quarta-feira, 29 de março de 2017

Daqui a pouco, o sinal analógico será desligado em toda a Grande São Paulo

O sinal analógico de televisão será totalmente desligado em São Paulo e em outros 38 municípios da região metropolitana às 23h59 desta quarta-feira (29). Quem tem TV analógica vai precisar ter conversor e a antena digital para poder ver as imagens. As TVs de Led já são digitais.

Pesquisa do Ibope feita entre os dias 11 e 24 de março constatou que 90% dos domicílios da Grande São Paulo estão preparados para receber o sinal digital. A estimativa é que nesta quarta este índice já esteja em 92%. Somando quem tem antena parabólica, ele sobe para 95%. A entrega de conversores digitais para inscritos em programas como o Bolsa Família deverá continuar por 45 dias depois do desligamento da TV analógica, mas esse prazo pode ser prorrogado.

Grande Recife - A transição definitiva acontecerá no dia 26 de julho de 2017. Com a transmissão digital, a imagem e o som são de melhor qualidade, livre de chiados, chuviscos e fantasmas. No Recife e na região, no período de transição, durante a programação dos canais de TV aberta vai aparecer um sinal com a letra "A", que indica que sinal é analógico. Com a proximidade do prazo da migração do sinal, a letra "A" aparecerá com maior frequência e, dois meses antes do prazo, a indicação ficará fixa na tela. No dia 26 de julho de 2017 o sinal analógico será desligado e apenas o digital estará disponível. 

Além do Recife, outros 13 municípios de Pernambuco terão o sinal analógico desligado: Abreu e Lima, Araçoiaba, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Itapissuma, Jaboatão do Guararapes, Moreno, Olinda, Paulista e São Lourenço da Mata.

A expectativa é de que, em 2023, a TV digital esteja disponível em todos os domicílios do país. Ao todo, R$ 3,6 bilhões serão disponibilizados para tanto – quantia custeada quase que integralmente por empresas de telecomunicações.

Tire suas dúvidas no site sejadigital.com.br  

Com informações do Portal G1 e do Diário de Pernambuco

Conservatório Pernambucano de Música realiza concerto em homenagem ao Bicentenário da Revolução de 1817

Em homenagem ao Bicentenário da Revolução Pernambucana de 1817, o Conservatório Pernambucano de Música (CPM), em parceria com o Consulado Geral da França no Recife, realizará uma noite marcada pelos ideais franceses de “igualdade, fraternidade e liberdade” que inspiraram os pernambucanos no sonho de independência de 1817. O concerto, que acontece nesta quinta-feira (30.03), às 20h, no Teatro de Santa Isabel, trará um repertório de música vocal francesa e pernambucana.

O evento terá a participação do Coro de Câmara do Conservatório Pernambucano de Música e da Orquestra de Câmara de Pernambuco sob a regência do maestro José Renato Accioly. Os músicos apresentarão o resultado de uma capacitação com cantores líricos do Recife, fruto de uma cooperação entre o CPM e o Governo francês, sob orientação do professor de canto Jasmin Martorell.

No repertório, extratos de duas famosas óperas francesas - Carmem e Os Contos d’Hoffmann -, além da Grande Missa Nordestina, composta pelo compositor caruaruense Clóvis Pereira, que, na ocasião, será homenageado pelos seus 85 anos. A entrada no evento é gratuita, porém o público terá que retirar o ingresso uma hora antes do evento, na bilheteria do Teatro, localizado na Praça da República, s/n, no bairro de Santo Antônio.

Secretaria de Imprensa de Pernambuco

Governadores do Nordeste definem pauta para reduzir desemprego e retomar o crescimento econômico

Os governadores do Nordeste fizeram hoje (29/03) o primeiro encontro do ano para discutir temas de interesse da região. A reunião contou com as presenças do anfitrião, Camilo Santana, e dos governadores Wellington Dias (Piauí), Robinson Faria (Rio Grande do Norte), Renan Filho (Alagoas) e Ricardo Coutinho (Paraíba) e do vice-governador de Sergipe, Belivaldo Chagas. Paulo participou com os secretários Márcio Stefanni (Planejamento e Gestão) e Marcelo Barros (Fazenda). Na "Carta de Fortaleza", os líderes dos Estados nordestinos relacionaram temas de interesse regional. Leia a Carta assinada pelos governadores:

CARTA DE FORTALEZA
Pelo crescimento econômico e emprego no Nordeste

Reunidos na cidade de Fortaleza (CE), no dia 29 de março de 2017, os governadores do Nordeste debateram a situação fiscal, previdenciária e social que aflige as populações dos estados nordestinos. A partir de uma análise sobre os números do chamado “déficit da previdência”, ficou evidenciado a necessidade de discutir e propor uma solução para o problema que não penalize os mais pobres e as mulheres. 

O sistema previdenciário brasileiro envolve uma parte significativa de seguridade social, que é responsável por garantir uma vida mais digna a milhões de brasileiros. Portanto, existe concordância com a necessidade de implantar medidas para reformar a previdência brasileira, mas preservando a cidadania, o bem-estar social, protegendo especialmente os trabalhadores rurais, as mulheres e o acesso aos Benefícios de Prestação Continuada (BPC). 

No encontro, foi apresentada uma proposta que consegue equilibrar a previdência dos Estados e, ao mesmo tempo, minimizar o grave problema fiscal do pacto federativo brasileiro. Todos os Governadores presentes firmaram um pacto em defesa da redistribuição das “contribuições sociais” - PIS, Cofins, CSLL - com estados e municípios. É uma saída plenamente possível e responsável que reequilibra as contas públicas dos estados nordestinos e possibilitará a retomada imediata de investimentos públicos. Nos últimos 50 anos houve uma redução de 40% na participação dos estados do chamado “bolo tributário”. A Constituição de 1988 descentralizou despesas – saúde, segurança e educação, principalmente –, porém manteve a concentração da receita na União. O processo de aumento de impostos no Brasil – tão criticado por vários setores da sociedade – se deu nas chamadas contribuições sociais, que não são repartidas com estados e municípios. Agora, é o momento oportuno para construir uma proposta que promova o desenvolvimento sustentável e inclusivo. 

Além destes dois pontos centrais, foram elencados como matéria importante para o Governo Federal deliberar imediatamente: 


a) A obtenção imediata do alongamento das dívidas do BNDES sem diferenciação de fontes, incorporando todas as linhas de financiamento;

b) Liberação dos empréstimos já autorizados em 2016;

c) a convalidação dos incentivos fiscais, fazendo a transição para um sistema que acelere o crescimento econômico das regiões Norte-Nordeste;

d) Apoio à Emenda Constitucional que autoriza a securitização da Dívida Ativa do setor público brasileiro;

e) O não contingenciamento das obras hídricas no orçamento do Governo Federal; 

f) Ampliar as fontes de financiamento à saúde, assegurando aos menos favorecidos o direito garantido pela Constituição Federal; 

g) Liberação da bolsa estiagem e também a suspensão dos pagamentos das dívidas dos agricultores afetados pela seca; 

h) Garantir a imediata realização dos leilões de energia solar e eólica suspensos em dezembro de 2016, e apoio a projeto para partilha das receitas de Energias Renováveis beneficiando estado e município da origem da energia; 

Os Governadores entendem que estas medidas são essenciais para a retomada rápida do processo de geração de emprego e redução das desigualdades no Nordeste. 


Camilo Santana 
Governador do Estado do Ceará

Paulo Câmara
Governador do Estado de Pernambuco

Robinson Faria
Governador do Estado do Rio Grande do Norte

Ricardo Coutinho 
Governador do Estado da Paraíba 

Wellington Dias
Governador do Estado do Piauí

Renan Filho 
Governador do Estado de Alagoas

Belivaldo Chagas
Vice-Governador do Estado do Sergipe


Secretaria de Imprensa de Pernambuco

Câmara arquiva PEC que permitiria cobrança por cursos em universidades públicas

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 395/14, que permitiria às universidades cobrarem por cursos de pós-graduação lato sensu (especialização), de extensão e de mestrado profissional foi arquivada. Eram necessários 308 votos para a aprovação da matéria em segundo turno na Câmara dos Deputados, mas 304 parlamentares se posicionaram a favor e 139, contra.

O texto já havia passado pela Câmara em primeiro turno e alterava o Artigo 206 da Constituição Federal, que determina a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais. Na ocasião, os parlamentares aprovaram um substitutivo do deputado Cléber Verde (PRB-MA), que alterou a proposta inicial para incluir o mestrado profissional como passível de cobrança. O tema foi o principal ponto de polêmica entre os deputados. Parte da base aliada defendeu a medida, e a oposição contestou os argumentos dos governistas, alegando que a proposta poderia levar à privatização do ensino público.

Antes da rejeição da PEC, Celso Pansera (PMDB-RJ) negou a intenção de privatizar o ensino público. Para o deputado, a iniciativa iria suprir uma demanda do mercado por cursos de especialização. “A modernização do sistema produtivo cria demandas pontuais por cursos de pós-graduação lato sensu (em sentido amplo). As universidades públicas têm quadros preparados para prestar esse serviço ao futuro do país e não conseguem porque a legislação não permite”, sustentou.

O líder do PSOL, Glauber Braga (RJ), disse que a cobrança de mensalidades flexibiliza o direito à educação assegurado na Constituição e que a medida poderia acabar sendo estendida para outras etapas de ensino. “Onde a gente vai parar? Primeiro é a vírgula da pós-graduação, depois a graduação e depois a educação básica”, afirmou.

Agência Brasil


Operação conjunta realiza inspeções no Mercado de Boa Viagem

Na manhã de hoje, 29, uma ação conjunta do Ministério Público, Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (ADAGRO), Procon, Ipem, Delegacia do consumidor, Apevisa e Vigilância sanitária do Recife no mercado de Boa Viagem resultou na apreensão de vários produtos que estavam sendo comercializados irregularmente.

Foram mais de 650 kg de produtos de origem animal apreendidos, sendo 541kg só de queijo clandestino e com registro cancelado, 59 kg de manteiga de garrafa e clarificada, 31kg de frango e 27kg de linguiça.

“A maioria dos produtos apreendidos não tinham origem, são considerados clandestinos, e outros estavam com embalagens falsificadas”, disse o Gerente Estadual de Inspeção Animal, André Sérgio Dias. A ação além de recolher os produtos, também fez orientações a comerciantes e a população que passava pelo local.

Na ocasião, a Apevisa realizou a apreensão de vários produtos de limpeza.

Imprensa Adagro PE

Escola Técnica Estadual vai ser inaugurada em Caruaru

Amanhã, às 9h30 da manhã, será inaugurada a Escola Técnica Estadual ETE) Ministro Fernando Lyra. Com um investimento na ordem de R$ 10,5 milhões, com recursos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Tesouro Estadual, a nova unidade já atende 169 estudantes da cidade desde fevereiro de 2017, mas tem capacidade total para receber até 1.300 estudantes. Esta é a 36ª unidade a ser entregue em todo o Estado.

Homenageado - Fernando de Souza Lyra (foto) nasceu no Recife no dia 08 de outubro de 1938 e faleceu em São Paulo no ano de 2013. Advogado e político brasileiro que exerceu seis mandatos de deputado federal por Pernambuco, além de exercer o cargo de Ministro da Justiça, entre 1985 e 1986, no mandato de José Sarney. Uma de suas principais iniciativas no ministério foi a revogação da Lei da Censura Prévia, que poderia vetar qualquer produção artística, jornalística, cultural, literária, televisiva, cinematográfica, ou seja, tudo que tivesse um viés "subversivo" ou "imoral" aos olhos dos governos militares (1964-1985).

Era irmão do ex-governador João Lyra Neto e tio da atual prefeita de Caruaru, Raquel Lyra.

Com informações da Secretaria de Imprensa de Pernambuco e da Wikipedia

Treze governadores podem ser investigados

Treze governadores podem ser investigados por delação da Odebrecht. A informação foi anunciada pela colunista da Folha de S. Paulo Mônica Bergamo. A autorização da abertura do inquérito contra eles só depende dos magistrados do Superior Tribunal de Justiça, a quem o comunicado foi repassado.


Os políticos, tudo indica, estão inseridos na "lista de Janot". A denominação é referente aos 83 pedidos de abertura de inquérito registrados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no STF, a instância responsável por julgar processos contra governadores, que têm foro privilegiado nesse tribunal



Notícias ao Minuto (Rio)

“Dificilmente uma pessoa conseguirá se aposentar” , diz economista

Em fevereiro, foi lançado o documento “Previdência: reformar para excluir?”, fruto do trabalho de cerca de 40 especialistas, que surgiu por iniciativa da Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e da Plataforma Política Social. O objetivo é subsidiar ações do movimento social, sindical e dos parlamentares, apresentando argumentos técnicos contrários à PEC 287, proposta de reforma previdenciária do governo não eleito de Temer (PMDB). O material está disponível aqui.
Brasil de Fato MG conversou com o responsável pela redação final do texto, o economista Eduardo Fagnani (Unicamp). Para ele, os discursos pró-reforma de Temer baseiam-se em um conjunto de falácias, repetidas à exaustão pela grande mídia sem o devido espaço para o dissenso. Ele aponta, ainda, a necessidade de ampliar o debate com a população e organizar a pressão sobre os parlamentares junto às suas bases eleitorais.
Impossibilidade de se aposentar
Essa reforma significa o fim da proteção na velhice. Se ela passar, ninguém mais terá acesso à aposentadoria no Brasil, pois serão necessários 65 anos de idade e 49 de contribuição para a aposentadoria integral, ou seja, seria preciso entrar no mercado de trabalho aos 16 e ficar ininterruptamente contribuindo durante quase meio século. Para acessar a aposentadoria parcial, serão necessários 65 anos de idade e 25 de contribuição. Isso é absolutamente incompatível com o mercado de trabalho brasileiro, onde mais de 40% dos empregos são informais, sem carteira assinada. Em estados mais pobres, cerca de 65% dos empregos são informais. Além disso, temos uma rotatividade muito grande. De tempos em tempos, os patrões mandam trabalhadores embora e depois contratam por um valor muito menor. Em média, de acordo com estudos do Dieese, uma pessoa consegue contribuir, em um ano, cerca de 9 meses. Só por esse dado do mercado de trabalho, vemos que dificilmente uma pessoa conseguirá se aposentar.
Trabalhadores do campo
A situação é ainda mais grave quando se faz com que a mesma regra valha para o trabalhador rural, que hoje tem cinco anos a menos, por conta das condições de trabalho no campo. O mesmo acontece com trabalhadores da educação, policiais, bombeiros. Mas o caso do trabalhador do campo chama a atenção porque ele vai ter que contribuir mensalmente, mas o regime de safra da agricultura familiar não permite que ele tenha dinheiro todo mês. Ele trabalha um período, tem a safra e, hoje em dia, paga ao INSS sobre uma porcentagem da produção. Com essas regras, como vai se aposentar?
Modelos europeus
O governo diz que quer tomar como modelos países europeus, só que as regras propostas são mais duras que as da Europa. Não dá para comparar países que são mais igualitários com o Brasil. Por exemplo, a expectativa de vida média brasileira é 75 anos, mas em muitos países é 82, 83. Só em 2060 teremos um padrão semelhante ao deles.
O nosso PIB per capita é cinco, seis vezes menor que o deles. Além disso, somos um país heterogêneo regionalmente. Se a expectativa de vida nacional é 75 anos, em mais da metade dos estados da federação ela é inferior a isso. Se compararmos o Piauí a Santa Catarina, veremos dois mundos distintos. A heterogeneidade também pode ser percebida em um município. Em São Paulo, a expectativa de vida é 75, 76 anos; nos bairros mais ricos, 79 anos; mas, em cinco distritos, é 54 anos. Então, como se pode adotar regras superiores às dos países desenvolvidos em um país tão desigual e heterogêneo?
As mentiras que o governo conta
Essa reforma parte de três premissas equivocadas. A primeira é certo “terrorismo demográfico”, que diz que as pessoas vão envelhecer e isso seria uma catástrofe. Não é verdade. Diversos países enfrentaram essa questão sem destruir seu sistema de proteção social. Existem alternativas técnicas e nós mostramos isso.
Outro mito diz que existe um déficit explosivo na Previdência e que esse déficit vai acabar com o sistema fiscal brasileiro. Na verdade, não existe déficit, se for cumprido o que está na Constituição, é simples assim. O fato é que, desde 1988, nenhum governo cumpriu rigorosamente o que manda a Constituição.
O terceiro mito é de que a Previdência é o maior item do gasto público. Isso é mentira. Por exemplo, em 2015, gastamos com o pagamento de juros R$ 513 bilhões, mas, com a Previdência, gastamos R$ 460 bilhões. Os juros beneficiam uma centena de rentistas e a Previdência beneficia, direta ou indiretamente, de 90 a 100 milhões de pessoas.
Os defensores da reforma dizem que o gasto previdenciário brasileiro é um ponto fora da curva, algo muito elevado na comparação internacional. Não é verdade. Para provar isso, eles inflam os dados, somando gastos do INSS, gastos da Previdência do servidor público municipal, estadual e federal e gastos da Assistência Social. Juntando tudo isso, dá 13% do PIB. Na verdade, o gasto previdenciário no Brasil é de 7,5% do PIB. Então, há muita desonestidade intelectual.
Outro mito diz que o Brasil é o único país do mundo que não tem idade mínima para a aposentadoria. É mentira! Desde a Emenda Constitucional 20, de 1998, foi introduzida a aposentadoria por idade: 65 anos para homens, 60 para mulheres, com 15 anos de contribuição. Hoje, 70% das aposentadorias são por idade e 30% por tempo de contribuição.
Mais um mito: dizem que a aposentadoria no Brasil é precoce. Não é verdade! A reforma de 2015 criou a regra 85/95 progressiva, até chegar a 90/100. A partir de 2026, para um homem ter a aposentadoria integral, ele precisa ter 65 anos de idade e 35 de contribuição. Já a mulher precisaria de 60 anos de idade e 30 de contribuição, por exemplo. Então, se havia alguma precocidade em aposentadorias por tempo de contribuição, isso foi corrigido em 2015.
Mídia golpista
A reforma é draconiana, excludente e feita com base em argumentos falaciosos e no terrorismo, no alarmismo, nessa ideia absurda de que, sem reforma, não haverá Previdência. O problema é que eles fogem do debate. Lançamos o documento há dois meses e, até agora, não houve sequer uma menção na grande imprensa.
A relação entre os donos da grande mídia e o sistema bancário é muito forte. A grande mídia no Brasil é partidarizada, ideológica, defende o interesse dos poderosos. O projeto deles é implantar o ultraliberalismo no Brasil e o golpe de 2016 foi uma oportunidade para fazerem isso, pois um projeto desses jamais passaria pelas urnas.
Agora, eles têm um ano e meio para fazerem tudo o que não conseguiram em 30 anos. É a reforma trabalhista, que vai fazer os direitos dos trabalhadores retrocederem em quase um século, é o teto de gastos de 20 anos da Emenda 95, é o aumento da Desvinculação das Receitas da União de 20 para 30%, é a reforma tributária e a reforma da Previdência. Você alguma vez viu a grande imprensa abrir espaço para quem diverge disso tudo? Há uma convergência entre os interesses deles e os demais detentores da riqueza.
Ora, não existe democracia sem debate amplo e plural de ideias. A mídia deveria cumprir esse papel, ouvir vários lados, proporcionar o debate, mas o que temos é uma ditadura do pensamento de um só lado, que é quem fala sozinho. Se eles ousassem debater conosco, não ficaria pedra sobre pedra dos falsos argumentos do governo. Querem aprovar a PEC 287 até abril porque, se deixarem a sociedade debater, a reforma não sai.
Quem ganha
Há dois grandes beneficiários dessa reforma da Previdência. Dizem que não existe almoço grátis, mas o Brasil fornece um banquete grátis aos grandes bancos internacionais. Em nenhum outro lugar do mundo alguém consegue ter uma remuneração excepcional, de 6%, 7% reais. Agora, para eles, não adianta ter a maior taxa de juros do planeta, também é preciso que o governo diga a esses agentes que temos a capacidade de pagar a dívida pública, que é lastreada em títulos. E a melhor maneira de fazer isso é criar um teto para os gastos sociais, reduzindo os gastos correntes do Brasil de 20% do PIB para 12%.
Isso é o mesmo que dizer aos banqueiros de todo o mundo: “Estamos abrindo um espaço de 8% do PIB para atender a vocês, fiquem tranquilos”. Ao retroceder em direitos e rebaixar o gasto social, o governo abre mais espaço no orçamento para a equipe econômica utilizar na gestão da dívida pública.
Já no âmbito da Previdência, o fato de o secretário Marcelo Caetano passar meses se reunindo com grandes fundos privados nacionais e internacionais é revelador. Vejamos o que acontece, por exemplo, no caso do setor público, nos municípios. Um prefeito não precisa abrir um fundo público. Ele contrata um banco, que faz um programa de aposentadoria privada para aqueles funcionários.
Ao contrário do lema oficial, que diz que é preciso “reformar hoje para preservar o amanhã”, na verdade, estão reformando para quebrar o INSS. Haverá uma queda brutal de receita. Se 40% da força de trabalho não contribui, porque já é informal, com essa recessão profunda, o desemprego, a reforma trabalhista, o contingente de trabalhadores na informalidade vai aumentar e muitos não vão querer mais contribuir. Um menino de 20 anos pensa que, se não vai usar, não vale a pena pagar o INSS. O marketing já diz que a Previdência pública é uma porcaria e que os planos privados são maravilhosos. Muita gente irá para o setor privado. Só com essa campanha que o governo fez, já houve um aumento brutal do número de pessoas que, iludidas, passaram a fazer planos privados, achando que terão uma proteção.
Previdência privada não resolve
O plano privado dá uma complementação. Agora, se uma pessoa sofrer um acidente, eles não dão a cobertura, não têm auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, por exemplo. Uma questão importante: se eu pago um plano, quanto ele vai render por ano? 5% ao ano? E qual é a taxa de administração do banco privado? Há taxas de 3%, 4%. Outra questão: se o banco aplicar mal seus recursos, como aconteceu nos Estados Unidos durante a crise de 2008, o fundo vira pó e acabou o dinheiro! Isso aconteceu no Chile e, hoje, os chilenos debatem a reestatização do sistema. Então, não há garantias e as pessoas mal sabem qual é a taxa de administração, mas acham que estão protegidas.
Chegar aos parlamentares
Uma estratégia importante para barrar essa PEC é conscientizar as pessoas, pois aí está uma questão muito próxima, que elas entendem. Além disso, a pressão tem que se dar nas bases dos parlamentares, procurando as regiões onde eles disputam votos para pressioná-los ali. Vamos chamá-los para uma assembleia, uma audiência pública, divulgar seus nomes, dizer a eles que não concordamos com a PEC 287. Ano que vem, esses parlamentares vão lá pedir voto. Então, é preciso fazer com que fiquem com medo de não serem eleitos nunca mais.
Brasil de Fato

Parlamento da Escócia aprova negociação com Londres para realizar novo referendo sobre saída do Reino Unido

O parlamento da Escócia aprovou nesta terça-feira (28/03) uma moção que possibilita ao governo autônomo a negociação com Londres de uma convocação de um novo referendo sobre sua independência do Reino Unido, a ser realizado entre o segundo semestre de 2018 e o início de 2019. O SNP (Partido Nacionalista Escocês), liderado pela primeira-ministra Nicola Sturgeon, conseguiu o respaldo necessário à proposta com 69 votos a favor e 50 contra.


A Escócia, como o restante do Reino Unido, se encontra em uma bifurcação", disse a líder do SNP, que após sete horas de discussão somou os seis votos do Partido Verde aos seus 63 deputados para obter a maioria em uma câmara com 129 cadeiras. A discussão, que havia sido programada para a quarta-feira passada (22/03), foi suspensa devido a um atentado nas imediações do parlamento em Londres, que acabou com cinco mortes.


A decisão ocorre um dia antes da ativação do artigo 50 do Tratado de Lisboa, que iniciará um período de dois anos em que se realizará o processo de saída do Reino Unido da União Europeia, conhecido como Brexit. Sturgeon afirmou que, com o referendo, os escoceses poderão “escolher entre o Brexit ou se transformar em um país independente”. No ano passado, quando o Reino Unido decidiu sair da União Europeia, a Escócia e a Irlanda no Norte votaram por permanecer na UE.


“Quando o artigo 50 do Tratado de Lisboa for ativado amanhã, mudanças ao nosso país se tornarão inevitáveis. Haverá impacto no comércio, em investimentos e padrão de vida, e um impacto na própria natureza da sociedade em que vivemos”, afirmou Sturgeon.


Opera Mundi

MPE pede cassação de Temer e inelegibilidade de Dilma

O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cassação do presidente Michel Temer (PMDB) e a inelegibilidade da presidente cassada Dilma Rousseff (PT), segundo fontes que acompanham as investigações. A manifestação da Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE), mantida sob sigilo, foi encaminhada na noite desta terça-feira (28) ao TSE.

O julgamento da ação que apura se a chapa Dilma-Temer cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger em 2014 foi marcado para começar na manhã da próxima terça-feira. O TSE dedicará quatro sessões da semana que vem - duas extraordinárias e duas ordinárias - para se debruçar sobre o caso, que poderá levar à cassação de Temer e à convocação de eleições indiretas.

Se os ministros do TSE seguirem o entendimento da PGE - ou seja, cassarem Temer, mas o deixarem elegível -, ele poderia concorrer numa eleição indireta.

Procurada pela reportagem, a defesa de Temer informou que só se manifestará sobre o parecer no julgamento. A defesa de Dilma não se manifestou.

O parecer foi assinado pelo vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, que atua na Corte Eleitoral por delegação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Dino é um dos pré-candidatos à sucessão de Janot, que tem mandato previsto para acabar em setembro.

Para assumir o posto, no entanto, ele precisará ser escolhido pela categoria em lista tríplice e depois indicado por Temer para a vaga. Dino já sofre resistências no Congresso à sua indicação por ser irmão do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), opositor do núcleo do PMDB no Estado.

No ano passado, um parecer do Ministério Público Eleitoral recomendou que fosse rejeitado o pedido da defesa de Temer para separar sua responsabilidade em relação à da ex-presidente Dilma Rousseff no processo. Na época, Dino afirmou que "o abuso de poder aproveita a chapa em sua totalidade, beneficiando a um só tempo o titular e o vice".

Em outro parecer, o MPE indicou a existência de "fortes traços de fraude e desvio de recursos" ao analisar as informações colhidas com a quebra do sigilo bancário das gráficas Red Seg Gráfica, Focal e Gráfica VTPB, contratadas pela chapa Dilma-Temer.

A ação que investiga última disputa presidencial foi proposta em 2014 pelo PSDB, partido derrotado nas urnas pela chapa encabeçada pelo PT. Nas alegações finais entregues ao TSE nos últimos dias, o PSDB isentou o presidente Michel Temer de responsabilidade.

Estado de Minas e Portal UOL

Horta em todo canto

O governo de Pernambuco instituiu ontem o Programa Horta em Todo Canto em espaços públicos estaduais e municipais de Pernambuco, estimulando a implantação de hortas orgânicas. O decreto tem como objetivo a mudança para uma alimentação saudável e adequada para gestores e funcionários públicos. 

A horta do Centro de Convenções, que começou o processo de instalação em setembro de 2016, conta com uma estação de compostagem orgânica, na qual se fabrica húmus (adubo) para ser utilizado na própria horta. Entre as hortaliças plantadas, estão a de consumo comum, como tipos de alface, rúcula, coentro, couve, quiabo, manjericão, e as plantas medicinais, a exemplo de erva-cidreira, capim-santo, alecrim, anador e hortelã. Todos os produtos são cultivados pelos próprios funcionários do Cecon.

O Horta em Todo Canto é uma iniciativa do Governo de Pernambuco para estimular a população a consumir hortaliças, contribuindo, assim, para a formação de hábitos alimentares mais saudáveis, livres de agrotóxicos. Além da instalação do espaço, o Programa promove outras ações, a exemplo de avaliações e orientações nutricionais, palestras sobre alimentação saudável e adequada, curso sobre manipulação dos alimentos e técnicas de culinária.

Coordenado pela Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional de Pernambuco – CAISAN/PE, por meio de uma equipe de servidores representantes de 11 secretarias estaduais e nove órgãos que fazem interface com a Política Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Estado de Pernambuco, o Programa pode ser implantado em qualquer instituição pública estadual que tenha interesse em promover segurança alimentar e nutricional para os servidores.

Secretaria de Imprensa de Pernambuco