jovem uma homenagem internacional, tendo um asteroide com seu nome. Detalhe: ela é a primeira brasileira a receber essa homenagem. Nascida na cidade gaúcha de Osório, a 106 km de Porto Alegre, Juliana é formada pelo Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul e tem como fontes de inspiração professoras e amigas de classe. Trabalhar com ciência, em uma época onde o criacionismo e o terraplanismo ganham cada vez mais força, mais do que o aprendizado, é uma forma de resistência. E por isso que o blog reconhece Juliana Estradioto como uma mulher que faz a diferença.


#ElasFazemADiferença

Hoje é 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. Há alguns anos, fiz uma série de matérias sobre vítimas das mais variadas formas de violência. Cis e Trans, Adultas e Crianças, Anônimas e Famosas, mas em comum, o fato de serem mulheres. Esse ano eu precisava fazer diferente, já que são as mulheres que fazem a diferença no Brasil e no Mundo. Temos uma cientista que virou estrela; uma freira que virou santa; uma sobrevivente de feminicídio que virou lei. E ainda temos mulheres que defendem outras mulheres; outras que fizeram a diferença com o seu trabalho; sem falar nas que se sacrificaram em nome de uma luta maior. E eu me orgulho em escrever todas essas histórias. E durante o mês de março, você pode sugerir ainda mais nomes pra gente registrar por aqui. Vamos começar com 14 mulheres que fizeram a diferença. Vamos lá?