quarta-feira, 17 de maio de 2017

Câmara libera área para exploração na Amazônia equivalente a 3 vezes a cidade de SP

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta noite de terça-feira, 16, uma mudança de categoria para uma área de 486 mil hectares da Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim, no Pará, transformando essa parte da unidade de conservação em área de proteção ambiental (APA). Na prática, trata-se de um rebaixamento dentro da categoria de proteção ambiental. Ao ser convertida em APA, essa área poderá ser usada para retirada de madeira, agropecuária e mineração, além de poder ser comprada e vendida por particulares.

A área de 486 mil hectares equivale a 4.860 km², três vezes o tamanho da cidade de São Paulo. A unidade do Jamanxim, ainda que protegida, tem sido um dos principais alvos de desmatamento em toda a Amazônia. É extremamente relevante para a região, porque faz a conexão das áreas protegidas do Rio Xingu com a Bacia do Tapajós.

O argumento dos deputados que aprovaram a mudança é de que é preciso associar o desenvolvimento econômico da região com a exploração da floresta. Uma emenda incluída de última hora no texto reduziu ainda 10.400 hectares do Parque Nacional de São Joaquim, em Santa Catarina.

Agora o texto da MP segue para o plenário do Senado, sem passar por comissões. Ele precisa ser votado até 29 de maio, data em que a MP vence. Se for aprovado, tem mais 30 dias para seguir para sansão presidencial.

“O que é importante deixar claro é que a Câmara tirou a proteção de floresta pública em uma região onde o desmatamento mais cresce”, disse Ciro Campos, biólogo e analista do Instituto Socioambiental (ISA). “Transformar uma floresta nacional protegida em outro tipo de unidade, como a área de proteção ambiental, vai permitir uma série de explorações e atividades que antes não eram permitidas.”

Crime -  Criada em 2006, a Floresta Nacional do Jamanxim corre ao lado do eixo da BR-163, que corta todo o Estado do Pará de norte a sul. Além de ser uma das áreas mais críticas do desmatamento na Amazônia, a região é uma das que mais registram a atuação do crime organizado no roubo de madeira e na grilagem de terras em toda a região amazônica, além de atividades de garimpo.

A principal crítica de ambientalistas é que, em vez o de o governo atacar os problemas da região com maior fiscalização da região, decidiu optar pela abertura da área, regularizando uma série de atividades ilegais. 

Dentro da Câmara, a área transformada em APA cresceu. O relatório original da MP, do deputado José Priante (PMDB-PA), previa que 300 mil hectares foram reclassificados, mas o número acabou ampliado para 486 mil hectares, o que atinge 37% da Flona do Jamanxim.

Na votação pelo plenário da Câmara, só ficou de fora do processo de reclassificação como APA os 178 mil hectares da Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo, localizada na região sul do Pará, também ao lado da BR-163.

Atualmente, a maior parte dos esforços do Ibama para controlar o desmatamento estão atrelados à região da BR-163 e da Floresta Nacional do Jamanxim. A estrada que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PÇA), aberta nos anos 1970, durante a ditadura militar, desapropriou uma “área de influência” de 100 quilômetros m suas bordas, com o propósito de que essa área de transformasse em assentamentos regularizados para ocupação da Amazônia. A estrada, no entanto, foi abandonada e tomada por ocupações irregulares. 

Hoje, o que se vê ao longo de todo o seu traçado dentro do Pará são as chamadas “espinhas de peixe”, picadas feitas a partir da estrada, para saquear a floresta. A Flona Jamanxim, com todas as dificuldades da região, vinham impedindo a aceleração desse processo. 

Estadão (SP)

Mulher atropelada por ex tem morte cerebral

Após 4 dias na UTI, uma jovem identificada como Jéssica Trianoski faleceu na noite desta segunda-feira (16/05) após ter morte cerebral. A vítima foi atropelada quando voltava do trabalho e pelo seu ex-namorado. No momento do crime, o atual namorado e o sogro da vítima testemunharam a ação.

A jovem trabalhava como socorrista. Jéssica manteve o relacionamento com o ex-companheiro durante 2 anos e já estava há mais de 6 meses do término do namoro. O crime teria sido motivado porque o ex de Jéssica identificado como Marcos Magno estava inconformado com o fim do relacionamento e ficava atrás da vítima fazendo ameaças caso ela não voltasse para ele.

Durante o período de internação de Jéssica Trianoski o atual namorado identificado como Carlos Augusto fez corrente de orações nas redes sociais para que a jovem se recuperasse, mas ela não resistiu ao ferimentos. O suspeito está foragido. Durante a fuga ele abandonou o veículo próximo ao local do atropelamento. A polícia está investigando o caso para identificar as causas do crime.

Portal 180 Graus (PI)

Centrais se preparam para 'invadir' Brasília contra reformas de Temer

Com a proximidade das votações de reformas do governo Temer, as centrais sindicais e movimentos sociais começam a partir desta semana uma série de ações tendo Brasília como alvo principal. Uma mobilização já está confirmada para quarta-feira (17), com visitas a gabinetes no Congresso, e uma semana depois as entidades farão marcha e ocupação na capital federal. 

Segundo as centrais, haverá "atividades nas bases sindicais e nas ruas para continuar e aprofundar o debate com os trabalhadores e a população sobre os efeitos negativos (das reformas) para toda a sociedade e para o desenvolvimento econômico e social brasileiro. Uma nova greve geral é uma possibilidade. "Sempre está no horizonte", diz o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre. 

O primeiro passo, observa, é fazer um "trabalho de convencimento" com deputados e senadores. A Câmara ainda votará a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, de "reforma" da Previdência. A comissão especial que analisava a PEC aprovou o relatório por 23 votos a 14. Para aprovação em plenário, o governo precisa de 308 votos, e a base governista não tem convicção, neste momento, de que conseguirá atingir esse número, dada a rejeição ao tema, e pode protelar a votação até junho.

"A Previdência é muito mais sensível à população", observa o presidente da UGT, Ricardo Patah, para quem depois da greve geral de 28 de abril o ambiente político mudou. Ele também destaca a reunificação das centrais depois de "algum distanciamento" ocorrido durante o processo de impeachment. "Toda a vez que a gente se dividiu, perdeu", diz Sérgio Nobre.

Greve geral

"A forte paralisação teve adesão nas fábricas, escolas, órgãos públicos, bancos, transportes urbanos, portos e outros setores da economia e teve o apoio de entidades da sociedade civil como a CNBB, a OAB, o Ministério Público do Trabalho, associações de magistrados e advogados trabalhistas, além do enorme apoio e simpatia da população, desde as grandes capitais até pequenas cidades do interior", afirmam as centrais (CGTB, CSB, CSP-Conlutas, CTB, CUT, Força Sindical, Intersindical, Nova Central e UGT) em nota divulgada logo depois de reunião realizada na última segunda-feira (8), em São Paulo.

No mesmo documento, as entidades fazem referência à ocupação em Brasília. "Conclamamos toda a sociedade brasileira, as diversas categorias de trabalhadores do campo e da cidade, os movimentos sociais e de cultura (...) para reiterar que a população é frontalmente contra" a aprovação das reformas e qualquer tentativa de retirada de direitos.

"É uma reforma para o setor patronal", disse o senador Humberto Costa (PT-PE) à chegada do projeto de "reforma" trabalhista, aprovado na Câmara como PL 6.787 e agora tramitando como PLC 38. Na semana que começa, estão previstos mais debates: na terça (16), haverá nova sessão temática em plenário e na quarta, outra sessão conjunta entre comissões de Assuntos Econômicos e Assuntos Sociais. O projeto vai passar também pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania – na sexta (12), o relator da projeto na CCJ, Romero Jucá (PMDB-RR), recebeu representantes das centrais. O governo pressiona para votação em regime de urgência, mas os senadores afirmam, pelo menos oficialmente, que isso só será discutido depois de mais debates nas comissões.

Rede Brasil Atual

Mãe solteira de 27 anos relata casos de machismo no Tinder



O Dia das Mães passou e muitas mensagens ganharam destaque nas redes sociais. Entre elas, uma publicação da professora Fernanda Teixeira, de 27 anos, vem sendo muito compartilhada na web. O texto atribuído a professora é um relato sobre um experimento social realizado no aplicativo de paquera Tinder.

A revista Crescer explica que Fernanda criou um perfil no aplicativo, com foto e descrição, onde informava ser mãe.

Em seguida, a professora passou a receber inúmeros comentários machistas.

Confira a publicação na íntegra:

(minha foto mais bonita)

Fernanda, 27 anos

Mãe

Professora

Militante

Feminista

Amor à culinária, literatura e aos amigos

Ódio ao capital e aos de coração raso.

Essa é a minha descrição num experimento social, no meu perfil do Tinder.

Depois de conversar mais uma vez com uma amiga sobre a relativização afetiva que as mulheres sofrem e como é isso pós maternidade, ela lembrou de um post que fiz um tempo atras, contando dos perfis no Tinder. Homens com fotos dos filhos, mulheres, nunca. Esconder a maternidade é necessidade. Ela, socióloga, propôs que reativássemos meu perfil e fizemos essas alterações. Foi uma semana forte. não fez bem pro meu ego, mesmo.

83 matchs masculinos. Homens entre 24 e 34 anos. Alguns (re)machs - praticamente os únicos que não me fizeram mal ao ler as mensagens recebidas (nem todos, também). todos homens que eu realmente me interessaria pela aparência física e/ou descrição e interesses em comum.

TOP 10 das bostejadas:

1 - *Raul - 27 anos:

-Oi gata

-Oi. tudo bem?

-Melhor agora.

- ><

-Que bom que você avisa que tem filho.

-É? Por que?

-Assim facilita e a gente não tem surpresa.

-Como assim?

-ah gata não se apaixona nem se desiludi

- como assim?

- vc é mãe já sei q n rola nd sério

2 - *Felipe - 31 anos:

-Tu é mãe?ainda amamenta? <3 b="">

- Oi. Tudo bem? Não mais, por que?

- Nada não.(combinação desfeita, por ele)

3 - *Lucas - 28 anos:

-...

-então o seu filho está onde agora?

- Em casa, comigo. por que?

-Nossa.Você é bem feminazi esquerdista mesmo.coitada da criança com uma mãe p*ta dessas que fica procurando macho.

4 - *Lucas - 24 anos:

- ...

- Sou mais novo que vc

-Sim. 3 anos. Isso é um problema grande?

-n, n. é q vc é mãe, e eu procuro uma namorada

-E?...

-E que daí n dá, né

-Por que? Sua mãe nunca namorou?

-N fala da minha mãe

vadia

(combinação desfeita, por ele)

5 - *Markus - 25 anos

- vc tem com quem deixar a criança? n sou chegado, mas achei vc gata.

-oi? tu n é chegado em que?

- Filho dos outros kkk

- Tu tem a foto com uma criança!!!!

- É meu afilhado.

-Pra chamar mulher?

- Siiim. da certo. Com vcs tbm?(combinação desfeita por mim, porque não tive mais estomago)

6 - *Marcos - 27 anos

-...

- Mas priorizei outras coisas na minha vida

-Como assim? temos a mesma idade e tu tbm é pai

-sou pq minha ex quis. acho q ela e vc n são iguais

-Como assim?

- Vim morar no sul pra fugir dela

- E do teu filho?

-tbm. ela engravidou de gosto

-hmmm. Quantos anos vcs tinham?

-Ela 17 e eu 26

- Tu recém foi pai então?

- ahan

- meu, tu é quase 10 anos mais velho que ela. Acho q ela n queria engravidar e ter um filho sozinha em SP

- mas ela n se cuidou

n tenho muito a ver com isso

(combinação desfeita por mim, por motivos óbvios)

7 - *Ivan - 34 anos

-Divorciada?

-Oi. Tudo bem contigo? Sim, sou separada. Por que?

-É que mulher com filho a gente pergunta né

- Por que?

-Se n casou é que n vale muito

- Como assim? tu vai vender a mulher? Quanto é que ta o @ da mulher no século XXI?

- Li teu perfil até o final agora

vc é feminista

raça ruim eim

o corno que deve ter te dado um pe na bunda pq tu n se depila

8 - *Renan - 26 anos

-...

- mas vc foi irresponsável

- Fomos um pouco, mas levo uma vida normal.

- e vc cria seu filho sem pai?

-Não. meu filho tem um pai, que ama muito ele.

Nao entendi a colocação.

- alem de mãe e bura kkkkkkk

- Burra? Além de mãe? Por que? Tu tem problemas?

- Problema tem tu q tem filho e fica no tinder catando outra barriga

feminista suja

professor ainda kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

9 - *Tarciso - 31 anos

-...

- Sou marinheiro e busco apenas aventuras.

- hmmm

- Você ser mãe facilita as coisas

- Por que?

- Porque não precisamos fingir engenuidade e podemos pular os cortejos.

-INgenuidade, querido.

- Vá se f*der

sozinha kkkk

10 - *Elton - 29 anos

-... eu concordo com esses caras na verdade

- tu concorda com os absurdos que disse que já ouvi por ser mãe?

- ué, vc ficou solteira pq quis e parece esperta

- e???

- e que todo mundo sabe q ngm leva a sério mulher com filho

- Por que?

-p q se ja teve filho e ta solteira boa coisa n é

- Então todas mulheres divorciadas são péssimas pessoas e péssimas mães? e as que são mães solo porque o cara fugiu?

- N. minha mãe tbm se divorciou quando eu era criança pq meu pai batia nela

- ela foi uma mãe ruim?

- N né

minha cora é minha vida

- Quantos anos ela tinha quando isso aconteceu?

- Ela tinha 26 e eu 5

- Eu e sua mãe fomos mães com a mesma idade e nos separamos também com quase a mesma idade hehehe

(match desfeito, por ele)

Quando se fala em irresponsabilidade social e abuso afetivo sobre as mulheres, negligenciar essa cultura da misoginia acerca da maternidade é ser canalha. A solidão da mãe é vista como obstáculo para tornar aquela mulher forte. Nós não queremos esses obstáculos. Ninguém quer. Essa cultura coloca todos os dias milhões de mulheres numa posição que facilita a exposição aos abusos.

Logo depois que me separei, passei por vários "relacionamentos" que tinham um traço forte em comum: Todos homens que me relacionei me esconderam socialmente. O primeiro homem que me assumiu socialmente, no entanto, era mais um dos abusadores emocionais que estão por aí. E eu caí, como uma presa, em mais um relacionamento abusivo porque estava recebendo atenção. Fingia estar bem, feliz, que tudo era flor amor e gratidão, mas a gente aprende a disfarçar bem e evitar perguntas. Enlouqueci, literalmente.

Hoje sigo no limbo social e emocional que nos colocam, fingindo que sou forte e que está tudo bem.

Não está.

Esses diálogos nojentos aí em cima provam que nada está bem.

O meu estado "civil" no momento não importa pra ninguém porque essa não é a questão desse experimento e do futuro artigo. Meu estado emocional e o estado emocional de todas as mães que escondem sua maternidade no primeiro momento para evitar fetichização e conseguir atenção afetiva, sim.

Ser mãe não é amar incondicionalmente e abrir mão da vida social/sexual/amorosa; nem desfazer planos, nem se privar da carreira, nem se privar de todos os sonhos e planos traçados. Isso é ser submissa à alguém. Ser mãe é ser responsável pela vida de um terceiro, eternamente ligado a ti. Nutrir o crescimento desse ser da melhor maneira que conseguires e se esforçar muito pra que tudo de certo pra ele, em primeiro lugar.

Sempre que se fala da mãe, se fala dela como algo terceirizado, como uma entidade atrelada ao filho de uma maneira submissa. Isso é desumanizador.

Espero que esse experimento e esse textinho facebookiano ajude a elucidar a posição que todos vocês acabam nos colocando dentro dessa estrutura patriarcal e misógina.

Ser mulher não é fácil.

Ser mulher e mãe, menos ainda.

Ser mulher, mãe e reivindicar uma vida social fora dos padrões patriarcais, é enlouquecedor.

Na luta da mulher mãe, a resposta é essa mesmo: Não há ninguém perto de você, só seu filho.

Feliz dia das mães. Comprem um presente pras suas, aliviem a culpa e reflitam o quanto de abuso emocional elas já sofreram por serem mães de vocês.

Pai, marido, irmão, cunhado, chefe, amigo, namorado, colega... todos já foram abusivos e/ou negligentes de alguma forma.

Pensem em quantas mulheres permanecem em relações falidas e criminosas com medo da solidão.

Mãe de bicho lê/ouve coisas como essas todos os dias? Alguém já deixou de te assumir porque vocês tem um gato e dois cachorros em casa? Você sofre abuso emocional em todos os meios que vive e circula, inclusive o familiar, por ter bichos e ama-los muito?

Eu queria ter escrito mais, muito mais mesmo; mas não deu. Prefiro manter minha saúde emocional minimamente estável no dia de hoje porque sei que tem muita mulher que aguenta firme coisas muito piores. Reconheço meus privilégios.

*os prints das conversas não foram postados porque a intenção não é transformar isso aqui num álbum de nojeiras. As conversas foram transcritas, mantidas abreviaturas e corrigidas falhas de digitação. Os nomes e idades também foram mantidos.

*não foram vinculadas fotos do meu filho nem seu nome foi exposto em nenhum momento. foi apenas informada a maternidade.

*as mulheres na mesma condição que eu sabem identificar cada frase e contexto, porque certamente passam por isso diariamente.

*não somos menos mães por nada disso.

*não amo menos meu filho por entender que ele não é minha propriedade e eu não sou propriedade dele.

*também vivo em processo de enfrentamento familiar constante por negar o padrão. A luta também acontece no âmbito familiar, por mais massa que seja minha familia.

Notícias ao Minuto (Rio)

Quilombolas lutam por direitos básicos

Desde a abolição da escravatura, os quilombos continuam sendo locais necessários à resistência da população negra. A ancestralidade negra vira combustível para a luta atual contra o racismo e pelo direito à terra – ameaçado ainda mais pelo governo Michel Temer, que paralisou as demarcações das terras quilombolas. O reconhecimento das comunidades remanescentes de quilombos é uma forma de reparar os danos do período escravagista sentidos ainda hoje. O Brasil tem cerca de 3 mil comunidades quilombolas.

As consequências da escravidão ficam evidentes nos números que comprovam que a qualidade de vida da população negra tem uma década de atraso em relação à população branca do país, de acordo com o estudo “Desenvolvimento Humano para Além das Médias” divulgado nesta semana pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – órgão da ONU – em parceria com a Fundação João Pinheiro e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). A pesquisa também aponta que a renda per capita dos brancos chega a ser maior que o dobro dos negros: R$1.097,00 ante R$ 508,90. 

Os dados são retrato de um país onde a escravidão é tratada como atração turística – como denunciado por The Intercept Brasil –, um restaurante tem o nome de senzala e um motel oferece grilhões, jaula e correntes, como os usados em torturas de escravos, como atrativo. (Nota do Blog: no Recife existe um motel com o nome de Senzala)

Nesse cenário de naturalização de abusos históricos, um político racista não causa tanto espanto. No último mês de abril, duas representações foram encaminhadas à Procuradoria Geral da União contra o deputado federal Jair Bolsonaro por prática de injúria racial em palestra no clube Hebraica, quando o deputado comparou quilombolas com animais e disse que, se eleito presidente em 2018 acabaria com as demarcações. Para a Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), o deputado corrobora o discurso racista de ódio que defende que quilombolas não teriam lugar ou função na sociedade brasileira.

“Quando nós saímos e começamos a reivindicar nossos direitos, aí começou a sair o racismo de baixo do tapete. Porque aí as pessoas começaram a se incomodar de ver que um negro, um quilombola, tem o mesmo direito que um branco, que um rico”, afirma Ivone de Mattos Bernardo, moradora do Quilombo Maria Conga em Magé, na Baixada Fluminense.


Direito à terra

Hoje, 199 comunidades estão aguardando análise do Instituto Palmares para a receber a certificação de Comunidade Remanescente de Quilombos. Já as demarcações das terras ficam a cargo do INCRA. No entanto, o governo Michel Temer suspendeu as demarcações de terras quilombolas até que a Ação Direta Inconstituicional – ADI 3239 seja julgada no Supremo Tribunal Federal (STF) – o que não tem data para acontecer.


Essa revisão acontece em um período de forte pressão da bancada ruralista que comanda a CPI Funai-INCRA e questiona as titulações. A disputa por terras causa mortes no campo e perseguições como a da Marinha aos moradores do Quilombo Rio dos Macacos, mostrada pelo The Intercept Brasil em fevereiro deste ano.

De acordo com defensores da política de demarcação das terras, o governo estaria se antecipando à decisão do Judiciário. A paralisação é algo inédito desde o início das demarcações em 1995. Além de lidar com racismo estrutural da sociedade, a comunidade quilombola enfrenta mais um retrocesso do governo Michel Temer. 

The Intercept Brasil

Professores e alunos da Uerj montam acampamento em frente ao Palácio Guanabara

Professores e alunos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) iniciaram, na noite desta terça-feira, um acampamento em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual, em Laranjeiras. Quatro barracas foram montadas no canteiro central da Rua Pinheiro Machado, sem interferir no trânsito. Os manifestantes pretendem ficar no local até que o governo aceite dialogar sobre a crise da universidade.

— É para chamar atenção para a nossa situação. Estamos com uma normalidade que é totalmente artificial — afirma Lia Rocha, presidente da Associação de Docentes da Uerj (Asduerj).

O acampamento foi montado após a relização de um protesto, que contou com a participação de 150 pessoas, segundo estimativa de Lia. A principal reivindicação é a regularização do salário dos professores — ainda não receberam a remunaração de abril, nem o 13º de 2016 — e das bolsas estudantis,


— Somos uma categoria endividada. Muitos professores têm dito que não têm condições de trabalhar. Hoje, temos medo de que a Uejr feche — ressalta Lia.

De acordo com ela, nenhum representante procurou o grupo até o momento.

Jornal Extra (Rio)

CECH realiza Fórum sobre população LGBTI em situação de rua

O Centro Estadual de Combate à Homofobia (CECH), órgão da Secretaria Executiva de Direitos Humanos (SEDH), realizou, nesta segunda-feira, 15, o Fórum “População LGBTI em situação de rua”. O encontro faz parte das ações que marcam o Dia Internacional contra a Homofobia - 17 de maio.

Participaram do fórum, no auditório da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), no bairro do Recife, a coordenadora do CECH, Suelen Rodrigues, representantes do Programa Atitude, Instituto Boa Vista, Consultórios de Rua e na Rua, e Centro POP, instituições responsáveis pela atenção integral à saúde da população em situação de rua, além da Defensoria Pública.

O encontro deu maior visibilidade à temática através da apresentação dos trabalhos das instituições que já atuam no atendimento, além de estratégias para a população LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais) em situação de rua, para que o segmento tenha acesso as políticas públicas.

De acordo com a coordenadora do CECH, Suelen Rodrigues, “o Centro realiza o atendimento psicossocial e jurídico e encaminhamento à rede, e pode contribuir no fortalecimento dos espaços já existentes voltados a esta população” reforça. Ainda de acordo com ela, a proposta é criar um grupo que realize encontros periodicamente para discutir ações voltadas para o público LGBTI em situação de rua.

Dando continuidade as ações em alusão ao Dia Internacional contra a Homofobia, até o próximo dia 20 de maio, o Governo do Estado realiza a campanha “Você Não Está Só” nas redes sociais. E no dia 26 será feita panfletagem em locais visitados pelo público LGBTI como: Clube Metrópole, Conchittas Bar e Santo Bar. 

Imprensa SEDH PE

Festa Sem Loção faz edição On The Beach, no Biruta Bar

O trio de DJs, Lala K, Original DJ Copy (Felipe Machado) e Rebel K (Kleber Pedrosa) armam a primeira Sem Loção do ano para o público que estava com saudades da balada. A Sem Loção On The Beach acontece no sábado (27), a partir das 23h, no Biruta Bar.

O clã formado pelos DJs mais consagrados da cidade promete um set-list diversificado com muito disco, pós-punk, rock, pop, funk, mashups e ritmos eletrônicos em suas diversas vertentes, para o publico dançar até o sol raiar na beira mar do Pina.

Os ingressos da Sem Loção custam R$ 20 (promocional), R$ 30 (primeiro lote) e R$ 40 (Segundo lote). Disponíveis no no site da Sympla: www.sympla.com.br/festasemlocao.

Colégio Motivo realiza debate ao vivo sobre o uso dos anabolizantes

Nesta quinta-feira (18), a partir das 19h, o Colégio Motivo irá realizar mais um “Motivo de Conversa”, uma transmissão ao vivo no facebook com os professores Henrique Azevedo e Clayton Souza. O tema do debate será “Os efeitos dos anabolizantes sintéticos no corpo humano”, substâncias proibidas que alguns atletas utilizam para conseguirem mais massa muscular em curto período de tempo.Durante o debate, os participantes poderão fazer perguntas, por meio da plataforma digital, e elas serão respondidas ao vivo. A fan page do Motivo pode ser acessada pelo link: https://www.facebook.com/colegiomotivo

Curso ensina passos para criar um game de sucesso

Neste sábado o Prof-Lab, programa de formações criativas para professores, avança em sua agenda de cursos convidando a comunidade para aprender sobre Game Design Thinking. A experiência de aprendizagem será guiada pelo formador Giordano Ribeiro e acontece no dia 20 de maio, das 8h30 às 12h30, na unidade da ABA Global Education de Boa Viagem, no Recife.

O Design Thinking é a metodologia que revela a forma como um designer de projetos pensa. Inspirado nesse conceito o Game Design Thinking é a metodologia que vai apresentar especificamente a forma com pensa um designer de jogos. Antes de desenvolver um jogo é necessário saber mais do que programação, ilustração ou animação. A concepção de um jogo de sucesso requer planejamento, criatividade e mais algumas habilidades para as quais é preciso estar atento antes de mergulhar no universo do desenvolvimento. Orientar futuros criadores sobre as estratégias de planejamento de um jogo é o que vai nortear a experiência Game Design Thinking em mais um encontro do Prof-Lab.

Tática, ludicidade e outros elementos presentes no processo de criação de um jogo serão apresentados de forma didática pelo educador Giordano Cabral, professor do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco e profundo conhecedor das estratégias de planejamento para a criação de jogos. Para desenvolver práticas inovadoras no ensino de música, Giordano mergulhou no universo dos jogos produzindo softwares e games voltados para a aprendizagem de música como a premiada Turma do Som.

Na formação os cursistas serão desafiados a criar um jogo com materiais simples como tabuleiros, fichas, bolas, papel e caneta. Estimulando a criatividade e promovendo a reflexão, os criadores viverão na prática os principais erros e acertos do processo. "Um jogo de sucesso é sempre divertido para quem joga. E esse objetivo pode ser alcançado de forma simples com o que se tem à mão. A ideia do Prof-Lab é ajudar a desconstruir a mentalidade de que um jogo para fins educativos precisa seguir o formato de perguntas e respostas. Às vezes é preciso quebrar um pouco esse pensamento porque talvez isso não seja assim tão divertido", afirma Giordano.



Para participar do Prof-Lab não existem pré-requisitos, além da vontade de aprender e inovar. Apesar do diálogo com a educação as formações também recebem profissionais de diferentes áreas de atuação, o que tem enriquecido as discussões e as produções. No Prof-Lab são apresentados conceitos de forma simples e objetiva, com atividades planejadas para que todos possam dar os primeiros passos no tema proposto. A iniciativa já formou mais de 500 docentes de diferentes cidades e áreas de atuação em quatro edições realizadas na ABA Global Education e também na edição especial para educadores da rede SENAC que passou por Recife, Paulista, Caruaru e Petrolina.




​​​As inscrições para a formação Game Design Thinking podem ser feitas através do link: http://bit.ly/proflabgtd. A inscrição antecipada pode ser realizada pelo valor de R$ 180. Há desconto de 50% para professores das redes estaduais e municipais, além das opções de parcelamento e condições especiais para inscrições em grupo e para ex-alunos do programa.