quarta-feira, 24 de maio de 2017

Bancada federal do PSol tenta revogar decreto de Temer

Os deputados federais do PSOL apresentaram, no início da noite desta quarta-feira, um Projeto de Decreto Legislativo para anular o decreto do presidente Michel Temer. Publicado em uma edição extra do Diário Oficial da União, nesta quarta, a medida autoriza o uso das Forças Armadas nas manifestações para conter o protesto que ocorre em frente à Esplanada dos Ministérios. O decretou foi publicado em uma edição extra do Diário Oficial da União, e prevê que as tropas federais reforcem a segurança até o fim deste mês, no dia 31 de maio.

"Não cabe às Forças Armadas, de acordo com a Constituição de 1988, a função de reprimir manifestações populares. Este Congresso Nacional não pode tolerar uma medida autoritária como essa, que visa ao cerceamento do sagrado direito de manifestação. O governo Michel Temer aprofunda o arbítrio e fere gravemente a democracia brasileira", diz um dos trechos da justificativa apresentada pelos deputados federais.

Assinam o documento os deputados: Luiza Erundina, Jean Wyllys, Chico Alencar, Ivan Valente, Glauber Braga e Edmilson Rodrigues.




Jornal O Globo (Rio)

Temer publica decreto autorizando exército nas ruas de Brasília

O presidente Michel Temer autorizou o uso das Forças Armadas para controlar o protesto realizado em Brasília nesta 4ª feira (24.mai.2017). O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União. Autoriza o emprego das Forças Armadas até 31 de maio.

O pedido foi atribuído ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) –o político, porém, afirma ter solicitado a Força Nacional de Segurança.

O anúncio oficial foi do ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS-PE). Ele afirma que o exército fará a segurança do Congresso e dos ministérios, além do Planalto e do Itamaraty.

“O senhor presidente [Michel Temer] faz questão de ressaltar que é inaceitável a baderna, que é inaceitável o descontrole e que ele não permitirá que atos como este venham a turbar um processo que se desenvolve de forma democrática e com respeito às instituições“, disse Jungmann no Palácio do Planalto.

O ministro afirmou que o ato de hoje era “pacífico“, mas “degringolou à violência, vandalismo, desrespeito, na agressão ao patrimônio público“.

Nesta 4ª feira (24.mai.2017) houve protesto sendo realizado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Houve confronto entre manifestantes e policiais. Prédios foram depredados e, 3 deles, incendiados.

Pouco depois da publicação, a notícia começou a repercutir nas esferas do poder. O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello deu a seguinte declaração no plenário do Supremo:

“Voto um pouco preocupado com o contexto e eu espero que a notícia não seja verdadeira. O chefe do Poder Executivo teria editado um decreto autorizando o uso das Forças Armadas no DF no período de 24 a 31 de maio”.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que não foi dele o pedido de usar as Forças Armadas em Brasília. O deputado disse que pediu ao Planalto a utilização da Força Nacional de Segurança. “Se mandaram algo muito maior, aí é problema do governo”, declarou.

Crime de responsabilidade - “Medida autoritária, inconstitucional e ilegal. Uma afronta às liberdades públicas, claro crime de responsabilidade”. Assim definiu a coordenadora do curso de Direito da Fundação Getúlio Vargas Eloísa Machado sobre o decreto de Garantia de Lei e da Ordem (GLO) acionado por Michel Temer para repressão do protesto na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O Presidente determinou o Emprego das Forças Armadas no país até dia 31 de maio deste mês, valendo-se de uma lei que prevê a situação em caso de policiamento insuficiente. Para ela, bem como para grande parte da comunidade jurídica, Temer cometeu crime de responsabilidade, passível de impeachment.

Dentre tantas violações do governo Temer, causou espanto o uso das Forças Armadas para manter a plataforma do governo sustentada por falta de legitimidade popular e imposição de medidas inconstitucionais e draconianas para a população, como as Reformas Trabalhista e da Previdência. Esse decreto já foi utilizado outras vezes, como, por exemplo, na ocupação da Maré no Rio de Janeiro pelo Governo Dilma e na “crise” penitenciária em Manaus, já com o governo de Michel Temer. Ambos casos despertaram inúmeras críticas.

No caso atual, Temer é protagonista do escândalo das recentes divulgações de áudio entre ele e o empresário da JBS Joesley Batista; sua base governista no Congresso está esvaziada e pressionando pela renúncia; e, ainda, o presidente lida com a histórica resistência popular que pelo processo de impeachment contestado, bem como pela falta de legitimidade política para impor as reformas. No último domingo, 21, ele fez um pronunciamento em rede nacional contrariando opositores e situacionistas no sentido de que não renunciaria. O protesto por sua queda era esperado e inevitável.

Para o Professor de Constitucional da Fundação Getúlio Vargas, Rubens Glezer, no caso específico do decreto para reprimir manifestação popular não era cabível tal atitude sequer em tese – “A atuação das Forças Armadas é disciplinada no na lei em hipóteses que o policiamento ostensivo não é suficiente, o que claramente não é o caso. Além disso, houve evidente abuso na decretação do período que compreende 24 de maio a 31 de maio, um período injustificável que coincide com a agenda do governo. Flerte perigosíssimo com o estado policialesco sem limites”.

Para o Advogado da Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares e Colunista do Justificando Patrick Mariano, Temer, na prática, decretou estado de sítio -“É estarrecedor que no dia em que a Corte Interamericana de Direitos Humanos julga o caso do Vladimir Herzog e 10 trabalhadores rurais são assassinados pela polícia em uma ação de despejo, Rodrigo Maia e Temer baixam um decreto para que as forças armadas sejam usadas contra as manifestações até o dia 31 de maio. O decreto deixa nas mãos do ministro da defesa a forma como se dará o uso das forças armadas, ou seja, estamos, na prática, vivendo um Estado de sítio decretado por um governo ilegítimo”.

Mariano também entende que o decreto consolidou a prática de crime de responsabilidade pelo Presidente da República – “Ou seja, o governo Temer caiu e hoje só se sustenta pelo uso das forças armadas. Espero que os comandantes militares não se prestem à defesa de um governo corrupto, ilegítimo e irresponsável e que o STF processe por crime de responsabilidade Michel Temer”

No campo das instituições, o decreto de Temer já é contestado. Em sessão no Supremo Tribunal Federal, o ministro Marco Aurélio Mello afirmou durante seu voto: “Presidente [do STF, Cármen Lúcia], voto um pouco preocupado com o contexto e espero que a notícia não seja verdadeira. O chefe do poder Executivo [Temer] teria editado um decreto autorizando o uso das Forças Armadas no Distrito Federal, no período de 24 a 31 de maio“

Márcio Sotelo Felippe, colunista no Justificando e Procurador do Estado, resume as intenções de Temer ao editar o decreto – “Desmoralizado, sem condições éticas e políticas de exercer a presidência, Temer quer intimidar pela força. Incidentes em protestos não são novidades e a democracia convive com isso em qualquer lugar do mundo”.

“A medida é abusiva e mostra o quanto está sendo nocivo para o país esse governo, ultrapassando limites perigosos. Temer fora já” – concluiu.

Revogação - O Palácio do Planalto disse que a decisão do presidente Michel Temer de usar as Forças Armadas para reforçar a segurança na Esplanada dos Ministérios na tarde de hoje (24) foi tomada com base na informação de que não havia policiais da Força Nacional suficientes para atender à solicitação do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

"[...] o Presidente da República, após confirmada a insuficiência dos meios policiais solicitados pelo Presidente da Câmara dos Deputados, decidiu empregar, com base no Artigo 142 da Constituição Federal, efetivos das Forças Armadas com o objetivo de garantir a integridade física das pessoas [...]", diz um trecho da nota divulgada no início da noite.

O Planalto destaca ainda o tumulto ocorrido durante a manifestação de hoje que protestava contra as reformas debatidas no Congresso Nacional e pedia a saída de Michel Temer. No protesto, um grupo de manifestantes e policiais entrou em confronto. O grupo quebrou vidraças dos prédios dos ministérios e colocou fogo em banheiros químicos. A polícia reagiu com bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e balas de borracha. Os fatos, segundo o governo, motivaram o emprego de militares na proteção do patrimônio público.

"As manifestações ocorridas em Brasília nesta data, como largamente apresentado aos meios de comunicação, produziram atos de violência e vandalismo que, lamentavelmente, colocaram em risco a vida e a incolumidade de servidores que trabalham na Esplanada dos Ministérios nesta capital federal. [...] O Presidente da República ressalta que não hesitará em exercer a autoridade que o cargo lhe confere sempre que for necessário". A nota informa ainda que "restabelecendo-se a ordem, o documento será revogado".

Mais cedo, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, fez um pronunciamento informando que a determinação presidencial partiu de um pedido feito por Maia. O presidente da Câmara se manifestou, informando que fez a solicitação da Força Nacional (composta por agentes das polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros), e não das Forças Armadas. A decisão do governo federal provocou debate entre parlamentares da base aliada e da oposição na Câmara e no Senado.

Governo do Distrito Federal

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, divulgou nota lamentando os episódios de violência que ocorreram durante a manifestação, resultando em depredação do patrimônio público e privado. Segundo estimativa parcial da Polícia Militar do Distrito Federal, mais de 35 mil pessoas participaram da manifestação convocada por centrais sindicais de todo o país contra as reformas previdenciária e trabalhista.

O governador, no comunicado, se disse "surpreso" com o decreto do presidente Michel Temer autorizando o uso das Forças Armadas para proteger os demais prédios da Esplanada dos Ministérios, palácios e o Congresso Nacional, até o dia 31 de maio.

"Medida extrema adotada sem conhecimento prévio e nem anuência do Governo de Brasília e sem respeitar os requisitos da Lei Complementar nº 97/99 (artigo 15, parágrafos 2º e 3º)", criticou Rollemberg. "Os fatos de hoje em Brasília retratam a grave crise política do país. Não é a violência e nem a restrição de liberdade que a resolverão. A solução virá do estrito respeito à Constituição e às leis em vigor no país", completou.

Rollemberg ressaltou que a PM agiu conforme protocolo assinado entre os governos federal e distrital, no mês passado, "em que a segurança dos prédios públicos federais ficou sob a responsabilidade da União". O documento diz que possíveis excessos cometidos durante a operação serão "rigorosamente apurados".

Centrais sindicais

Em nota, a Força Sindical, uma das centrais organizadoras da marcha de hoje, lamentou os atos de depredação. Segundo a central, tais atos foram cometidos por black blocs infiltrados na manifestação.

"Foi uma manifestação pacífica e organizada, mas forte o suficiente para atrair a atenção de toda a mídia brasileira e boa parte da atenção internacional. Mais do que lamentar, nós, da Força Sindical, rechaçamos a infiltração de black blocs neste ato grandioso e significativo. Não temos nada a ver com esses baderneiros. E igualmente atribuímos ao despreparo da Polícia Militar de Brasília grande parte da responsabilidade pelas cenas lamentáveis de depredação do patrimônio público. Em lugar de prender bandidos comuns e qualificados, de máscara ou de colarinho branco, infelizmente essa polícia se especializa em atacar trabalhadores e trabalhadoras", diz a nota, assinada pelo presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva.

Na nota, a central diz que as reformas precisam ser "repactuadas com a sociedade". "A solução para a pacificação do povo brasileiro, com a consequente retomada da economia, está, outra vez, com o próprio governo e com o Congresso Nacional. Não há a mínima condição de estas reformas prosseguirem. Têm de ser retiradas e refeitas, repactuadas com toda a sociedade e, especialmente, com o movimento sindical".

Portais Poder 360º e Brasil 247


Brasília, 24 de maio de 2017 [3]


Brasília, 24 de maio de 2017 [2]

Um dia tenso demais, mesmo para os padrões da última semana. O que começou como um ato contra Temer convocado por centrais sindicais se transformou em cenas de quebra-quebra e depredação em prédios de ministérios, além de confrontos entre manifestantes e policiais, com presos e feridos. O governo chamou o Exército para as ruas de Brasília. Em seguida, houve diversas críticas de excesso na decisão de Temer. A crise se mantém em alta temperatura.


Caos em Brasília

Foram 7 presos, 49 feridos, um rastro de depredação de prédios públicos e de estruturas que compõem a Esplanada e incêndio na área interna dos ministérios da Agricultura, do Planejamento e da Cultura (nesse caso, só com prejuízos materiais). Policiais atiraram contra manifestantes em Brasília. O presidente Temer decretou o uso das Forças Armadas nas ruas da capital por uma semana para "garantir manifestação pacífica".

O governo afirma que atendeu um pedido do presidente da Câmara. Rodrigo Maia contradiz a versão e diz que solicitou a Força Nacional, não o Exército
O ministro da Defesa disse que a presença das Forças Armadas foi necessária porque a PM não conseguiu controlar o vandalismo
Em meio ao tumulto nas ruas, deputados governistas e de oposição trocaram empurrões em confronto no chão da Câmara

E sem oposição em plenário a Câmara aprovou 3 medidas provisórias em 1 hora
Marco Aurélio, do STF, demonstrou surpresa com o decreto: 'Espero que a notícia não seja verdadeira'
Já à noite a oposição apresentou projetos para derrubar o uso das Forças Armadas
Renan Calheiros, rival do presidente, declarou que o decreto “beira à insensatez"
Por sua vez, a Defesa diz que serão utilizados 1.500 homens para cumprir o decreto
E o Planalto afirma que haverá revogação após a "ordem" ser restabelecida.










Com informações do Portal G1

Apelo: Quem estiver em Brasília DOE SANGUE

Em virtude dos fatos ocorridos nas manifestações políticas na Esplanada dos Ministérios na tarde desta quarta-feira, 24 de maio, que resultaram em confrontos e num grande número de feridos, a Fundação Hemocentro de Brasília convoca todos os cidadãos que estiverem em boas condições de saúde para comparecer ao Hemocentro e doar sangue.

Principalmente os tipos O positivo e O Negativo..!
Fundação Hemocentro de Brasília.!



O endereço do Hemocentro de Brasília é:

Setor Médico Hospitalar Norte 3 Conjunto A Bloco 3 - Asa Norte, Brasília - DF

Brasília, 24 de maio de 2017


Batalha dos Barbeiros


Nos dias 4 e 5 de junho Pernambuco irá sediar uma das etapas da Batalha dos Barbeiros Brasil. A competição entre profissionais do segmento acontecerá no pavilhão de exposições da Feira da Beleza do Nordeste – Hairnor 2017, no Centro de Convenções, no Recife. Os interessados em participar devem se inscrever até o próximo dia 30 de maio, por meio do facebook.com/batalhadosbarbeirosbrasil. Os primeiros colocados nas três categorias que serão disputadas receberão troféus e produtos de barbearia, além de se classificarem para a grande final nacional.


A profissão de barbeiro é uma atividade que está em alta no Brasil onde o público masculino está cada vez mais preocupado com ou cuidados pessoais. De acordo com a Associação Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), as vendas de cosméticos destinados ao público masculino aumentou de US$ 2.284 bilhões em 2008 para US$ 4.572 bilhões em 2014, o que representa um crescimento de mais de 100%. Já a pesquisa realizada pela empresa Euromonitor Internacional registrou o crescimento de 7,1% do mercado de beleza masculino em 2015 e a estimativa é que o mesmo percentual de aumento se mantenha até 2019. 


Na esteira desse crescimento, tem aumentado também os serviços especializados destinados aos homens que buscam tratar da barba e cabelo. Em razão disso, mais barbearias estão abrindo suas portas para atender essa demanda. O segmento também está em expansão em Pernambuco, onde cerca de várias barbearias foram inauguradas recentemente tanto na região metropolitana do Recife como no interior do Estado.


É nesse cenário que a capital pernambucana irá sediar uma das etapas da Batalha dos Barbeiros Brasil, evento organizado pela empreendedora cultural e diretora de Eventos da Associação dos Profissionais em Institutos de Beleza do Estado do Rio de Janeiro – APIBERJ, Érica Nunes. Essa será a primeira vez que a competição terá uma edição realizada em feiras do segmento de beleza no Brasil. Na Hairnor, o número de participantes será limitado a 24 competidores, divididos em três categorias: Desenho, Tradicional e Barba Express a Barba em 1 minuto. Os concorrentes terão um tempo estipulado para a realização do corte de acordo com sua categoria e serão julgados por uma equipe técnica com notas de 0 a 8.


A Feira da Beleza do Nordeste - Hairnor acontece de 3 a 5 de junho no Centro de Convenções de Pernambuco reunindo 450 marcas expositoras e um público visitante estimado em 40 mil pessoas. Durante o evento, as indústrias do segmento da beleza estarão expondo uma infinidade de produtos, que vão desde cosméticos básicos, como batons, xampus e esmaltes, até equipamentos como secadores de cabelo, chapinhas e móveis, além de sistemas de gestão para salões de beleza. Haverá, ainda, no pavilhão de exposições, uma área exclusiva para o segmento de estética.


SERVIÇO:


Feira da Beleza do Nordeste - Hairnor 2017 (81 – 3467.6572 - contato@hairnor.com.br)
Batalha dos Barbeiroa (21 3377-1041 / 3356-1879 / 21 96502.5657 - batalhadosbarbeirosbrasil@gmail.com)

Celpe recebe solicitações de ligações provisórias para o São João

Às vésperas do início dos festejos juninos, a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) começa a receber os pedidos de fornecimento provisório de energia em barracas de fogos de artifício e alerta para o prazo de execução das ligações temporárias. As instalações serão necessárias em todos os locais onde não há abastecimento regular como barracas e boxes de venda de alimentos e bebidas que vão funcionar em função do São João. As solicitações devem ser feitas o quanto antes, para que haja tempo hábil de realizar as vistorias necessárias à liberação do serviço. A Celpe ressalta que a regularização do uso da energia nesses locais é uma medida de segurança contra acidentes e lembra que a utilização de ligações clandestinas configura furto de energia, previsto no Código Penal Brasileiro.

Para solicitar as ligações provisórias, os interessados devem se dirigir no horário comercial a uma Loja de Atendimento Celpe, com antecedência de, pelo menos, quatro dias úteis do início da utilização da energia extra. Ao formalizar as solicitações, é necessário apresentar a licença de funcionamento concedida pela prefeitura e para as barracas de fogos também é exigido o atestado de regularidade dos bombeiros. Devem ser apresentados, ainda, documentos de identidade e CPF e informados os equipamentos que serão instalados. Ao declarar a carga a ser utilizada e o período, o cliente receberá uma fatura de consumo de acordo com a carga instalada e outra, referente ao serviço de vistoria, ligação e desligamento no valor R$ 15,00. É importante que o comerciante observe e informe à Celpe a existência de rede elétrica no trecho onde pretende se instalar.

Também será necessário que o cliente instale o padrão de entrada para receber a ligação provisória de energia. No ato da solicitação, ele receberá todas as orientações técnicas referentes à instalação. A Celpe avisa que não será possível o atendimento a cargas móveis como carroças, vans e caminhões.

Imprensa Celpe

Professor aponta caminhos para produção de conteúdos educativos e criativos


Dando sequência ao seu ciclo de formações o Prof-Lab, programa de formações criativas para professores, realiza neste sábado, 27 de maio, o curso livre de Produção Criativa com TICs. Guiada pelo educador Felipe de Brito Lima (foto), a atividade acontece das 8h às 12h30 na ABA Global Education em Boa Viagem, no Recife.

Quantas vezes estudantes e professores se deparam com o bloqueio criativo em frente ao software de edição de textos. A tela em branco é por vezes assustadora não só para quem precisa produzir textos, mas também para outros conteúdos digitais como vídeos, gráficos, desenhos ou áudios.

Antes de dominar aplicativos e ferramentas é importante estar atento às estratégias de produção de conteúdos para o ambiente digital. O primeiro passo para avançar na produção desses conteúdos é perceber que a criatividade não é um dom, mas sim uma habilidade que precisar ser estimulada constantemente. Entre as estratégias para estimular a criatividade estão as práticas de Design Thinking que trabalham com geração de ideias para resolução de problemas. Esses movimentos são responsáveis por engajar e estimular a imaginação dos aprendizes. Outro ponto importante é observar a multiplicidade de discursos e linguagens presentes em sala da aula e tentar explorá-los como fontes de inspiração.

Para aprimorar seu papel como educador Felipe de Brito Lima decidiu ingressar no doutorado em Design da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) onde estuda artefatos digitais aplicados ao ensino de ciências. Investiu também nos estudos sobre cultura pop e na produção de diferentes tipos de conteúdo digital. Assim percebeu como eles são capazes de transformar as experiências de aprendizagem dos seus alunos. É essa aprendizagem que Felipe vai compartilhar com os professores durante a formação Produção criativa com TICs.

Senar-PE apresenta estratégias do Programa de Aprendizagem Rural em Brasília

O superintendente do Senar/PE, Adriano Moraes, e a coordenadora de Treinamentos, Mônica Pimentel, apresentam nesta quarta-feira (24), estratégias do Programa de Aprendizagem Rural, em Pernambuco, durante o Encontro de Gestores da Aprendizagem do Senar, em Brasília. O Senar/PE hoje é referência nacional na qualificação profissional de jovens do campo, através do Programa de Aprendizagem Rural.

Imprensa FAEPE

Compesa inicia hoje obra de abastecimento de água na Ilha do Leite

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) inicia hoje (24) mais uma fase das Obras de Setorização da cidade do Recife. A primeira intervenção começa às 8h, na Rua José de Alencar, na Ilha do Leite, no trecho entre as ruas do Jasmin e Barão de São Borja. No local será feita a substituição da rede existente por novas tubulações, serviço que deve ser finalizado até o dia 30 de junho. Para executar a obra, será preciso interditar parcialmente a rua José de Alencar, ação que contará com o apoio da CTTU (Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife) para orientar os motoristas a realizarem os desvios na própria via. Equipes do Social da Compesa estão abordando os moradores da área para informar sobre a execução da obra, que será realizada de segunda a sexta-feira, no horário das 8h às 17h. No primeiro trecho da rua, que corresponde a 400 metros de extensão, e está localizado próximo de hospitais, não haverá a utilização de máquinas, todo o trabalho de escavação será manual para minimizar os impactos das intervenções. No restante da via, o trabalho será feito com o uso de equipamentos para escavação.

A intervenção na Rua José de Alencar faz parte do Lote 1 das Obras de Setorização da cidade do Recife, ações que buscam modernizar e aumentar o controle operacional do sistema, utilizando dispositivos de medição de vazão e pressão na rede de distribuição de água. Nesta etapa, que deve ser concluída até o dia 30 de abril de 2018, será promovida a independência operacional de cinco distritos de abastecimento localizados na região central da cidade, que correspondem aos bairros do Recife, Boa Vista, Santo Amaro, Ilha do Leite e Coelhos, e ainda contempla Setúbal (Boa Viagem). Serão investidos R$ 4,7 milhões nessa fase do projeto, recursos do FGTS/ Caixa Econômica, para beneficiar mais de 112 mil pessoas. 

"Esse trabalho tem o objetivo de melhorar o controle da operação e reduzir as perdas no sistema e de ocorrências de vazamentos. Cada um dos distritos terá a entrada de água controlada, além disso haverá uma redução das pressões, obtendo uma melhoria no abastecimento e uma diminuição da frequência de vazamentos", explica Rafael Ramos, gerente de Obras da Compesa. Nesta etapa das Obras de Setorização da cidade do Recife está previsto executar o assentamento de quase seis mil metros de tubulações, a substituição de mais de 4,2 mil ramais prediais, e a instalação de três macromedidores e de duas Válvulas Redutoras de Pressão (VRPs).

As próximas intervenções serão realizadas a partir do mês de junho, em Setúbal, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Na Rua 20 de Janeiro, será instalada uma caixa de proteção para a instalação de um macromedidor. Na rua Baltazar Passos, esquina com a Avenida Marechal Juarez Távora, será feita a implantação de outro macromedidor. Ainda será feito o assentamento de 865 metros de tubulação na Rua Camboim.

Imprensa Compesa

Parcerias com Dirigentes Lojistas de Pernambuco

O governo de Pernambuco recebeu, nesta terça-feira (23.05), no Palácio do Campo das Princesas, representantes Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas de Pernambuco (FCDL-PE) para discutir assuntos de interesse do comércio em Pernambuco. Na ocasião, os gestores conversaram sobre políticas tributárias e possíveis novas parcerias com a Secretaria de Defesa Social, visando o reforço da segurança nos principais centros comerciais do Estado. Outras duas reuniões com a Secretaria da Fazenda e com a SDS serão realizadas, em breve, para a formalização das ações.

Secretaria de Imprensa de Pernambuco

Senado aprova MP que reduz floresta nacional no Pará para passagem de ferrovia

Apesar de debates acalorados entre senadores da base aliada e da oposição em consequência da delação dos donos da JBS, o plenário do Senado aprovou hoje (23) a segundo medida provisória que altera área de proteção ambiental no Pará. Depois de aprovar a Medida Provisória (MP) 756 que alterou os limites da Floresta Nacional (Flona) do Jamanxin, os senadores aprovaram a MP 758 que modifica a área para dar passagem à Estrada de Ferro (EF)170, também chamada de Ferrogrão, em fase de construção e próxima à BR-163, no Pará.

Pelo texto, serão excluídos 862 hectares (um hectare tem uma área equivalente à de um campo de futebol) do Parque Nacional de Jamanxin, localizado nos municípios de Itaituba e Trairão, e da Área de Proteção Ambiental (APA) do Tapajós, localizada nos municípios de Itaituba, Jacareacanga, Novo Progresso e Trairão, todos no Pará, para a passagem da ferrovia.

A intenção do governo é compor, com a EF-170, um corredor de exportação de grãos unindo Sinop, em Mato Grosso, a Miritituba, no Pará, para possibilitar o uso de portos da Bacia Amazônica e servir de alternativa ao transporte na BR-163.

A matéria havia sido aprovada no dia 17 de maio pela Câmara dos Deputados e, agora, segue para sanção presidencial. Conforme a MP, após a construção da ferrovia, as áreas excluídas e que não forem efetivamente utilizadas serão reintegradas ao Parque Nacional do Jamanxim. O projeto aprovado define, ainda, que os imóveis rurais privados existentes no parque ficam declarados de utilidade pública para fins de desapropriação.

Agência Brasil

Fernando Filho permanece no Governo Temer

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, informou hoje (23) que não sairá do governo. No último sábado (20), seu partido, o PSB, decidiu deixar a base de apoio ao presidente Michel Temer.

“Mais do que gestos políticos, o momento exige coragem e atitude. Exige lealdade. A saída do ministério, como orienta meu partido, não contribui para a construção de saída para a crise que enfrentamos. A melhor contribuição que devo dar ao país é o meu compromisso com a missão que me foi atribuída. Por isso, permaneço no ministério”, disse Coelho Filho, em nota.

Para tomar a decisão, o ministro disse que consultou o presidente Temer, companheiros do Congresso Nacional, sua equipe e representantes do setor elétrico. Na nota, Coelho Filho também diz acreditar que sua atuação no ministério está contribuindo para a retomada do desenvolvimento com um projeto racional e transformador para os setores de energia elétrica, óleo e gás, biocombustíveis e mineração.

“Recebi do presidente a liberdade para escolher e liderar uma equipe técnica, reconhecidamente respeitada, trazendo credibilidade e retomando o diálogo com o setor. Fortalecemos um ambiente de confiança, sadio, propositivo e livre da visão intervencionista e estatizante”, afirmou o ministro.

Agência Brasil

Com falas de ameaçados de morte, Ato Denúncia pede fim da violência no campo

Criticando o Estado como “agente ativo” no fomento à violência no campo e classificando a lista de propostas legislativas que afetam os direitos humanos como “longa, enfadonha e trágica”, pelo menos 21 entidades e movimentos da sociedade civil se reuniram nessa terça-feira (23) em Brasília para um Ato Denúncia. O aumento no número de assassinatos, atos violentos e projetos de lei contrários à política da reforma agrária fez com que o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos, fizesse um evento em que fossem debatidas ações emergenciais.

Após o relato de testemunhas de diferentes estados brasileiros, que estão em situação de ameaça ou foram vítimas de violência no campo, os representantes de organizações sociais e instâncias públicas leram uma Carta em que denunciam o crescimento da criminalização de lideranças do campo e da crueldade na violência empregada. No documento, as entidades reclamam da impunidade das violações de direitos humanos que, segundo elas, permite que a repressão continue e favorece o aumento da lista de “pessoas e grupos ameaçados e assassinados”.

“O Estado não é apenas conivente e omisso, posição que perpetua a impunidade no campo pela ‘seletividade’, ‘morosidade’ e ‘inoperância’ do sistema de justiça que, de um lado, criminaliza os movimentos populares e, de outro, mantém impunes as ameaças, homicídios e violações de direitos humanos. O Estado é também agente ativo no fomento à violência, tanto pelas políticas e programas do Executivo que fomentam a acumulação de terras e de riquezas, como pelo Legislativo que, ao passo que destrói os direitos humanos conquistados pelos trabalhadores e trabalhadoras, faz uso de mecanismos, como a CPI da Funai e Incra, para criminalizar as vítimas e defensores de direitos humanos”, criticam as entidades no texto.

Assassinatos - O crescimento ano a ano dos homicídios decorrentes de violência no campo é um dos motivos pelo qual a reunião emergencial foi marcada. Em 2014, 36 pessoas foram assassinadas nessa situação, número que subiu para 50 em 2015 e, um ano depois, para 61. Este ano, de acordo com a Comissão Pastoral da Terra, os 26 assassinatos registrados até o mês de maio representam o dobro do número registrado no mesmo período do ano passado.

A carta pede uma investigação e punição urgente dos responsáveis pelos assassinatos, massacres e violências no campo. De acordo com Darci Frigo, presidente do CNDH, o fato “novo” das denúncias é que a violência têm ocorrido cada vez de forma mais brutal e generalizada, atingindo não somente as lideranças.

“É um momento para fortalecer as resistências dos movimentos sociais e manter acesa a chama dos direitos constitucionais que estão assegurados. Com base neles, as ações que foram sugeridas na carta serão cobradas do Poder Executivo. As situações que vimos aqui hoje serão tratadas e cobradas do Poder Público”, disse o presidente do CNDH.

Testemunhas - Gracinalva Costa Gamela, moradora da comunidade que sofreu um ataque de fazendeiros há pouco menos de um mês, expôs a situação da localidade maranhense. Os indígenas gamela foram atacados por homens armados com facões e armas de fogo. Pelo menos 13 índios foram feridos.

Representante do território pesqueiro do Cajueiro de São Luís do Maranhão, Clóvis Amorim da Silva, 50, pediu aos presentes no Ato Denúncia a criação de uma Força Tarefa para acompanhar os trabalhadores que vêm sofrendo ameaça de morte. De uma família de 13 irmãos, Clóvis se mudou ainda criança com a família para a capital maranhense em busca de novas fontes de renda. Ele conta que, embora more em uma comunidade tradicional que há mais de 100 anos faz parte do Terreiro do Egito , somente em 1998 a região foi regularizada como assentamento.

De lá pra cá, as cerca de 350 famílias que ocupam uma área de 610 hectares (um hectare tem uma área equivalente à de um campo de futebol) sofrem pressão de empresas que querem construir um porto no local para exportar itens como soja, petróleo, celulose e minério. Vítima de uma ameaça velada de morte na última sexta-feira (19), Silva diz que, em dezembro de 2014, 20 casas da comunidade extrativista e pesqueira foram derrubadas e o processo jamais foi concluído pelas autoridades policiais locais.

“A gente espera que o Ministério Público investigue essa situação de grilagem de terras e especulação para que a gente possa combater, porque não dá para conviver com situações como essas de criminalização e derrubada de casas. As ameaças continuam, estão sendo mais intensas”, denuncia. “Já houve prisão de vários jagunços armados lá dentro, já foi constatado que há milícias, há formação de quadrilha e que há um indício muito grande de grilagem de terra”.

Compromissos - A subprocuradora geral da República, Deborah Duprat, que no ano passado foi designada Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão, foi uma das autoridades presentes que se comprometeu com medidas concretas com o objetivo de frear as violações. Segundo ela, a Polícia Federal será cobrada para que promova um enfrentamento mais incisivo às milícias armadas, que têm coibido de forma violenta lideranças do campo.

Deborah citou medidas legislativas que representam retrocesso às conquistas de comunidades rurais, como a Medida Provisória 759/2016, que trata da regularização fundiária rural. Deborah defende que a proposta seja considerada inconstitucional, pois municipaliza a prerrogativa de regularização fundiária e, de acordo com a Carta Denúncia, “privatiza ainda mais as terras públicas”.

No documento, os signatários se posicionam contrários à Proposta de Emenda à Constituição 215/2000, que transfere ao Poder Legislativo a decisão final sobre a demarcação de terras indígenas. “É longa, enfadonha e trágica a série de medidas provisórias, projetos de lei, propostas de emendas à Constituição e decretos que afetam diretamente povos e comunidades do campo”, afirmam no texto, criticando também a paralisação das desapropriações de terras para assentamento de famílias.

Agência Brasil

Comissão considera lido parecer sobre reforma trabalhista após confusão


O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), anunciou na tarde desta terça-feira (23) ter considerado lido o parecer de Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre a reforma trabalhista. No relatório, o tucano sugere a aprovação do projeto.

A decisão de Jereissati, confirmada pela secretaria da CAE, foi tomada mesmo sem a efetiva leitura do texto.


Após Ferraço apresentar o parecer, houve bate-boca entre parlamentares da base aliada do governo e da oposição. A confusão fez com que a sessão fosse suspensa por Tasso Jereissati por cerca de uma hora.

Com a decisão do presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, o relatório de Ricardo Ferraço poderá ser votado na próxima na terça (30), isso porque foi concedida a chamada vista coletiva, em que os senadores terão uma semana para analisar o parecer sobre a reforma.

Antes de ir ao plenário do Senado, contudo, a proposta ainda terá de ser analisada pelas comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.

A confusão

Na sessão desta terça, senadores da oposição apresentaram um pedido para adiar a leitura do relatório de Ricardo Ferraço. O requerimento foi rejeitado por 13 votos a 11.

Após a votação, houve protestos e os senadores começaram a discutir mais uma vez o adiamento da leitura do relatório.

O senador Tasso Jereissati se preparava para passar a palavra para o relator Ricardo Ferraço fazer a leitura quando Lindbergh Farias (PT-RJ) foi em direção ao relator dizendo que a oposição não ia permitir a leitura.

Houve, então, gritaria, empurrões e os senadores ficaram exaltados.

Lindbergh Farias e Ataídes Oliveira (PSDB-TO), mais exaltados, precisaram ser contidos por colegas e até seguranças.

Parlamentares contrários à reforma se dirigiram, em seguida, à mesa e fizeram um cordão de isolamento para impedir a leitura do relatório.



Portal G1

Grampo tira Reinaldo Azevedo da Veja; colunista era favorável à divulgação de grampos

O jornalista Reinaldo Azevedo teve uma conversa com Andrea Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves, interceptada pela Polícia Federal, informa o portal BuzzFeed. O assunto tratado são as acusações contra Aécio contidas na delação da Odebrecht.

No diálogo, ele classificou uma reportagem da revista Veja, onde trabalha, como "nojenta". Ele se referia à edição que trouxe Aécio na capa, com o título "A vez de Aécio", que traz a acusação do empresário Alexandre Accioly, dono da academia Bodytech, de que emprestou uma conta em Cingapura para Aécio receber propina da Odebrecht.

"Aí aparece uma história maluca, que já tinha aparecido um mês atrás mais ou menos naquele site BuzzFeed, dessa conta do Accioly em Cingapura. Que era, em tese, o mesmo dinheiro da minha em Nova York, que é o tal dinheiro da [usina] Santo Antônio. É essa coisa mágica, que ninguém consegue explicar, porque que o Aécio poderia ganhar uma bolada desse tamanho numa obra que é do governo federal. [...]", comenta Andrea na conversa.

Reinaldo criticou também o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Ele dizia que o Janot atacava Aécio por supostas pretensões de se candidatar ao governo de Minas Gerais ou ao Senado.

Assim que a conversa foi divulgada, o colunista pediu demissão de Veja e disse que o grampo violou um dos pilares da democracia, que é o sigilo entre jornalistas e suas fontes. 

"Há uma agressão a uma das garantias que tem a profissão. A menos que um crime esteja sendo cometido, o sigilo da conversa de um jornalista com sua fonte é um dos pilares do jornalismo", escreveu.

"A PF não considerou indícios de crimes na conversa realizada entre o jornalista e sua fonte, Andrea Neves. Mesmo assim, as gravações foram anexadas pela Procuradoria-Geral da República ao conjunto de áudios anexados ao inquérito que provocou o afastamento de Aécio e a prisão da irmã", diz a reportagem do BuzzFeed.

Leia aqui o diálogo gravado e confira a íntegra da resposta de Reinaldo:

"Pela ordem:

Comecemos pelas consequências.

Pedi demissão da VEJA. Na verdade, temos um contrato, que está sendo rompido a meu pedido. E a direção da revista concordou.

1: não sou investigado;
2: a transcrição da conversa privada, entre jornalista e sua fonte, não guarda relação com o objeto da investigação;

3: tornar público esse tipo de conversa é só uma maneira de intimidar jornalistas;

4: como Andrea e Aécio são minhas fontes, achei, num primeiro momento, que pudessem fazer isso; depois, pensei que seria de tal sorte absurdo que não aconteceria;

5: mas me ocorreu em seguida: "se estimulam que se grave ilegalmente o presidente, por que não fariam isso com um jornalista que é critico ao trabalho da patota.

6: em qualquer democracia do mundo, a divulgação da conversa de um jornalista com sua fonte seria considerado um escândalo. Por aqui, não.

7: tratem, senhores jornalistas, de só falar bem da Lava Jato, de incensar seus comandantes.

8: Andrea estava grampeada, eu não. A divulgação dessa conversa me tem como foco, não a ela;

9: Bem, o blog está fora da VEJA. Se conseguir hospedá-lo em algum outro lugar, vocês ficarão sabendo.

10: O que se tem aí caracteriza um estado policial. Uma garantia constitucional de um indivíduo está sendo agredida por algo que nada tem a ver com a investigação;

11: e também há uma agressão a uma das garantias que tem a profissão. A menos que um crime esteja sendo cometido, o sigilo da conversa de um jornalista com sua fonte é um dos pilares do jornalismo".

A favor - Já no dia 18 de março de 2016, em um episódio similar, o mesmo Reinaldo Azevedo defendeu a divulgação do conteúdo do grampo que atingiu a então presidenta da República, Dilma Rousseff (PT). Naquela ocasião, em um post intitulado “Dilma Rousseff quer prender Sérgio Moro, e eu quero prender Dilma Rousseff”, o jornalista escreveu em seu blog na Veja:

“Dilma não foi grampeada. Grampeados foram outros entes e pessoas que estão sob investigação. O problema é que eles todos estavam em linha direta com a presidente da República. (…) Não se tratou de escuta ilegal, mas legalmente determinada. A quebra do sigilo dessas mensagens, dado o contexto, é plenamente justificada. A única área de debate será o uso das gravações feitas quando já suspensa a quebra do sigilo. Muito provavelmente, não poderão ser empregadas como prova.”.

Portal Brasil 247