sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Cientista lamenta alta de casos da Covid-19

 

O cientista e coordenador do Projeto Mandacaru, Miguel Nicolelis - que era contrário à realizações dos pleitos eleitorais em 2020 - lamentou a alta de casos da Covid-19 no Brasil após as eleições - e as consequentes campanhas com aglomerações pelo Brasil - e escreveu assim em seu Twitter:

"O “Efeito Eleições” já está se manifestando com altas de casos e aumento de taxas de internação em td BR. Ninguém quis nem ao menos discutir a proposta mais correta no meio de uma pandemia fora de controle: adiar as eleições. Vamos pagar um enorme preço pela omissão deste debate".



Por solicitação do TRE, Ciclofaixa não funcionará no próximo domingo (29)

 

Atendendo ao pleito do Tribunal Regional Eleitoral, órgão responsável pela organização das eleições a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, informa que não haverá Ciclofaixa de Turismo e Lazer no próximo domingo (29).


O percurso exclusivo para bicicletas que, somado às rotas cicláveis permanentes implantadas pela CTTU, é de 160 km, estará de volta no domingo seguinte, dia 6 de dezembro. A Ciclofaixa de Turismo e Lazer é o projeto de lazer que chegou na cidade em 2013 e, de lá pra cá, conta com a participação de quase 15 mil pessoas por edição, sempre aos domingos e feriados nacionais, das 7h às 16h.


lmprensa Recife

No ar Coquetel Molotov será em janeiro de 2021

 

Com patrocínio da Natura Musical, TNT Energy Drink, Itaipava e Uninassau, um dos festivais de música mais importantes do Brasil, o No Ar Coquetel Molotov já tem a data de sua próxima edição marcada para acontecer. Em constante transformação para sempre surpreender seu público, o próximo CQTL MLTV acontece de 11 a 23 de janeiro de 2021. Essa nova grade de propostas e experimentação em festival e entretenimento decanta como um formato imersivo e sensorial híbrido onde dinâmicas virtuais unem música, arte, mundo 3D, workshops, mentorias, oficinas e uma série com shows inéditos de mais de 20 artistas nacionais e internacionais.

Uma das maiores inovações, porém não a única, é que o festival vai criar uma série conceitual gravada entre elementos naturais como a vegetação, as montanhas, o som dos animais, o açude do espaço Criatório, estúdio de gravação/ateliê localizado em Gravatá. “Se encontrar no meio dessa paisagem bucólica, é um gatilho para ressignificar velhos pensamentos, moldar novas idéias, iluminações e descobertas que também acontecem em um festival de música. Esse tipo de energia que vamos traduzir com essa série. Transportar as pessoas para uma experiência inesquecível, a qual sempre poderão revisitar. Não é somente mais uma live”, comenta Benke Ferraz (produtor e guitarrista do Boogarins) que assina direção musical da série que tem produção audiovisual da Bateu Castelo e gravação de áudio pela Fábrica Estúdios.

"Em agosto conseguimos juntar cerca de 10 mil pessoas para experimentar um formato inédito, o Coquetel Molotov.EXE, que nos rendeu a indicação para Prêmio Inovação na Web pelo WME Awards e a capacidade de multiplicar ainda mais as nossas possibilidades", conta Ana Garcia, diretora do CQTL MLTV. "E enxergando a velocidade em que esses formatos digitais podem ser rapidamente saturados, resolvemos tentar equalizar as pontas das lanças investindo em desde um mundo virtual 3D até uma série de YouTube de conteúdo altamente experimental e perene. Algo ficará online, disponível até mesmo para as próximas gerações. E tudo isso mantendo as atividades formativas e encontros".

Fomentador e constante divulgador das mais diversas cenas artísticas pernambucanas, o No Ar em sua 17º edição, anuncia a primeira de suas novidades nesta 17ª edição: a Convocatória, que irá promover mentorias para carreiras artísticas em início de construção. A ideia é a de impulsionar o cenário independente de Pernambuco, através de um edital próprio, onde os novos artistas terão a oportunidade de se inscrever para participar de capacitações envolvendo produção musical, oportunidades de visibilidade e inserção no mercado da música a nível local e nacional com instrutores do calibre de Ana Morena (Festival DoSol), Benke Ferraz (Boogarins), Marina Amano (Listo Music) e Mazili Benning (PE Squad). 

Todas as informações e o formulário de inscrições da convocatória podem ser acessados de 18 a 29 de novembro, através do: https://coquetelmolotov.com.br/novo/convocatoria-de-talentos-musicais-para-mentoria-e-qualificacao/

Aprovado na Chamada Pública de Projetos de Residência Artística do Programa Pontes, uma parceria entre o Oi Futuro e British Council, o festival No Ar Coquetel Molotov vai promover ainda uma imersão que envolve um workshop junto a um processo imersivo de criação coletiva.

CONSELHO CQTL MLTV - Ainda sob a perspectiva de inovação de 2020, surge o Conselho CQTL MLTV, com diversos produtores, artistas e curadores do Brasil, formulando possibilidades que reforcem o compromisso do festival com a música, a igualdade de gênero, a acessibilidade, a inclusão e a preservação do meio ambiente. Laura Damasceno, Carol Mattos, Thamires Cordeiro, Jorja Moura, Mariama da Mata e Ana Flor são alguns dos nomes que fazem parte do Conselho junto com a equipe do festival. 

O Festival também lançou um Manifesto que ressalta a importância da participação do público na construção do MLTV. “Temos a sorte de ter uma missão bem definida nesses 17 anos de festival que é defender a voz do independente. Essa missão - impulsionada pelas premissas de inclusão, equidade de gênero, sustentabilidade e acessibilidade e tudo que acolhe a partir desse básico- a cada dia é mais urgente. Nós temos em você nesta comunidade que ao longo dos anos nos abraçou e incentivou a fazer algo extraordinário ano a ano e isso é a nossa história, nosso processo constante”, diz um trecho do Manifesto, que segue na íntegra abaixo.

Primando por uma curadoria artística com novos talentos e revelações do Brasil e do mundo, o Molotov reflete o que há de melhor na vanguarda de festivais independentes, com programação o ano inteiro. Mais que um festival, o No Ar é uma plataforma de expressão que envolve igualdade de gênero, discussões sobre o mercado musical e shows. Um festival de resistência que fortalece suas ativações com importantes parcerias, a exemplo da Women Friendly - Empresa Amiga da Mulher e Keychange, iniciativa internacional pioneira, que estimula o equilíbrio de gênero na programação dos festivais e encoraja as mulheres a transformarem o futuro da música.

O Coquetel Molotov também faz parte da Abrafin - Associação Brasileira de Festivais Independentes, que surgiu para dialogar com o poder público e trabalhar em favor do segmento da música. A Abrafin reúne mais de 100 festivais pelo país e também ajudou a articular apoio à votação da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc no Congresso Nacional.


Isso não é um manifesto.

Com o passar dos últimos meses aprendemos que existem poucas certezas na vida. 

Sabemos que existe uma necessidade natural de nos sentirmos rodeadas - por mentes e corpos, abstrações e relatos, escapes e vivências. Um impulso que nem mesmo uma pandemia global foi capaz de nos tirar. 

Assim como músicos, que há muito dependem exclusivamente de encontros presenciais para levar seu trabalho adiante, produtoras culturais do mundo todo se viram obrigadas a ressignificar seus eventos - tanto para manter contato com seu público, quanto para sobreviverem. Vivemos a era do streaming há alguns anos, seja escutando música pelo celular ou vendo filme no computador. Mas agora, com tudo parado, os festivais independentes viram nas transmissões o único modo de continuar, se pautando por formatos que até então não dominamos - não mais criando experiências únicas para suas cenas. Para nós o desafio estava aí. 

Como transformar o que esperamos do CQTL MLTV em algo a ser consumido diante de uma tela? Por que fazer isso? 

Temos a sorte de ter uma missão bem definida nesses 17 anos de festival que é defender a voz do independente. Essa missão - impulsionada pelas premissas de inclusão, equidade de gênero, sustentabilidade e acessibilidade e tudo que acolhe a partir desse básico- a cada dia é mais urgente. Nós temos em você nesta comunidade que ao longo dos anos nos abraçou e incentivou a fazer algo extraordinário ano a ano e isso é a nossa história, nosso processo constante, juntos tornando o CQTL MLTV espaço para várias artistas inovadoras, ousadas e poderosas que conseguem expressar de forma criativa as suas experiências vividas. 

A ÚNICA CERTEZA É QUE QUEREMOS ESTAR JUNTAS.

No Ar Coquetel Molotov - 17ª edição
11 a 23 de janeiro de 2021
Patrocínio: Natura Musical, TNT Energy Drink, Itaipava, Uninassau
Apoio: Pitú
Mídia Oficial: O Grito!, Brasileiríssimos, Minuto Indie, Rádio Universitária FM
Mais informações: www.coquetelmolotov.com.br

ECI/SCGE divulga programação do mês de dezembro

 

A Escola de Controle Interno Professor Francisco Ribeiro (ECI), da Secretaria da Controladoria-Geral do Estado (SCGE), promoverá no mês de dezembro, em parceria com o Centro de Formação dos Servidores e Empregados Públicos do Estado de Pernambuco (Cefospe), o curso online “Tomada de Contas Especial: aspectos da Resolução TC No 36/2018”. Direcionado para gestores de secretarias e órgãos do Poder Executivo Estadual, esta programação será realizada nos dias 7, 9, 11 e 14 de dezembro.


Um total de 20 vagas estão sendo oferecidas, com inscrição diretamente no site do Cefospe – sgic.cefospe.pe.gov.br. As aulas, com transmissão ao vivo, por meio da plataforma Microsoft Teamsserão ministradas por Daniel Tiné, gestor governamental de Controle Interno da Diretoria de Correição (DCOR/SCGE), sempre das 14h às 17h30. Também no mês de dezembro, a ECI terá uma agenda exclusiva para os servidores da SCGE.


OUTROS EVENTOS – Além de disponibilizar, mensalmente, uma variada cartela de eventos, a Escola de Controle Interno Professor Francisco Ribeiro também organiza uma lista de cursos oferecidos por outras instituições. Para o mês de dezembro, a dica inclui os cursos online da Escola Nacional de Administração Pública (Enap). São eles: “Avaliação de impacto de programa de políticas sociais”, “Gestão de riscos no setor público” e “Elaboração de Plano de Dados Abertos”.


Ainda como sugestão da ECI para capacitação em dezembro, tem o curso “Gestão orçamentária e financeira”, promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e a palestra “Compliance na administração pública”, da Escola de Gestão Pública (EGP), do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE/PR).


PARCERIAS – Para viabilizar a capacitação permanente dos servidores, no enfoque do controle interno, a ECI/SCGE conta com o apoio de várias instituições, dentre elas, o Cefospe, a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), a Escola Fazendária (Esafaz), a Associação dos Servidores de Controle Interno de Pernambuco (Ascipe) e o Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci).


A Procuradoria-Geral do Estado (PGE-PE), o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), a Controladoria Geral da União (CGU), a Controladoria Geral do Município do Recife e a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) também integram a lista de parceiros da Escola de Controle Interno Professor Francisco Ribeiro, que vem se consolidando como um ambiente de referência na área de qualificação governamental.


Confira os links de acesso para mais informações desses cursos:

Curso “Avaliação de impacto de programa de políticas sociais” - www.escolavirtual.gov.br/curso/98

Curso “Gestão de riscos no setor público” - www.escolavirtual.gov.br/curso/127

Curso “Elaboração de Plano de Dados Abertos” - www.escolavirtual.gov.br/curso/75

Curso “Gestão orçamentária e financeira” - www.escolavirtual.gov.br/curso/257

Palestra “Compliance na administração pública” - www1.tce.pr.gov.br/conteudo/online-compliance-na-administracao-publica-palestra-online/321596/area/59


lmprensa SCGE PE

#VcNoBlog Thyana Galvão

 

A professora da UFPE Thyana Galvão volta a participar do blog com suas crônicas maravilhosas sobre o cotidiano e hoje ela fala sobre a Dor e seus significados e ressignificados. Boa leitura!

Ps: Quer part
icipar? Mande e-mail para tparanhos@hotmail.com e converse comigo.

Sobre RESSIGNIFICAR e PROSSEGUIR!
Thyana Galvão

O câncer entrou em minha vida, de forma efetiva e contundente, em 3 de novembro de 1989. Tinha completado 15 anos. Sonhava com essa idade. Minha irmã teve uma comemoração dois anos antes ao completar 15 anos, com direito a vestido rodado e bolo com fitinhas e eu sonhava com aquilo. Mas meus 15 anos não me trouxeram festa! Inicialmente, encarei minha mãe estar com câncer de mama com muito medo: perdê-la era algo tão distante, mas que foi pensado na época. Não vou mentir! Aliás, perder a mãe não está nos planos de uma adolescente de 15 anos. mas a vida é frágil e Deus traça planos que não compreendemos (a princípio). Bom, como já havia dito, meus 15 anos não me trouxeram festa, mas me proporcionaram um crescimento ímpar. Ainda me lembro dos meus pensamentos à época e como me aproximei de Deus, pedindo forças para acompanhar minha mãe (no pré e pós-operatório), ajudar em casa (nas tarefas domésticas), ser corajosa e continuar a sorrir. Lembro muito que quis, a partir daquele momento, tomar as rédeas de minha vida. Minha mãe foi submetida a uma mastectomia unilateral. Naquele tempo, não tínhamos internet (Dr. Google, etc.) para pesquisarmos como seria o procedimento. Como ela voltaria da cirurgia, como seria sua recuperação, quais cuidados necessitaria, etc. Morávamos numa casa no Janga e eu lembro como minha mãe gostava de estender as roupas no varal para exercitar os braços após a realização da cirurgia, pois havia passado por um esvaziamento axilar. Eu passei a ir ao supermercado sozinha, com a lista de compras que minha mãe escrevia para fazer a feira da casa, passei a pegar transporte público, fui aprovada numa escola técnica federal, passei a enfrentar mais meus medos sem temer viver o presente: um dia de cada vez. Minha mãe tinha 38 anos, oito a menos que tenho hoje. Lembro quando falava para meus amigos o que minha mãe havia passado. Todos ficavam surpresos, colocavam todos lá de casa em correntes de oração e torciam pela plena recuperação dela. Com a Graça de Deus, minha mãe superou o câncer. Não apenas uma vez, mas três. Nesse espaço de tempo, o câncer ressurgiu em minha vida. Nem sempre com desfechos positivos: perdi minhas avós (paterna e materna), uma tia (materna) e duas amigas queridas. 

O câncer continua sombreando a minha vida... 

3 de novembro de 2020, 31 anos após esse tal de câncer se apresentar para mim pela primeira vez, ele surge EM MIM. Dizer que receber um diagnóstico de câncer não assusta, é mentira. Ler um exame com esse diagnóstico chega a paralisar. Para mim, não foi diferente! O filme de minha vida passou, mais uma vez, em minha cabeça. As memórias vieram tão vivas, como se tivesse, novamente, 15 anos. Mas eu cresci! Continuo sendo a filha, mas hoje sou mãe. As preocupações que eclodiram em minha mente foram outras. Pude entender mais minha mãe, nos reconectamos. Se o amor é capaz de conectar as pessoas, a dor consegue RECONECTÁ-LAS! 

O diagnóstico de câncer de mama é duro. Tal qual minha mãe, me submeterei a uma mastectomia, mas bilateral. As transformações no corpo que o câncer provoca são sofridas. Dar adeus aos meus seios não é algo tão simples, mas vejo que eles cumpriram seu papel. Amamentei minhas duas filhas e tantas outras crianças. Tive muito leite! Deus me permitiu alimentar muitos filhos (de leite) e a memória (dos meus seios jorrando leite) jamais será esquecida. Enquanto minha mãe já se despedia de um seio aos 38 anos, eu amamentava minha filha, também aos 38, e, hoje, vejo que essa página pode, sim, ser virada. Não será esquecida, estará em minha memória afetiva, das minhas filhas, de outras crianças que alimentei, de outras mães angustiadas que tiveram alimento (doado por mim) para darem aos seus filhos. 

Desde o dia 03/11/2020 tenho me adaptado a estar com câncer, buscando atribuir um novo significado para a vida. Isso tem me feito enxergar novas oportunidades. Além disso, percebi que tenho coragem para encarar muitas mudanças, enfrentando as dores de peito aberto e aprendendo com elas. Tenho encontrado novos caminhos para realizar meus sonhos e eles são muitos! 

Essa tomada de atitude me faz ver, diariamente, como é possível RESSIGNIFICAR uma dor. Sim, aquela dos meus 15 anos e que me revisitou aos 17, depois aos 19, 29, etc... a cada nova visita eu cresço e (me) transformo! E mais: consigo PROSSEGUIR a vida, simplesmente vivendo-a com o que ela pode me oferecer. 

O diagnóstico de câncer tem me permitido parar e sentir mais a vida, não apenas empurrá-la pra frente, mecanicamente. Meus Deus, como é maravilhoso poder RESPIRAR, sentir o ar entrando pelas narinas, EXPIRAR, jogar o ar pra fora, sentindo o peito vibrar por estar viva! 

O diagnóstico de câncer tem me permitido enxergar que a promoção da saúde deve ser prioridade em minha vida, com a prática de exercícios físicos acompanhada de uma alimentação mais saudável. O diagnóstico de câncer tem me permitido conhecer novas pessoas com dores diferentes das minhas, me possibilitando trabalhar atitudes de empatia, amor e perdão. 

O diagnóstico de câncer tem me permitido ME conhecer mais, ouvir mais minhas filhas, ficar mais próxima a elas. Sei bem a angústia de ter uma mãe com diagnóstico de câncer e posso compreender a dor delas nesse momento! 

É claro que o choro faz parte, mas até ele vem acompanhado de muita gratidão por tudo que o diagnóstico de câncer tem me permitido VIVER e SER!