domingo, 16 de agosto de 2020

Gisele Gomes e a fé sem fanatismo

Graça e paz. Que a paz de Deus quer saber todo entendimento, esteja contigo, meu irmão, minha irmã, nessa noite de domingo, dezesseis de agosto, dois mil e vinte infelizmente hoje nós participamos de uma maneira distante, mas com muita tristeza a manifestação em frente a maternidade CISAM no Recife onde alguns evangélicos fundamentalistas, políticos, fundamentalistas, trouxeram consigo a religião para combater o aborto legal de uma menina de que foi estuprada por um tio. 

Isso é um absurdo que o senhor tenha misericórdia da vida dessas pessoas, que não entendem a mensagem do evangelho de Cristo que não entendem que Jesus sempre valorizou a vida, a vida humana, mas a vida em sua plenitude. O aborto legal está legalizado no Brasil desde 1940 sobretudo a partir de um estupro, isso é lei. 

Estava apenas se cumprindo a lei. Que Deus tenha misericórdia dessas pessoas, que criaram tanto tumulto, tanta confusão pra vida e de várias meninas que sofrem abusos que participam de situações tão tristes por conta de nós, seres humanos, possamos fazer valer voz e a vez de todas as mulheres e meninas do nosso Brasil. Que o senhor nos abençoe, sou reverendo Gisele Gomes, trago esse minuto de oração pra abençoar a tua vida e a tua caminhada com Cristo, amém.

Menina de 10 anos, que havia sido estuprada, consegue interromper a gravidez no Recife

A menina capixaba de 10 anos, grávida de cinco meses e vítima de estupro, foi trazida para Pernambuco para passar por um procedimento de aborto legal - permitido por lei em caso de estupro e risco de vida da mãe - conseguiu exercer o seu direito de não levar uma gravidez adiante. Era pra tudo acontecer em sigilo, uma vez que o caso versava sobre uma CRIANÇA DE 10 ANOS. Ela havia conseguido na justiça o direito de interromper a gestação. 

No entanto, o hospital público de referência no Espírito Santo se recusou a fazer o procedimento, alegando que já estava em curso uma gravidez de 23 semanas (Uma gravidez normal é de 40 semanas). Por isso, ela acabou sendo trazida para Pernambuco, a fim de fazer a cirurgia no CISAM, unidade hospitalar de referência em aborto legal aqui no estado. Repito, era pra ser tudo em sigilo, sob acompanhamento da justiça do Espirito Santo e do Ministério da Família, Mulher e Direitos Humanos.

Mas a história foi vazada - ainda não se sabe como - e a extremista Sara Giromini, que não deveria estar em redes sociais, fez um vídeo no You Tube nomeando a menina e dando o endereço do hospital com o intuito de que pessoas contrárias ao aborto (como o grupo de católicos que esteve na porta do Cisam) fossem invadir (?) e impedir (?) que médicos fizessem o procedimento. Não adiantou o médico explicar ao grupo que a menina corria risco de vida. Em vão. E ainda foi chamado de "assassino".

A advogada Liana Cirne acompanhou tudo e informou que a menina conseguiu interromper a arriscada gravidez. "Sara Winter está MENTINDO que os médicos se negaram a realizar o aborto legal. Mas a interrupção já foi feita e a criança passa bem. Parlamentares evangélicos continuam na porta do hospital, promovendo tumulto. A preocupação agora é com agressões contra a criança e mãe", conta a advogada em sua conta no Twitter.

Agora algumas perguntas precisam ser respondidas:

1) Como a extremista obteve essas informações?
2) Nada será feito contra os que tentaram INVADIR o hospital?
3) A extremista não estaria proibida de falar em redes sociais?
4) Divulgar o nome da criança e o endereço do hospital não infringe o Estatuto da Criança e do Adolescente?
5) Quem vai proteger a menina a partir de agora?
6) O abusador continua foragido. Será que ele não vai ser preso?