sábado, 30 de maio de 2009

O meu recurso tecnológico

A internet tornou-se uma grande aliada pra mim, tanto é que peço licença a vocês para colocar um texto dos meus arquivos e como posso colocar a questão dentro de minha área profissional, o Jornalismo. Analisem e concordem ou discordem, mas leiam com todo o carinho do mundo.


Eu sou um Meio de Comunicação
(ou descobri a pólvora, a roda e a agricultura)

Quando me formei, achei que iria trabalhar em um veículo de Comunicação. Nunca ousei imaginar Rede Globo. Meu sonho sempre foi rádio. Realizei-me há quase 10 anos quando passei três meses no Estágio Curricular da Rádio Jornal do Commercio. Mas me formei e em quase oito anos de formada, mais de sete dedicados à Assessoria de Imprensa.

Recentemente, com meu blog descobri uma coisa: posso criar um império de Comunicação. E com algumas armas:

» Se eu quiser fazer matérias pra impresso: Coisa mais fácil, é só apurar e escrever;

» Se eu quiser fazer exposição de fotos: Qualquer máquina digital ou uma analógica mais um scanner resolvem;

» Se eu quiser um programa de rádio (de até 10 minutos): Recorro a um portal (eu recomendo o Goear.com ou o mp3tube);

» E se eu quiser um vídeo: Preciso responder que recorro ao YouTube?

Afora os programas que temos no PC ou que podemos baixar gratuitamente: Windows Media Player, Audacity, Corel, Photoshop, até o Paint ajuda.

Nunca a Comunicação Social esteve tão próxima das pessoas, basta um pouco de conhecimento básico de Informática. Hoje não parece nada demais, mas acreditem que as empresas de Comunicação vão ficar de olho em blogueiros, videastas digitais, fotógrafos eletrônicos, etc.

Vide a pressão hoje sobre as rádios comunitárias, desde que o povão aprendeu que o rádio não é só pra ouvir “músicas” e notícias de artistas que casam e separam.

Ainda vamos dominar o mundo. (Mwhahahaha)

E isso parece óbvio, mas não é.

(Esse texto foi publicado no blog Folha de Seu Paulo no dia 28 de fevereiro de 2008).

Mapa Conceitual - Para quem não viu o vídeo


Mapa Conceitual

Comentário - Competências da Leitura e da Escrita na Era Digital




Redação - Comentário sobre o texto


Competências da Leitura e da Escrita na Era Digital


Saber ler e escrever é muito mais do que jogar palavras no papel ou em uma tela de computador. Isso porque as palavras têm maior profundidade do que apenas letras e fonemas. Além do mais, as formas convencionais de estudo desencorajam qualquer iniciativa de maior investigação à leitura. Como se não bastasse, o uso incorreto das tecnologias digitais em vez de auxiliar, muitas vezes atrapalha a produção de textos.

As palavras são muito mais do que se lê ou escreve. A superficialidade de alguns textos “repartidos” em fotocópias ou de trechos “ctrl c + ctrl v” acabam por fazer joguetes lingüísticos e palavreados sem quaisquer conexões. Isso acarreta em um conteúdo incompleto e na omissão de fontes. Frases famosas, citações que muitas vezes não se sabe quem é o autor.

As cópias “aboletadas” em pastas acumuladas nas casas de Xerox muitas vezes são mutilações. Não existe um encorajamento de interpretar e refletir os textos que são lidos. Talvez venha da cultura de estudar livros sagrados (a Bíblia ou o Alcorão, por exemplo) e tê-los como verdade absoluta. Mas Cysneiros é bem claro no seu texto: “só se aprende a ler bem quando se lê de maneira mais ativa e inquiridora”.

O texto se propõe a ensinar a ler, mas descobrindo nuances e analisando o contexto da época. Um exemplo: o livro O Mulato, do escritor Aluísio Azevedo, descreve o protagonista como um homem de mãe negra e pai europeu, sendo ele um mestiço de olhos azuis. Ora, na época em que o romance foi escrito (final do século XIX) a Genética estava sendo descoberta por Mendel, que começara a pesquisar com ervilhas. A transmissão de caracteres como cor de pele, olhos e cabelos seria estudada muito tempo depois.

O uso errado de novas tecnologias acaba por distorcer a ideia de leitura. Os textos mutilados acabam dando lugar ao “ctrl c + ctrl v” e a abreviações que tiram o sentido da palavra, como vc (você), tb (também), pq (por que) entre outras. E o incentivo à interatividade, tão propagada pela internet? Onde está? O texto do Prof, Cysneiros nos fornece vários subsídios de como interagir com um texto, com informações complementares, impressões pessoais, bem como um bom dicionário ao lado.

Por tudo isso que acabei de explanar, a leitura e a escrita devem ser atividades mais profundas do que apenas colocar palavras e decifrá-las. Contextualizar a época e saber interagir com o conteúdo, fazer das palavras a sua arte. A arte de expressar-se, de demonstrar suas idéias, análises e concepções. Encerro esse comentário com um poema do Olavo Bilac, Profissão de Fé, em que a escrita é citada como uma bela-arte.




Profissão de Fé

Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo
Faz de uma flor.

Por isso, corre, por servir-me,
Sobre o papel
A pena, como prata firme
Corre o cinzel.

Ver esta língua, que cultivo,
Sem ouropéis,
Mirrada ao hálito nocivo
Dos infiéis!...

Celebrarei o teu oficio
No altar.- porém,
Se ainda é pequeno o sacrifício,
Morra eu também!

Caia eu também, sem esperança,
Porém tranqüilo,
Inda, ao cair, vibrando a lança,
Em prol do Estilo!

Estreia

Esse é um espaço acadêmico, criado para o módulo de Tecnologia na Educação.