sábado, 6 de novembro de 2021

Almério e Martins se apresentam juntos no Teatro do Parque

 

Almério e Martins. Dois dos mais bem quistos nomes da música pernambucana contemporânea voltam a se encontrar para um show juntos. Os artistas cantam presencialmente em concorridas apresentações no Teatro do Parque, no bairro da Boa Vista - duas sessões neste sábado (06/11) e outras duas no fim de novembro, no domingo (21/11), rendendo um total de quatro apresentações. Os últimos ingressos estão à venda no Sympla.

Acompanhados por Roger Victor no baixo e por Juliano Holanda na guitarra, a dupla canta repertório marcado pela autoralidade em clima intimista e acústico. São 21 canções, grande parte composições próprias e parcerias com outros artistas da cena pernambucana, como Isabela Moraes, PC Silva, Joana Terra e Geraldo Maia. O público pode esperar por sucessos dos discos “Martins” (2019) e do “Desempena” (2017) de Almério, como “Queria ter pra de dar”, “Me dê”, “Segredo” e “Estranha Toada”. Na costura do show, ainda aparecem canções de Alceu Valença, Caetano Veloso, Lula Queiroga, entre outros grandes nomes.

Idealizado por André Brasileiro, que assina também a direção artística, o show “Almério & Martins” estreou em janeiro de 2020, no Teatro de Santa Isabel, especialmente para o 26º Festival Janeiro de Grandes Espetáculos, revelando a força do encontro entre os dois cantores. Em março daquele ano, os artistas fizeram participações nos shows um do outro durante o Carnaval do Recife, mantendo a chama do encontro acesa. Foi a última vez que se apresentaram juntos antes de estourar a pandemia da Covid-19 no Brasil, apenas retornando em setembro passado, quando cantaram em formato semelhante na Casa Julieta de Serpa, no Rio de Janeiro.

Um ano e sete meses depois, Almério e Martins voltam a cantar juntos presencialmente no Recife. O show traz momentos em duo e em solo, ora trazendo força e empoderamento, ora incorporando afeto e acolhimento por meio da música. De forma complementar, Almério em sua potência e Martins em sutileza cantam o amor, a vida e o existir sob o referencial dos pernambucanos, um toque especial que gera identificação e cativa o público local. Não à toa, a apresentação que seria em sessão única se multiplicou por quatro, e os ingressos esgotaram em poucas horas. Um último lote foi aberto nesta quinta (04/11) com vendas pelo Sympla.

“Cantar em casa é uma alegria enorme, e uma responsabilidade grande também. Estamos com essa saudade guardada desde o último Carnaval”, conta Martins. “Dá um frio na barriga, pois a gente sente mais forte a energia da plateia, e sempre encontra um amigo aqui e ali assistindo e cantando junto”, diz Almério. O show conta com direção musical de Juliano Holanda e coordenação de produção de Tadeu Gondim, com realização assinada pela Atos Produções Artísticas.

SOBRE OS ARTISTAS - Almério e Martins representam dois expoentes marcantes da nova música autoral pernambucana. Nascido em Altinho, no Agreste pernambucano, Almério se projetou de Caruaru para todo o Brasil como ator, intérprete e compositor. Possui 3 discos gravados e, em 2018, foi Cantor Revelação no 29º Prêmio da Música Brasileira. Já o recifense Martins, cantor, músico e compositor, integrou bandas como Marsa e Sagarana antes de se lançar em carreira solo. Tem um disco lançado e hoje é artista do casting da gravadora Deck Discos, ao lado de artistas como Elba Ramalho, Elza Soares e Pitty.

SERVIÇO:
Show "Almério & Martins"
Quando: sábado, 06/11, às 17h e às 20h; domingo, 21/11, às 17h e às 19h30
Onde: Teatro do Parque (Rua do Hospício, 81 - Boa Vista)
Ingressos: R$ 80 / R$ 40 (inteira/meia), à venda no Sympla


Links para vídeos:

Livro Preta de Ébano é lançado no Rio

 

Já se foi o tempo dos contos de fadas em que princesas esperavam por príncipes encantados para salvá-las, e o final feliz para elas era o casamento. Assim como já foi o tempo em que princesa tinha de ser branca como a neve. Hoje a princesa é negra e tem mais com o que se preocupar do que casamento e príncipe salvador. Ela, sim, é a salvadora. E não de uma vida, mas de toda uma comunidade. Ou de um reino, como é o caso de Preta de Ébano, personagem-título do livro de Gisela de Castro, que escreveu a obra inspirada no questionamento da filha: “Existem princesas negras?”. E a autora encontrou o parceiro ideal para a empreitada: o ilustrador Jefferson Batista, que aceitou de cara a tarefa de ilustrar o livro.

Chamou a atenção de Jefferson a princesa negra, como ele. O ilustrador – que nasceu em Carpina, Pernambuco – ficou ainda mais encantado com o fato de ela não estar “à espera de um príncipe e salvar seu povo com a ajuda de outras mulheres pretas”. O trabalho dele foi detalhista e criativo. Construiu cenários com algodão, arame, isopor, papel, madeira, tecido...

“As árvores são de algodão; as nuvens, de isopor; o rio é feito de gel com um pouco de tinta azul; e a grama é uma toalha verde”, explica o artista, que espera estimular a criatividade das crianças, quando elas perceberem que os materiais usados nas ilustrações são todos familiares. “Dá pra criar coisas com esses materiais que todo mundo tem em casa”, empolga-se Jefferson. Ele destaca também os figurinos inspirados no maracatu rural e os penteados femininos todos diferentes, mostrando toda a diversidade e riqueza da cultura negra.

O livro será lançado numa manhã de autógrafos, bate-papo e pocket show, no próximo dia 6 de novembro, às 11h30, no quiosque Arab da Lagoa, que fica na Av. Borges de Medeiros, sem número, ao lado do Parque dos Patins. O show fica por conta da cantora e atriz Luiza Loroza, que estrelou a peça originada do livro, que teve direção de Natália Balbino e trilha sonora composta por Maíra Freitas. Luiza vai cantar justamente as músicas da peça, que foi encenada no Teatro Glaucio Gill, em Copacabana, e no Teatro Armando Gonzaga, em Marechal Hermes.

Sobre a história - Preta de Ébano é muito mais do que uma princesa. Quando a chegada de um ardiloso forasteiro ameaça o reino tranquilo da jovem, ela embarca em uma jornada heroica para salvar seu povo. Com muita coragem e pelo poder da orientação ancestral, a princesa mergulha na pesquisa da magia das ervas e do tempo, sob a orientação de três sábias senhoras.

O poder feminino negro é o protagonista dessa história, em que estão representadas várias mulheres pretas: mães, filhas, professoras, cientistas, heroínas. O livro traça também um paralelo com os tempos atuais. A princesa se isola com as sábias para encontrar – por meio dos saberes ancestrais sobre o poder de cura das plantas – a salvação para os problemas do reino. Exatamente como os pesquisadores se debruçam sobre a ciência para produzir vacinas e medicamentos capazes de vencer a Covid-19. A autora, que é bióloga de formação, sempre se interessou pelos conhecimentos científicos e, como destacado pela diretora da peça, admira trabalhos como o da dra. Jaqueline Goes de Jesus, biomédica baiana, negra, de 31 anos, coordenadora da equipe que sequenciou o genoma do coronavírus em 48 horas, tempo recorde em relação a outros países.

“Preta de Ébano” assume a responsabilidade de dialogar com o público infantojuvenil para colaborar com a formação de uma geração que reconheça a igualdade de gênero, sem preconceito racial e com respeito à ciência.

Serviço:
Lançamento do livro “Preta de Ébano”, da autora Gisela de Castro, com pocket show de Luiza Loroza, bate-papo e sessão de autógrafos com a autora.

Dia 6 de novembro (sábado), às 11h30

Quiosque Arab, ao lado do Parque dos Patins, na Avenida Borges de Medeiros, na Lagoa, Rio de Janeiro - Tel: 21- 2540-0747

Em conformidade com o DECRETO (RJ) Nº 49.335, DE 26.08.2021, é exigido o uso de máscara e o público presente deve apresentar comprovante de vacinação contra a Covid-19.

Gratuito

O livro estará à venda no local, por R$ 26. E também pelo site www.zucca.com.br, por e-mail zuccabooks@gmail.com e pelo Instagram da autora: @decastrogisela.