domingo, 13 de julho de 2025

Corrida dos Parques movimenta Zona Norte do Recife com esporte, cultura e identidade


Recife foi palco, neste domingo (13), da estreia da Corrida dos Parques, iniciativa que reuniu cerca de 2.500 participantes e transformou as ruas da Zona Norte em um verdadeiro circuito de celebração urbana. Com largada e chegada no Parque Santana, o evento ofereceu percursos de 6 km e 10 km, passando por vias emblemáticas como Rui Barbosa e Dezessete de Agosto.

Mais do que uma competição esportiva, a corrida trouxe à tona o sentimento de pertencimento e valorização dos bairros da região. Sob o slogan “O corre dessa vez é em casa”, o evento promoveu a ocupação qualificada dos espaços públicos e incentivou a conexão entre moradores e suas comunidades.

Durante o trajeto, famílias prestigiaram os corredores nas calçadas, músicos locais animaram o percurso e o clima foi de festa popular. Para Camila Ferreira, moradora do Poço da Panela, participar da prova foi uma experiência marcante. “Não é só sobre correr, é sobre ocupar nosso bairro com orgulho, saúde e alegria”, afirmou.

O educador físico Rafael Menezes, que atua em assessoria esportiva na região, destacou o impacto social da iniciativa: “O trajeto mostrou a beleza dos nossos bairros, dos nossos parques, das nossas ruas. Foi uma experiência que uniu esporte com identidade e pertencimento.”

A organização do evento, conduzida pela Prensa Marketing Esportivo, garantiu suporte técnico, postos de hidratação e acolhimento para todos os níveis de atletas. Segundo o coordenador Caio Vila Verde, o propósito de mostrar Recife como cenário ideal para eventos que unem esporte e urbanismo foi plenamente alcançado. “Ver famílias, atletas e moradores compartilhando esse momento foi a prova de que esse formato funciona e emociona”, declarou.

A Corrida dos Parques encerrou sua primeira edição com a promessa de novos encontros que celebrem a vida nos bairros e promovam o bem-estar coletivo.

Rádio Mulher Apresenta Especial Sobre o Legado de Manina Aguiar


Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco – A Rádio Mulher transmitirá na próxima segunda-feira, 14 de julho de 2025, um programa especial dedicado ao legado de Manina Aguiar, figura importante para o Centro das Mulheres do Cabo e para a própria Rádio Mulher. O programa, intitulado "O legado de Manina Aguiar no Rádio Mulher e no Centro das Mulheres do Cabo", irá ao ar a partir das 8h.

Apresentado por Sandra Oliveira, educomunicadora do CMC, o especial contará com entrevistas de Izabel Santos, Coordenadora Geral do Centro das Mulheres do Cabo, e Nivete Azevedo, Coordenadora de Programas Institucionais do Centro das Mulheres do Cabo. As convidadas abordarão a trajetória e a influência de Manina Aguiar nas iniciativas e no desenvolvimento dessas importantes instituições.

A transmissão será realizada pela página do Facebook do Centro das Mulheres do Cabo, pelo Instagram (@centro.das.mulheres) e pela Rádio Calheta FM 98.5. O programa promete ser uma homenagem e um aprofundamento na contribuição de Manina Aguiar para o empoderamento feminino e a atuação social na região.

Morre, aos 43 anos, o youtuber Merlin das Trevas: uma voz crítica da internet brasileira

 


Faleceu na última sexta-feira (12), aos 43 anos, o youtuber brasileiro Anderson Martins da Silva, conhecido como Merlin das Trevas, após sofrer uma infecção generalizada decorrente de complicações cirúrgicas. A notícia abalou seguidores e integrantes da cena digital alternativa, que acompanham há anos os vídeos ácidos e reflexivos produzidos por ele no YouTube.

Merlin ficou conhecido por seu conteúdo político e filosófico, abordando temas como capitalismo, religião, marxismo, direitos humanos e conjuntura nacional. Com linguagem direta e tom provocador, ele se tornou uma figura influente entre jovens engajados com pautas progressistas e da esquerda radical. Seu canal, criado em 2016, acumulou milhares de visualizações e atraiu um público fiel que encontrava ali espaço para pensar fora da caixinha.

Além de vídeos completos, Merlin mantinha o canal Merlin das Trevas – Cortes, onde trechos de suas falas eram compartilhados com destaque para debates políticos e sociais. Seus conteúdos polêmicos frequentemente geravam discussões acaloradas, mas também elogios por sua postura combativa e pelo incentivo à reflexão.

A morte inesperada gerou homenagens nas redes sociais e foi marcada pela publicação do vídeo “In Memória de Merlin das Trevas”, destacando sua trajetória como comunicador independente. Para muitos, Merlin foi uma das poucas vozes digitais que ousaram desafiar discursos dominantes e provocar o pensamento crítico.

Espaço Chapéu de Palha na Fenearte 2025 promove sustentabilidade e inclusão social


Recife — Um dos destaques da Fenearte 2025, maior feira de artesanato da América Latina, é o espaço dedicado ao programa Chapéu de Palha, coordenado pela Secretaria de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional de Pernambuco (Seplag-PE). O estande tem como missão divulgar as ações do programa que beneficia cerca de 20 mil famílias em 95 municípios do estado.


O ambiente chama atenção pela sua decoração temática, que representa com sensibilidade os trabalhadores da Cana-de-Açúcar, Fruticultura e Pesca Artesanal — setores atendidos pelo programa. Ali, o público encontra informações sobre as iniciativas do governo, além de participar ativamente de ações voltadas à educação ambiental.


Um dos pontos altos é a distribuição gratuita de mudas de mais de 20 espécies nativas da Mata Atlântica, como Pau-Brasil, Pitanga, Cajá, Biriba e Massaranduba. No total, cerca de 2 mil mudas estão sendo entregues aos visitantes, reforçando o compromisso com a sustentabilidade e recuperação ambiental.


O espaço também funciona como uma vitrine das políticas públicas do Estado, ressaltando valores como transparência, comprometimento social e a valorização da cultura local. Mais que um ponto informativo, o Chapéu de Palha na Fenearte representa um elo entre o campo e a cidade, conectando os saberes tradicionais aos desafios contemporâneos.

#VocêNaFenearte Se mostre na Feira das Feiras

 

🎪✨ Brinquedos com afeto, cultura e identidade: a Oi Keka está presente na 25ª Fenearte com suas criações artesanais que encantam todas as idades! Visite o Espaço Sebrae – Estande 23, entre as ruas 16 e 17, pertinho da praça de alimentação, e conheça bonecos, brincos e acessórios feitos à mão, cheios de brasilidade e alegria. Vem brincar com a arte! 🧸🎨💛

Instagram: @oikeka


🏺✨ Arte que pulsa tradição: direto de Tracunhaém, a ceramista Dheny Santos expõe na 25ª Fenearte suas esculturas e colares decorativos feitos à mão com argila branca e terracota. Cada peça carrega história, afeto e ancestralidade!  Visite o Estande 38 – Rua 01, no Centro de Convenções de Pernambuco. Até 20 de julho.

Decoração com identidade é aqui! 🤎🔥
Instagram: @dheny_santos.ceramista


🍛✨ O tempero é baiano, mas a presença é pernambucana! Maria Cozinheira, nome fantasia de Maria Cleide dos Anjos, está na 25ª Fenearte com seus produtos  deliciosos e sustentáveis, cheios de sabor, afeto e consciência ambiental. Visite o estande dela na Rua 19 – Estande 509 e descubra como a comida feita com carinho, ingredientes locais e responsabilidade transforma cada refeição em um gesto de cuidado com você e com o planeta. 🌿🔥

Tempero com propósito é aqui! ❤️🥄



🧡✨ Cada peça da Janaína Dutra Design carrega alma, tempo e afeto. Feitos à mão em cerâmica e resina, os acessórios da marca unem arte, moda e memória em colares, brincos e broches com texturas orgânicas e design delicado. Visite o Estande 21 – Rua 01 na 25ª Fenearte e conheça a beleza do artesanal com propósito. Vestir uma história nunca foi tão elegante!

Instagram: @janainadutradesign



🌟 Cultura, arte e afeto em movimento! Conhecidas como Cacau e Poly, as comunicadoras Cláudia Rebêlo e Poliny Aguiar seguem fortalecendo a cena cultural pernambucana com o portal ClickREC. Na 25ª Fenearte, Cacau marcou presença ao lado do escultor em madeira Gegê Pedrosa, celebrando a beleza das formas e da resistência artística. Quer conhecer o trabalho incrível de Gegê? Visite o Estande 110 – Rua 03 e se encante com esculturas que transformam madeira em poesia visual. ✨🪵

Instagrans: Cacau e Poly: @cacau_e_poly
                   Gegê Pedrosa: @gege_pedrosa 


Os atores Márcio Maracá, Pedro Dias e Naomy Sururu fizeram uma divulgação dentro da 25ª Fenearte, sobre o show especial dos 50 anos da Banda Som da Terra, que aconteceu no Teatro Guararapes, que teve a presença de vários artistas locais e nacionais, e ainda homenageou o Chacrinha (1917-1988).

Instagram Pedro Dias: @pedrodiasator


🪵✨ Mestre do interior, Luiz Benício transforma madeira em arte com alma sertaneja! Ao lado do filho Lindomar, ele apresenta na Alameda dos Mestres da 25ª Fenearte suas esculturas rústicas feitas com madeira de reaproveitamento — peças que contam histórias do cotidiano, da fé e da natureza nordestina. Visite o estande logo na entrada da feira e sinta a força da arte popular que atravessa gerações! 🤎🔥

Instagrans: Luiz Benício - @atelieluizbenicio
                  Lindomar - @lindomarartesao

Lagoa Grande marca presença na 25ª Fenearte com foco na vitivinicultura e cultura regional

 

Durante a 25ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), realizada na última quinta-feira (10), o município de Lagoa Grande se destacou em agenda institucional com participação ativa de representantes da gestão pública e da cultura. O Secretário de Relações Institucionais, Sílvio Rodrigues, esteve no evento ao lado da prefeita Catharina Garziera e da produtora cultural Dani Gouveia.

Na ocasião, foi anunciada a produção do Wine Day, evento promovido pelo Instituto do Vinho que acontecerá no dia 5 de agosto no Cais do Sertão, sob coordenação de Gouveia. O encontro, voltado à valorização da vitivinicultura do Vale do São Francisco, promete reunir produtores, especialistas e apreciadores da tradição vinícola da região.

A presença das autoridades na Fenearte, maior feira de artesanato da América Latina, reforça o comprometimento da gestão municipal com o fortalecimento da identidade cultural, do artesanato local e da cadeia produtiva do vinho — setor que tem colocado Lagoa Grande em evidência como polo vitivinícola do Nordeste.

📍 O Wine Day será mais uma oportunidade de divulgar os sabores, saberes e potenciais econômicos da região, em um evento que une tradição, inovação e celebração da cultura sertaneja.

O Secretário de Relações Institucionais, Sílvio Rodrigues, a prefeita de Lagoa Grande, Catharina Garziera e a produtora cultural Dani Gouveia. Fotos: Paula Maestrali

Grife social Recycle leva esperança e inclusão à Fenearte 2025

 


Na 25ª edição da Fenearte, a maior feira de artesanato da América Latina, um dos destaques da ala de Organizações Não-Governamentais é o estande da Creche-Escola Maria de Nazaré, que apresenta ao público a grife Recycle – Projeto Construindo o Amanhã. A iniciativa oferece muito mais do que bolsas e bonecas feitas com tecidos e jeans doados: ela é símbolo de inclusão, resistência e transformação social.

A Recycle surgiu do trabalho das mães atendidas pela creche, que, enquanto seus filhos participam de atividades culturais e esportivas no contraturno escolar, se dedicam ao corte e costura e ao aprendizado de uma profissão. “Com recursos de doações, atendemos famílias inteiras”, explica a coordenadora de projetos, Regina Amaral.

Fundada oficialmente em 17 de maio de 1997, a Creche Escola Maria de Nazaré é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua desde os anos 1980 na cidade do Paulista, em Pernambuco. Sua história nasceu da observação da vulnerabilidade social na comunidade de Jardim Paulista, onde questões como alcoolismo, gravidez precoce, evasão escolar e ausência de oportunidades empurravam famílias para ciclos de pobreza e exclusão.

Hoje, a entidade oferece apoio educacional, cultural, esportivo, nutricional e profissionalizante para crianças, adolescentes e jovens das comunidades de Jardim Paulista, Paratibe e Mirueira. Com um trabalho focado na promoção da cidadania e na construção de um futuro mais justo, a creche é referência em assistência comunitária e desenvolvimento humano.

📍 Serviço

  • Recycle na Fenearte
    Rua 21 – Estande 586
    Até 20 de julho
    Centro de Convenções de Pernambuco

  • Creche Escola Maria de Nazaré

    1. Cinqüenta e Um, 89 – Jardim Paulista, Paulista – PE
      Instagram: @crechemarianazare

#SendoProsperidade com Mariângela Borba

 


O Jogo Político da Taxação do Aço: a Peça no Xadrez Global além do Julgamento

Por Mariângela Borba

 

Olá, leitor do #SendoProsperidade, tudo bem com você? No artigo desta semana abordo um tema de política internacional muito difundido ultimamente e que está incomodando bastante, não apenas por não ser abordado com um viés menos passional/extremista (seja de direita ou de esquerda), mas por estar parecendo mais uma briga de egos inflados. Trouxe esse tema aqui porque muito tem se falado em A ou B, mas de maneira vaga e sem um olhar amplo, apenas de modo supérfluo. O presidente Trump também deu margem a isso, quando citou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas a questão é que em política internacional é comum diversos fatores se entrelaçarem e figuras públicas serem usadas para justificar ou encobrir determinadas ações – como na tão conhecida expressão “boi de piranha”. A partir do dia primeiro de agosto, os EUA irão impor uma taxação ao Brasil e cobrar 50% em cima de um fornecedor específico de aço brasileiro como uma forma de proteger as indústrias norte-americanas e essa taxação foi tomada em meio a tensões políticas (https://www.france24.com/en/americas/20250710-trump-slaps-50-tariff-on-brazil-demands-end-to-bolsonaro-trial). 

 E, sobre isso, cada um diz uma coisa, mas, na verdade é uma medida política com fortes consequências econômicas para ambos os lados, não é nenhuma medida protecionista tão simples assim. O que não se vem abordando muito é a conexão existente entre a taxação do aço e o BRICS – porque a polarização cega as pessoas e faz só enxergarem direita e esquerda mas esquecem de analisar a geopolítica como um todo. De acordo com as notícias da última semana, essa medida do governo Trump é vista não apenas como uma questão comercial, mas também como uma resposta a um cenário geopolítico mais amplo que envolve o Brasil e sua participação no bloco BRICS. A decisão parece ser uma estratégia mais ampla dos EUA para lidar com países que se alinham com as políticas do BRICS, ou seja, a taxação está sendo conectada a questões de políticas internas do Brasil, como o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (https://www.bloomberg.com/news/articles/2025-07-09/trump-hikes-brazil-tariff-to-50-after-brics-bolsonaro-flaps). Essa abordagem cria um clima de incerteza nas relações comerciais e pode ter consequências econômicas para ambos os países, afetando setores que dependem do comércio bilateral. A taxação do aço pode ser uma medida com motivações econômicas e geopolíticas mais amplas. A situação do ex-presidente Jair Bolsonaro pode estar sendo usada como um pretexto para legitimar essa decisão, por isso que é importante analisar a situação com cautela e considerar todas as perspectivas envolvidas, porque essa pode ser apenas uma interpretação possível e a realidade pode ser bem mais complexa.

Poderia, até, ser como a guerra comercial que o Trump iniciou com a China, impondo tarifas elevadas sobre os produtos chineses, mas que tiveram um impacto significativo na Europa. A China retaliou, elevando suas próprias tarifas sobre as importações dos EUA, embora, em compensação, essa diminuição do comércio entre os países terminou forçando a União Europeia a estreitar os laços econômicos com a China, intensificando a competição entre produtores europeus e chineses (https://carnegieendowment.org/europe/strategic-europe/2025/04/taking-the-pulse-in-light-of-trumps-tariffs-should-europe-get-closer-to-china?lang=en). Logo, essa taxação de 50% sobre o aço brasileiro não é tão simples assim e pode trazer impactos diversos, não apenas tornando mais densas as relações políticas e diplomáticas entre os dois países. O aço brasileiro mais caro nos EUA, pode reduzir a competitividade e diminuir as vendas do fornecedor brasileiro. Isso pode levar à perdas financeiras, redução da produção e demissões. Em relação ao nosso país, a medida pode afetar negativamente a balança comercial entre os dois países, além de gerar desconfiança e incerteza em relação às políticas comerciais norte-americanas e, lógico, que o custo do aço aumentará para as empresas da terra do “Tio Sam” que dependem desse material, o que pode aumentar a competitividade das suas indústrias (https://www.investors.com/news/brazil-tariffs-trump-ewz-stock/).

Daí você pode perguntar: mesmo essa taxação sendo em cima de uma indústria específica de aço, ela pode impactar o Brasil tanto assim, como muitos estão noticiando?

Sim, a retaliação em resposta à taxação de Trump pode atingir diretamente o nosso país em várias áreas. Pode haver uma redução nas exportações brasileiras para os EUA, afetando setores específicos da balança comercial; a retaliação pode gerar um clima de incerteza e desconfiança nas relações internacionais, prejudicando as negociações e acordos comerciais futuros; alguns setores específicos podem ser mais afetados que outros, dependendo dos produtos e serviços que forem alvo da retaliação e a incerteza pode levar a uma redução nos investimentos estrangeiros no Brasil. Esses exemplos são apenas uns dos possíveis impactos e o cenário real pode variar dependendo das medidas concretas que forem tomadas e da evolução da situação. Está tudo no princípio e estamos falando de uma realidade que ainda vai chegar. O que podemos, já, prever é que essa medida pode gerar um efeito cascata, afetando a percepção do país como um parceiro comercial confiável e influenciando decisões de investimento. Além disso, dependendo da importância dessa indústria para a economia brasileira, a retaliação pode ter um impacto indireto em outros setores e na balança comercial como um todo.

Seja você a favor do Bolsonaro ou do Lula, saiba que essa taxação pode ser um “tiro no pé” para as economias de ambos os países, embora com maior intensidade nos EUA, porque tudo pode triplicar o preço por lá, e o buraco é muito mais embaixo. O teatro sujo que vem comandando a política global não tem a ver com a prosperidade do povo, mas com traumas, egos feridos e alianças pessoais que não dizem nada sobre os interesses reais das nações. O que o povo quer, é simples: emprego, dignidade, saúde mental, segurança, prosperidade, paz. Mas, pelo visto, nossos destinos estão sendo decididos por senhores que brigam por feridas internas e projetos pessoais, não pelo bem coletivo. O grande risco disso tudo é que o povo se torna refém do teatro narcisista desses líderes e sente isso na pele, no estômago e no bolso. Porque no fim das contas, quem paga as contas são os agricultores que exportam e veem tarifas subirem. São os pequenos empresários esmagados por juros. É o trabalhador endividado que não consegue crédito porque o país está em guerra cambial. São famílias brigando em grupos de WhatsApp por narrativas que não colocam comida na mesa. O Povo virou escravo do desejo interno desses senhores, essa é a bruta realidade. E é um fenômeno global que escancara o fracasso moral das lideranças contemporâneas.

Nos EUA, baby boomers como Trump e Biden, ambos com quase 80 anos, ainda definem as regras para uma nação inteira que tem uma parcela significativa de jovens que só querem tecnologia, meio ambiente e saúde mental. Já no Brasil, políticos, também senhores, marcados pela ditadura e pelo medo do comunismo ou da volta da ditadura continuam a usar fantasmas antigos para controlar as massas. A crítica aqui não é questão de etarismo, mas de apontar um descompasso entre as prioridades de diferentes gerações, com respeito e sem generalizações. As ambições e medos desses velhos líderes que governam são o que regem nossos países. É por isso que nada melhora para o povo no meio dessa eterna disputa. Tudo vira embate porque o ego é muito inflado.

Por um lado, os EUA, aumentam o custo dos produtos importados e prejudicam setores que dependem de insumos brasileiros. Já no Brasil, as exportações podem ser reduzidas e afetarem o crescimento econômico. No entanto, o impacto exato dependerá das medidas específicas que forem tomadas e da capacidade de cada país se adaptar à situação.

O que a gente precisa urgentemente é começar a pensar muito além de direita ou de esquerda, para não cair sempre no mesmo dilema e no mesmo embate. Cansa! E, como dizia Bertolt Brecht, quem está preso a esse binarismo, ainda é um analfabeto político. O problema é muito mais complexo, estrutural e global e essa realidade só vai mudar quando as pessoas tiverem maturidade e saírem da infantilidade das torcidas organizadas. Essa mudança só começa quando a gente questiona, pensa e conversa sobre isso abertamente, sem filtros ideológicos que cegam. Não adianta sonhar com um mundo diferente se as pessoas são as mesmas e não têm coragem para ter esse tipo de conversa. O futuro pode ser nosso, mas a partir do momento que tivermos coragem de construirmos uma narrativa sobre liberdade e prosperidade real.

 

Mariângela Borba é professora, jornalista profissional, revisora credenciada, social media, Produtora Cultural, especialista em Cultura Pernambucana pela Fafire, foi secretária executiva do MinC, secretária de Imprensa de Paulista (PE), membro do Conselho Municipal de Política Cultural, atuou como representante da Pastoral de Comunicação da AOR, onde realizou o Curso de Doutrina Social da Igreja e é membro da Associação de Imprensa de Pernambuco (AIP) que teve como um dos fundadores, seu bisavô, o também jornalista Edmundo Celso.


Foto: Agência Brasil