quinta-feira, 2 de abril de 2020

PANDEMIA: deputado Doriel Barros quer PAA Estadual para atender famílias que passam fome

Em sessão remota da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), ontem, o deputado Doriel Barros destacou a importância da criação de um Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) em Pernambuco, para fortalecer a agricultura familiar e alimentar muitas famílias que passam fome no estado.

O parlamentar pontua que é urgente colocar em prática essa proposta, que já tem discutido com a Comissão de Agricultura da Alepe, com organizações e movimentos sociais e sindicais e com o Governo do Estado, há um certo tempo, durante audiências públicas, e que, neste momento de pandemia, tornou-se ainda mais necessária.

“É importante lembrar que o Governo Federal quase acabou com esse programa em nível nacional. Se Bolsonaro não tivesse feito cortes no PAA, o país não estaria enfrentando este cenário de dificuldade para a distribuição de alimentos a quem mais precisa”, analisa.

*PAA* - Em nível nacional, o PAA, que foi criado em 2003, prevê a compra de alimentos da agricultura familiar e a sua doação às entidades socioassistencias que atendam pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional. Ele é implantado por meio de convênio formalizado entre o Governo Federal e o Estado/Município.

Podem acessar o programa agricultores familiares, assentados da reforma agrária, comunidades indígenas, comunidades tradicionais ou empreendimentos familiares rurais que sejam portadores de Declaração de Aptidão do Pronaf.

São beneficiários consumidores: pessoas em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar e nutricional, atendidas por programas e entidades sociais da rede de proteção e promoção social.

Assessoria de Imprensa

Compesa: Rodízio reduzido em cidades do interior de Pernambuco

As chuvas de março possibilitaram a redução do rodízio em outros dois municípios do Estado. A Compesa contemplou desta vez as cidades de Ferreiros e Camutanga, na Mata Norte, com a volta do calendário de um dia com água e um dia sem que vinha sendo aplicado antes do período de estiagem, saindo de um dia com água para três dias sem.

A melhora no fornecimento para as duas cidades é justificada pela recuperação dos mananciais que formam o sistema de abastecimento destes municípios. O volume de chuvas acumulado nos últimos dias restabeleceu a capacidade total das barragens Mucambo e Vundinha, que é de 90 mil metros cúbicos e 120 mil metros cúbicos de água, respectivamente. No mês passado, a realidade nestes mananciais era de pré-colapso no reservatório Mucambo e de colapso em Vundinha.

Assim como vem acontecendo em outras cidades pernambucanas, o nível dos mananciais que atendem Ferreiros e Camutanga já permite que a companhia assegure a manutenção do novo calendário até o próximo ciclo de chuvas, como explica a presidente da Compesa, Manuela Marinho. “O volume de chuvas neste mês foi além do esperado, principalmente no interior. Estamos progredindo com a redução do rodízio nas cidades e ainda com uma perspectiva muito positiva de seguir levando mais água à população, tendo em vista a previsão de um volume de chuvas maior neste inverno em relação aos últimos anos”, avalia Marinho.

Imprensa Compesa

Portal da Transparência de Pernambuco amplia conteúdo sobre novo coronavírus

O Portal da Transparência do Governo do Estado ampliou o acervo de documentos sobre o combate ao novo coronavírus em Pernambuco. Além dos normativos do Poder Executivo, já podem ser consultados os links para as páginas criadas pelas secretarias de Saúde (SES) e de Planejamento e Gestão (Seplag), assim como da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), com dados sobre a evolução da Covid-19 no Estado e no mundo, atualizações epidemiológicas e orientações sobre as contratações e compras emergenciais relacionadas à pandemia.

Dentro das metas de ampliação conteúdo disponibilizado pelo Portal - desenvolvido e mantido pela Secretaria da Controladoria-Geral do Estado (SCGE) - está a criação de um ambiente específico para os dados de contratações e compras emergenciais realizadas pelos hospitais dos Servidores (HSE), Militar de Área do Recife (HMAR) e Universitário Osvaldo Cruz (Huoc), além do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam) e Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape).

“Estamos atuando para garantir o que determina a Lei Complementar número 425, que regulamenta as contratações e a execução de obras no âmbito do Poder Executivo Estadual nesse momento de pandemia. É um direito da sociedade saber como o estado vem trabalhando e, a partir do momento que divulgamos todas essas informações, mostramos a integridade e ética da administração pública pernambucana”, ressaltou a secretária da SCGE, Érika Lacet.

De acordo com a secretária, o Portal da Transparência é “um instrumento em favor da sociedade, da verdade, da seriedade e da melhoria das práticas públicas” e “levar informações corretas e precisas para cidadãos, gestores e prestadores de serviços à administração pública é uma das diretrizes do Governo Paulo Câmara, que busca permanentemente aperfeiçoar e reforçar o diálogo entre a administração e as pessoas, reforçando a gestão participativa e transformadora”.


SERVIÇO:

Portal da Transparência PE


Imprensa SCGE

Prefeitura do Recife anuncia corte de gastos de R$ 180 milhões para criar leitos hospitalares

Em tempos de crise, causada pela pandemia do novo coronavírus, a Prefeitura do Recife, através das secretarias de Finanças, Administração e Gestão de Pessoas e Controladoria Geral do Município, tem feito um esforço para cortar custos, com objetivo de garantir investimentos para salvar vidas através de criação de novos leitos de UTI e medidas de assistência social para os que mais precisam. Para isso, anuncia, nesta quinta-feira (2), um pacote para reduzir em R$ 180 milhões as despesas com revisão de contratos de prestação de serviço, consultorias, locação de veículos, combustível, energia elétrica, materiais de consumo, além de novos aluguéis, passagens aéreas e diárias,.

“A expectativa é que a medida garanta aos cofres públicos essa economia até o final deste ano. Estamos fazendo o dever de casa, cortando despesas que neste momento não são prioritárias e que nos ajudarão a equilibrar as contas do município. Dessa forma, poderemos honrar as novas despesas para salvar vidas”, explica o secretário municipal de Finanças, Ricardo Dantas. As medidas também serão necessárias tendo em vista a queda na atividade econômica diante do cenário de isolamento social que repercutirá na redução de receitas do município.

Imprensa Recife


Ação propicia relaxamento de profissionais de Olinda para encarar situações do Coronavírus

O Núcleo de Fisioterapia da Secretaria de Saúde de Olinda iniciou o projeto Cuidando de Quem Cuida, na manhã desta quinta-feira (2), no Serviço de Pronto Atendimento de Peixinhos, quando foram atendidos 50 profissionais, entre médicos, técnicos, enfermeiros e administrativo. O objetivo da iniciativa é diminuir o estresse e fortalecer o emocional daqueles que estão na linha de frente no combate à pandemia do Covid-19.

Uma equipe de quatro pessoas, sendo um psicólogo e três fisioterapeutas – uma delas também educadora física – foi dividida em três grupos: ginástica laboral, palestra com o psicólogo e fisioterapia. Os grupos ficaram em ambientes diferentes, formados por, no máximo, cinco pessoas, observando todas as orientações das autoridades de saúde para evitar a propagação do Coronavírus.

A coordenadora do Projeto e dos Núcleos de Fisioterapia da Secretaria de Saúde de Olinda, Rosely Chaves, explicou que a ideia é deixar os profissionais mais leves nesse momento de estresse por causa da Covid-19. “Durante a ação, eles foram se soltando e nos deram uma resposta muito boa. Quando terminamos, já estavam perguntando quando seria o próximo encontro. Foi uma sugestão da secretária executiva de Saúde, Emília González, para diminuir a ansiedade deles”, disse.

Na fisioterapia, eles trabalharam com óleos essenciais de lavanda, cromoterapia – uma lâmpada mudando de cor para deixar o ambiente mais relaxado – e auriculoterapia – semelhante a acupuntura, só que usando sementes de mostarda no lugar de agulhas.

“No encontro com o psicólogo Jairo Santos, ele trabalhou para fortalecer a mente, porque muitas vezes a dor é mais emocional do que física. Essa conversa com o psicólogo também foi desenvolvida com a própria equipe que esteve no SPA para fazer essa ação”, explicou Rosely.

Já a ginástica laboral teve como foco as regiões das costas, trapézio e pescoço, as mais atingidas em momentos de estresse e tensão. “Esse trabalho foi feito pela nossa fisioterapeuta”, disse a coordenadora dos núcleos.

No SPA de Peixinhos trabalham 132 pessoas, que se revezam por turnos. A unidade realiza 900 atendimentos por semana.
Expansão

O projeto Cuidando de Quem Cuida também vai atuar com os servidores da Secretaria de Saúde e do SAMU de Olinda. Os encontros serão semanais, na seguinte ordem: SPA de Peixinhos (quintas), Secretaria de Saúde (sextas) e SAMU (segundas), sempre das 7h às 8h durante todo mês de abril.


Imprensa Olinda

Constantes quedas de energia nos sistemas de água da Compesa prejudicam o abastecimento

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) lança hoje calendário emergencial de abastecimento para atender as cidades de Olinda, Igarassu, Paulista e Abreu e Lima neste mês de abril, após consecutivas paradas no suprimento de energia fornecida pela Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) que impactaram nos sistemas de abastecimento Botafogo e Araçoiaba. As interrupções nas unidades ocorreram na terça-feira (31/03) e hoje (02/04), impactando no desabastecimento de 320 mil pessoas. Diante da situação, a Compesa precisou ajustar os calendários dessas cidades para que nenhuma área fosse prejudicada. O novo esquema de distribuição estará disponível até o fim do dia de hoje no site da Companhia.

As quedas de energia interferiram diretamente no sistema de abastecimento de água da região norte da RMR. Em Olinda, as principais áreas afetadas foram Jardim Brasil, Monte, Ribeira, Sé, Alto Nova Olinda, Rio Doce, Casa Caiada, Bairro Novo, Jardim Atlântico. Às 5h da terça (31) foi necessário desligar a estação elevatória de água bruta do Sistema Botafogo para execução da manutenção por parte da Celpe. A paralisação foi suficiente para desabastecer os quatro municípios da Região Metropolitana, uma vez que a inércia do processo hidráulico resultou na diminuição da vazão de saída da estação de tratamento Botafogo.

O Centro de Controle Operacional da Compesa conseguiu estabilizar o sistema por volta das 8h, permanecendo em funcionamento normal até o início da tarde. Às 13h30 uma nova parada comprometeu novamente o Sistema Botafogo. O Centro de Controle Operacional recebeu a informação da Celpe de falta de energia na captação e na Estação de Tratamento de Água Araçoiaba, que fica próxima à Botafogo. A energia foi restabelecida às 15h e o sistema foi reiniciado. Ainda assim, a situação foi suficiente para prejudicar o abastecimento programado para todo o dia de terça-feira.

Para a diretora Regional Metropolitana da Compesa, Nyadja Menezes, as paradas vão de encontro aos esforços da Compesa para levar mais água à população em tempos de combate à COVID-19. “A Compesa vem trabalhando incansavelmente para levar mais água aos pernambucanos, principalmente neste período de enfrentamento da pandemia do coronavírus. Aumentamos, por exemplo, a vazão do sistema Tapacurá justamente para melhorar a segurança hídrica na RMR. Quando nos deparamos com situações de queda de energia, que refletem no calendário de áreas onde existe rodízio, sabemos que os mais prejudicados são os moradores com a alteração na rotina. E isso não podemos permitir”, ressalta Menezes.

Imprensa Compesa

Setor produtivo ainda espera posicionamento do Estado

O setor produtivo do Estado ainda aguarda medidas mais enérgicas do governador Paulo Câmara para minimizar os estragos causados pela Covid-19 às empresas, sobretudo para as micro e pequenas. O pedido de socorro ganha reforço um dia depois de o governador anunciar medidas pífias à imprensa e que, até o momento, não atendem substancialmente às emergências das mais afetadas pela pandemia. 

Embora o Governo tivesse postergado a decisão com relação às medidas que envolvem o ICMS e o Refis Estadual para a reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), prevista para acontecer na próxima sexta-feira (3), havia uma expectativa do empresariado local de que, ao menos, esse primeiro decreto contasse com pontos primordiais à manutenção dos empregos e da sustentabilidade do Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco.

Entre as medidas que não constam no decreto, e que poderiam ser tratadas na esfera estadual, estão a renegociação de débitos tributários, a ampliação, a flexibilização e a desburocratização das linhas de crédito disponibilizadas pela Agência de Empreendedorismo de Pernambuco (AGE); e a prorrogação de 90 dias para o pagamento de taxas de serviços essenciais para o setor produtivo, como gás e água.

Para o gerente de Relações Industriais da FIEPE, Maurício Laranjeira, agora, a saída é aguardar a discussão no Confaz e esperar que as pautas mais efetivas saiam de lá. “Sobretudo com relação ao diferimento do ICMS, que é fundamental para as empresas voltarem a crescer após essa crise sem precedente”, destacou

Imprensa FIEPE

Funase participa de videoconferência sobre prevenção à Covid-19 no sistema socioeducativo

A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) participou, nesta quinta-feira (2), de uma reunião extraordinária virtual promovida pelo Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura. O objetivo foi relatar e discutir medidas de prevenção ao novo coronavírus adotadas em hospitais, hospitais psiquiátricos, locais públicos e privados de acolhimento de longa permanência e em espaços de privação de liberdade, como delegacias, unidades prisionais e unidades socioeducativas. Até o momento, nenhum caso de Covid-19 foi confirmado nas unidades de internação, internação provisória ou semiliberdade da Funase em todo o Estado.

A fundação foi representada pela superintendente da Política de Atendimento, Íris Borges. A gestora elencou, entre outras ações, a restrição de visitas às unidades, a produção e distribuição de equipamentos de proteção e insumos para servidores e a criação de uma comissão responsável por normatizar protocolos em eventuais atendimentos a casos suspeitos ou confirmados de Covid-19. Além disso, houve o aumento do número de ligações telefônicas supervisionadas entre internos e familiares, com possibilidade de videochamadas, o isolamento de socioeducandos com sintomas gripais e a redução do número de transferências administrativas.

“Nas duas primeiras semanas de crise, a Funase investiu em medidas educativas junto a socioeducandos, familiares e funcionários e, nos últimos dias, avançou no sentido de produzir e distribuir insumos de prevenção. Três portarias já foram emitidas com direcionamentos sobre jornadas de trabalho, o atendimento nas unidades e outras demandas. Vale ressaltar ainda que, no momento, não temos nenhuma unidade socioeducativa com superlotação, seguindo os parâmetros nacionais, o que é extremamente importante nesse momento em que se recomenda que aglomerações de pessoas sejam evitadas”, afirmou Íris.

Além da representante da Funase, também participaram da reunião virtual integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), da Secretaria de Defesa Social (SDS), da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop), do Serviço Ecumênico de Militância nas Prisões (Sempri), entre outras instituições.

Imprensa Funase

Parceria em Olinda promove ações de prevenção ao Coronavírus para moradores em situação de rua

Durante as noites e madrugadas, o Projeto Humaniza Olinda, resultado de uma parceria entre a Prefeitura de Olinda, através Secretaria de Desenvolvimento Social, Cidadania e Direitos Humanos, o Consultório de Rua e a Biblioteca Pública Municipal, juntamente com o Movimento Inspire, o Movimento Zero Lixo, a Associação dos Bombeiros Civis, Projeto Mão Amiga e diversos voluntários da sociedade civil têm levado mais qualidade de vida aos moradores em situação de rua. As ações, que ocorrem em vários pontos da cidade, têm o foco no cuidado e na prevenção da COVID-19 para esse grupo. O sucesso do Projeto é resultado da junção de força entre os órgãos públicos, ONGs e sociedade, colocando em prática a teoria de que juntos somos mais fortes. As equipes responsáveis pela iniciativa levam alimentação e orientações de saúde e de prevenção de contaminação da doença.

Imprensa Olinda

Observatório lança carta de reivindicações para a pesca artesanal frente ao Covid-19

Formado pelo Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil (MPP), a Articulação Nacional das Pescadoras (ANP), a Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e Povos e Comunidades Tradicionais Extrativistas Costeiras e Marinhas (COFREM) e a Coordenação Nacional de Comunidades Tradicionais Caiçaras (RJ-SP-PR), o Observatório dos Impactos do Coronavírus nas Comunidades Pesqueiras lança Carta de Reivindicações da Pesca Artesanal do Brasil frente à Pandemia do Covid-19. Assinado por mais de 200 entidades de todo o país, o documento demanda planos emergenciais municipais para atender as comunidades pesqueiras com casos do vírus, com estratégias de ação e assistência, disponibilizando unidades de saúde, além de informações para cada municipalidade.

Formado por núcleos, grupos de trabalho, laboratórios, pesquisadores e programas de pós-graduação de instituições acadêmicas, bem como por conselhos, associações, colônias de pesca e movimentos sociais de pescadores de todo o Brasil, o Observatório vem monitorando os impactos do Covid-19, desde o início de março, em comunidades pesqueiras de 16 municípios do Litoral, quatro do Agreste e dez do Sertão em Pernambuco, além de 16 Estados brasileiros (Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande Do Norte, Sergipe, Maranhão, Paraíba, Espírito Santo, Pará, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais).

Um dos principais problemas hoje é a falta de comercialização do pescado, que tem efeitos dramáticos para os pescadores, uma vez que essa é sua fonte exclusiva ou principal de renda. “As comunidades pesqueiras estão produzindo, mas desde que as autoridades determinaram o isolamento social devido ao coronavírus, os pescadores não estão conseguindo vender sua produção porque o comércio local e as feiras livres estão fechadas”, explica o agente social do Conselho Pastoral dos Pescadores – Regional Nordeste (CPP-NE), Severino Santos.

Segundo o Observatório, mesmo aqueles que estão podendo pescar para se alimentar, ao não poder vender, ficam sem poder adquirir outros itens de sua alimentação, levando a uma forte situação de insegurança alimentar e, mesmo, à fome. “A falta de renda também os impede de comprar produtos de higiene e limpeza necessários para se prevenir da pandemia, como o sabão”, alerta Severino Santos.

O coronavírus se soma às vulnerabilidades já presentes nas comunidades pesqueiras, recentemente castigadas pelo desastre ambiental costeiro provocado pelo derramamento de petróleo, e se multiplicam pela ausência de políticas públicas para o setor e pela falta de acesso aos direitos básicos da sua população. “O fechamento de bares e restaurantes também têm sido um problema para a comercialização do pescado neste período de isolamento social”, relata o agente social.

RESTRIÇÕES – O Observatório também solicita medidas urgentes na área de saúde. “Grande parte das comunidades de pesca não possui acesso adequado ao sistema público de saúde e não conta com postos de atendimento médico, muitas vezes tendo que se deslocar aos núcleos urbanos próximos. Essa situação se torna particularmente grave no cenário do avanço da pandemia da COVID-19”, alerta Severino.

As necessárias medidas de isolamento social adotadas em muitos estados têm graves repercussões nas comunidades de pesca. Em alguns lugares do Brasil, pescadores têm sido impedidos de pescar pelas autoridades, que têm restringido o acesso às praias e estuários. Em outras localidades, embora o grupo prossiga suas atividades enfrenta dificuldades para comercializar seus produtos.

A esses problemas, soma-se o fato de que muitas das comunidades vivem em áreas que são destinos de veranistas e turistas, sendo que muitos deles estão buscando essas localidades para passar a quarentena, aumentando ainda mais a exposição dos pescadores ao coronavírus. Além disso, há famílias de pescadores que são numerosas e moram em residências pequenas. “Muitas casas não têm condições adequadas para o isolamento de pessoas suspeitas de estarem contaminadas e mesmo para resguardar os idosos”, alerta Severino.

Confira a carta completa de reivindicações do Observatório neste link: https://observatoriocovid19pescadores.blogspot.com/p/notas-cartas-manifestos.html

#Mensagem A Quaresma e a Águia

O tempo da Quaresma é o tempo de olhar pra dentro. Tempo de arrependimento. Tempo de renovação. Tempo de nutrir a esperança nos nossos corações. A águia também passa por um tempo de renovação. Que é um tempo de renovar as unhas, o bico e as velhas penas. 

A águia é a ave que possui maior longevidade da espécie. Chega a viver setenta anos. Mas para chegar a essa idade, aos quarenta anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão. Aos quarenta ela está com as unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar suas presas das quais se alimenta. 

O bico alongado e pontiagudo se curva. Apontando contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar já é tão difícil! Então a águia só tem duas alternativas: Morrer, ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar cento e cinquenta dias.

 Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo. Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. E só cinco meses depois sai o formoso voo de renovação e para viver então mais trinta anos. 

Em nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. É tempo de ficar em casa para combater a pandemia do novo coronavírus. Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes, velhos hábitos que nos causam dor. Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que a renovação sempre nos traz. Que vivamos um tempo de quaresma e distanciamento social e sejamos águias! Fique em casa! 

Em Cristo que veio ao mundo para nos salvar, 

Reverenda. Giselle Gomes
Igreja Episcopal Anglicana

Pernambuco suspende temporariamente a entrada de pessoas em Fernando de Noronha a partir do domingo (05)

A partir do próximo domingo (05) e por um período inicial de 15 dias, o Governo do Estado de Pernambuco vai suspender a entrada de pessoas no arquipélago de Fernando de Noronha, incluindo turistas e moradores, sejam eles permanentes ou temporários. A medida foi solicitada esta semana pelo Conselho Distrital da ilha e o decreto formalizando a medida com as restrições deverá ser publicado no final de semana.

A saída de moradores e trabalhadores continua autorizada, sendo efetuada através dos voos semanais mantidos pela empresa área para manter o abastecimento e o deslocamento de pessoal. O administrador Geral de Fernando de Noronha, Guilherme Rocha, disse que a medida atinge toda população do arquipélago. Apenas servidores públicos federais e estaduais e outras categorias cujo trabalho seja considerado essencial e com autorização expressa terão acesso a ilha nesse período. Segundo ele, o prazo poderá ser prorrogado, dependendo de avaliações posteriores.

A decisão foi tomada após solicitação do Conselho Distrital da ilha. Segundo o texto aprovado pelo plenário, “tal solicitação prende-se ao fato de que existem moradores chegando a Noronha numa semana e retornando na outra, sem obedecer ao intervalo da quarentena. Solicitamos ainda que a entrada fique restrita às pessoas para serviços essenciais devidamente autorizadas pelas autoridades competentes”.

Desde o dia 21 de março de 2020, as operações de pouso e decolagem de aeronaves no Aeroporto do Distrito Estadual de Fernando de Noronha estão suspensas por conta das restrições impostas para evitar a propagação da epidemia de coronavírus. Excetuam-se à regra os voos para socorro médico e outras situações excepcionais definidas pela autoridade sanitária competente.

Secretaria de Imprensa de Pernambuco

Doutorando que pesquisa sobre COVID-19 é impedido de receber bolsa da Capes

O biomédico e cientista Íkaro Alves de Andrade (o que segura um aparelho na foto) foi recentemente aprovado em 1º lugar no Doutorado em Biologia Microbiana na Universidade de Brasília estava contando com os recursos de R$ 2.200 que tem direito como bolsa de doutorado da Capes. Mas com uma portaria do Ministério da Educação, cursos que não tiverem Conceito 5 (o de Biologia Microbiana da UnB tem 4, segundo a Capes) simplesmente NÃO TERÃO BOLSA. Ou seja: o tocantinense Ikaro, que está pesquisando sobre o mapeamento genético do Corona Vírus, cujos dados podem trazer novos recursos para o tratamento da pandemia que atinge o mundo inteiro, por não ter o mínimo básico para se manter, corre o perigo de voltar para o Tocantins sem bolsa, sem o doutorado e sem poder ajudar com seu conhecimento para combater a Covid-19.  Em entrevista exclusiva para o blog, Ikaro nos conta da sua pesquisa, dos serviços prestados ao Brasil e da tristeza de ser tolhido do direito de ter subsídios para continuar suas pesquisas. 

Do que se trata a sua pesquisa de doutorado?
A minha pesquisa de doutorado tem como intuito descobrir os novos vírus no entorno do Distrito Federal. E em relação ao Covid-19, que faz parte do meu trabalho, estou participando de um grupo de pesquisa, sobre o genoma do Corona Vírus, aqui na região do Distrito Federal. E essa questão de conhecer o genoma do vírus é muito importante, pois pode auxiliar na elaboração de novas condutas terapêuticas, que pode ajudar no monitoramento da mutação (mudança de características genéticas) nas características genéticas do vírus. Isso é importante para que se tenha conhecimento do comportamento genético do vírus aqui no Brasil. 

Fale sobre você, e por que você escolheu a Biomedicina?
Eu sou do Tocantins, o programa o qual eu faço parte é o de Biologia Microbiana, e também sou mestre em Biologia Microbiana, e eu escolhi a Biomedicina na graduação porque sempre me identifiquei com essa parte de saúde e doenças, compreender melhor as doenças e seus diagnósticos, sou um apaixonado por essa questão de compreender e estudar ainda mais os diagnósticos, e de uma forma muito especial, eu gosto muito dessa área de Microbiologia. Durante a graduação eu me identifiquei muito com essa área, e por isso decidi investir em uma pós graduação nesse segmento.

E o que você pretende fazer, agora que está sem a bolsa?
Bem, o que eu pretendo fazer a partir de agora, com essa notícia do comprometimento das bolsas que seriam implementadas, sinceramente eu não sei, infelizmente. Não sei em relação à continuação do meu trabalho de pesquisa sobre o Corona Vírus, bem como em outras pesquisas onde eu seguia trabalhando, em outros projetos como o de testagem rápida para Zika, e... Eu não sei ainda, está tudo muito incerto, se eu não tiver a bolsa, eu não vou ter como continuar aqui,pois o custo de vida em Brasília é muito alto, não há como meus pais me ajudarem e eu vou ter que voltar para o Tocantins.

Nota do Blog: Em nota oficial, a Capes fez questão de ressaltar que Íkaro não é bolsista da instituição e que o seu programa universitário não teve a nota mínima exigida pela instituição, e disse que "A Portaria 34 não mudou os indicadores do Modelo publicados anteriormente e o estudante que tem bolsa continuará recebendo normalmente o recurso até o final de sua vigência". 

De fato, Ikaro iria COMEÇAR A RECEBER a bolsa a qual teria direito, como todo pós-graduando, ainda mais quem conseguiu o 1º lugar, como ele. Os pesquisadores não podem trabalhar de carteira assinada, e consequentemente não tem os direitos da CLT (Férias, INSS, FGTS, etc.). A partir daí, vem o questionamento: estamos no começo de uma pandemia mundial e quem deveria ser apoiado é prejudicado. Isso é justo?