terça-feira, 2 de agosto de 2011

Novela - Amor Perfeito - Capítulo 01




Primeiro de agosto. Dia agitado na casa da família J: o pai, Jerson; a mãe, Jeanne e os quatro filhos: Jefferson, Jeniffer, Jéssica e Jemima. Dia de trabalho, faculdade, colégio e tudo na casa se mistura: notebook, livros, cadernos, lanches, roupas. O mesmo camisão azul que vestiu o engenheiro Jerson na semana passada, hoje veste Jeniffer, estudante de Moda, que completou o look com um top branco de lurex, um jeans todo rasgado e uma bota preta.

A bata indiana da professora Jeanne agora vestia o músico e arte-educador Jefferson. Jéssica e Jemima, que ainda eram estudantes, não raro trocavam blusas, calças jeans e tênis. E ninguém parecia se importar com isso. Toda a família entra na van (quatro filhos e um monte de mochilas não caberiam num carro comum, convenhamos) e simbora enfrentar o dia.

O primeiro a descer é Jefferson, na Escola de Música onde trabalhava. Formara-se no ano anterior sendo o laureado da turma, amado por professores, colegas e alunos, admirado por mãe e irmãs, mas cobrado pelo pai, que queria vê-lo engenheiro como ele. Jerson nem sequer participou dos festejos da formatura do menino. Jeanne ficou 15 dias sem falar com o marido e só voltaram às boas graças à intervenção do próprio filho.

Próxima parada: Colégio Imaculada Conceição, onde estudavam Jéssica e Jemima. Pulseiras e enfeites coloridos contrastavam com o sóbrio fardamento, mas isso era moda e nem as freiras se importavam mais com esses “badulaques”. As duas estavam cheias de novidades das férias, estavam maquiladas e de cabelos escovados.

Finalmente, a Faculdade de Artes e Ofícios, onde Jeanne ensinava e Jeniffer era aluna e assim, Jerson seguia para o trabalho, na maior empreiteira da cidade.


Esse semestre, Jeanne seria professora da filha na cadeira de Comunicação Empresarial e as duas entraram juntas na sala, que mais parecia um concurso de cosplayers, cada um mais arrojado que o outro, mas uma menina conseguiu se destacar no meio daquele universo: traços orientais delicados, vestida de marinheiro e toda de vermelho, das unhas ao cabelo. Ela estava chegando naquele dia à turma:

- Vamos sentando, pessoas, eu sei que as férias foram um luxo, mas agora é hora de retomar as aulas... Você, de vermelho, é uma carinha nova na turma, quem é você?

- Meu nome é Maria Ushiroda Matsushita, mas todo mundo me chama de Maria San, porque eu sou sansei...

- E o que é sansei? – perguntou um rapaz de colete verde-limão e franja emo.

- Sansei – explicou Jeanne – é a terceira geração de imigrantes japoneses, no caso de Maria, ela é neta de japoneses, não é isso?

-Verdade, professora! Meu pai mesmo é chamado de Roberto Ni. Ni de Nissei, a segunda geração...

Enquanto a turma e a professora procuravam conhecer a nova aluna, no fundão da sala, uma linda jovem de olhos azuis não parava de observar Jennifer. O olhar era de amor. E seu nome era Afrodite.


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Projeto obriga hospitais públicos a tratar dependentes químicos

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 623/11, do deputado Missionário José Olimpio (PP-SP), que obriga os hospitais da rede pública a prestar atendimento especializado a dependentes de drogas e de álcool e a oferecer atendimento psicológico às suas famílias.

Conforme o projeto, os dependentes serão cadastrados e receberão um cartão especifico. Após a primeira avaliação médica, será iniciado o tratamento para desintoxicação. O paciente receberá acompanhamento médico durante o tempo necessário para o tratamento da dependência.

Segundo o autor, muitos dependentes químicos, por não possuírem família e por falta de recursos para pagar tratamento em clínicas particulares, acabam perambulando pelas ruas sem o amparo necessário para lutar contra o domínio que os entorpecentes exercem sobre suas vidas.

“Vivemos uma realidade em que o alcoolismo, a cocaína, a merla e, principalmente, o crack, por ter um custo muito baixo, estão destruindo rapidamente não só a juventude, mas também pais de família”, afirma o deputado.

Atual atendimento - Portarias do Ministério da Saúde, de setembro de 2010, instituíram no âmbito do SUS os centros de Atenção Psicossocial de Álcool e Outras Drogas (Caps AD III).

Entende-se por Caps AD III o estabelecimento destinado a proporcionar atenção integral e contínua a pessoas com transtornos decorrentes do uso abusivo e da dependência de álcool e outras drogas. Os centros deverão funcionar durante 24 horas do dia, inclusive nos feriados e fins de semana.

O incentivo financeiro do ministério para implantação dos Caps AD III é de R$ 150 mil. Para a adaptação dos já instalados (Caps AD II), o incentivo é de de R$ 100 mil. Os incentivos são transferidos em parcela única aos respectivos fundos de saúde dos estados, dos municípios e do Distrito Federal.

Tramitação - A proposta foi apensada ao 5857/09, que autoriza o Poder Executivo Federal, em articulação com municípios, a criar clínicas públicas para dependentes químicos de álcool e drogas. As propostas serão analisadas em caráter conclusivo pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Murilo Souza & Wilson Silveira / Agência Câmara


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Jovens de Conceição das Crioulas debatem ações voltadas para o selo Unicef

Os encontros e debates com os jovens do município de Salgueiro através da Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente para discutir as ações em torno do selo Unicef e o Programa Prefeito Amigo da Criança, atraíram na última quarta-feira(27), jovens da comunidade Quilombola de Conceição das Crioulas e um grupo de indígenas que vivem na mesma área.

Lá participaram cerca de 40 crianças da reunião organizada na sede do Programa para Prevenção e Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil (PETI). Num primeiro momento, a secretária Ana Neide Barros, apresentou de forma bem didática a metodologia do selo Unicef, lembrando que Salgueiro participa pela 3ª vez da edição do selo Unicef e que já recebeu duas vezes o título prefeito amigo da criança.

“A ideia do selo é fazer com que os municípios se organizem melhor nas políticas desenvolvidas para crianças e adolescentes”, disse a secretária. Os jovens indígenas e quilombola listaram os avanços registrados na saúde e educação, como a merenda de qualidade nas escolas e pontuaram a falta de espaço para as práticas de esportes. Os estudantes Anderson Mateus Sobrinho Silva, 11, disse que participou de sua primeira reunião e achou importante representar sua escola. “Esse encontro é uma forma de a gente poder optar por melhorias, o debate foi muito bom e espero participar de outras reuniões”, ressaltou Anderson.

Foram eleitos seis representantes na comunidade, sendo quatro indígenas e dois quilombolas, divididos entre titulares e suplentes. Os titulares são: Juliano Sobrinho Gomes (Escola José Mendes), Anderson Mateus Sobrinho Silva (Escola José Pedro Pereira), Cristina Solange da Silva (Escola José Mendes). Já os suplentes são: Vicência Maria da Silva ( Escola José Mendes), Érica Sabrina de Oliveira ( Escola José Pedro Pereira), Josiele Bezerra de Oliveira (Escola José Mendes). A próxima reunião ficou marcada para o mês de setembro.

Prefeitura de Salgueiro/Imprensa


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Artesãs capixabas conquistam selo do IPHAN













As panelas fabricadas artesanalmente no município de Goiabeiras, no Espírito Santo foram agraciadas com o título de Patrimônio Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (IPHAN). As panelas de Goiabeiras são produzidas artesanalmente com a argila retirada do barreiro do Vale do Mulembá, na ilha de Vitória. O tanino, usado para a impermeabilização das peças, é obtido da casca da planta mangue vermelho. Tanto a extração da argila como a retirada do tanino são feitos de forma sustentável, garantindo a conformidade com a legislação ambiental. As panelas são produzidas artesanalmente e vendidas, em sua maior parte, por encomenda.

Agência Sebrae


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Alvo de embargo econômico há mais de cinco décadas, Cuba convive com o ideal e o real

Havana - Nos últimos dois anos, Cuba é alvo de uma série de mudanças internas intensas. O governo do presidente Raúl Castro estimulou a demissão voluntária de 178 mil funcionários públicos, autorizou atividades privadas em mais de 170 profissões, permitiu a abertura de lojas e mercados, além da compra de computadores pessoais. Mas o mesmo bloqueio econômico que levou Castro à abertura é responsável pelos impedimentos para a execução dessas medidas.

O impasse entre o planejado e o resultado obtido está em todo o país. Nas praças e jardins, acumulam-se trabalhadores desocupados que tentam aproveitar as horas livres, conversando ou apenas deixando o olhar perdido. Não há dados oficiais sobre o percentual de desemprego, mas as pessoas se queixam da falta de oportunidades.

Muitos cubanos se oferecem aos turistas como guias informais e até companhias para, em troca, receber pagamentos. A história do médico intensivista Juan Pablo Luis é comum a muitos cubanos. Ele abandonou a profissão para ser taxista. Segundo o médico, a opção, “bastante dolorosa”, foi tomada depois que o filho, de 11 anos, nasceu e ele viu a situação ficar mais difícil. “Sonho todos os dias que estou trabalhando na minha profissão. Não gosto de falar sobre isso”, disse.

O diretor do Centro de Investigações da Faculdade Mundial e professor adjunto da Faculdade de Economia da Universidade de Havana, Osvaldo Martínez Martínez, defendeu que apenas o “fortalecimento regional” pode vencer a “pressão” exercida pelo embargo econômico sobre Cuba. Mas segundo ele, os países desenvolvidos atuam para evitar esse fortalecimento. De acordo com professor, há um incentivo para a “desintegração regional”.

“Há um esquema de 'desintegração regional' que tende a vincular [de forma dependente] a América Latina aos Estados Unidos e à Ásia. Este tipo de vínculo me parece que tem mais de desintegrador do que de integrador”, afirmou Martínez. “O ideal seria a imprensa defender essa integração com elementos de solidariedade, de combate à pobreza e à desigualdade social. A integração é um grande tema para o futuro.”

A desintegração citada pelo professor pode ser vista nas ruas de Havana. Nos mercados e lojas, há poucos produtos à venda. Garrafas de água e papel higiênico são produtos raros, assim como a carne de boi e variedades de verduras e frutas. As batatas fritas, em lata, vêm da Malásia. A Coca-Cola é produzida no México. Em média, uma lata de refrigerante sai a Cu 1,5 (US$ 1,5) - a moeda oficial cubana para estrangeiros - e a de batatas fritas a Cu 3 (US$ 3). Faltam água e energia com frequência na capital cubana.

Caminhando por Havana é possível esbarrar em defensores da Revolução Cubana e também em críticos do sistema. O vice-presidente da União dos Jornalistas de Cuba (cuja sigla em espanhol é UP), Luis António Martín, é um dos que defendem o regime. Para ele, jornalismo e patriotismo andam juntos.

“Os desafios da gente são os mesmos do nosso país: como manter-se diante de tamanho bloqueio e também com ameaças e campanhas contrárias a Cuba”, disse Martín. Como ele pensa o jornalista Enrique Torres de la Torre, editor-chefe da Prensa Latina, única agência pública de notícias de Cuba. “Um jornalista em Cuba se pergunta: 'Será que isso vai afetar meu país? Porque sou, sobretudo, um patriota'”, acrescentou.

Com cautela, no entanto, o taxista William Garcez se mantém crítico em relação às mudanças anunciadas pelo governo e em execução em Cuba. “Que mudanças? Não vejo mudança alguma. É como se o mundo girasse e aqui estamos sempre parados”, disse ele. “Não percebo vontade das pessoas em buscar mudanças.”

*A repórter Renata Giraldi viajou a Cuba a convite do Instituto Internacional de Jornalismo José Martí, em Havana.//Edição: Graça Adjuto// Agência Brasil


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Bancada feminina quer paridade de vagas para homens e mulheres na Câmara

















A bancada feminina da Câmara apresentou ao relator da reforma política, deputado Henrique Fontana (PT-RS), proposta que prevê a paridade (igualdade) na representação entre homens e mulheres na Câmara. Hoje, há 47 deputadas e 466 deputados.

A coordenadora da bancada, deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), afirma que a representação de 8,7% na Câmara não condiz com o total de mulheres na população, que é de 52%. Segundo ela, as mulheres precisam de mais estímulos para participar da vida política.

"Nós mostramos que o Brasil está no 108º lugar no ranking de participação feminina no Parlamento. O primeiro país é Ruanda, que tem uma representação de quase 57%. Além disso, na América Latina e no Caribe, o Brasil só está na frente do Haiti e de Belize", disse.

O presidente da comissão, deputado Almeida Lima (PMDB-SE), afirmou que a solução não é criar mais cotas para parcelas da população. Ele lembrou que a população elegeu Dilma Rousseff presidente com as regras atuais.

“Em Sergipe, por exemplo, daqui a pouco os homens estariam pleiteando igualdade no número de vagas para os concursos do Ministério Público, da magistratura, onde o número de mulheres é bem maior. Isso se estende, no meu raciocínio, para as vagas nas universidades. Eu acho que o que nós devemos é excluir da legislação entulhos autoritários, que impedem a participação da mulher, do negro, do pobre. Ou seja, gerar condições de igualdade não na lei, mas na prática", observou.
Com o adiamento da apresentação do relatório do deputado Henrique Fontana na comissão especial, a bancada feminina ainda pretende apresentar novas sugestões.

Sílvia Mugnatto & Wilson Silveira / Agência Câmara


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Carteira da OMB não é mais obrigatória para músicos
















O Supremo Tribunal Federal decidiu ontem (1º) que a carteira da Ordem dos Músicos do Brasil não é mais obrigatória para exercer a profissão de músico. A decisão foi unânime. Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido quando chegar no tribunal.


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