A tolerância do público parece cada vez menor com relação aos comerciais exibidos na televisão. Em março deste ano, até mesmo uma campanha do Conar foi denunciada ao próprio Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária.
A bola da vez no alvo dos denunciantes é a campanha do site de classificados Bom Negócio, criada pela NBS, que viralizou e virou meme com o bordão “Sabe de nada, inocente”, pronunciado pelo cantor Cumpadi Washington, protagonista do comercial. De acordo com o Conar, o filme recebeu aproximadamente cinquenta reclamações e vai sofrer alterações para continuar circulando.
A alegação dos consumidores? Uma maioria constituída por mulheres acha que o termo “ordinária”, dito no comercial, é ofensivo e extrapola os limites do humor. Vale lembrar que a palavra nem sequer é completada por Cumpadi Washington na propaganda.
A termo, aliás, já faz parte do repertório do cantor baiano há muito tempo. Não à toa, sempre foi utilizado em suas músicas. A decisão pela “alteração por unanimidade” aconteceu na reunião do Conselho na data de ontem (27), mas ainda cabe recurso.
Adnews
quarta-feira, 28 de maio de 2014
Incrível Hulk não morreu
Diferente do que foi publicado por orgãos da imprensa norte-americana nesta quarta-feira (28), Lou Ferrigno está vivo. O ator de 62 anos (foto) publicou um vídeo no Facebook para desmentir o boato.
"Olá pessoal, está uma linda quarta-feira, estou indo ao banco e não, eu não estou morto. Não acredite em nada do que ouvir por aí. Eu ainda vou viver muito, crianças", disse, bem humorado.
O astro é conhecido por ter interpretado o Incrível Hulk no primeiro filme do personagem. Segundo as falsas notícias de morte, Lou Ferrigno teria se envolvido em um acidente em uma estrada entre Santa Barbara e Goleta, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira. O carro do ator teria capotado diversas vezes e ele teria morrido na hora.
Portal Terra
Nota do Blog: Pedimos desculpas pela informação equivocada divulgada anteriormente
Secretaria de Agricultura apresenta ações para o Semiárido
A 25ª Feira Nacional da Agricultura Irrigada – Fenagri 2014 – vai até o próximo sábado (31), em Petrolina, no Centro de Convenções Senador Nilo Coelho. Durante a feira, o público poderá participar de minicursos, workshops e seminários, além de contar com um espaço reservado à agricultura familiar. Empresas nacionais e internacionais poderão aproveitar o evento para expor seus produtos e fazer negócios.
Os minicursos desta edição vão priorizar o processamento de frutas e produção de vinhos e sucos caseiros. O produtor vai aprender a fazer, obter informações para a certificação e como montar seu próprio negócio. Serão destacados o potencial econômico e comercial de frutas como a pêra, maçã, pitaya (fruta nativa da caatinga), romã e figo, que já vem sendo produzidas em escala comercial na região.
A Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco participa da Fenagri com uma exposição das principais ações da pasta voltadas para a agricultura familiar. Os visitantes vão poder conferir detalhes de programas como o de incentivo à criação de galinha de capoeira, as ações de convivência com o Semiárido e o Irrigação para Todos. O ambiente também é favorável à capacitação dos produtores. “A Fenagri, além de apresentar alternativas de produção e comercialização aos agricultores familiares da região, promove o desenvolvimento do agronegócio por meio de suas principais redes produtivas, como a fruticultura, a caprinovinocultura, a piscicultura, a bovinocultura de leite e derivados, a vitivinicultura, a apicultura e o enoturismo.”, destacou o presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Genil Gomes, que participa da abertura da feira.
A Fenagri vai ocupar uma área de 12 mil metros quadrados, onde serão montados os estandes que ficarão expostos à visitação com acesso livre, das 18 às 23h. Participam expositores, empresários, produtores rurais, técnicos, pesquisadores e estudantes. A realização é da Prefeitura Municipal de Petrolina, Sindicato Rural de Petrolina e a Câmara de Fruticultura de Petrolina.
Agricultura Familiar - Durante assembléia geral da ONU, 2014 foi definido como o ano internacional da agricultura familiar. Em Pernambuco, as ações são tocadas pela Secretaria Executiva de Agricultura Familiar em três eixos: implantação de redes produtivas por meio do ProRural, diversificação da produção agrícola e plano de convivência com o Semiárido. “Vamos implantar 25 mil cisternas voltadas para a produção de alimentos em Pernambuco, o que vai fortalecer a economia e estimular o acesso ao mercado”, ressaltou o secretário executivo de agricultura familiar, José Cláudio da Silva.
Secretaria de Agricultura de Pernambuco
Diogo Nogueira no Manhattan
Cantor, compositor e filho do sambista João Nogueira, o carioca Diogo Nogueira aporta no Recife para uma miniturnê na cidade, quando se apresenta pela primeira vez no palco do Manhattan Café Theatro, em três noites de shows, nesta sexta (30), sábado (31) e domingo (1°). As apresentações começam a partir das 21h, exceto o último dia, domingo, que será um almoço especial, a partir do meio-dia. A abertura da casa nos três dias fica a cargo dos Garçons Cantores.
No repertório, canções do seu último trabalho, o CD Mais Amor. Hits como “Pra Valorizar”, “Primeiro Samba”, em homenagem ao pai João Nogueira, e “Quem vai chorar sou Eu”, com participação especial de Zeca Pagodinho fazem parte do álbum. Mas, grandes clássicos do samba, como “Deixa Eu Te Amar”, “Desejo Me Chama”, “Fé Em Deus” e “Tô Fazendo A Minha Parte” integram o setlist das apresentações. “A música Primeiro Samba tem tudo a ver com a história da minha vida. Me identifico muito com a letra. Toda vez que canto fico arrepiado. Ela é uma das que mostram como a família é a base de tudo. Valorizo bastante a minha”, revela o cantor. O CD Mais Amor foi lançado no ano de 2013.
O ingresso individual custa a partir de R$ 230 (sexta), a partir de R$ 210 (sábado) e a partir de R$ 200 (domingo). O Manhattan fica na Rua Francisco da Cunha, 881 - Boa Viagem, Recife - PE, 51020-041. Mais informações pelo fone 3325 - 3372.
Hulk e a preferência nacional
O jogador Hulk nunca foi muito conhecido no Brasil, a não ser na Paraíba, onde nasceu, porque fez a maior parte de sua carreira no exterior. Aos 18 anos foi jogar no Japão, depois em Portugal e hoje defende o Zenit, da Rússia. Mas desde que começou a ser convocado para a seleção brasileira, Hulk passou a despertar o interesse feminino devido a um atributo físico: o tamanho do seu bumbum.
E depois que, em agosto passado, participou de um programa de TV no Brasil no qual constataram que ele tinha o bumbum maior do que todas as popozudas de plantão, o atacante paraibano foi catapultado a símbolo sexual nacional e galã da seleção.
Envergonhado, tímido e "muito simples", segundo suas fãs, Hulk foge totalmente do estereótipo de galã. Não ostenta ocabelo da moda, não carrega com ele aquela legião de meninas fanáticas que seguem Neymar e Fred, nem provoca gritos histéricos na saída do estádio. Não perde uma oportunidade para falar da mulher e dos filhos e de sua origem pobre carregando caixotes de madeira na feira e ainda fica vermelho quando o assunto é o seu bumbum.
O paraibano que ajudava o pai na feira em Campina Grandeantes de se tornar jogador de futebol nunca teve fama de mulherengo, segundo seus amigos. Claro que com o sucesso dentro dos gramados, despertou interesse do público feminino fora deles. "Mas ele não se aproveitava disso porque sempre foi tímido. Mas mexeu com muita gente nesse sentido", conta José Antônio da Costa, o Mano, primeiro técnico do jogador.
Em 2005, Hulk conheceu a sua mulher, a também paraibana Iran Ângelo de Souza, com quem tem dois filhos. Os dois viviam no Japão e se encontraram em um restaurante brasileiro. Iran diz em entrevistas que se diverte com a fama do marido, fica muito feliz em ser esposa de um símbolo sexual e também revela que realmente é difícil comprar sunga para ele, que a maior numeração ainda fica apertada no bumbum.
"O Hulk é lindo, mas o que mais nos atrai nele é a sua simplicidade", conta a portuguesa Patrícia Pereira Loureiro, fã incondicional do jogador que o seguiu durante os quatro anos em que ele defendeu o Porto Futebol Clube e continua no pé do jogador mesmo ele agora vivendo na Rússia. "Ele é sempre muito humilde, dá atenção a todo mundo onde quer que seja, preza muito a família e até nos consola quando choramos por ele."
Na contramão, meninas que participaram do concurso de beleza Miss Bumbum admitem sem pudor que é mesmo o traseiro do jogador que atrai a mulherada. A organização do concurso fez uma pesquisa entre as meninas participantes para que elegessem o bumbum mais bonito da seleção brasileira. A vitória de Hulk foi de goleada.
Portal UOL
Adolescentes estão desaparecidas no Paraná
Duas adolescentes de 15 anos, Beatriz Silva e sua amiga Rhayane, estão desaparecidas desde a noite da última segunda-feira (26). Elas deveriam ter entrando na aula no Colégio Lacerda Braga, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, mas não o fizeram. Desde então, a família não consegue contato com as garotas.
De acordo com Bruno Xavier, primo de criação de Beatriz, a suspeita é de um relacionamento virtual. “Temos informações de que elas podem ter ido para Minas Gerais, porque conheceram um rapaz pela internet. Não está confirmado, mas falaram até que elas estão com identidades falsas”, afirmou àBanda B.
Ainda segundo Bruno, nenhum Boletim de Ocorrência foi feito ainda, porque a polícia alegou não ter dado as 24 horas desde o desaparecimento. “Ontem a gente tentou na Delegacia do Alto Maracanã e falaram isso, só que daí me avisaram da nova lei da busca imediata, então eu retornei à delegacia e eles alegaram problemas no sistema. Ou seja, até agora a polícia não tomou nenhuma atitude, mas hoje vamos lá de novo”, explicou. Quem tiver informações sobre as meninas pode falar com a família delas no telefone: (41) 9945-4261.
Banda B - Paraná
Feira da Beleza Nordeste
Começa na próximo sábado (31) e vai até a segunda, a Feira da Beleza do Nordeste - Hairnor que tem previsão de receber mais de 45 mil visitantes no Centro de Convenções de Pernambuco. Em sua maioria, o público da feira é formado por mulheres de todas as idades que querem conhecer as novidades do segmento de cosméticos. Do interior de Pernambuco e de outros estados estão confirmadas 70 caravanas.
A feira destina-se também aos profissionais da área de beleza como cabeleireiros, manicures, maquiadores, esteticistas interessados conhecer as novas técnicas em evidência no mercado e participar de cursos práticos de capacitação, seminários, workshops e um Mega Show com especialistas internacionais.
Na área de capacitação profissional, o evento terá como atrações Kaká Moraes, um dos maquiadores mais badalados entre as celebridades do mundo televisivo no Brasil que ministrará o curso “Tendências em Maquiagens”. No segmento de cabeleireiros, os destaques serão os hair stylists franceses David Baehr e Maxime Dubois; Jimmy Negron, de Porto Rico; e Gabriel Vernucci, da Argentina que participarão de megashow com foco em tendências de cor, cortes e penteados.
Os participantes inscritos para o Congresso de Estética, o Mega Show, os Workshops ou os Cursos Práticos terão entrada gratuita no pavilhão de exposição da Feira da Beleza do Nordeste. Os participantes inscritos no Congresso de Estética, Mega Show, Workshops e Cursos Práticos terão entrada gratuita no pavilhão de exposição da Feira da Beleza do Nordeste. O ingresso para a feira, válido para os três dias, custa R$ 30,00. O valor da inscrição para cursos custa a partir de R$ 50,00 e as vagas são limitadas. Maiores informações podem ser obtidas pelo telefone: 81 3467.6572 ou pelo site www.hairnor.com.br.
Jardim sustentável
A Imobiliária Gravatá Fernando Cavalcanti está projetando um jardim sustentável na via local às margens da BR 232, em frente ao escritório da empresa. O jardim, que será mantido pela imobiliária abrigará plantas que necessitam de pouca água como pé de gravatá, grama de burro, macambira, babosa, mandacaru, palma, espada de São Jorge, entre outras. O objetivo do projeto é que o jardim ocupe o lugar das plantas que crescem com bastante frequência nas vias locais da entrada da cidade, havendo a necessidade de serem cortadas constantemente, para não atrapalhar a visibilidade dos motoristas.
Manifestação contra a Copa termina em confronto próximo ao Mané Garrincha
A 16 dias da Copa do Mundo, uma manifestação nesta terça-feira, 27, em Brasília contra os jogos reuniu cerca de 2,5 mil pessoas, parou o trânsito na capital federal e resultou em confronto direto de índios e sem-teto contra policiais, com direito a bombas de gás lacrimogêneo e uma flechada que atingiu a perna de um policial.
Perto dali - antes do protesto -, a presidente Dilma Rousseff aproveitou a reunião com empresários de 35 setores, no Palácio do Planalto, para afirmar que "não vai acontecer na Copa do Mundo o que aconteceu na Copa das Confederações". "Não vai ter baderna", garantiu.
"É a imagem do Brasil que estará em jogo", ressaltou Dilma, avisando ainda que "vai chamar o Exército", imediatamente, quando os governadores pedirem. "Estamos tomando todas as providências. Não vamos ter problemas de segurança", declarou a presidente, reiterando que "não admitirá baderna".
Embora a presidente tenha garantido que as pessoas não enfrentarão transtornos na Copa, por causa de manifestações, pelo menos três empresários tiveram dificuldade para deixar o Planalto justamente por causa da manifestação que tomava conta do Eixo Monumental.
Organizado pelo Comitê Popular da Copa DF, Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e Juntos, o ato começou de forma pacífica na rodoviária da cidade, com pautas que envolviam temas como moradia, justiça, saúde, educação e transporte. Na sequência, o grupo marchou pela capital.
No Eixo Monumental, os líderes do movimento improvisaram um tribunal, no qual a Fifa foi julgada e condenada por supostos "crimes" cometidos no Brasil. Durante o ato, um grupo de indígenas que estava na Esplanada dos Ministérios se juntou ao movimento e endossou o coro das palavras de ordem entoadas contra o Mundial.
Estadão
Festa de Nossa Senhora do Desterro
Conhecida como “Nossa Senhora da Fuga”, a Nossa Senhora do Desterro, título católico dado à Virgem Maria, recebeu diversas homenagens em Porto de Galinhas, Ipojuca. Padroeira do balneário mais visitado de Pernambuco, centenas de moradores e turistas participaram dos festejos que se estenderam por todo o dia de ontem.
Com o apoio da Prefeitura do Ipojuca, a Festa de Nossa Senhora do Desterro contou com uma programação extensa, durante cinco dias de celebração. Além dos moradores, turistas de vários lugares do Brasil acompanharam as homenagens. “Estou emocionada em participar de uma festa tão bonita. Viajei a Porto de Galinhas para desfrutar das belezas do local e ainda tive o privilégio de saudar a santa na qual sou devota,” destacou a turista de Curitiba, Ângela Souza.
Durante o período, fiéis participaram de procissões, missas, batizados, noiteiros, alvoradas festivas em várias comunidades do balneário, incluindo Maracaípe, Serrambi e Usina Ipojuca. Neste domingo, dia da padroeira, as homenagens iniciaram ao amanhecer com uma alvorada festiva, seguida de batizados, missa solene celebrada pelo Pe. Djanilson Pereira, além de procissão que percorreu as principais ruas de Porto.
Secretaria de Imprensa de Ipojuca
Casamento Coletivo em Paulista
Cerca de 20 casais dos municípios de Paulista, Abreu e Lima, Igarassu, Itapissuma e Itamaracá oficializaram o casamento na última sexta, dia 23. A Cerimônia Coletiva gratuita de casamento civil e religioso foi promovida pelo Sindicato dos Empregados do Comércio do Litoral Norte (Sindecom), que afirma que este foi o primeiro evento do gênero nestes municípios voltado à categoria. A participação nas duas solenidades foi mediante inscrição.
As cerimônias civil, ecumênica e religiosa aconteceram no mesmo dia. A civil foi realizada no Cartório de Registro Civil de Paulista 1° Ofício, no centro do município, já o casamento ecumênico foi realizado no espaço Armazém 10, às 20h, também no centro de Paulista, onde aconteceu a festa de recepção.
Para os casais da religião católica, o sindicato proporcionou uma cerimônia religiosa, que aconteceu também na sexta, às 20h, na Igreja Santa Isabel, no centro da cidade. Na igreja, os casais assinaram o termo de casamento civil. Logo após a cerimônia na igreja, os recém-casados foram conduzidos pela organização do sindicato ao espaço Armazém 10. Os trajes e as alianças foram itens opcionais dos noivos. Uma limousine conduziu as noivas aos locais que foram realizadas as cerimônias.
Uma equipe de fotógrafos esteve à disposição dos casais, que puderam registrar o momento especial. O sindicato disponibilizou dez senhas por casal."O evento teve como objetivo firmar os laços de casais que, por diversos motivos, não conseguiam realizar o sonho de oficializar a união, além de regularizar o casamento para evitar problemas futuros, caso o cônjuge venha a óbito, por exemplo,”, ressalta Fábio Porto, coordenador do evento e presidente do sindicato.
As inscrições foram abertas a todos os comerciários das regiões atendidas pela categoria, filiados ou não ao sindicato, mediante a apresentação de documentos, como o registro de nascimento, RG, CPF e comprovante de residência. Os noivos foram isentos das taxas de cartório, buffet e espaço para a cerimônia.
Defesa: Imagens de Suzane Von Richtofen no "Fantástico" eram clandestinas
Após pleitear uma liminar e conseguir proibir o "Fantástico" do último domingo de exibir uma matéria sobre o abrandamento da pena de Suzane von Richtofen, Denivaldo Barni, advogado da jovem, explicou ao UOL o porquê de sua decisão.
"O problema é o seguinte: foram imagens obtidas de dentro do estabelecimento penitenciário, de forma clandestina e não autorizada", contou ele, recusando-se a opinar sobre a postura do jornalístico da Globo, que entendeu a decisão da Justiça como uma "forma de censura". "Não posso falar pela Globo. Sei que ela cumpriu a decisão".
Questionado se Suzane – que cumpre pena de 39 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato dos próprios pais em 2002, em SP – está mesmo tentando passar por um regime mais brando, que permitiria que ela ficasse parte do dia fora da cadeia, como foi divulgado pelo "Fantástico" na ocasião, Denivaldo afirmou que não.
"Nós estamos aguardando uma decisão acerca da progressão de regime. Ou seja: ela muda de estabelecimento penitenciário, vai para um outro. Mas ainda não há nada decidido", afirmou, lembrando que o processo corre em segredo de justiça.
Procurada pelo UOL, a Globo confirmou, através da CGCom (Central Globo de Comunicação), que irá recorrer da decisão, como informou no comunicado lido por Renata Vasconcellos e Tadeu Schmidt no último domingo.
No "Fantástico" do último domingo, os apresentadores Renata Vasconcellos e Tadeu Schmidt informaram que a TV Globo foi proibida pela Justiça de exibir uma matéria sobre Suzane von Richthofen.
"O Fantástico de hoje foi proibido pela Justiça de exibir uma das matérias jornalísticas que a gente anunciou ao longo da semana. Trata-se de uma reportagem sobre Suzane, que cumpre pena de 39 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato dos próprios pais em 2002, em SP", leu Tadeu.
No comunicado, Renata leu que a matéria retrata a tentativa de Suzane de passar por um regime mais brando, que permitiria que ela ficasse parte do dia fora da cadeia.
"Atendendo a uma liminar pleiteada pelo advogado de Suzane o juiz Dálcio Giraldi do Plantão Judicial do Fórum da Barra Funda, em São Paulo, a Justiça determinou que a TV Globo se abstenha de difundir informações relativas ao segredo de justiça sobre o exame criminológico de Suzane, além de imagens de Suzane para as quais não haja autorização de captação e veiculação", completou Tadeu.
No final do comunicado, Renata afirmou que a TV Globo acredita na liberdade de expressão garantida pela Constituição Brasileira e que iria recorrer dessa decisão, que considera uma forma de censura.
Em 2006, o "Fantástico" gravou conversas em que Suzana foi orientada pelos advogados Mário Sergio de Oliveira e Denivaldo Barni a atuar durante uma entrevista ao programa. Segundo reportagem feita pela "Folha de S. Paulo" na ocasião, durante a primeira entrevista, Suzane olhou para o advogado 13 vezes e deu impressão que estava chorando 11 vezes. Em nenhum momento, contudo, apresentou marcas de lágrimas.
No dia seguinte, em um segundo encontro, em Itirapina, a 100 km de São Paulo, a reportagem da TV Globo flagrou uma conversa entre Denivaldo e Suzane. "Fala que eu não vejo", orientou Denivaldo, em frase cujo sentido não foi explicado. "Eu não vou conseguir", comentou Suzane, antes de olhar para trás, ver a família de Denivaldo e gritar, abrindo os braços.
Durante uma das seguidas interrupções que Suzane fez durante a entrevista, alegando estar abalada e não querendo mais falar sobre o assunto, a reportagem da Globo flagrou, atrás de uma porta, mais uma conversa de Suzane com um interlocutor. "Acabou, mais nada. Começa a chorar e mais nada", orientou a voz a Suzane. "Fala: 'Pelo amor de Deus, não quero mais tocar nesse assunto'". De acordo com um perito consultado pelo "Fantástico", a voz era do advogado Mário Sergio de Oliveira.
Em liberdade provisória, em 2006, Suzane von Richthofen concedeu uma entrevista exclusiva ao "Fantástico" em um apartamento do Morumbi, em São Paulo. Em determinado momento, Suzane recebeu orientações de como se comportar na entrevista. "Acabou. Mais nada. Começa a chorar e fala: 'Não quero falar mais', disse a pessoa que a orientava.
O episódio ganhou repercussão nacional.
Relembre o caso
Segundo a versão da polícia e da acusação, Manfred e Marísia von Richthofen foram assassinados no dia 31 de outubro de 2002, quando dormiam em sua casa, no bairro do Brooklin (zona sul de São Paulo).
Segundo a versão da polícia e da acusação, Manfred e Marísia von Richthofen foram assassinados no dia 31 de outubro de 2002, quando dormiam em sua casa, no bairro do Brooklin (zona sul de São Paulo).
Suzane, seu namorado na época, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian Cravinhos, entraram na casa em silêncio. Os irmãos subiram as escadas comSuzane, que os avisou de que os pais dormiam. Então, os irmãos desferiram golpes de barra de ferro contra Manfred e Marísia. Após matarem o casal, os dois cobriram os corpos com uma toalha molhada e sacos plásticos.
A biblioteca foi desarrumada para simular um latrocínio (roubo seguido de assassinato). Também foram levados cerca de US$ 5.000, R$ 8.000 e joias do casal. O dinheiro ficou com Cristian, que acabou usando uma parte do montante para comprar uma moto.
Ao deixarem o local do crime, Daniel e Suzane seguiram para um motel em São Paulo, enquanto Cristian foi a um hospital para visitar um amigo. Depois de algumtempo, Daniel e Suzane foram ao encontro de Andreas von Richthofen, irmão mais novo da jovem, que havia sido deixado por Daniel em um cibercafé. Chegaram em casa, e então Suzane ligou para a polícia informando do crime.
No decorrer das investigações, a delegada responsável pelo inquérito, Cíntia Tucunduva, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), suspeitou do comportamento de Suzane e Daniel, que protagonizavam cenas de amor mesmo diante da tragédia, de acordo com a delegada. No dia 8 de novembro de 2002, Suzane e os irmãos Cravinhos confessaram, em interrogatório à delegada, o assassinato do casal Richthofen.
Portal UOL
#OcupeEstelita: Ativistas promovem abaixo-assinado na internet
Ativistas contrários ao Projeto Novo Recife, previsto para ser construído no Cais José Estelita, zona sul do Recife, promovem um abaixo assinado através da plataforma Change.org, solicitando que o espaço seja para projetos que beneficiem a população e não apenas um grupo empresarial. Segundo os organizadores, "Social e urbanisticamente pernicioso, viola várias exigências legais, como a ausência de estudos de impacto. Nos tribunais, duas ações populares e duas ações civis públicas estão denunciando irregularidades". O abaixo-assinado, promovido pela comunidade Direitos Urbanos, está sendo remetido para o prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB). Para assinar, clique aqui
Veja, na íntegra, a carta endereçada ao prefeito:
Exmo. Sr. Geraldo Júlio, Prefeito da Cidade do Recife,
O Recife é de toda a gente. Nossa cidade tem enorme potencial urbano, econômico e
turístico, com história e patrimônio de imenso valor. No entanto, seu desenvolvimento segue um
modelo urbanístico equivocado que gera a falsa ideia de progresso. De maneira desordenada,
multiplicam-se as ruas sem pedestres, em áreas de grande adensamento, com tráfego
congestionado e tecido urbano que nada agrega ao bem-estar da população. Há um zelo excessivo
pelo espaço privado em detrimento do espaço público, reproduzindo a “negação da rua”.
Sem se levar em conta a relação entre desenvolvimento urbano e mobilidade, segurança
pública, sustentabilidade e preservação da paisagem cultural, renuncia-se à visão coletiva de cidade
e se age com objetivos imediatistas em benefício exclusivo da atividade construtiva.
O urbanismo exige, além de transporte coletivo acessível e de qualidade, a garantia de
diversidade de usos e infraestrutura que estimulem a caminhada e o uso da bicicleta. A mistura
social e de usos aumenta a segurança das ruas, otimiza a mobilidade e estimula a atividade
econômica. No Recife, entretanto, edifícios com uma única função, sejam residenciais ou
comerciais, com gabaritos exagerados para a infraestrutura do entorno, quadras sem
permeabilidade e calçadas estreitas e deterioradas são fatores que geram fluxos desnecessários de
carros, esvaziam os espaços públicos e retiram as pessoas da rua, favorecendo a insegurança.
É imprescindível que a cidade preserve sua paisagem cultural e a capacidade de acolher
bem os habitantes e os visitantes. Afora as perdas que uma mobilidade ineficiente impõe à
economia local e à competitividade, a qualidade de vida é fator fundamental na decisão de instalar
um negócio ou fixar moradia na cidade, ou na escolha do destino turístico, atividade para a qual o
Recife tem vocação ainda mal aproveitada.
Se o Recife almeja ser um polo de inovação tecnológica e de sustentabilidade deve rever
seus conceitos de desenvolvimento e a forma como vem conduzindo os procedimentos
administrativos de aprovação de projetos urbanísticos e arquitetônicos.
Para tanto, é imprescindível que o Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) - fórum que,
entre outras atribuições, é responsável pela aprovação de projetos de impacto - cumpra a missão
de zelar pelo interesse da coletividade.
Nesse contexto, merece destaque o Projeto Novo Recife, que pretende construir 12 torres
de até 45 andares no Cais José Estelita, situado no histórico Bairro de São José. Profundamente
preocupada com as consequências de um projeto de tal magnitude, a sociedade iniciou
mobilização a fim de obter informações e buscar, por meio da participação popular, a solução mais
adequada ao bairro e a toda a cidade.
Em dezembro de 2012, foram impetradas duas ações populares por representantes do
Fórum Direitos Urbanos contra a Prefeitura, denunciando irregularidades na composição do CDU.
Por sua vez, os Ministérios Públicos Estadual (MPPE) e Federal (MPF) também instauraram
investigação sobre o caso.
Foram concedidas liminares em ambas as ações. A primeira suspendeu a discussão do
projeto no dia 21/12/2012. A segunda foi descumprida em nova reunião, na semana seguinte, pela
Secretária de Assuntos Jurídicos e pela Secretária de Controle Urbano e Obras, sob o argumento de
que havia sido cassada. Na realidade, apenas a primeira liminar havia sido cassada. Portanto, a
reunião do dia 28/12/2012, a votação e a aprovação do projeto Novo Recife foram realizadas em
desobediência a uma ordem judicial válida e não impugnada por nenhuma instância.
Paralelamente, o MPPE e mais recentemente o MPF ajuizaram ações civis públicas
enumerando as ilegalidades do empreendimento, havendo, ainda, outras questões que podem ser
objeto de questionamentos judiciais.
Assim, dentre as ilegalidades do Projeto Novo Recife, destacam-se:
1) Ausência de plano urbanístico para a área do Cais, exigido pelos art. 193 e 194 do Plano Diretor
da Cidade do Recife, Lei Municipal n° 17.511/08, e pela Lei Municipal nº 16.550/00, que institui a
Área Temporária de Reurbanização do Cais José Estelita, segundo a qual não é permitido o
protocolo de qualquer projeto antes da elaboração do plano urbanístico para os seus 15,62
hectares;
2) Inexistência de Estudo Prévio de Impacto Ambiental, obrigatório por força do art. 225, §1º, IV, da
Constituição Federal, pelo art. 61 da Lei Municipal nº 16.176/96, Lei de Uso e Ocupação do Solo da
Cidade do Recife, pelo art. 10º da Lei Municipal nº 16.243/96, Código do Meio Ambiente e do
Equilíbrio Ecológico da Cidade do Recife;
3) Inexistência de Estudo de Impacto de Vizinhança, cuja obrigatoriedade é determinada pelos arts.
36 e 37 do Estatuto da Cidade (Lei nº. 10.257/01) e pelo art. 188, § 2º do Plano Diretor do
Município;
4) Ausência de parcelamento prévio do imóvel, em violação ao art. 186 da Lei Municipal nº
16.292/97 e ao art. 1°, §1°, do Decreto Municipal nº 23.688/08, que determinam que o
parcelamento é requisito prévio e imprescindível ao protocolamento do projeto inicial, à formação
do processo administrativo e à inscrição imobiliária do imóvel. Assim, no momento da formação
dos processos administrativos, não estavam registrados e nem mesmo definidos os lotes, situação
que perdura até hoje;
5) Ausência dos pareceres obrigatórios do IPHAN, ANAC, DNIT e ANTT, pois, de acordo com o art.
271 da Lei de Edificações e Instalações, Lei Municipal nº 16.292/97, “os processos que dependam
da anuência prévia ou parecer do órgão de outras esferas de governo só poderão ser aprovados,
pelo Município, quando o interessado cumprir as exigências emanadas daqueles órgãos”.
6) Violação dos art. 86 e 89 do Código de Meio Ambiente e do Equilíbrio Ecológico da Cidade do
Recife, Lei nº 16.243/96, segundo os quais os “pontos de contatos visuais entre a cidade e a
paisagem distante, os remanescentes da paisagem natural próxima que constituam áreas de
interesse ecológico, turístico e outros pontos focais notáveis terão seu descortino assegurado.”
É grave dar continuidade ao processo como se apresenta, pois questões jurídicas precedem
questões urbanísticas. Se o processo de análise é nulo, não há base para se discutir a aprovação da
proposta nem mitigações. Não ignoremos a oportunidade de assegurar a integração daquele
trecho, tanto do ponto de vista social quanto paisagístico, fazendo do Recife uma cidade melhor.
Convidamo-lo, Senhor Prefeito, a colocar-se ao lado do povo e passar da condição de réu
dessas ações populares à condição de autor, faculdade prevista no § 3º do art. 6º da Lei de Ação
Popular, Lei n. 4.717/65, para atender à moralidade administrativa, aos princípios constitucionais da
participação popular e da legalidade nos procedimentos administrativos relativos às questões
urbanas, descumpridos pela última gestão. É anseio da coletividade impedir que o patrimônio
ambiental seja apropriado para o benefício exclusivo de alguns poucos, em detrimento da maioria.
Para garantir que os erros da gestão anterior não prejudiquem a população ou os
empreendedores envolvidos, cabe à sua gestão reconduzir o processo, buscando alternativas
pautadas pela ética e pelo respeito à vontade popular. Este é o momento para retomar o papel do
poder público de mediar interesses, reequilibrando os pesos e visando ao bem coletivo.
Reivindicamos que se proceda à anulação do processo de análise do Novo Recife e que se recomece
com base num plano urbanístico. Por meio de uma operação urbana democraticamente construída,
será possível garantir potencial construtivo até superior ao previsto no Plano Diretor, desde que
submetido a um desenho urbano adequado, com visão abrangente sobre o entorno.
Acreditamos na importância da intervenção urbanística no Cais José Estelita. A
incorporação imobiliária pode ser saudável para a área, desde que orientada pelo poder público,
atendendo aos anseios e necessidades de longo prazo de toda a população recifense.
Diante de todo o exposto e pelo bem da cidade do Recife, nós, abaixo assinados,
PLEITEAMOS:
1) Quanto ao processo de planejamento e análise do desenvolvimento urbano do Recife:
I - prioridade ao pedestre e ao transporte coletivo, aos espaços públicos, ao incentivo do uso misto
e à preservação dos patrimônios histórico, ambiental e paisagístico do Recife;
II - regulamentação, por iniciativa do Poder Executivo, dos instrumentos do Estatuto da Cidade,
suprindo omissão de mais de dez anos, e revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo do Recife,
prevista pelo Plano Diretor;
III - transparência e participação popular nos projetos urbanos, por meio de divulgação antecipada
de informações, audiências, debates e consultas públicas;
IV - Estudos de Impacto Ambiental e de Vizinhança em todas as hipóteses exigidas por lei,
acompanhados da participação popular, sobretudo de audiências públicas, e que sejam analisadas
e incorporadas ao projeto as contribuições por parte da sociedade.
2) Quanto ao Conselho de Desenvolvimento Urbano:
I - que cumpra a sua missão de fórum de discussão participativa e volte a funcionar como instância
consultiva;
II - que os projetos de impacto sejam apreciados pelo CDU também de forma preliminar, deixando
claras as finalidades e consequências esperadas para a cidade;
III - que seja reformulada a composição do conselho, passando a proporção de seus membros a ser
de 60% da sociedade civil e 40% do Poder Público;
IV - que seja instituída a alternância de sua Presidência, de forma que o mandato seja exercido
durante um ano por membros do Poder Público e, no segundo ano, por membros da Sociedade
Civil;
V - que seja renovado o cadastro da Sociedade Civil a cada dois anos.
3) Quanto ao bairro de São José e ao Cais José Estelita:
I - que o Senhor Prefeito passe à condição de autor das ações populares que denunciam a violação
da moralidade e da legalidade administrativas no funcionamento do CDU;
II - revisão dos procedimentos da gestão anterior referentes ao Projeto Novo Recife, anulando-se as
etapas irregulares e ilegais;
III - definição de prazo para a elaboração do plano urbanístico para toda a área do Cais, conforme
exigido pela Lei Municipal nº 16.550/00 e pelo Plano Diretor;
IV - exigência de Estudo de Impacto de Vizinhança e de Estudo de Impacto Ambiental;
V - que o projeto só volte a ser analisado pelo CDU após todos os estudos e procedimentos exigidos
pela legislação, elaboração do Plano Urbanístico, e consideradas e respondidas as sugestões e
críticas da sociedade civil em audiências públicas.
Este é um momento de tomada de decisões que vão repercutir no futuro. Seu nome, Senhor
Prefeito, vai inscrever-se na história do Recife de uma forma ou de outra. Reiteramos o convite para
que opte pelo desenvolvimento urbano sustentável, tornando seu nome referência no processo de
reordenamento do Recife, marcado pela inclusão e orientado pelos princípios democráticos.
Veja, na íntegra, a carta endereçada ao prefeito:
Exmo. Sr. Geraldo Júlio, Prefeito da Cidade do Recife,
O Recife é de toda a gente. Nossa cidade tem enorme potencial urbano, econômico e
turístico, com história e patrimônio de imenso valor. No entanto, seu desenvolvimento segue um
modelo urbanístico equivocado que gera a falsa ideia de progresso. De maneira desordenada,
multiplicam-se as ruas sem pedestres, em áreas de grande adensamento, com tráfego
congestionado e tecido urbano que nada agrega ao bem-estar da população. Há um zelo excessivo
pelo espaço privado em detrimento do espaço público, reproduzindo a “negação da rua”.
Sem se levar em conta a relação entre desenvolvimento urbano e mobilidade, segurança
pública, sustentabilidade e preservação da paisagem cultural, renuncia-se à visão coletiva de cidade
e se age com objetivos imediatistas em benefício exclusivo da atividade construtiva.
O urbanismo exige, além de transporte coletivo acessível e de qualidade, a garantia de
diversidade de usos e infraestrutura que estimulem a caminhada e o uso da bicicleta. A mistura
social e de usos aumenta a segurança das ruas, otimiza a mobilidade e estimula a atividade
econômica. No Recife, entretanto, edifícios com uma única função, sejam residenciais ou
comerciais, com gabaritos exagerados para a infraestrutura do entorno, quadras sem
permeabilidade e calçadas estreitas e deterioradas são fatores que geram fluxos desnecessários de
carros, esvaziam os espaços públicos e retiram as pessoas da rua, favorecendo a insegurança.
É imprescindível que a cidade preserve sua paisagem cultural e a capacidade de acolher
bem os habitantes e os visitantes. Afora as perdas que uma mobilidade ineficiente impõe à
economia local e à competitividade, a qualidade de vida é fator fundamental na decisão de instalar
um negócio ou fixar moradia na cidade, ou na escolha do destino turístico, atividade para a qual o
Recife tem vocação ainda mal aproveitada.
Se o Recife almeja ser um polo de inovação tecnológica e de sustentabilidade deve rever
seus conceitos de desenvolvimento e a forma como vem conduzindo os procedimentos
administrativos de aprovação de projetos urbanísticos e arquitetônicos.
Para tanto, é imprescindível que o Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) - fórum que,
entre outras atribuições, é responsável pela aprovação de projetos de impacto - cumpra a missão
de zelar pelo interesse da coletividade.
Nesse contexto, merece destaque o Projeto Novo Recife, que pretende construir 12 torres
de até 45 andares no Cais José Estelita, situado no histórico Bairro de São José. Profundamente
preocupada com as consequências de um projeto de tal magnitude, a sociedade iniciou
mobilização a fim de obter informações e buscar, por meio da participação popular, a solução mais
adequada ao bairro e a toda a cidade.
Em dezembro de 2012, foram impetradas duas ações populares por representantes do
Fórum Direitos Urbanos contra a Prefeitura, denunciando irregularidades na composição do CDU.
Por sua vez, os Ministérios Públicos Estadual (MPPE) e Federal (MPF) também instauraram
investigação sobre o caso.
Foram concedidas liminares em ambas as ações. A primeira suspendeu a discussão do
projeto no dia 21/12/2012. A segunda foi descumprida em nova reunião, na semana seguinte, pela
Secretária de Assuntos Jurídicos e pela Secretária de Controle Urbano e Obras, sob o argumento de
que havia sido cassada. Na realidade, apenas a primeira liminar havia sido cassada. Portanto, a
reunião do dia 28/12/2012, a votação e a aprovação do projeto Novo Recife foram realizadas em
desobediência a uma ordem judicial válida e não impugnada por nenhuma instância.
Paralelamente, o MPPE e mais recentemente o MPF ajuizaram ações civis públicas
enumerando as ilegalidades do empreendimento, havendo, ainda, outras questões que podem ser
objeto de questionamentos judiciais.
Assim, dentre as ilegalidades do Projeto Novo Recife, destacam-se:
1) Ausência de plano urbanístico para a área do Cais, exigido pelos art. 193 e 194 do Plano Diretor
da Cidade do Recife, Lei Municipal n° 17.511/08, e pela Lei Municipal nº 16.550/00, que institui a
Área Temporária de Reurbanização do Cais José Estelita, segundo a qual não é permitido o
protocolo de qualquer projeto antes da elaboração do plano urbanístico para os seus 15,62
hectares;
2) Inexistência de Estudo Prévio de Impacto Ambiental, obrigatório por força do art. 225, §1º, IV, da
Constituição Federal, pelo art. 61 da Lei Municipal nº 16.176/96, Lei de Uso e Ocupação do Solo da
Cidade do Recife, pelo art. 10º da Lei Municipal nº 16.243/96, Código do Meio Ambiente e do
Equilíbrio Ecológico da Cidade do Recife;
3) Inexistência de Estudo de Impacto de Vizinhança, cuja obrigatoriedade é determinada pelos arts.
36 e 37 do Estatuto da Cidade (Lei nº. 10.257/01) e pelo art. 188, § 2º do Plano Diretor do
Município;
4) Ausência de parcelamento prévio do imóvel, em violação ao art. 186 da Lei Municipal nº
16.292/97 e ao art. 1°, §1°, do Decreto Municipal nº 23.688/08, que determinam que o
parcelamento é requisito prévio e imprescindível ao protocolamento do projeto inicial, à formação
do processo administrativo e à inscrição imobiliária do imóvel. Assim, no momento da formação
dos processos administrativos, não estavam registrados e nem mesmo definidos os lotes, situação
que perdura até hoje;
5) Ausência dos pareceres obrigatórios do IPHAN, ANAC, DNIT e ANTT, pois, de acordo com o art.
271 da Lei de Edificações e Instalações, Lei Municipal nº 16.292/97, “os processos que dependam
da anuência prévia ou parecer do órgão de outras esferas de governo só poderão ser aprovados,
pelo Município, quando o interessado cumprir as exigências emanadas daqueles órgãos”.
6) Violação dos art. 86 e 89 do Código de Meio Ambiente e do Equilíbrio Ecológico da Cidade do
Recife, Lei nº 16.243/96, segundo os quais os “pontos de contatos visuais entre a cidade e a
paisagem distante, os remanescentes da paisagem natural próxima que constituam áreas de
interesse ecológico, turístico e outros pontos focais notáveis terão seu descortino assegurado.”
É grave dar continuidade ao processo como se apresenta, pois questões jurídicas precedem
questões urbanísticas. Se o processo de análise é nulo, não há base para se discutir a aprovação da
proposta nem mitigações. Não ignoremos a oportunidade de assegurar a integração daquele
trecho, tanto do ponto de vista social quanto paisagístico, fazendo do Recife uma cidade melhor.
Convidamo-lo, Senhor Prefeito, a colocar-se ao lado do povo e passar da condição de réu
dessas ações populares à condição de autor, faculdade prevista no § 3º do art. 6º da Lei de Ação
Popular, Lei n. 4.717/65, para atender à moralidade administrativa, aos princípios constitucionais da
participação popular e da legalidade nos procedimentos administrativos relativos às questões
urbanas, descumpridos pela última gestão. É anseio da coletividade impedir que o patrimônio
ambiental seja apropriado para o benefício exclusivo de alguns poucos, em detrimento da maioria.
Para garantir que os erros da gestão anterior não prejudiquem a população ou os
empreendedores envolvidos, cabe à sua gestão reconduzir o processo, buscando alternativas
pautadas pela ética e pelo respeito à vontade popular. Este é o momento para retomar o papel do
poder público de mediar interesses, reequilibrando os pesos e visando ao bem coletivo.
Reivindicamos que se proceda à anulação do processo de análise do Novo Recife e que se recomece
com base num plano urbanístico. Por meio de uma operação urbana democraticamente construída,
será possível garantir potencial construtivo até superior ao previsto no Plano Diretor, desde que
submetido a um desenho urbano adequado, com visão abrangente sobre o entorno.
Acreditamos na importância da intervenção urbanística no Cais José Estelita. A
incorporação imobiliária pode ser saudável para a área, desde que orientada pelo poder público,
atendendo aos anseios e necessidades de longo prazo de toda a população recifense.
Diante de todo o exposto e pelo bem da cidade do Recife, nós, abaixo assinados,
PLEITEAMOS:
1) Quanto ao processo de planejamento e análise do desenvolvimento urbano do Recife:
I - prioridade ao pedestre e ao transporte coletivo, aos espaços públicos, ao incentivo do uso misto
e à preservação dos patrimônios histórico, ambiental e paisagístico do Recife;
II - regulamentação, por iniciativa do Poder Executivo, dos instrumentos do Estatuto da Cidade,
suprindo omissão de mais de dez anos, e revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo do Recife,
prevista pelo Plano Diretor;
III - transparência e participação popular nos projetos urbanos, por meio de divulgação antecipada
de informações, audiências, debates e consultas públicas;
IV - Estudos de Impacto Ambiental e de Vizinhança em todas as hipóteses exigidas por lei,
acompanhados da participação popular, sobretudo de audiências públicas, e que sejam analisadas
e incorporadas ao projeto as contribuições por parte da sociedade.
2) Quanto ao Conselho de Desenvolvimento Urbano:
I - que cumpra a sua missão de fórum de discussão participativa e volte a funcionar como instância
consultiva;
II - que os projetos de impacto sejam apreciados pelo CDU também de forma preliminar, deixando
claras as finalidades e consequências esperadas para a cidade;
III - que seja reformulada a composição do conselho, passando a proporção de seus membros a ser
de 60% da sociedade civil e 40% do Poder Público;
IV - que seja instituída a alternância de sua Presidência, de forma que o mandato seja exercido
durante um ano por membros do Poder Público e, no segundo ano, por membros da Sociedade
Civil;
V - que seja renovado o cadastro da Sociedade Civil a cada dois anos.
3) Quanto ao bairro de São José e ao Cais José Estelita:
I - que o Senhor Prefeito passe à condição de autor das ações populares que denunciam a violação
da moralidade e da legalidade administrativas no funcionamento do CDU;
II - revisão dos procedimentos da gestão anterior referentes ao Projeto Novo Recife, anulando-se as
etapas irregulares e ilegais;
III - definição de prazo para a elaboração do plano urbanístico para toda a área do Cais, conforme
exigido pela Lei Municipal nº 16.550/00 e pelo Plano Diretor;
IV - exigência de Estudo de Impacto de Vizinhança e de Estudo de Impacto Ambiental;
V - que o projeto só volte a ser analisado pelo CDU após todos os estudos e procedimentos exigidos
pela legislação, elaboração do Plano Urbanístico, e consideradas e respondidas as sugestões e
críticas da sociedade civil em audiências públicas.
Este é um momento de tomada de decisões que vão repercutir no futuro. Seu nome, Senhor
Prefeito, vai inscrever-se na história do Recife de uma forma ou de outra. Reiteramos o convite para
que opte pelo desenvolvimento urbano sustentável, tornando seu nome referência no processo de
reordenamento do Recife, marcado pela inclusão e orientado pelos princípios democráticos.
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