terça-feira, 18 de abril de 2017

Barragens do interior voltam a armazenar água após chuvas registradas na última semana



Três barragens localizadas no Sertão e uma no Agreste voltaram a armazenar água graças às chuvas registradas nas regiões, na última semana. Em Custódia, no Sertão do Moxotó, a Barragem de Marrecas, que estava em colapso desde novembro de 2014, conseguiu acumular hoje (17) 1,4 milhão de metros cúbicos de água, o que corresponde a 6,49 % da sua capacidade de armazenamento e vai permitir que a Compesa reative o sistema de abastecimento da cidade. No Sertão do Pajeú, a Barragem do Rosário, que secou em dezembro de 2015, começou a armazenar água do Rio da Volta, e a Barragem de Brotas, situada em Afogados da Ingazeira, e que estava inoperante há oito meses, acumulou 20% da sua capacidade total. As chuvas também levaram boas notícias para uma cidade do Agreste. A Barragem de São Sebastião, que entrou em colapso em fevereiro deste ano, recuperou 20% da sua capacidade total, e até o final desta semana volta a abastecer a população de Panelas pela rede de distribuição. 

Com o volume acumulado na Barragem de Marrecas (foto), em Custódia, que tem a capacidade de acumular 21,6 milhões de metros cúbicos, a Compesa pretende dentro de 20 dias, restabelecer o sistema e fornecer uma vazão de 22 litros de água por segundo para o abastecimento da cidade, que hoje é atendida apenas por três poços de Vila de Fátima, localidade próxima a cidade de Afogados da Ingazeira. Com a colaboração de Marrecas, o abastecimento de Custódia vai contar com o volume total de 36 l/s, possibilitando a redução do rodízio atual, que é de cinco dias com água e 23 dias sem, para três dias com água e 16 dias sem. A água de Marrecas também vai garantir a manutenção do novo calendário por 11 meses na cidade.

Já no Sertão do Pajeú, a Compesa dedica esforços para, dentro de dez dias, iniciar os testes para reativar a operação do Sistema Brotas, beneficiando as populações de Afogados da Ingazeira e Tabira - juntas, somam 69 mil pessoas (área urbana). Hoje, as duas cidades são atendidas pela Adutora do Pajeú que permite, em Afogados da Ingazeira, cumprir o calendário de dois dias com água e dez dias sem, enquanto que, em Tabira, o rodízio é de dois com água e até 20 dias sem. A Compesa realiza medições diárias do nivel da Barragem de Brotas, que apresenta agora 4 milhões de metros cúbicos, e cujo volume acumulado vem aumentando dia a dia. A companhia trabalha para retomar a operação do sistema, tratar a água de Brotas e melhorar o abastecimento de Afogados da Ingazeira e Tabira.

O Sistema do Rosário ainda depende de mais chuvas na região para voltar a operar e abastecer 14 mil pessoas nas cidades de Iguaracy, Tuparetama e Ingazeira. Até o momento, a chuva que caiu na região não foi suficiente para completar o volume morto, mas o rio continua afluindo para o Rosário, o que aumenta as chances de recuperação do manancial. Desde que a Barragem do Rosário (32 milhões de metros cúbicos) secou, as três cidades passaram a ser atendidas pela Adutora do Pajeú, no regime de rodízio de dois dias com água e 10 dias sem o abastecimento.

Agreste - Até o final desta semana, os moradores de Panelas, no Agreste, voltam a receber água nas torneiras. Isso porque a Barragem São Sebastião registra 20% da sua capacidade de armazenamento - que é de 250 mil metros cúbicos de água - e tem condições de ofertar para a cidade a vazão de 10 l/s. A companhia ainda realiza ajustes operacionais no sistema de abastecimento e tratamento de água para retomar o fornecimento de água para a cidade. O novo calendário de abastecimento da cidade será divulgado até o final deste mês. Atualmente, Panelas recebe água por meio de seis estações de abastecimento, que são alimentadas por carros-pipas.

As chuvas na região Agreste também refletiram em melhorias no abastecimento de Quipapá e São Benedito do Sul. Os municípios são atendidos por barragens de nível - que não acumulam água, dependem exclusivamente do volume de água dos rios-situadas no Riacho Areias e Riacho Água Fria localizados em Quipapá e São Benedito do Sul, respectivamente, e que estão vertendo água. A Barragem de Jucazinho, o principal reservatório do Agreste, localizada em Surubim, permanece em colapso. Não choveu na região o suficiente para alterar o quadro do manancial que secou em novembro do ano passado.

Imprensa Compesa

Estado chama 1322 novos PMs

O Governo do Estado determinou a convocação imediata de 1.322 candidatos aprovados no concurso público para Soldados da Polícia Militar de Pernambuco, para matrícula no Curso de Formação e Habilitação de Praças da Polícia Militar. Participam dessa etapa os candidatos aprovados no exame de habilidades e conhecimentos, de aptidão física, avaliação psicológica e julgados aptos nos exames médicos.

O chamamento foi publicado nesta terça-feira, 18 de abril, no Diário Oficial (DO), pela portaria conjunta assinada pelos secretários Milton Coelho (SAD) e Ângelo Gioia (SDS). Também consta a lista completa dos convocados, que pode ser conferida através do link: 



Cada candidato deverá apresentar, no período de 02 de maio a 02 de junho de 2017, a documentação prevista no Edital e protocolá-la no Campus de Ensino Mata, localizado na BR 408, Km 76,5, Paudalho/ PE, das 08 às 12 horas, que será analisada para confirmação das matrículas e início do curso de formação.  Após a conclusão do curso, os novos Praças entrarão em serviço até dezembro deste ano.


Secretaria de Imprensa de Pernambuco

Marinha está com 239 vagas para nível superior

Foi publicado hoje (18/04) o Edital do Quadro Técnico do Corpo Auxiliar da Marinha, com oferta de 29 vagas de nível superior nas áreas de Humanas e Exatas, tais como Direito, Comunicação Social, Informática, Educação Física, entre outras. Uma novidade para este ano é a prova de títulos. As inscrições vão de 26 de abril a 29 de maio.

A Marinha também está com outras 64 vagas abertas para o Corpo de Engenheiros e 146 para o Corpo de Saúde.

Os três concursos são para ambos os sexos. Para concorrer a uma das vagas é preciso ser brasileiro, ter menos de 36 anos e curso superior na área pretendida ou estar no ano de conclusão, além de outros requisitos listados em edital.

A inscrição deve ser feita, preferencialmente, no site da Diretoria de Ensino da Marinha ([www.ingressonamarinha.mar.mil.br]www.ingressonamarinha.mar.mil.br). O valor da inscrição é de R$ 110,00.

Os candidatos farão provas de conhecimentos profissionais e redação. Aqueles que forem aprovados em todas as etapas, farão o Curso de Formação de Oficiais (CFO) no Centro de Instrução Almirante Wandenkolk (CIAW), na cidade do Rio de Janeiro, com duração de 39 semanas.

No final de 2018, após ser aprovado no Curso de Formação de Oficiais, o militar será nomeado Oficial da Marinha do Brasil no posto de Primeiro-Tenente e passará a receber remuneração de cerca de R$ 10.500,00.

Serviço:

Concurso Público de Nível Superior – Quadro Técnico (CP-T 2017) 
Inscrição: 26/04 a 29/05 de 2017 
Taxa: R$110,00 
Editais: 


Capitania dos Portos de Pernambuco

Dentes de senador do DF caem em comissão e cena constrange políticos

Uma cena constrangedora marcou uma das reuniões da Comissão Mista da Medida Provisória 765, no Senado Federal, onde participavam senadores e deputados nesta terça-feira (18/4). Durante o discurso sobre a MP, que altera a remuneração de servidores de ex-territórios e de servidores públicos federais e reorganiza cargos e carreiras, a prótese dentária do senador Hélio José (PMDB-DF) escapou em dois momentos até ele guardá-la no bolso.

Na primeira vez, ele lia o discurso sobre o tema quando foi surpreendido com os dentes da frente caindo. O senador tentou ser rápido, mas demorou alguns segundos para colocá-los de volta.

Hélio José continuou a falar e, tentando evitar um novo constrangimento, apertava os dentes a todo momento. Mas a situação não foi suficiente para evitar que o problema se repetisse. Da segunda vez, percebendo que não conseguiria controlar a queda, Hélio José disse “vou tirar isso aqui”, guardou os dentes no bolso e manteve o discurso.

Nem mesmo os integrantes da mesa conseguiram disfarçar o constrangimento e as risadas. As imagens foram transmitidas ao vivo nesta tarde pela TV Senado.

Ao Metrópoles, o senador informou estar fazendo um tratamento dentário e que a situação, mesmo incômoda, não poderia impedi-lo de continuar discursando. “Eu precisava terminar de defender o servidor público. Não iria sair no meio. Só quis ir ao dentista quando saí da comissão e depois voltei para o Senado”, explicou.

Veja a cena no vídeo da TV Senado (Portal Metrópoles):



Portal Metrópoles

Cunha escreve carta da cadeia para dizer que foi Temer quem agendou encontro com Odebrecht


Em carta escrita de próprio punho direto do Complexo Médico Penal em Curitiba onde está preso, o ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) rebateu alegações do presidente Michel Temer sobre um encontro com ex-presidente da Odebrecht Engenharia Industrial Márcio Faria da Silva. Segundo Cunha, Temer se “esquivou nos detalhes” ao afirmar quem, de fato, teria agendado a reunião com o executivo.

Em depoimento gravado pela Lava-Jato, Faria disse que o encontro se deu no escritório político de Temer, em Alto de Pinheiros, em São Paulo, em 15 de julho daquele ano. Segundo o delator, Temer comandou reunião de acerto de propina de US$ 40 milhões.

“O deputado Eduardo Cunha, na época me disse: 'olhe, há uma pessoa que quer colaborar, quer contribuir com o partido, mas ele quer pegar na sua mão, quer cumprimentá-lo.' E daí, ajustamos um dia que eu estava em São Paulo. Eu até confesso que cheguei um pouco atrasado na reunião, estavam os três já reunidos, e eu me sentei, e lá ele disse: 'olha, eu queria muito conhecê-lo etc' ... Eu disse: 'muito obrigado, espero que nós possamos continuar a fazer pelo País'. Não tratamos de absolutamente nenhuma questão de valores, nada disso, porque o objetivo central era este”, disse Temer na entrevista dada a TV Bandeirantes na semana passada.

Para Cunha, o presidente foi quem marcou a reunião e convidou ele e o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves para participar do encontro com o executivo da Odebrecht.

“A referida reunião não foi por mim marcada, embora tivesse tido várias outras reuniões sobre doações marcadas por mim. Nesse caso, o fato é que estava em São Paulo, juntamente com Henrique Alves e almoçamos os três juntos no restaurante Senzala, ao lado do escritório político dele (de Temer) após outra reunião e fomos convidados eu e o Henrique a participar dessa reunião já agendada diretamente com ele”, relatou Cunha, que confirmou, no entanto, que na reunião “não se tratou de valores nem referência a qualquer contrato daquela empresa”. “A conversa girou sobre a possibilidade de possível doação e não corresponde a verdade o depoimento do executivo”, relatou.

Em entrevista ao SBT na noite desta segunda-feira, Temer disse ainda não se preocupar uma eventual delação de Eduardo Cunha.

“Eu não sei o que ele pretende fazer. Agora o que eu quero dizer é o seguinte: não estou preocupado com o que ele venha a fazer, não é isso absolutamente. Eu espero que ele seja muito feliz, espero que ele se justifique em relação a todos os eventuais problemas que tenha tido, acho que ele foi um deputado, devo dizer, um deputado muito atuante, muito eficiente no exercício da legislatura, mas não sei o que ele vai fazer. Também não tenho que me incomodar com isso”, declarou Temer.

IMPEACHMENT REVISADO

Cunha também diz na carta que o parecer do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff foi submetido, antes de sua abertura, ao então vice-presidente. Ele contradiz Temer sobre o encontro realizado dois dias antes da abertura do processo de afastamento da petista.

“Lamento (...) vir a público desmentir o presidente que assumiu o cargo em decorrência desse processo”, escreveu Cunha, garantindo que submeteu a Temer o parecer do impeachment 48 horas antes da abertura do processo. Segundo o ex-deputado, o “parecer preparado por advogados de confiança mútua, foi debatido e considerado por ele correto do ponto de vista jurídico”.

Cunha rebate, assim, entrevista dada por Temer no último fim de semana, em que negou qualquer influência no pedido de impeachment da ex-presidente. Segundo Temer, Cunha havia declarado que arquivaria todos os pedidos após parlamentares do PT afirmarem que votariam em favor dele no Conselho de Ética da Câmara. Garantiu, ainda, que na época, chegou a levar essa informação a Dilma, que teria ficado satisfeita com a notícia.





Jornal O Globo (Rio)

Reforma trabalhista prevê mudanças na CLT; entre elas a de que grávidas podem trabalhar em ambientes insalubres

O texto da reforma trabalhista do governo Temer conseguiu ser ainda pior do que se imaginava. O relator do projeto na Câmara, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), ampliou os prejuízos aos direitos dos trabalhadores já previstos no projeto enviado pelo governo ao Congresso, via medida provisória, em dezembro do ano passado. Na prática, o que fez o tucano Marinho foi apenas um “ctrlC + ctrlV” (copiar e colar) das 101 propostas de “modernização” feitas pelos patrões da CNI (Confederação Nacional da Indústria). Não por acaso, o relatório dele tem 100 propostas e utiliza o mesmo jargão “modernização”, um eufemismo para “precarização”.

A proposta do governo e entidades patronais de que as negociações entre os patrões e os empregados passem a ter mais valor do que o previsto na legislação foi maximizada pelo relator. O texto enviado pelo governo tinha 13 pontos sobre os quais o negociado prevaleceria sobre o legislado, entre eles o plano de cargos e salários e o parcelamento de férias anuais em até três vezes, o que foi mantido. Mas o substitutivo do deputado tucano aumentou a possibilidade para quase 40 itens para agradar o patronato, embora Marinho negue.

“O compromisso que firmamos, ao aceitar esta tarefa, não foi com empresas, com grupos econômicos, com entidades laborais, sindicatos ou com qualquer outro setor. O nosso compromisso é com o Brasil. É com os mais de 13 milhões de desempregados, 10 milhões de desalentados e subempregados totalizando 23 milhões de brasileiros e brasileiras que foram jogados nessa situação por culpa de equívocos cometidos em governos anteriores”, diz o deputado no relatório. O que se vê é o contrário: um texto totalmente voltado para agradar os patrões e prejudicar os trabalhadores.

De acordo com o Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), houve um número recorde de emendas ao texto, a maioria delas apresentadas por deputados vinculados ao patronato. “Foram, ao todo, apresentadas 850 emendas (sendo válidas 842, já que oito foram retiradas). Destas, 80% são de partidos da base do governo e de parlamentares ligados diretamente ao setor empresarial (urbano ou rural)”, diz a entidade. Só um deputado do PT teve uma emenda incluída no texto; as demais emendas são todas de parlamentares de direita, sem conexão com a defesa dos direitos dos trabalhadores.

A ANPT (Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho) já soltou uma nota pública pedindo a rejeição total do relatório por destroçar direitos consagrados dos trabalhadores e praticamente revogar a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho”. “O substitutivo apresentado piora, e muito, o texto inicial do PL 6.787/2016, multiplicando, em progressão geométrica, o potencial danoso da proposição legislativa de retirada de direitos trabalhistas e de diminuição da proteção dos trabalhadores que tiverem direitos usurpados”, criticam os procuradores em nota.

Nesta segunda, 17 de abril, o Ministério Público do Trabalho também soltou nota técnica condenando o relatório pró-patrões do tucano Marinho por inserir itens sem debater com a sociedade. “A legitimidade de uma reforma de tal amplitude está vinculada a um amplo debate prévio com a sociedade e, especialmente, com as categorias atingidas, o que não se acontece neste momento. A reverso, há notícias de tramitação da proposta com incomum celeridade, não permitindo que a população sequer compreenda todas as repercussões que serão geradas nas relações de trabalho. A proposta contida no substitutivo em nenhum momento foi submetida a debate, seja no Parlamento, seja com a sociedade.”

O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini, anunciou que o partido irá tentar obstruir a votação. “O relator apresentou um projeto que não tem nada a ver com o inicial, apenas alguns pontos. Ele apresenta uma verdadeira reforma na CLT, uma reforma profunda que atinge fortemente os trabalhadores. É um texto que não foi discutido nas audiências públicas. O relator buscou várias propostas que tramitavam na Casa patrocinadas por entidades patronais como CNI, Febraban, Fiesp e ele juntou estes projetos para apresentar como seu relatório. Trata-se, na verdade, de uma verdadeira avalanche para retirar direitos dos trabalhadores”, criticou Zarattini.

Se aprovado, o relatório de Rogério Marinho irá causar os seguintes prejuízos a você, trabalhador:

1. Não será mais obrigatório conceder no mínimo uma hora de almoço ao empregado. Mesmo que haja acordo entre as partes, esse intervalo poderá ser de apenas 30 minutos. A medida atende a “idéia” do dono da CSN e vice-presidente da Fiesp, Benjamin Steinbruch, para quem o trabalhador pode tranquilamente comer um sanduíche com uma mão e trabalhar com a outra.

2. Acaba a obrigatoriedade do pagamento pelas empresas das chamadas horas “in itinere”, ou seja, as horas extras que o trabalhador gasta em transporte fornecido pelo empregador até o local de trabalho.

3. Mulheres gestantes ou que estejam amamentando poderão trabalhar em ambiente insalubre desde que apresentem atestado médico comprovando que o ambiente não afetará a saúde ou oferecerá risco à gestação ou à lactação. Atualmente, isso é proibido pela CLT por meio de uma lei sancionada pela presidenta Dilma um dia antes de ser afastada, em maio de 2016, e já estava sendo questionada na Justiça pelos sindicatos patronais da área de hospitais.

4. Uma vez que você assinar a rescisão, não vai poder mais reclamar à Justiça: pelo relatório, a assinatura da rescisão contratual dos empregados vira causa impeditiva para o ajuizamento de reclamação trabalhista.

5. Será possível trabalhar parcialmente e receber o salário proporcionalmente de acordo com as horas trabalhadas em vez de um mínimo previsto em carteira, impossibilitando ao empregado saber quanto ganhará ao final do mês. Esta jornada, conhecida como “jornada McDonald’s”, é criticada e alvo de protestos no mundo inteiro por ser considerada sinônimo de precarização no trabalho.

6. Retira qualquer responsabilidade trabalhista das empresas sobre os trabalhadores terceirizados, ainda que prestando serviços em regime de exclusividade para a contratante (por exemplo: empresas de confecções que subcontratam pequenas confecções para produzir suas peças).

7. Os trabalhadores poderão trabalhar até 12 horas por dia e 48 horas por semana, voltando ao tempo da revolução industrial, antes de ser instituída a jornada de oito horas diárias e 40 semanais.

Com informações de Cynara Menezes 

Dado Dolabella: "Não me arrependo de agredir Luana Piovani"



O nome de Dado Dolabella voltou às páginas de notícias, mas não por causa do seu trabalho. Mais uma vez, o ator está envolto em polêmicas, ainda por conta da agressão contra a ex-namorada, Luana Piovani.

O caso foi relembrado recentemente em um vídeo feito por Luana, em que ela comentava o fato do ator ter vencido um reality show de votação popular meses depois de tê-la agredido.

Dado, então, se envolveu em uma discussão na internet em que criticava o movimento feminista. Internautas o acusaram de querer se promover e ele disparou: "Me promover? Me chamo Luana Piovani ?". O ator chegou, ainda, a dizer que não tinha respeito pela ex e, mais, não se arrependia da agressão.

Em 2008, Dado e Luana estavam em uma boate e começaram a discutir, quando a atriz levou um tapa do então namorado.

Dolabella conta também com um processo pelo mesmo motivo aberto por outra ex, Viviane Sarahyba e com uma denúncia de agressão contra o próprio filho, registrado pela mãe da criança em 2012.

Notícias ao Minuto (Rio)

Reforma da Previdência: Governo diminui idade mínima para mulheres

O líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), afirmou ao Broadcast Político, notícias em tempo real do Grupo Estado, que a idade mínima das mulheres será fixada em 62 anos no relatório do deputado Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA). A decisão atende a um pleito da bancada feminina da Câmara, composta por 55 deputadas. Moura disse que a decisão deve ser anunciada em breve por Oliveira Maia em coletiva na Câmara dos Deputados.

No último domingo, o relator da reforma da Previdência chegou a afirmar que a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres “continuava sendo o ponto mais alto da PEC”. O presidente da comissão especial da reforma na Câmara, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), também disse que seria muito difícil alterar esse ponto. “Não vejo essa possibilidade, mulher luta por uma igualdade”, afirmou. 

Mais cedo, a coordenadora da bancada feminina na Câmara, a deputada Soraya Santos (PMDB-RJ) afirmou que a idade mínima menor para as mulheres era uma "questão emblemática" para elas. "Para mostrar que o Brasil precisa fazer o dever de casa. A maioria das mulheres tem dupla jornada no trabalho e em casa, ganha salários menores", afirmou ao Broadcast Político.

O fechamento em torno dos 62 anos é uma vitória da bancada em relação ao governo e a equipe econômica que queria tentar pelo menos reduzir dos 65 para os 63 anos. 

O deputado federal, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, deixou o café da manhã com o presidente Michel Temer e deputados da base aliada dizendo que - como representante da central sindical - não está satisfeito com o texto da reforma da previdência apresentado nesta manhã pelo relator Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA).

Segundo Paulinho, mesmo reduzindo a idade mínima das mulheres para 62 anos ainda há insatisfações. “62 anos para as mulheres ainda é muito e 65 anos para os homens é inaceitável”, disse

Estadão (SP)

A 10 dias do fim do prazo, mais de 15 milhões não entregaram declaração do IR

A 10 dias do fim do prazo, mais de 15 milhões de contribuintes ainda não acertaram as contas com o Leão. Segundo balanço divulgado pela Receita Federal, 13.071.435 declarações foram recebidas até as 17h de hoje (18). O número equivale a 46,2% do total de 28,3 milhões de documentos esperados.

O prazo de entrega começou em 2 de março e vai até as 23h59 do próximo dia 28. O programa gerador da declaração está disponível no site da Receita Federal. A declaração do Imposto de Renda é obrigatória para quem recebeu rendimentos tributáveis superiores a R$ 28.559,70 no ano passado.

Mudanças - Neste ano, a declaração do Imposto de Renda teve uma série de mudanças. As principais são a redução da idade mínima, de 14 para 12 anos, na apresentação do CPF de dependentes e a incorporação do Receitanet, programa usado para transmitir a declaração, ao programa gerador do documento.

Precisa ainda declarar o Imposto de Renda quem recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40 mil; quem obteve, em qualquer mês de 2016, ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeitos à incidência do imposto ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros.

Restituição - Quando se trata de atividade rural, é obrigado a declarar o contribuinte com renda bruta superior a R$ 142.798,50; quem pretende compensar prejuízos do ano-calendário 2016 ou posteriores ou quem teve, em 31 de dezembro do ano passado, a posse ou propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, com valor total superior a R$ 300 mil.

A Receita Federal pagará a restituição do IRPF em sete lotes, entre junho e dezembro deste ano. O primeiro lote será pago em 16 de junho, o segundo em 17 de julho e o terceiro em 15 de agosto. O quarto, quinto e sexto lotes serão pagos, respectivamente, em 15 de setembro, 16 de outubro e 16 de novembro. O sétimo e último lote está previsto para ser pago em dezembro.

Ao fazer a declaração, o contribuinte deve indicar a agência e a conta bancária na qual deseja receber a restituição. Idosos, pessoas com deficiência física, mental ou doença grave têm prioridade para receber a restituição.

Agência Brasil

Delação: Padilha negociou propinas nos governos de FHC, Lula e Dilma



O ministro da Casa Civil do governo Temer, Eliseu Padilha, está mais implicado que os outros sete já mencionados nas investigações da Lava Jato. O nome dele aparece nas delações de pelo menos seis ex-executivos da Odebrecht, que o apontam como responsável por pedir, receber e ainda gerenciar propinas

Os valores são referentes às obras na Eclusa Lajeado, em Tocantins, na Trensurb, ferrovia do Rio Grande do Sul, e no aeroporto do Galeão, no Rio. Como contrapartida, Padilha garantia ajuda durante os processos de licitações, que acabavam consagrando a empreiteira como vencedora.

Para piorar, dizem os delatores, as negociações foram protagonizadas por ele nos três últimos governos do Brasil: Fernando Henrique Cardoso, Lula e de Dilma Rousseff.

"O executivo (Valter Lana) me disse que foi procurado pelo Eliseu Padilha, que alegou a ele ter ajudado a Odebrecht no processo licitatório [de 2001], portanto fazia jus ao pagamento de 1%", afirmou um dos delatores, Benedicto Junior, ex-presidente de Infraestrutura da empreiteira.

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, o escritório de Padilha em Porto Alegre, em funcionamento até hoje, aparece nas planilhas dos delatores como local de entrega de R$ 1 milhão, mas dessa vez em março de 2014.

Ex-executivos da empreiteira dizem ainda que o ministro gerenciou os repasses autorizados por Marcelo Odebrecht para campanhas do PMDB em 2014, assunto que foi tratado em jantar no Palácio do Jaburu, com Temer.Eliseu Padilha falou sobre as acusações.

"O ministro disse que confia nas instituições brasileiras, razão pela qual registra que tem certeza de que com a abertura das investigações lhe será garantida a oportunidade para exercer amplamente seu direito de defesa", informou ele, por meio de sua assessoria de imprensa.

Notícias ao Minuto (Rio)

Relator da Previdência desiste de impor idade mínima de 60 anos para policiais civis

Após protesto de policiais civis na tarde de hoje (18) em frente ao Congresso Nacional, o relator da proposta de reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA), disse que vai reduzir em cinco anos a idade mínima para a aposentadoria dos policiais. Com isso a idade inicial passaria para 55 anos, em vez dos 60 anos proposto inicialmente pelo relator.

Maia deu a declaração após receber uma comitiva de manifestantes. Segundo o deputado, as mudanças ainda estão em estudo. "Temos um caso muito próprio para os policiais. O que estamos tentando fazer é um desenho de primeiro estabelecer, já agora, uma idade mínima. Não pode deixar de ter uma idade mínima, ela seria alguma coisa em torno de 55 anos, que é o mesmo que está valendo para as outras categorias", disse.

A ideia do relator é construir uma proposta que consiga vincular os policiais às regras para a aposentadoria dos militares que foram retiradas da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, que trata da reforma da Previdência. O governo se comprometeu de apresentar em maio novo projeto para tratar da aposentadoria dos militares.

"Os policias, com uma certa razão, fazem questão de fazer uma certa vinculação que é a PEC que vai tratar dos militares. Então eles acham que a idade definitiva deve ser algo próximo ao que será colocado na PEC dos militares", disse. "Nós faríamos uma vinculação da regra permanente da aposentaria do policial com a dos militares, afinal de contas são esforços físicos semelhantes que se necessitam para um tipo de atividade e outra".

A proposta encaminhada pelo governo em dezembro do ano passado determinava a idade de 65 anos com 25 anos de tempo de contribuição para a aposentadoria e insere a categoria na regra geral do funcionalismo.

Durante as discussões, Maia apresentou uma proposta alternativa na qual a idade mínima cai em cinco anos, passando para 60 anos e 20 anos em atividades de risco na respectiva categoria para a aposentadoria.

Mesmo assim, as mudanças não agradaram os policiais que, na tarde desta terça-feira, fizeram um protesto em frente ao Congresso Nacional. Os manifestantes, chegaram a passar pela chapelaria, entrada principal da Câmara que dá acesso aos salões Negro e Verde. Eles quebraram parte dos vidros da portaria principal da Câmara, mas foram contidos pela Polícia Legislativa, que formou uma barreira de segurança e reagiu com bombas de gás lacrimogêneo. (Ver vídeo a seguir).






Com informações do Portal Brasil 247 e da Agência Brasil

Filme sobre Nicolau II prova que um czar não pode amar, nem depois de morto

A relação amorosa entre Nicolau II e uma bailarina exibida no filme "Matilda" está gerando burburinho na Igreja e na Casa Imperial da Rússia, que o acusa de profanar a memória do santo e último czar russo, enquanto os ortodoxos mais radicais querem sua proibição.

"Você é o czar, tem direito a tudo, menos ao amor", diz o trailer do filme, ainda em fase de pós-produção e que pode ser lançado em outubro, às vésperas do centenário da Revolução Bolchevique.

"Matilda" conta a história da bailarina Matilda Kshesinskaya, de origem polonesa, estrela do Teatro Mariinsky, em São Petersburgo, no final do século XIX e que manteve uma breve, mas intensa relação com o czar entre 1892 e 1894.

Segundo historiadores, a relação acabou quando Nicolau II se casou com Alexandra Feodorovna e foi coroado poucos dias depois da morte de seu pai, Alexandre III.

Mas isso pouco importa. A Igreja Ortodoxa Russa e a Casa Imperial consideram uma "blasfêmia" falar com tanta leviandade sobre tais aspectos - para eles escabrosos - da vida do último czar, santificado no ano 2000.

"Este filme é um sacrilégio à memória de Nicolau II. Não tem nada a ver com a verdade histórica. É manipulação barata", disse Aleksandr Zakatov, representante da Casa Imperial Russa.

O vigário do Patriarcado de Moscou, Tikhon, qualificou "Matilda" de "calúnia", já que fala de "triângulos amorosos" antes e depois da coroação.

"Amor que mudou a Rússia? Segredo da dinastia Romanov? Toda São Petersburgo conhecia a relação entre o herdeiro e Kshesinskaya", comentou o religioso.

Mesmo sendo contrários, Aleksandr e Tikhon negaram que tenham pedido a proibição do filme, caminho oposto ao das organizações ortodoxas que armaram um escândalo e já reuniram milhares de assinaturas.

E não para por aí. Os grupos mais conservadores ainda enviaram mais de 1.000 cartas aos cinemas em todo o país pedindo o boicote ao filme.

"Qualquer cartaz, anúncio ou folheto com informação sobre o filme 'Matilda' será visto como um desejo de humilhar os santos da Igreja Ortodoxa e provocar um 'Maidan (revolução) russo'", diz o texto.

A campanha tem como porta-voz a famosa e jovem deputada Natalia Poklonskaya, ex-procuradora-geral da Crimeia e que surpreendeu a todos na última passeata em homenagem aos mortos na Segunda Guerra Mundial com um ícone de Nicolau II.

"A Rússia é apresentada no filme como um país de enforcamentos, alcoolismo e luxúria", afirma a denúncia da deputada, que foi pela segunda vez à Justiça para pedir a revisão do roteiro.

Para isso, propôs uma reunião de historiadores e analistas religiosos para determinar a veracidade do argumento de "Matilda" antes da estreia.

Em sua opinião, "não se pode permitir a exibição para o grande público de um filme que é uma consciente manipulação contra a História e destinado a desacreditar, manchar e caluniar um dos santos mais venerados de nossa Igreja: o mártir Nicolau II".

Natalia garante que ela mesma e os fiéis consideram que a produção ofende os sentimentos religiosos dos ortodoxos, o que pode ser punido com até três anos de prisão, conforme uma polêmica lei promulgada pelo presidente russo, Vladimir Putin.

A política ameaçou processar os produtores para defender a vida privada da família do czar caso não sejam tomadas medidas para corrigir erros históricos.

Para ela, até mesmo o protagonista é uma questão a ser revista. O czar é interpretado pelo alemão, Lars Eidinger, que fez o papel de um "pornográfico" no filme do britânico Peter Greenaway "Goltzius and the Pelican Company" (2012 - sem título em português).

"Goltzius and the Pelican Company" relata a vida do holandês Hendrik Goltzius, que teve a carreira marcada por sucessos e polêmicas, principalmente por fazer desenhos eróticos.

Em resposta, o diretor de "Matilda", Aleksey Uchitel, lamentou as críticas ao filme que "ninguém viu", com base apenas no trailer, e se mostrou disposto a apresentar a produção a todos os que desaprovaram.

"Tenho certeza que o filme não ofende os sentimentos dos fiéis. Gostaria de dizer a eles que é um filme patriótico, já que fala da difícil escolha entre o amor e o dever. A santidade nunca foi conquistada facilmente", disse.

O diretor adiantou que ele mesmo irá aos tribunais para responder Natalia, tachada de "inculta" quando reconheceu que não cogitou ver o longa.

Apesar de ter garantido que o motivo é não coincidir com as grandes estreias de Hollywood, "Matilda", que poderia ser lançado em outubro, deve estrear em março, coincidindo com o centenário da abdicação de Nicholas II.

Para o crítico de cinema Victor Matizen, as acusações da deputada são uma "completa bobagem" e beiram a censura, enquanto o Kremlin fica à margem de toda a controvérsia.

Nicolau II - foi o último Imperador da Rússia, Rei da Polônia e Grão-Duque da Finlândia. Nasceu no Palácio de Catarina, em São Petersburgo. É também conhecido como São Nicolau o Portador da Paixão pela Igreja Ortodoxa Russa. Oficialmente, era chamado Nicolau II, Imperador e Autocrata de Todas as Rússias. O último czar foi canonizado junto com sua família em 2000. 


Com informações do Portal UOL, Agência EFE e Wikipedia

Joanna Maranhão: "Sempre falei que eram corruptos"

“Sempre falei abertamente que eles eram corruptos e todos me chamavam de louca, cricri, causadora de problemas e que ficava procurando desculpa para o fracasso”, afirma a nadadora Joanna Maranhão, sobre os recentes casos de corrupção na Confederação Brasileira de Despostos Aquáticos (CBDA), que culminou com a prisão do presidente do órgão, Coaracy Nunes. “Sou retaliada pela CBDA há anos”, desabafa Joanna, que diz não ter recebido, durante a preparação para as Olimpíadas do Rio de Janeiro (2016), seu salário corretamente.

Deflagrada no início do mês, a Operação Águas Claras, realizada pela Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público Federal, investiga o destino de R$ 40 milhões repassados à CBDA, que não chegaram a ser aplicados nas piscinas. Nunes esteve à frente da confederação desde 1988. “Eles foram presos, desviaram este dinheiro apenas no último ciclo olímpico”, explica Joanna. A nadadora, com frequência, tece críticas que vão além do universo esportivo, ao alcançar também a seara política.

“Nós (esportistas) não somos uma comunidade, o esporte de alto rendimento não carrega praticamente nenhum dos valores idôneos que as pessoas gostam de repetir, e é por todos os lados: atletas, técnicos, clubes, federações, confederações, comitê olímpico, Ministério dos Esportes... então, o meu papel não é somente nadar. O dia tem 24 horas e eu posso cumprir minhas obrigações e combater essa crise moral do desporto brasileiro. É isso que venho fazendo”, afirma.

A recifense de 29 anos representou a natação brasileira nos últimos quatro Jogos Olímpicos, única atleta do país a alcançar tal feito. "E se duvidarem tento uma quinta”, diz, referindo-se às Olimpíadas de Tóquio (2020). Joanna reuniu, em 2016, todos os recordes sul-americanos em provas mistas do esporte.

Sua disposição para o debate político já resultou em críticas, incluindo mensagens de ódio em redes sociais, em diferentes situações, como em 2015, nas vésperas dos Jogos Pan-Americanos do Canadá. “Vou defender o meu país, mas não vou estar representando essas pessoas que batem palmas para Marco Feliciano (PSC-SP), Jair Bolsonaro (PSC-RJ), Eduardo Cunha (PMDB-RJ)”, atacou na ocasião, mirando parlamentares conservadores que, com frequência, promovem discursos racistas, sexistas e homofóbicos.

“A internet revelou o que a gente vem repetindo: 'que a cadela do fascismo está sempre no cio, e ela deu cria'”, continua. Visando ampliar seu ativismo social, Joanna se filiou ao Psol, em fevereiro. O presidente da legenda, Luiz Araújo, comemorou o ato da nadadora: “É uma demonstração de que está surgindo um novo polo de reaglutinação da esquerda no Brasil. E isso não apenas dos velhos militantes, mas também das novas lideranças”.

Questionada sobre a possibilidade de pleitear algum cargo público no futuro, Joanna afirma que “não foi essa a razão” de sua filiação. “Mas sei lá, em 2014 falei que ia parar de nadar para nunca mais voltar, e dois anos depois estava nadando os Jogos Olímpicos pela quarta vez e fazendo os melhores tempos da minha vida. Sigo meu coração, vou aonde puder ser útil”, completa.

Qual foi o seu caminho até o esporte, até a profissionalização?

Comecei aos 3 anos, por questões de saúde e pelo medo da minha mãe de afogamento. Nunca tivemos atletas na família, então fomos descobrindo como é esse caminho aos poucos. Acho que sempre fui atleta de alto rendimento, sabe? Sempre levei mais a sério do que meus coleguinhas de treino, a rotina, de um modo geral, nunca foi um grande sacrifício pra mim.

Quais os principais momentos da sua carreira como nadadora?

As finais olímpicas, conquistas de índices olímpicos nas seletivas, as oito medalhas em Jogos Pan Americanos e principalmente, o momento que melhorei minha marca dos 400 metros medley após 11 anos.

Um momento difícil neste caminho?

Enfrentar a história da minha infância (quando foi vítima de abuso sexual) e combater a depressão enquanto atleta.

Como surgiu o seu interesse, disposição, por política?

Desde sempre, minha família, apesar de ser de classe média e branca, teve um olhar crítico pros privilégios da gente. Meu irmão Luiz foi meu mentor, me indicava livros e leituras.

A recente filiação ao Psol representa uma vontade de disputar algum cargo público?

Não foi por essa razão, eu me identifico com as pautas do partido, conheci pessoas incríveis que têm me ensinado muito. Todo mundo repete isso: "quando você vai se candidatar?". Mas sei lá, em 2014 falei que ia parar de nadar pra nunca mais voltar, e dois anos depois estava nadando os Jogos Olímpicos pela quarta vez e fazendo os melhores tempos da minha vida. Sigo meu coração, vou aonde puder ser útil.

Acha que existe uma alienação ou falta de envolvimento da comunidade esportiva em causas coletivas?

É só o que existe. Não somos uma comunidade, somos um grupo de nadadores cuidando cada um de sua carreira.

Quais os principais legados da Copa e das Olimpíadas?

Que não sabemos gerir um grande evento esportivo, não tivemos nenhum olhar para a base e os responsáveis superfaturaram obras e lavaram muito dinheiro.

Quando o Luciano Huck disse que estava na hora de a geração 'dele' tomar o poder, você rebateu dizendo que esta já é a realidade. O que a sua geração pode fazer para mudar esse triste cenário?

Reflexão interna, quem não olha pra dentro de si e se propõe a combater as pequenas corrupções entranhadas dentro da gente não vai mudar absolutamente nada.

A internet e o acirramento das opiniões revelaram que país em sua opinião? 

Revelou o que a gente vem repetindo: que "a cadela do fascismo tá sempre no cio, e ela deu cria".

Assim como as redes se tornaram um dos poucos instrumentos de contestação da narrativa hegemônica, a direita e o conservadorismo também estão lá, como você disse outrora, sustentando a lógica racista, homofóbica, misógina impregnada em nossa sociedade. Como enfrentar essa lógica se todos os espaços parecem ocupados por ela?

Nosso maior desafio é respirar fundo e encontrar uma maneira de dialogar com essas pessoas, a grande maioria repete o mesmo discurso, não problematiza, não relativiza nada. Agora, como fazer isso? Quem está disposto a fazer isso?

O ódio nas redes sociais contra atletas que se posicionam atrapalha seu desempenho? E no meio esportivo, existe algum tipo de bloqueio, perseguição ou preconceito?

Sou retaliada pela CBDA há 11 anos, sempre falei abertamente que eles eram corruptos e todos me chamavam de louca, "cricri", causadora de problema, e que ficava procurando desculpa para o fracasso. Semana passada, eles foram presos, desviaram mais de 40 milhões só no último ciclo olímpico. É como eu disse lá atrás, nós não somos uma comunidade, o esporte de alto rendimento não carrega praticamente nenhum desses valores idôneos que as pessoas gostam de repetir, e é por todos os lados: atletas, técnicos, Clubes, Federações. Confederações, Comitê olímpico, Ministério dos Esportes... Então, o meu papel não é somente nadar. O dia tem 24 horas, posso cumprir minhas obrigações e combater essa crise moral do desporto brasileiro, e é isso que venho fazendo.



Com informações do Portal Brasil 247 e da Rede Brasil Atual

STF define que Sport é o único campeão brasileiro de 1987

Após 30 anos de disputa na Justiça, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (18) que o Sport Club do Recife deve ser considerado o único campeão brasileiro de 1987 . Por 3 votos a 1, a Primeira Turma da Corte negou recurso protocolado pelos advogados do Flamengo, clube que questionava o título.

O processo começou a tramitar em 1987, após o Flamengo pedir para ser considerado oficialmente campeão brasileiro daquele ano, juntamente com o Sport.

Seguindo voto do relator, e torcedor do Flamengo, ministro Marco Aurélio, a maioria dos membros da Primeira Turma entendeu que a primeira decisão proferida pela Justiça de Pernambuco, que deu o título ao Sport, transitou em julgado e não pode ser modificada.

História - O título do Campeonato Brasileiro de 1987 sairia de um quadrangular entre os campeões do módulo verde e do módulo amarelo. Vencedor do módulo verde, o Flamengo se recusou a jogar contra o Sport, primeiro colocado do módulo amarelo. Com isso, o time recifense foi declarado campeão pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pela campanha no torneio.

Agência Brasil
Foto do time campeão daquele ano
Grifo nosso