segunda-feira, 11 de junho de 2018

Atenção MS: Cristiane precisa de sangue


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Hemosul
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Ético ou não? Cientistas querem usar prisioneiros como ratos de laboratório

Imagine que você quer fazer um estudo de dietas e nutrição, com milhares de participantes separados aleatoriamente para seguir planos específicos de refeições por anos enquanto a saúde deles é monitorada.

No mundo real, estudos como esse são quase impossíveis. É por isso que há tantas questões sem resposta sobre o que é melhor para as pessoas no campo da alimentação. E um dos maiores mistérios diz respeito ao sal e a sua relação com a saúde.

Agora, um grupo de pesquisadores famosos sugeriu uma maneira de resolver as chamadas guerras do sal da ciência. Os estudiosos querem conduzir um imenso teste de ingestão de sal com presidiários, cujas dietas podem ser controladas. Os pesquisadores, que recentemente propuseram a ideia ao periódico Hypertension, dizem que estão otimistas quanto às perspectivas do estudo.

Usar os presos como objetos de estudo é, no mínimo, controverso. A história é cheia de contos de terror. Nos anos 1940, os presidiários foram deliberadamente infectados com malária. Nos anos 1950, com hepatite. Uma década depois, os cientistas irradiaram os testículos de homens encarcerados.

"As prisões são um ambiente intrinsicamente coercitivo", afirmou Ruth Macklin, especialista em ética e professora de Epidemiologia e Saúde da População da Faculdade de Medicina Albert Einstein. "Isso não significa, porém, que o consentimento informado seja impossível."

O objetivo do estudo proposto é colocar um fim em décadas de desacordo científico sobre os benefícios e os perigos do sal. De um lado estão pesquisadores que dizem que os norte-americanos comem muito sódio e que isso prejudica sua saúde. Para as pessoas saudáveis a Associação Americana do Coração recomenda 2.300 miligramas por dia. Para quem tem pressão alta, no entanto, a quantidade ideal é 1.500 miligramas, ou menos da metade de uma colher de chá.

Quanto mais alta a pressão sanguínea, maior o risco de ataques cardíacos e derrames. Reduzir o teor de sal da dieta diminui a pressão arterial, então, alimentar-se com quantidades muito baixas deveria levar a menos problemas cardiovasculares e mortes.

Do outro lado, estão os dissidentes da ciência que dizem, "vocês precisam provar o que dizem". Eles se preocupam com o fato de que níveis muito baixos de sódio possam piorar a saúde, citando estudos que encontraram maiores taxas de morte, de ataques do coração e derrames em pessoas que seguem dietas com baixo teor de sódio.

E a resistência obstinada daqueles que deveriam consumir menos sal indica, segundo alguns especialistas, que os humanos desejam esse ingrediente por uma razão --ele é necessário para a saúde.

A média de consumo de sódio nos Estados Unidos e em vários outros países não se altera há décadas. São cerca de 3.200 miligramas por dia. Há anos, os médicos, entre eles um grupo que produziu um relatório para o Instituto de Medicina sobre o sódio na dieta, vêm pedindo um teste clínico aleatório sobre o assunto que examinasse os resultados como mortes e derrames, não os fatores de risco, como a pressão arterial. Esse teste, porém, nunca aconteceu, e isso transformou o tema em um campo minado para cientistas e consumidores.

O doutor Daniel W. Jones, professor de Medicina e Psicologia da Escola de Medicina da Universidade do Mississippi e ex-presidente da Associação Americana do Coração, ficou assustado ao ver as discussões amargas entre os pesquisadores que discordam sobre o sal. Então, convidou cientistas médicos dos dois lados do debate para se encontrarem em Jackson, no Mississippi, para descobrir como resolver suas diferenças.

"Eu queria um equilíbrio entre os diferentes pontos de vista", conta Jones, que acredita que as dietas com baixo teor de sal são mais saudáveis. "E queria pessoas que têm evitado a tentação de depreciar os motivos daqueles com quem elas discordam." Esses critérios, de maneira geral, "me deixaram com uma pequena lista de pessoas para convidar", conta Jones.

Os seis cientistas chamados concordaram em discutir suas diferenças. (Depois, convidou mais dois pesquisadores --o doutor Eric Peterson, especialista em testes clínicos da Universidade Duke, e o doutor Robert Califf, também da Duke, que foi chefe da Administração de Alimentos e Medicamentos-- para avaliar o trabalho final.)

Jones e o doutor David McCarron, pesquisador de Nutrição da Universidade da Califórnia, em Davis, que se preocupa que as dietas com pouco sódio sejam perigosas para a saúde, lideraram a discussão. Eles começaram expondo o relatório do Instituto de Medicina para o grupo e destacando a recomendação de que se faça um teste clínico randomizado em uma população cuja dieta possa ser controlada. Eles se perguntaram, "O que vamos fazer?"

"Não é hora de alguém tentar fazer isso?", perguntou Jones, lembrando-se da conversa. "Se a resposta for sim, qual é a população ideal?" Por dois dias, o grupo debateu e ponderou várias opções. Conduzir o estudo entre militares? Em geral são muito jovens. Em casas de saúde? Muitos moradores já estão em uma dieta com baixo nível de sódio. A melhor opção parecia ser as pessoas encarceradas. Então, suponhamos que se faça o estudo em prisões, disse Jones. A pesquisa deve beneficiar os prisioneiros ou apenas a população em geral? Se os prisioneiros não se beneficiarem, o estudo seria antiético.

As pessoas que não estão presas podem escolher quanto sódio querem consumir, mas os prisioneiros não --eles comem o que a instituição fornece. Se há uma incerteza quanto à quantidade ideal de sódio, concluíram os especialistas, os prisioneiros iriam se beneficiar de um estudo que resolvesse a questão.

O grupo consultou Marc Morjé Howard, professor de Governo e Leis da Universidade Georgetown que também dá aulas em uma prisão de segurança máxima. "É um pouco um campo minado da ética. Minha preocupação seria que a pesquisa não prejudicasse de alguma maneira a saúde dos prisioneiros e que a participação fosse voluntária", disse Howard em uma entrevista por telefone. "Mas acho que é possível se for feito de uma maneira muito, muito cuidadosa, com a cooperação total das autoridades da cadeia", afirmou.

Ele disse que várias pessoas que estão presas já superaram seus passados criminosos e têm o desejo de ajudar a sociedade. "Elas querem ser perdoadas", contou.

Em uma entrevista por telefone, Macklin afirmou que vários presidiários ficariam felizes de participar. Ela deu aulas em uma prisão de segurança máxima e estudou o lado ético se fazer pesquisas em cadeias. "Eles diriam que querem contribuir com a sociedade", disse ela.

Os administradores das cadeiras confirmaram a Jones que gostariam de considerar a proposta de um estudo aleatório de uso de sal. Jones também vai conversar com o Sindicato Americano de Liberdades Civis, que possui um projeto sobre os direitos dos presos, para explicar o estudo e por que ele aborda questões importantes para os prisioneiros.

O plano é começar com um projeto-piloto envolvendo encarcerados de 55 anos ou mais. Depois viria um teste maior, previsto para durar cerca de cinco anos, com dez mil a 20 mil prisioneiros nesse mesmo grupo de idade. Os pesquisadores planejam solicitar fundos do Instituto Nacional de Saúde.

Jones diz que o teste por enquanto é apenas uma proposta. "Há muitos passos entre hoje e o começo. Mas somos um grupo sério de pessoas, mais experientes e que discordam fortemente. Nós nos reunimos para tentar encontrar a solução", explica.


Viva Bem - Portal UOL com informações do New York Times

Senhora de Engenho em nova temporada


Deputada intermedia negociação entre moradores de ocupação e Governo do Estado

A deputada estadual Teresa Leitão foi recebida pelo secretário de Habitação de Pernambuco, Raul Goiana, na última sexta-feira (8), junto com uma comissão de famílias que ocupam o Conjunto Habitacional Canal do Jordão, em Jaboatão dos Guararapes. A deputada foi acompanhada, também, pelo ex-diretor de Habitação do Recife, Felipe Cury, que é especialista na temática de habitação popular. 

A reunião teve o objetivo de buscar soluções negociadas para as famílias que ocupam os prédios inacabados. A deputada e a comissão de moradores solicitam que a saída seja negociada e que também seja garantido um auxílio moradia para essas famílias até que outra moradia digna seja providenciada. A obra está parada há quase 10 anos. 

Segundo o secretário, as obras serão retomadas pelo Governo do Estado. Na próxima sexta-feira (15) o Governo se comprometeu com a deputada e com a comissão de moradores de realizar uma assembleia no local para discutir e a situação para encontrar uma saída. 

Para Felipe Cury, o ideal seria que essas famílias que atualmente estão ocupando recebam o auxílio moradia das outras que ocuparão os apartamentos. "Essa negociação ajudou, tanto as famílias que estão ocupando, quanto as famílias que estão cadastradas para receber os apartamentos", disse.

Fé e resistência garantem vitória contra racismo e intolerância

A Tenda de Umbanda e Caridade Caboclo Flecheiro ganhou na Justiça o direito de continuar cultuando os Orixás e demais entidades com cânticos e atabaques. O dirigente da casa, o Pai Edson de Omulu, havia sido condenado a prestação de serviços à comunidade após ter sido processado por um vizinho evangélico, que alegava não "suportar o barulho".

A sentença abriria um perigoso precedente em tempos de intolerância religiosa e por isso mesmo, houve uma grande mobilização por parte de religiosos, advogados, políticos, jornalistas e militantes pela liberdade de crenças e pelo Estado Laico. 

Mas hoje, Pai Edson divulgou nas redes sociais a vitória judicial obtida: "o legado é da Umbanda, do Candomblé e da Jurema, por ousar resistir em tempos de tanto retrocesso no judiciário. Aos pés de Xangô, depositamos nossa fé há um ano e, sob o ciclo dele, encerramos entregando nas chamas de sua fogueira a sentença reformada e transitada em julgado", afirma o babalorixá, ressaltando que, nos cultos afro-brasileiros, o orixá Xangô é o representante da Justiça. "Uma certeza: do livro de Xangô, ninguém escapa. Quem deve paga e quem merece recebe". 

Segue abaixo a mensagem de Pai Edson de Omulu em seu Facebook: 

OS ATABAQUES VENCERAM O RACISMO! VITÓRIA DO POVO DE TERREIRO DE PERNAMBUCO!

Nossa TENDA DE UMBANDA divide e celebra com todos os pais e mães, irmãos e irmãs, filhos e filhas de santo o resultado do recurso contra sentença que criminalizava os cultos afro-brasileiros. Agradecemos também a todas as instituições, organizações da sociedade civil e militantes que, junto conosco, se insurgiram perante uma interpretação injusta da Lei. Não mencionamos nomes para não incorrer no erro de esquecer alguém, e também por acreditarmos que o protagonismo dessa luta é de nossas comunidades tradicionais de matriz africana e afro-brasileira. Dito de outra forma: o legado é da Umbanda, do Candomblé e da Jurema, por ousar resistir em tempos de tanto retrocesso no judiciário. 

Aos pés de Xangô, depositamos nossa fé há um ano e, sob o ciclo dele, encerramos entregando nas chamas de sua fogueira a sentença reformada e transitada em julgado. Com a esperança de que, daqui pra frente, diante deste recurso e também da Recomendação do Ministério Público de Pernambuco, lançada inclusive no mesmo dia do julgamento do nosso recurso e como desdobramento direto da ação política dos povos de terreiro desde janeiro de 2017, os operadores do direito atentem à laicidade do Estado e respeitem a liberdade de culto. Esperamos que os processos que hoje tratam das violações de direito que nossa comunidade sofreu por parte do vizinho tenham o trato necessário. Uma certeza: do livro de Xangô, ninguém escapa. Quem deve paga e quem merece recebe.

Aos filhos e filhas da TENDA que participam hoje deste derradeiro momento de festejo, obrigado por honrarem a Umbanda, os orixás e encantados, e lutarem como verdadeiros malungos nas horas de maiores aflições que vivemos nos últimos 3 anos. 

Guiados pelos ancestrais, e irmanados em uma só força chamada AXÉ, seguimos com a certeza de que RESISTIR É UM ATO DE FÉ!

Pai Edson de Omolu
Sacerdote da Tenda de Umbanda e Caridade Caboclo Flecheiro d’Ararobá


Cultura de Luto com a partida de Barão

Nesta terça-feira (12), às 19h, na Igreja do Pina, haverá a Missa de Sétimo Dia em homenagem ao comerciante e cantor Luís Amaro da Silva, mais conhecido como Barão, dono do Restaurante Kibe Lanches, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife. Seu Barão faleceu na terça-feira, 5 de junho, aos 85 anos. Ele sofria de diabetes e de problemas no coração. 

O Kibe Bar Lanches, além de ser uma comedoria com pratos árabes e regionais, tornou-se um espaço pioneiro de encontros e apresentações destinados ao Público LGBT do Recife, nas décadas de 1970 e 1980. No início dos anos 2000, abrigou o Sarau das Artes do Grupo de Teatro João Teimoso, liderado pelo ator, diretor e dramaturgo Oséas Borba Neto. "Fiquei muito triste ao saber do falecimento do meu grande amigo, do João Teimoso e do Sarau das Artes: Barão, um símbolo da cultura que movimentou muito o Pina com seu Bar Kibe Lanches! A Cultura está de Luto", lamenta Oséas (na foto acima junto com Barão, durante homenagem ao comerciante).

Cinema - O jornalista e cineasta Alexandre Figueiroa foi outro que também expressou sua tristeza com a morte de Barão: "O Pina não é mais o mesmo com a partida do Barão". Figueiroa lançou, no ano passado, um curta-metragem sobre a ousadia e o pioneirismo do espaço em abrigar uma improvisada casa de espetáculos, com apresentações de transformistas e desfile de rapazes completamente nus, chamados pelos frequentadores de "As Rolinhas do Barão". 

O filme recentemente foi selecionado para a mostra competitiva do Rio Festival de Gênero & Sexualidade, entre os próximos dias 5 e 11 de julho. "Eu ia no Kibe no início dos anos 90 e achava ele uma figura muito curiosa", conta Figueiroa, que reuniu alguns dos frequentadores assíduos dos shows e desfiles e também ouviu o próprio Barão que, por anos, abriu sua casa para a diversidade sexual. 

Serviço
Missa de Sétimo Dia em homenagem a Luís Amaro da Silva - Barão
Local: Igreja do Pina - Av. Herculano Bandeira
Data: 12/06/2018
Horário: 19h

Nota do Blog: Conheci Seu Barão quando era atriz do Grupo João Teimoso entre os anos de 2012 a 2015. Além das apresentações no Sarau, também participava das faxinas no espaço em dias de apresentações e sempre o vi como uma pessoa muito doce, que sempre me tratou com muito carinho e respeito. Vá em paz, Seu Barão!

Da Redação, com informações do Blog Fernando Machado e da Revista Algo Mais



Consultor do Vaticano é impedido de visitar Lula

O advogado argentino Juan Grabois, que faz consultoria para o Papa Francisco, teve a sua visita a Lula impedida pela justiça. A justificativa é de que Grabois não era teólogo ou sacerdote. Lula vem recebendo visitas religiosas às segundas. 

Em maio, o pontífice criticou o papel da mídia na difamação de figuras públicas. "Criam-se condições obscuras para condenar uma pessoa. A mídia começa a falar mal das pessoas, dos dirigentes, e com a calúnia e a difamação essas pessoas ficam manchadas. Depois chega a Justiça, as condena, e no final, se faz um golpe de Estado", afirmou na ocasião.

"Vim com muita esperança trazer uma mensagem ao ex-presidente Lula e, lamentavelmente, de maneira, para mim, um tanto inexplicável, os funcionários da Superintendência, aparentemente por uma ordem de cima, decidiram suspender os direitos de Lula e os meus de ter um encontro com o ex-presidente, porque não se poderia caracterizar um encontro religioso", relatou o assessor a jornalistas em Curitiba (foto abaixo).

Para ele, o argumento não tem lógica, uma vez que, "pela doutrina católica, todos nós, batizados, somos discípulos e missionários". Ele contou que veio trazer um rosário do papa Francisco e uma mensagem do papa a Lula, as conclusões dos encontros do pontífice com os movimentos sociais, além de debater questões espirituais com o ex-presidente. Grabois entregou o rosário na PF e deixou uma mensagem por escrito. Ele espera uma resposta de Lula até amanhã.

Com informações da Folha SP, CUT e Portal Brasil 247



Nota do Blog: A matéria foi editada pelo fato de que o Vaticano não confirmou o envio do rosário ao ex-presidente, de acordo com o site Aos Fatos.