segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Literatura de Cordel em debate no Sertão

Lançamento e feira de livros, exposições, debates, oficinas, recitais de cordel, apresentações literárias e musicais fazem parte da 2ª edição da Feira de Literatura de Cordel do Sertão, que acontece de 19 a 23 de setembro, no Museu do Cangaço – a Estação do Forró, em Serra Talhada, no sertão do Pajeú. O evento será totalmente gratuito.

Durante a Feira de Literatura de Cordel, cordelistas, violeiros repentistas, pesquisadores da poesia da cultura popular do sertão, profissionais da xilogravura e expositores vão promover uma troca de conhecimentos sobre o gênero literário e fortalecer a cultura popular.

O pesquisador Anildomá Willams destaca a importância de levar o cordel para o local. “A Feira de Literatura de Cordel é uma oportunidade para se conhecer mais sobre esse gênero literário tradicional, que veio por meio dos portugueses, provavelmente com influência árabe, se tornou popular e que tem uma importância fundamental na tradição da poesia sertaneja”, explica. Anildomá diz ainda que embora as pessoas associem o cordel a uma coisa meio folclorizante, é um gênero literário, e que tem de se entender muito de poesia para escrever, tem de estudar muito para fazer a métrica certa, para fazer o genuíno cordel.

Feira de Literatura de Cordel é uma produção da Fundação Cultural Cabras de Lampião e da Agência Cultural de Criação e Produção, em parceria com a Prefeitura Municipal de Serra Talhada e com a Fundação Cultural de Serra Talhada. O evento tem incentivo do Funcultura, da Fundarpe, da Secretaria Estadual de Cultura e do Governo de Pernambuco.

A programação completa da Feira de Literatura de Cordel está disponível no sitewww.museudocangaco.com.br.


"Não vão nos matar agora"

O espetáculo "Não Vão Nos Matar Agora", criado a partir das conjurações da artista e pesquisadora Jota Mombaça, é uma experiência de Teatro Imersivo que mergulha no estilhaçamento das identidades e da política no mundo contemporâneo. Após estreia, a obra retorna neste fim de semana (02 e 03/09), e realiza temporada ao longo do mês de setembro (Sextas e Sábados, até o dia 24, 19h30, GRATUITAMENTE).

Um grupo percorrendo e atravessando espaços junto com o público, produzindo muitas encruzas e aproximações a temas como Raça, Corpo, Gênero, Dissidência, Voz, Lugar de Fala, Lugar de Escuta, Presença, Margem, Poder, Disciplina, Privilégio e todo um vocabulário libertador-aprisionador que nos banha de linguagem, (des)pertencimento, dor e gozo. 

Uma escrita-feitiço poético-acadêmica que se converte numa cena vivencial em que a deriva dos corpos, das relações, dos espaços, das imagens e das representações aponta mais para tormentas e naufrágios que para portos e ancoragens.

A montagem cênica é fruto do Componente Curricular "Montagem Pedagógica" e realizou dois ensaios abertos no final do mês de maio, contando com um público de cerca de 60 espectadores. Criada coletivamente, sob a orientação do Prof. Rodrigo Dourado, contou com a participação ativa dos alunos-atores na composição da cena. Agora, seguem junto ao projeto 07 alunos-atores, que formam o primeiro núcleo da Cia. de Teatro da UFPE. 

Ao longo do percurso, o público é convidado a embarcar numa experiência interativa e ativa, sendo provocado para, com seus corpos e subjetividades, refletir sobre os disciplinamentos, os estereótipos, as armadilhas de identidade que nos capturam; pensar nas diferenças que nos constituem como sujeitos sociais e nos arranjos coletivos e políticos que podem ser criados para combater as forças do poder.

Teatro Imersivo

Gênero teatral em que o público é convidado a mergulhar numa experiência de sensório percepção (corpo, sons, tato, etc.) sem permanecer afastado do espetáculo como apenas receptor, mas sendo agente ativo da ação teatral, tornando-se ator junto aos demais integrantes do elenco. A plateia é chamada, em "Não Vão Nos Matar Agora", a mergulhar na arquitetura do casarão histórico do Memorial da Medicina e Cultura, transitando por seus diversos ambientes, nos quais acontecem as cenas-instalações. Durante o trajeto, vai estabelecendo, de maneira absolutamente particular, suas leituras e significações sobre os diversos elementos materiais e simbólicos da obra.

A Cia. de Teatro da UFPE

A Cia. surge do desejo de levar à comunidade acadêmica e não acadêmica, à população de Recife e Pernambuco, o trabalho artístico desenvolvido pelos alunos-atores do Curso de Teatro. Trata-se de uma ação artístico-pedagógica de valorização e visibilização das atividades culturais de ensino e pesquisa realizadas pelos discentes, com orientação docente, tendo como objetivo levar a produção universitária ao alcance da população em geral.

Edital Proexc

A Cia. e o espetáculo foram contemplados pelo Edital de Apoio aos Conjuntos e Coletivos Artístico-Culturais da UFPE, promovido pela Diretoria de Cultura da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc). 


O Memorial da Medicina e Cultura

O Memorial da Medicina e Cultura é um espaço da Universidade Federal de Pernambuco, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEXC), instalado no antigo prédio da Faculdade de Medicina do Recife, situado à Rua Amaury de Medeiros, nº 206, Derby - Recife-PE. 

Seu prédio, construído para abrigar a Faculdade de Medicina do Recife, foi tombado como Patrimônio Cultural Pernambucano pela Fundação do Patrimônio Artístico de Pernambuco (FUNDARPE) no ano de 1984 e mais tarde foi restaurado e reinaugurado em 27 de novembro de 1995. Hoje se constitui em um importante centro de democratização, produção e difusão de conhecimentos científicos e culturais que contribuem para promoção da saúde, a preservação da memória e o estímulo à fruição artística. 

Atualmente o prédio é gerido pela Diretoria de Cultura da PROEXC que tem por objetivo coordenar, fomentar, promover e/ou apoiar a produção artístico cultural, em suas várias linguagens, dos diversos agentes culturais ligados à UFPE, bem como as ações de salvaguarda e de divulgação do patrimônio cultural vinculado à Instituição.


Ficha Técnica:

Espetáculo: Não Vão Nos Matar Agora
Elenco: Alanna Porto, Diogo Cabral, Gabriel Melo, Malu Neves, Pedro Basílio, Romero Mendes, WAY
Produção Geral e Direção: Rodrigo Dourado
Assistência de Produção: Tales Pimenta
Apoio de Produção: Diogo Cabral e Romero Mendes
Projeto de Iluminação: Tales Pimenta
Assistência de Iluminação: Pedro Basílio
Figurinos e Adereços: O Grupo
Sonoplastia: O Grupo
Arte gráfica: Klenny Alves
Fotografia: Rogério Alves
Costureira: Jacileide Soares da Silveira
Social Midia: Alanna Porto, Pedro Basílio e Gabriel Melo

Serviço:
Quando (Temporada): 02 a 24 de Setembro (Sextas e Sábados)
Onde: Memorial da Medicina e Cultura da UFPE
Quanto: ENTRADA GRATUITA
Horário: 19h30
Público: 40 espectadores por sessão 

Setembro Vermelho


O cardiologista Domingos Melo reforçando a importância do Setembro Vermelho, que se aproxima, para alertar sobre os males do coração. "As doenças cardiovasculares ainda estão entre as principais causas de morte nos brasileiros, mais ainda do que o câncer. Existem formas de atenuarmos esse quadro e são simples, requerem apenas engajamento pessoal: alimentação saudável, atividade física, sono reparador, pouca ingestão de álcool e nenhum tabagismo", explica. No Brasil, a media são 14 milhões de pessoas doentes por ano, um dado alarmante, que merece bastante atenção dos profissionais de saúde e sociedade.

Empreendedorismo Cultural terá qualificação no Agreste de Pernambuco


A produtora e empreendedora cultural Eliz Galvão estará realizando através da sua empresa, a Liga Criativa, uma formação presencial conferindo certificado de 24 horas/aula para artistas, estudantes de artes e produtores(as) culturais residentes no Agreste de Pernambuco e cidades próximas. O curso “Caça aos Sentidos do Empreendedorismo Cultural e Criativo” visa apresentar o universo do empreendedorismo cultural através de três eixos centrais: desenvolvimento pessoal, estruturação de negócios e carreiras artísticas e captação de recursos via editais culturais. 
A formação acontecerá em dois polos, sendo a cidade de Limoeiro, a primeira a receber o projeto. O curso será realizado nos dias: 19, 20,21, 22, 26,27,28 e 29/09 sempre no horário de 14 às 17 horas no Centro de Criação Galpão das Artes que fica situado na Rua Vigário Joaquim Pinto no Centro de Limoeiro. Pessoas que residam em cidades próximas também podem fazer a inscrição que é gratuita e conta com reserva de vagas para pessoas com mobilidade reduzida, deficiência motora e/ou auditiva, inclusive, está garantido intérpretes de Libras acompanhando todo o projeto, caso haja inscrições de artistas da comunidade surda.  
“A pandemia e consequentemente as medidas de isolamento social evidenciaram a importância da arte, mas também fizeram aumentar sentimentos de insuficiência, medo, ansiedade, angustia, desânimo e falta de esperança e perspectiva de futuro aos artistas. Com a retomada das atividades culturais precisamos mais do que nunca pensar de forma estratégica no desenvolvimento pessoal dos artistas, produtores e agentes culturais, e na reestruturação dessas carreiras e empreendimentos criativos/culturais. Ressalta Eliz Galvão, produtora cultural e facilitadora da formação.

Terão prioridade nas inscrições mulheres, pessoas negras, pessoas com deficiência auditiva ou motora, residentes no Agreste e Mata Norte de Pernambuco e profissionais da linguagem de música. A formação atenderá um público de 20 pessoas em cada polo.  
As inscrições estão sendo feitas através de formulário que pode ser encontrado no Instagram da Liga Criativa (@LigaCriativa) ou solicitado por e-mail (liga@ligacriativa.com.br) até o dia 15/09 ou até concluírem as vagas. A lista das pessoas aprovadas será divulgada no dia 16/09 pelo instagram da Liga Criativa e por e-mail aos selecionados.  

Link formulário de inscrição: https://forms.gle/sSswxMGSaNFXKspY7
Maiores informações: liga@ligacriativa.com.br
Instagram : @ligacriativa

Exposição “Por trás da lona” apresenta cotidiano do circo itinerante


O fotógrafo pernambucano Arnaldo Sete realiza a exposição “Por trás da lona”, dias 12, 13 e 14 de setembro de 2022, em Araripina, das 17h às 20h; dias 24 e 25 de setembro, na Via Parque, em Caruaru. Palmares e Recife recebem a exposição, mais ainda estão sem datas confirmadas. A exposição, que tem entrada gratuita, conta com 32 fotografias, de tamanho 30 cm x 45 cm, todas em preto e branco. “Em meus trabalhos autorais utilizo sempre essa estética, pois gosto de equilibrar as informações contidas na imagem, de forma que o observador possa caminhar seu olhar por toda superfície da fotografia e descobrir detalhes inseridos naquela composição”, explica o fotógrafo. 

Em 2020, Arnaldo Sete resolveu “mergulhar” no universo circense, e nem uma pandemia mundial, que paralisou o mundo naquele ano, foi capaz de detê-lo. Foram três meses acordando e dormindo com os profissionais que fazem parte do Circo Alves, que é uma instalação itinerante e que estava localizada em Caruaru, no Agreste pernambucano, quando o projeto foi iniciado.  “A forma como fui acolhido pela família Alves foi inesquecível. As imagens que produzi foram feitas a partir do privilégio que tive de conviver com cada integrante e presenciar, de perto, situações que normalmente o grande público não tem acesso”, ressalta Arnaldo.

O projeto "Por trás da lona", segundo o fotógrafo, buscou captar a essência da tradição circense itinerante, documentando a vida desses artistas para além do brilho e da espetacularidade do picadeiro, de modo a contribuir, de alguma forma, com a valorização e o reconhecimento dessa arte milenar. “A minha intenção é ampliar a visibilidade desse projeto documental, garantindo ao grande público a aproximação com a arte, e também garantindo a acessibilidade para pessoas com deficiência visual, disponibilizando audiodescrição das fotografias expostas”.

Arnaldo Sete explica que a exposição comprova a importância das famílias circenses para a manutenção de uma forma de fazer o circo, que resiste à falta de patrocínios e de espaços para a montagem nas grandes cidades. “Resta ao circo itinerante, as pequenas cidades, vilas e povoados, onde a arte simples e extremamente complexa  tenta sobreviver se alimentando de arte e cesta básica. Pude flagrar lindos momentos como a mudança do circo de um local para outro, a montagem e desmontagem da lona, o treinamento diário, a preparação para o espetáculo, e a magia que nasce quando são ligadas as precárias luzes que dão vida ao picadeiro. Nesse projeto documental busquei registrar, através do cotidiano, a garra e a força de quem persiste em levar arte aos mais variados lugares, onde a alegria do circo dificilmente chega”, relata o fotógrafo que está em sua segunda exposição documental.  A primeira, intitulada “Filhos de Natuba”, aconteceu com famílias que residiam em um lixão situado em Vitória de Santo Antão, a 48 km do Recife.