domingo, 12 de julho de 2020

Projeto Circo em Frente de Casa faz apresentações itinerantes

As primeiras apresentações do projeto Circo em Frente de Casa, uma iniciativa da Escola Pernambucana de Circo, através da plataforma Benfeitoria, aconteceram no bairro da Macaxeira sendo um sucesso. A população pode assistir das suas casas, varandas, terraços e janelas, às apresentações dos palhaços da Trupe Circus, que interagiram com o público, respeitando o distanciamento social, e levaram alegria e diversão para adultos e crianças. Além dos números circenses, os palhaços da trupe ainda entregam kits de higiene à população e ensinam a forma correta de fazer a higiene das mãos e de usar a máscara. Outros lugares que receberam as apresentações da trupe foram Mangueira da Torre e Comunidade do Pilar.

#GiseleGomes Mulher, vai tudo bem contigo?

Por amor a cada pessoa e a toda sua criação, Deus fez-se humano e veio como uma pessoa igual a qualquer uma de nós, e viveu em tempo histórico como judeu de nascimento e de religião. Como homem de seu tempo, Jesus também viveu o aprendizado machista do sistema patriarcal da sociedade judaica e etnocêntrica, ou seja, que considerava o povo judeu como centro da humanidade.

No entanto, Jesus como ser humano capaz de aprender aquela cultura, também foi capaz de aprender outras formas de pensar e ver, a partir das experiências que viveu em dialogo com outras pessoas, incluindo mulheres de seu tempo, de sua e de outras culturas, que o impactaram de tal maneira ao ponto de fazer com que Ele mudasse seu pensamento e seu comportamento de amor.

Um dos maiores exemplos disso está no relato bíblico do diálogo de Jesus com uma mulher estrangeira, grega, de origem siro-fenícia, como registrado nos Evangelhos segundo Marcos (7:24-30) e Mateus (15:21-28). Jesus, que num primeiro momento se nega a abençoar a mulher e a xinga comparando-a a um cachorro, surpreende-se com a fé daquela mulher e muda de atitude, atendendo ao pedido feito pela mulher.

Há tantas mulheres vivendo em suas casas situações de violência por aí , ou ainda mulheres que sentem um vazio existencial, solidão, falta sentido para a vida e se entrega as enfermidades, ao vício e aos problemas. Os impactos da pandemia são trágicos em vários aspectos. A violência doméstica é evidenciada de maneira gritante. Mulher, vai tudo bem contigo? Qual a tua resposta, quando te fazem essa pergunta?

Empatia. Escuta ativa. Acolhimento. A vida com Cristo se caracteriza pela disponibilidade de estar perto do outro, servir as pessoas escutando, amando, cuidando, mesmo que não saibamos exatamente o que dizer, nem saibamos como ajudar. A simples presença e solidariedade, acompanhadas de algumas simples palavras de ânimo, conforto e oração têm um grande efeito na vida das mulheres.

São inúmeras oportunidades de testemunho pessoal que podemos dar diariamente. Quero desafiar você para fazer a diferença. Sirva a Deus. Abençoe as mulheres que você conhece. Denuncie. Não se cale diante da violência e do sofrimento das pessoas.

Que Deus nos abençoe e nos encoraje! 

Revda. Giselle Gomes ( membro do Fórum de Mulheres Cristãs de Pernambuco ) 

Cesta Básica tem queda na Região Metropolitana do Recife

A pesquisa de Cesta Básica, realizada pelo Procon-PE, na Região Metropolitana do Recife (RMR), demonstrou que houve uma queda de 0,29%. A cesta passou de R$ 451,89, no mês de junho, para R$ 450,60, no mês de julho. Dos 27 itens pesquisados 16 produtos caíram de preço. O que apresentou a maior queda foi a batata inglesa, 50 %. O quilo do produto passou de R$ 5,99 para R$ 2,99. A cesta básica tem um impacto de 43,12% no salário mínimo.

Dos 27 produtos analisados, entre os meses de julho e junho, apenas um manteve o valor, o macarrão espaguete, R$ 1,69. Os produtos que mais caíram de preço, além da batata, foram o pacote de 200 gramas de leite em pó e o quilo da charque, com queda de 68%.

Mesmo com a queda de alguns produtos, o levantamento feito pelo órgão de defesa do consumidor, demonstra que é preciso fazer pesquisa. De um estabelecimento para outro, a diferença percentual pode chegar até 181,82%. É o caso do pacote do leite em pó. Mesmo estando entre um dos que mais baixou de preço, no mês de julho, o produto, em supermercado pode ser comprado por R$ 2,09 e em outro R$ 5,89.

Na área de higiene e limpeza, o sabão em pó de 500 gramas, pode ser encontrado por R$ 1,19 e R$ 3,68, uma diferença de 209,24%. O pacote de absorvente, com oito unidades, varia entre R$ 1,35 e R$ 4,19, uma diferença de 210,37%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 01 e 06 de julho, em 19 estabelecimentos da Região Metropolitana do Recife, passando pelos municípios de Ipojuca, do Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Recife, Camaragibe, Olinda e Paulista.

O objetivo da pesquisa da cesta básica, realizada pelo Procon-PE, é oferecer ao consumidor um instrumento auxiliar para a determinação racional de compras, e desse modo, viabilizar de forma mais clara, a incidência de cada produto sobre o orçamento doméstico.

A pesquisa toma como base a cesta básica mensal para uma família composta por quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças. O diferencial da pesquisa do órgão de defesa do consumidor, em relação as que são realizadas por outros institutos, é que neste levantamento é possível identificar o preço de cada item por estabelecimento, desse modo fornece ao consumidor os locais e endereços onde o produto encontra-se mais acessível. A pesquisa pode ser encontrada no site do Procon: www.procon.pe.gov.br

Imprensa Procon PE

SESI Saúde retoma atendimentos e agendamento de consultas

O SESI Saúde retomou os atendimentos presenciais de odontologia, dermatologia, psicologia e clínica geral depois de três meses realizando apenas consultas ocupacionais admissionais e demissionais devido a pandemia da Covid-19. Situado na rua Frei Cassimiro, nº 88, no bairro de Santo Amaro, o complexo de saúde está atendendo em dias e horários previamente agendados, por meio do telefone 3202-9300.

Quando o assunto é odontologia, o SESI Saúde está realizando serviços de endodontia (canal), prótese, ortodontia (aparelho), estética e clínica geral. Segundo a diretora de Saúde e Segurança da Indústria do SESI-PE, Fernanda Guerra, o local adotou medidas preventivas para evitar a proliferação da Covid-19 seguindo os protocolos de prevenção. “Os atendimentos são realizados de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, sempre por marcação prévia para evitar aglomerações e respeitar o distanciamento social. O uso da máscara é obrigatório para todos. Estamos reforçando a higienização das áreas comuns, como banheiros, maçanetas e corrimãos, e temos dispensers com álcool gel espalhados pelo SESI Saúde. Tudo isso para garantir mais segurança e bem-estar aos nossos pacientes”, comentou. 

Desde o dia 12 de março, quando foi inaugurado, o SESI Saúde oferece especialidades médicas a preços acessíveis. Os trabalhadores da indústria que apresentarem os documentos pessoais e o contracheque atualizado têm até 20% de desconto.

Imprensa FIEPE

Olinda monta esquema especial para vacinar crianças contra a gripe

A Secretaria de Saúde de Olinda mantém postos móveis de vacinação para atender crianças de 6 meses até 5 anos 11 meses e 29 dias. A partir da próxima terça (14), até a sexta-feira (17.07) dois pontos, no modelo Drive Thru, vão funcionar na cidade. O primeiro será instalado pertinho do Fortim do Queijo, no Carmo, funcionando das 8h às 13h. O outro funcionará em frente do antigo Quartel do Exército, na praia de Bairro Novo, das 14h às 17h. A garotada que passar por lá será atendida pela equipe do Programa Nacional de Imunização do município.

Imprensa Olinda

Universidades desenvolvem apoio a diagnóstico de covid-19 com raio-x

Três universidades do Paraná desenvolveram um método de apoio a diagnósticos de causas de pneumonia empregando inteligência artificial em procedimentos utilizando raio-x. O método pode auxiliar na detecção de covid-19. Até o momento, os pesquisadores conseguiram taxa de assertividade de 90% de detecção da doença.

A investigação está sendo desenvolvida por um grupo de pesquisadores de três instituições: Pontifícia Universidade Católica (PUC-PR), Universidade Estadual e Maringá (UEM) e Universidade Federal Tecnológica do estado (UTFPR). 

Atualmente, exames de tomografias já são adotados como forma de identificar indícios do que pode ser uma complicação no pulmão em decorrência da infecção pelo novo coronavírus. Este tipo de procedimento contribui para a análise clínica que já é admitida como forma de confirmação de casos em mudanças recentes divulgadas pelo Ministério da Saúde.

A diferença do sistema desenvolvido pelos pesquisadores paranaenses é o auxílio de análises realizadas por meio de inteligência artificial para realizar a avaliação do que causou uma pneumonia a partir de raios-x da região do tórax. Dentre as motivações, a tecnologia identificou os casos de covid-19 com taxa de acerto de 90%.

Rodolfo Pereira, idealizador da pesquisa e estudante do Programa de Pós-Graduação em Informática da PUC-PR, explica que a solução foi pensada a partir da demanda de encontrar formas de diagnosticar a covid-19, mas que pode também servir para indicar o quadro relacionado a uma pneumonia e subsidiar a indicação de tratamento pelos médicos.

Ele destaca que o sistema não é uma forma autônoma de diagnóstico, mas um recurso de apoio que pode ser útil uma vez que parte de imagens de raio-x e dispensa o uso de um tomógrafo. “A gente acredite que o sistema não é 100% seguro. Mas a questão é que a máquina de raio-x é presente em muitos postos de atendimento, inclusive em cidades do interior”, salienta. 

“Em um cenário mais caótico, um sistema como este poderia ser útil em um momento de primeira triagem. Ou do pessoal que está no interior e precisa ser encaminhado para outros locais para ter diagnóstico mais apropriado. Tomografia é exame mais caro, mais custoso e talvez demore mais”, complementa o professor do Programa de Pós-Graduação em Informática da PUC-PR Carlos Silla, orientador da pesquisa.

Agora as equipes pretendem apresentar o projeto à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) com vistas a firmar parcerias com hospitais. Isso porque o sistema melhora na medida em que se analisam mais imagens. Até o momento, ele avaliou 1.144 imagens de pneumonias. Mas com o aumento da base de dados a taxa de acerto também pode ser ampliada.
Agência Brasil

Comerciantes, banhistas e surfistas são advertidos pela Operação Integrada de Olinda

Equipes da Operação Integrada de Olinda voltaram às ruas, nesta sexta-feira (10.07), para fiscalizar o comércio e a orla da cidade. Surfistas, banhistas e até comerciantes informais foram orientados a deixar as praias de Bairro Novo e Casa Caiada. A medida tem caráter educativo e segue as determinações dos decretos estadual e municipal, com objetivo de conter novos casos da Covid-19.

O trabalho é mantido pelas secretarias de Segurança Urbana, Executiva de Controle Urbano e Transportes e Trânsito de Olinda e conta ainda com apoio da Polícia Militar. A ação esteve ainda nos bairros de Rio Doce, Jardim Atlântico e Ouro Preto. Nesses locais, comerciantes foram advertidos pelo não cumprimento dos protocolos de funcionamento.

O trabalho segue durante o fim de semana com abordagens nos locais de maior movimentação na cidade. 

Imprensa Olinda

Ciganos buscam alternativa de renda durante pandemia de covid-19

Conhecidos pela grande habilidade e desenvoltura comercial, os ciganos têm sofrido com a impossibilidade de venderem seus produtos. Grande parte trabalha com venda e troca de diferentes tipos de produtos e utensílios, mas foi necessário paralisar as atividades em meio à pandemia do novo coronavírus. Sem alternativas de renda, muitas famílias têm dependido da assistência do poder público e de doações, mas que não chegam a todos. É o caso da comunidade de ciganos que vive em Sousa, no sertão da Paraíba, uma das maiores do país, com mais de 450 famílias, e também uma das mais vulneráveis.

"Historicamente, nós ciganos sempre encontramos muitas dificuldades para conseguir emprego, por isso a troca e a venda são tão importantes, mas desde o início da quarentena deixamos de trabalhar", afirma Francisco Bozzano, um dos líderes ciganos em Sousa. Apesar de o acampamento não ficar na área urbana do município, a chegada do novo coronavírus deixou a comunidade apreensiva. "A gente passou a deixar só uma pessoa ir até a cidade para comprar algo, para evitar ao máximo o contágio. Sabemos que se alguém pegar esse vírus, não vamos ter muito acesso à saúde e essa pessoa pode morrer", diz Bozzano, que reclama do posto de saúde que não tem médico e da dificuldade de obter o auxílio emergencial de R$ 600 oferecido pelo governo federal. Como líder de uma extensa família, Bozzano tentou inscrever as pessoas no programa, mas nem todos conseguiram se cadastrar ou tiveram o benefício concedido. 

De acordo com dados do Ministério da Cidadania, 5.604 famílias ciganas estão inscritas no programa Bolsa Família. Elas passaram a receber o auxílio emergencial durante a pandemia, mas o governo ainda não tem dados sobre os demais ciganos que conseguiram obter o benefício a partir do cadastro como trabalhadores informais, realidade da grande maioria. "Foi solicitado à Secretaria Especial do Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania, em 20 de maio de 2020, as informações disponíveis sobre o acesso dos povos e comunidades tradicionais ao auxílio emergencial, sobre o total de beneficiados, casos em análise e casos não deferidos", informou a Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SNPIR) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), em nota enviada à reportagem.
Dados - Um dos principais desafios para lidar com a situação dos ciganos na pandemia é a falta de dados. Não se sabe ao certo o tamanho dessa população no Brasil nem sua distribuição geográfica. O único dado oficial começou a ser coletado em 2011, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) concluiu um levantamento sobre a existência de acampamentos ciganos em 291 municípios de 21 estados. No entanto, o levantamento é impreciso, já que só foram contabilizadas as prefeituras que responderam à pesquisa. Além disso, a maioria dos ciganos no país não está mais localizada em acampamentos e muitos já se fixaram em áreas urbanas, constituindo em bairros inteiros onde praticamente só vivem ciganos, já que a cultura de viver em proximidade é muito forte entre eles. 

"O IBGE só contabiliza acampamento, e acampamento é o mínimo. Você só pode conduzir política pública séria no país é se você tiver dados e números", afirma Elisa Costa, diretora da Associação Internacional Maylê Sara Kalí (AMSK), uma entidade sem fins lucrativos, com sede em Brasília, que atua na divulgação da cultura cigana e na defesa dos direitos humanos dessa população tradicional. 

"Outro imenso problema é que, como parte dos ciganos mantém uma mobilidade, eles não costumam ter registro de nascimento de seus filhos, a partir de quando grande parte dos ciganos não tem nem existência jurídica. Os que têm, muitas vezes não conseguem ter os demais registros, como CPF [Cadastro de Pessoa Física], carteira de identidade. Quando chega uma pandemia, encontra um grupo já fragilizado economicamente, civilmente, juridicamente, não consegue estar no Cadastro Único de programas sociais do governo, então a crise cai sobre a cabeça dos ciganos de uma maneira mais dolorosa", afirma Luciano Mariz, subprocurador-geral da República, considerado um dos precursores da causa cigana no Ministério Público Federal (MPF), órgão que tem sido importante no reconhecimento e na garantia de direitos dessa população. 

Segundo a Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, o IBGE fará um censo populacional dos ciganos, mas ainda não há data definida. "A SNPIR trabalha junto ao IBGE para a construção deste trabalho com a realização de seminários para aprimoramento dos mecanismos de pesquisa do instituto junto às instituições representativas", informou o órgão.

Da diáspora ao reconhecimento - A teoria mais aceita entre os estudiosos é que os ciganos têm origem na Índia, a partir de uma dissidência de castas no país asiático, há cerca de mil anos, que fez com que o grupo se espalhasse primeiro pela Europa e depois para o resto do mundo (diáspora). No Brasil, acredita-se que os primeiros ciganos chegaram em 1574 ou um pouco antes, segundo registros dos padres jesuítas. Há três etnias mais importantes: os Calon, grande maioria no país, oriundos da Espanha e Portugal, os Rom, com origem na Romênia, Turquia e Grécia, e os Sinti, que vieram principalmente da Alemanha e da França.

A perseguição constante estimulou o caráter nômade do povo cigano e desenvolveu sua característica mercantil, mas também fez com que uma série de mitos, preconceitos e estereótipos fossem associados à comunidade. "As sociedades locais na Europa e nas Américas atribuíam qualquer tipo de aberração a esse grupo de forasteiros para eles irem embora, foi aí que se formou um imaginário. Como se fosse traço cultural, passou-se a acreditar que ciganos roubam crianças, que são ladrões, mas isso foi atribuído ao nosso povo por pessoas que não queriam que a gente ficasse no mesmo local que eles", conta Anne Khelen, de Maceió (AL), uma cigana descendente dos Louvara, um sub-clã dos Rom.

A primeira legislação a mencionar a presença cigana no Brasil só foi editada na década de 1930, no governo Getúlio Vargas, mas com o objetivo de proibir a entrada dessa população no país. Nas décadas seguintes, os ciganos permaneceram na invisibilidade e sobreviveram, no plano internacional, até mesmo ao nazismo, quando a perseguição de Adolf Hitler na Alemanha do final da década de 1930, durante o Terceiro Reich, resultou no holocausto de cerca de 1 milhão de ciganos. 

Em território brasileiro, os ciganos só passaram a ter um reconhecimento público mais visível no final da década de 1990, durante as primeiras discussões étnico-raciais no plano nacional de direitos humanos. Mas a agenda passou a ganhar mais impulso a partir de 2003, com a criação da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, com status de ministério. Em 2006, um decreto criou o Dia Nacional do Cigano, celebrado em 24 de maio. Em 2011, o Ministério da Saúde editou a Portaria 940, que dispensou a apresentação de comprovante de residência para ciganos itinerantes obterem o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). No ano seguinte, o Ministério da Educação publicou uma resolução para assegurar às crianças, adolescentes e jovens em situação de itinerância o direito à matrícula em escola pública, outra demanda dos ciganos. Na prática, no entanto, muitos ciganos reclamam que as medidas não são cumpridas na ponta. "São políticas ainda insuficientes, mas começou a mover o poder público", afirma Igor Shimura, presidente da Associação Social de Apoio Integral aos Ciganos (Asaic). 

A expectativa agora é que o governo avance numa agenda mais ampla de garantia de direitos, mas também da sua promoção. Além do Plano Nacional do Cigano, que está em construção no âmbito do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, tramita no Congresso Nacional o projeto de lei que cria o Estatuto do Cigano, que prevê um conjunto de políticas públicas na área de saúde, educação e cultura para o povo cigano e pode representar um passo importante para tirar essa população da invisibilidade histórica. Se aprovado, o estatuto vai assegurar a obrigatoriedade do ensino da história geral da população cigana nas escolas, a preservação das línguas tradicionais e do patrimônio cultural cigano. 

"A gente vive numa sociedade que odeia ou obriga a comunidade cigana a se estereotipar. Se eu não uso dente de ouro, saia, roupas coloridas, não sou cigano, isso é muito doloroso. Muitas famílias preferem simplesmente anular isso, anular essa ancestralidade, mas aí quando a gente vai estudar e pesquisar, a gente se reconhece, por isso é importante dar a esse cigano o direito de conhecer a própria história e se reconhecer nela. Acho que pouco a pouco temos avançado, sou otimista", afirma Anne Khelen. 

Agência Brasil

Pernambuco é destaque em novo índice de transparência da OKBR

Pernambuco alcançou a segunda posição entre os estados brasileiros na nova versão do Índice de Transparência da Covid-19 divulgado pela organização não governamental Open Knowledge Brasil (OKBR). Com um total de 92 pontos, o Governo de Estado permanece no nível “alto” dentro da avaliação da qualidade dos dados e informações relativos à pandemia do novo coronavírus publicados em seus portais oficiais.

Segundo a OKBR, para a composição do índice 2.0 foram definidos um conjunto de dados essenciais e parâmetros para as divulgações. O novo indicador é composto por três dimensões: conteúdo, granularidade e formato. Por sua vez, cada dimensão é constituída por um conjunto de aspectos avaliados separadamente, totalizando 26 indicadores separados pelas áreas de demografia, infraestrutura, casos, base de dados, acesso e qualidade.

“Essa nova avaliação foi muito mais detalhada, com um nível de exigência de informações ainda mais rígido, específico e qualificado. Deixamos de pontuar em apenas dois dos 26 critérios estabelecidos. Para nós, essa conquista é resultado de um esforço contínuo de todos os que fazem a administração estadual. Nossa atuação estará sempre pautada pela transparência nas ações e gastos públicos”, ressaltou a secretária da Controladoria-Geral do Estado (SCGE), Érika Lacet.

Para garantir a classificação de destaque no índice, o órgão, que coordena o Portal da Transparência do Governo de Pernambuco, contou com o apoio da comissão temporária de apoio à Secretaria Estadual de Saúde (SES), que tem como um dos coordenadores o secretário-executivo da SCGE, Caio Mulatinho.

ÍNDICE - A primeira versão do Índice da Transparência da Covid-19 foi lançada em 3 de abril de 2020 e recebeu atualizações semanais até o dia 12 de junho. Diante do expressivo avanço na abertura dos estados e da União, a OKBR abriu uma consulta pública com o objetivo de coletar subsídios para “subir a régua” da avaliação, qualificando ainda mais a transparência da pandemia. Após a consolidação dos resultados desse processo, no dia 10 de julho, foi lançado o Índice de Transparência da Covid-19 (2.0), um instrumento de avaliação ainda mais robusto, aplicado a capitais, estados e governo federal. A coleta de dados passa a ser quinzenal e os resultados da avaliação são atualizados semanalmente, alternando estados e capitais.




Imprensa SCGE PE

Em Pernambuco, atividades marcam os 30 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente

Nesta segunda-feira (13), dia em que o Estatuto da Criança e do Adolescente completa 30 anos, jovens pernambucanos em cumprimento de medidas socioeducativas serão estimulados a refletir sobre avanços e desafios dessa legislação, considerada referência mundial na busca por garantir a proteção integral à infância e à juventude. Na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude do Governo de Pernambuco, a data será celebrada com rodas de conversa e produção de conteúdo pedagógico, mantendo as recomendações de distanciamento social.

No Recife, as ações atenderão não só adolescentes, mas também pessoas que atuam com esse público. Na Casa de Semiliberdade (Casem) Rosarinho, na Zona Norte da Capital, por exemplo, agentes socioeducativos participarão de uma roda de conversa sobre a importância do Estatuto da Criança e do Adolescente como marco legal que prevê direitos e deveres. Na Zona da Mata Norte, o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Timbaúba também terá uma programação, abordando, junto aos adolescentes, aspectos do cumprimento da medida socioeducativa de internação e como os jovens são parte integrante desse contexto.

Em Petrolina, no Sertão do Estado, a equipe técnica da unidade de internação da Funase realizará uma atividade pedagógica voltada à produção de cartazes pelos socioeducandos. Na semana passada, o espaço já havia sido cenário de uma roda de conversa sobre o assunto. Outra unidade socioeducativa que também já teve ações alusivas à data foi a Casa de Semiliberdade (Casem) Santa Luzia, no Recife. Voltado ao atendimento de socioeducandas, o espaço abordou os 30 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente à luz da comunicação não violenta, metodologia desenvolvida pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg.

Para o secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude de Pernambuco, Sileno Guedes, a data reforça a importância de não retroceder na criação e execução de políticas públicas. “É essa premissa de proteção integral que tem nos impulsionado, enquanto Governo e sociedade, a desenvolver ferramentas contra a evasão escolar, o trabalho infantil e outros fatores de perigo para nossas crianças e adolescentes. Os programas governamentais desenvolvidos no Estado têm seguido essa linha de prevenção e assistência. Defender o estatuto é acreditar que, juntos, podemos seguir vencendo desafios na proteção desse público”, avalia.

No mesmo sentido, a presidente da Funase, Nadja Alencar, destaca que o Estatuto da Criança e do Adolescente representou uma mudança de paradigma quando foi instituído, em 1990, culminando na formatação de outras políticas importantes, como o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase). A análise do cenário, entretanto, também indica uma série de desafios. “A necessidade de garantir a proteção integral a crianças e adolescentes é mais atual do que nunca, sobretudo em um país que passou por uma crise econômica recentemente e que, agora, enfrenta os efeitos de uma pandemia. Enquanto atores do sistema de garantia de direitos, defendemos a importância de fazer com que as políticas públicas cheguem cada vez mais a quem precisa”, reflete.

Imprensa Funase

Pernambuco permite abertura de clubes para prática de esportes individuais a partir desta segunda-feira (13)

O Governo de Pernambuco, por meio de decreto publicado no Diário Oficial de 11 de julho, regulamenta novas medidas relativas à emergência em saúde pública decorrente do novo coronavírus. Fica permitida, a partir desta segunda-feira (13), nos clubes sociais situados em todo o Estado, a prática de atividades esportivas em modalidades individuais, exceto lutas. Os esportistas, no entanto, devem observar as determinações constantes em portaria conjunta da Secretaria de Saúde e da Secretaria de Educação e Esportes, para respeitar os protocolos de realização dessas atividades.

Ainda a partir desta segunda-feira, fica permitida também, nas instituições de ensino superior situadas no Estado, a realização de aulas práticas e de estágio curricular presenciais relativas ao primeiro semestre letivo. A medida também abrange as instituições de educação profissional e técnica, nos cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) ou de qualificação profissional.

Essa autorização não se aplica para cursos técnicos de nível médio, em instituições públicas e privadas, e para as demais atividades pedagógicas de instituições de ensino superior, que seguem suspensas até o dia 31 de julho.

MUNICÍPIOS NA FASE 4 - Os municípios do Agreste, que estavam na Etapa 2 do Plano de Convivência com a Covid-19, avançam para a Etapa 4, nesta segunda-feira (13). Lojas de varejo de rua, salões de beleza e estética, comércio de veículos, incluindo serviço de aluguel e vistoria, com 50% da carga, construção civil com 100% do efetivo e shoppings centers com atendimento presencial poderão abrir as portas. Igrejas e templos religiosos também vão poder realizar celebrações. Tudo isso respeitando os protocolos para conter a disseminação do vírus. As cidades do Sertão pernambucano permanecem ainda nesta mesma fase, na etapa 4.

NOVA FASE NA PRÓXIMA SEMANA - A realização de jogos de futebol, sem público, em todo o estado está liberada, a partir do dia 19 deste mês. Já no dia 20, ficará liberado o funcionamento de serviços de alimentação, com horário reduzido, e academias de ginástica, com novos protocolos, na Região Metropolitana do Recife (RMR) e Matas Norte e Sul.

Secretaria de Imprensa de Pernambuco