quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Cuidado com as doenças do carnaval

Frevo, samba, maracatu, sobe e desce de ladeiras. O folião deve estar preparado, neste carnaval, para curtir a festa sem sofrer nos dias seguintes. Referência em Traumato-Ortopedia, Cirurgia Geral e Clínica Médica, o Hospital Miguel Arraes (HMA), em Paulista, alerta para as doenças que surgem nessa época do ano, por conta da aglomeração e contato de pessoas, além do esforço ao dançar e acompanhar blocos, muitas vezes em lugares íngremes e irregulares.

A primeira recomendação diz respeito à preparação para encarar a folia. Uma boa hidratação, roupas leves, uma alimentação saudável e, também, calçados confortáveis, para não prejudicar os membros inferiores e a coluna, são fundamentais. O ortopedista, Francisco Couto, diretor médico do HMA e presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Pernambuco, com quase 20 anos de experiência na área, alerta, primeiramente, para o tipo de calçado que será usado. O calçado ideal para quem vai pular em blocos de rua é um tênis confortável ou sapato sem salto. “Isso porque o tornozelo e o joelho é que suportam as sobrecargas do corpo, e são locais de frequentes lesões. Exagerar no carnaval, com saltos inadequados no sobe e desce de ladeiras ou no passo do frevo, por exemplo, pode causar instabilidade e provocar lesões dos ligamentos ou dos meniscos”, explica.

Outro cuidado importante é com a coluna lombar. Passos de dança e alguns tipos de comidas e bebidas alcoólicas podem sobrecarregar essa região. A orientação é ficar atento aos movimentos bruscos durante o carnaval e preferir uma alimentação mais leve e saudável, que facilita a digestão, evitando infecções alimentares.

Doença do Beijo

A Mononucleose, também conhecida como Doença do Beijo, é bastante comum na época de carnaval. Transmitida por vírus, atinge geralmente jovens de 15 a 25 anos de idade, provocando febre, dor nas articulações e garganta. Apesar do nome, o beijo não é sua única forma de contágio: a contaminação também se dá por meio de espirro, tosse e saliva em copos, talheres e xícaras.

De acordo com a infectologista Cátia Branco, coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do HMA, os sintomas são semelhantes aos de uma gripe forte ou amigdalite bacteriana. “A pessoa pode ter febre alta, dor na garganta, secreção nas amígdalas, tosse, fadiga, dor nas articulações e surgimento de gânglios no pescoço, podendo avançar para outras partes do corpo”, detalha. Não há um tratamento específico para a doença. O paciente deve ficar em repouso, se hidratar bem e evitar a automedicação. De acordo com dra. Cátia, só um exame de sangue é capaz de detectar a mononucleose, e o médico vai orientar sobre a medicação.

Viroses

A combinação das prévias, dos quatro dias de carnaval, da aglomeração, má alimentação, excesso de atividades e pouco descanso pode resultar numa série de viroses que acomete o folião no pós-festa. As viroses aparecem com mais frequência no carnaval e no verão, quando há maior risco de contágio na ingestão de alimentos ou água contaminada. Os sintomas mais comuns são dores de cabeça, mal estar, cansaço, inflamação na garganta, diarreia e vômito.

O coordenador de Clínica Médica do HMA, Fábio Queiroga, alerta para a importância de procurar uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico: “não é o caso do médico detectar precisamente o vírus que está causando esses sintomas, mas sim ter a certeza que o paciente não apresenta sinais que possam indicar um outro problema, que não apenas uma simples virose”. Dentre esses sintomas estão febre alta, amigdalite, diarreia infecciosa, dor abdominal intensa, sinais de desidratação, hipotensão e o período de duração dos sintomas. Em alguns casos, quadros de infecções mais graves podem aparecer nos primeiros dias de forma muito parecida com uma virose comum, só vindo a manifestar claramente os sintomas após 48 ou 72 horas, causando complicações como pneumonia e outras infecções associadas.

Com informações da jornalista Iana Gouveia

Terminal de Ônibus do Cordeiro entra em funcionamento

Quatro linhas de ônibus que levam passageiros para o Terminal Integrado da III Perimetral, na Zona Oeste do Recife, terão roteiros alterados a partir desta quarta-feira (31). De acordo com o Grande Recife Consórcio, responsável pelo gerenciamento do sistema, a medida tem como objetivo ajustar a operação no TI, que foi inaugurado no sábado (27), no bairro do Cordeiro.


Segundo o consórcio, as linhas 2413 - Avenida do Forte/TI Caxangá (III Perimetral), 2415 - Sítio das Palmeiras/TI Caxangá (III Perimetral) e 2421- Torrões/TI Caxangá (III Perimetral) terão acesso ao terminal pelas Ruas Clotilde de Oliveira e Manoel Moreira.

Veja o percurso completo no sentido terminal/ponto de retorno:

Linha 2413 Av. do Forte/TI Caxangá (III Perimetral): dias úteis, sábados e domingos


Rua Dezesseis de Outubro, R. Maravilha, Estrada do Forte do Arraial do Bom Jesus, R. Tamboril, R. Tijuca, Av. Engenheiro Abdias de Carvalho, R. Onze de Fevereiro, Estrada do Forte do Arraial do Bom Jesus, R. Gomes Taborda, Av. General San Martin, Rua Clotilde de Oliveira, Rua Manoel Moreira, TI Caxangá (III Perimetral).


Linha 2415 Sítio das Palmeiras/TI Caxangá (III Perimetral): dias úteis e sábados


Rua Ocidental, Rua Professor Joaquim Xavier de Brito, Rua Cláudio Brotherhood, Rua Gomes Taborda, Avenida General San Martin, Rua Clotilde de Oliveira, Rua Manoel Moreira, TI Caxangá (III Perimetral).


Linha 2421 Torrões/TI Caxangá (III Perimetral): dias úteis, sábados e domingos


Rua Dezesseis de Outubro, Rua Jardim do Forte, Rua Cláudio Brotherhood, Rua Dr. Miguel Vieira Ferreira, Rua Gomes Taborda, Avenida General San Martin, Rua Clotilde de Oliveira, Rua Manoel Moreira, TI Caxangá (III Perimetral).


O Grande Recife Consórcio informou, ainda, que a linha 2416 - Roda de Fogo/TI Caxangá (III Perimetral), no sentido terminal/ponto de retorno, volta a circular pela Avenida Inácio Monteiro e pela Rua Cláudio Brotherhood, nos dias úteis, sábados e domingos. Com a alteração, a linha terá também reforço de ônibus.

Confira o novo itinerário:

Terminal/ponto de retorno:


Avenida Bicentenário da Revolução Francesa, Rua Pintor Hélio Feijó, Rua Clarice Lispector, Rua Washington Duarte Espindola, Rua Poeta Raymundo Asfora, Rua Zumbi dos Palmares, Rua Ocidental, Avenida Inácio Monteiro, Rua Eurico de Souza Leão, Rua Cláudio Brotherhood, Rua Áureo Xavier, Avenida Estrada do Forte do Arraial Novo do Bom Jesus e Rua Gomes Taborda.


Depois, os coletivos seguirão pela Avenida General San Martin, Rua Honório Correia, Rua Gregório Júnior, Rua Souza Bandeira, Rua Tomaz Gonzaga, Rua Professor Estevão Francisco da Costa, Avenida General San Martin,chegando ao TI Caxangá (III Perimetral).


Ponto de retorno/terminal:


TI Caxangá (III Perimetral), Rua Manoel Moreira, Avenida Caxangá, Avenida General San Martin, Rua Gomes Taborda, Rua Dr. Miguel Vieira Ferreira, Avenida Inácio Monteiro, Rua Ocidental, Rua Zumbi dos Palmares, Rua Poeta Raymundo Asfora, Rua Washington Duarte Espindola, Rua Clarice Lispector, Rua Pintor Hélio Feijó, Avenida Bicentenário da Revolução Francesa.

Para tirar dúvidas e apresentar sugestões ou reclamações, o passageiro pode entrar em contato com a Central de Atendimento ao Cliente pelo telefone 0800.081.0158. O WhatsApp deve ser usado para fazer reclamações. O número é 9.9488.3999.

O terminal

O Terminal Integrado Vereador Zezito de Malhagães Melo (III Perimetral) teve a inauguração anunciada para antes da Copa do Mundo de 2014. As obras começaram em 2013 e terminaram no ano passado. 

A expectativa é que o local opere com seis linhas de ônibus ao longo dos dias úteis, oferecendo 365 viagens feitas por 20 veículos, para atender a dez mil usuários do transporte público.

Confira as linhas de ônibus que passam a circular pelo terminal:

2413 - Avenida do Forte/TI Caxangá (III Perimetral)
2415 - Sítio das Palmeiras/TI Caxangá (III Perimetral)
2416 - Roda de Fogo/TI Caxangá (III Perimetral)
2421 - Torrões/TI Caxangá (III Perimetral)
2422 - Monsenhor Fabrício/TI Caxangá (III Perimetral)
2444 - TI Caxangá (III Perimetral) (Av. Conde da Boa Vista)


Portal G1

Advogado Pedro Josephi e ativistas são absolvidos em processos por manifestações

O advogado Pedro Josephi, junto com um grupo de ativistas, estavam respondendo processo criminal desde que participavam de manifestações contra aumento do transporte público, nas manifestações de junho de 2013. E hoje saiu a sentença que absolveu o grupo de todas as acusações.

Pelo Facebook, o advogado escreveu um texto agradecendo os apoios recebidos:

ABSOLVIDOS. Amigos (as), familiares e companheiros (as), após 4 anos respondendo a um processo criminal por conta dos protestos de 2013, hoje foi publicada a sentença que nos absolve. Eu e mais 7 militantes estávamos nas ruas lutando por melhorias no serviço de transporte público e fomos pegos como "bode expiatório", em uma clara perseguição política naquela época. Uma evidente criminalização dos movimentos sociais. Hoje, acordamos com essa notícia. Não há mais peso da persecução criminal em nossas costas. Um alívio em meio a tantas injustiças do nosso judiciário. SOMOS INOCENTES!

Agradeço de forma pública a Carolina Amorim e ao presidente da OAB-PE,Ronnie Preuss Duarte, por fazerem a minha defesa, e aos colegas Rafael Araújo e Homero Ribeiro por patrocinarem a defesa dos demais militantes!

Governador ganha prêmio "Lata de Sardinha"




Nesta Quinta-feira (1º,) na frente da Assembleia Legislativa (Rua da União, na Boa Vista), na volta do recesso parlamentar, a partir das 14h, a Frente de Luta do Transporte Público PE entregará o Prêmio Lata de Sardinha para o governador Paulo Câmara.

A premiação, claro, é um protesto contra o aumento das passagens e pela qualidade do serviço público de transportes urbanos. Os organizadores do ato afirmam que Câmara se recusa a recebê-los para conversar e vão aproveitar a presença do governador na volta do recesso da Assembleia Legislativa para "entregar o prêmio

A Frente de Luta do Transporte Público, na página do evento no Facebook, aproveita para chamar a população a assinar pela CPI dos Transportes através do link:

Que tiro (no pé) foi esse?

Um grupo de funcionários foi demitido após gravar um vídeo ao som da música Que tiro foi esse? dentro de um hospital em Salvador. De acordo com a Santa Casa da Bahia — que administra o Hospital Santa Izabel —, quatro maqueiros foram demitidos na quinta e sexta-feira da última semana.

Assim como em diversos outros vídeos que viralizaram na internet, ao ouvirem a música, os funcionários se jogam no chão, como se tivessem sido atingidos por um tiro. Em nota, a Santa Casa informou que a gravação "vai de encontro a um dos pilares de existência da instituição, que é o atendimento de excelência ao paciente".

Ainda segundo a Santa Casa, os funcionários gravaram o vídeo durante o período de trabalho e sem autorização da direção do hospital. Com isso, conforme a entidade, eles teriam deixado "pacientes esperando pelos seus serviços para gravar um vídeo de humor".

Por fim, a instituição enfatiza que a demissão aconteceu "dentro das normas legais, respeitando os direitos dos funcionários", que não foram afastados por justa causa.


Correio Braziliense (DF)



Mercado informal sustenta empregabilidade no Brasil

A taxa de desemprego no Brasil caiu ligeiramente em 2017 e ficou abaixo do esperado, mas a melhora foi sustentada pela informalidade diante da gradual recuperação da atividade econômica depois da recessão que marcou o país.

A taxa de desemprego ficou em 11,8 por cento no quarto trimestre do ano passado, comparado com 12,4 por cento no terceiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, marcando a nona queda seguida. No pico de 2017, a taxa chegou a 13,7 por cento no primeiro trimestre.

No final de 2016, a taxa havia ficado em 12 por cento. O resultado do final do ano passado igualou a taxa que foi registrada nos trimestres encerrados entre agosto e outubro de 2016 e ficou ligeiramente abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters com analistas, de 11,9 por cento.

Entre outubro e dezembro, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostrou que o contingente de pessoas desempregadas no país alcançou 12,3 milhões, 5 por cento a menos em comparação com os três meses anteriores e estável sobre o mesmo período do ano anterior.

O levantamento também mostrou que o Brasil tinha 92,1 milhões de pessoas ocupadas, alta de 0,9 por cento sobre o terceiro trimestre e de 2 por cento ante o quarto trimestre de 2016.

O emprego informal continuou sendo o destaque para a melhora do cenário. A economia vem apresentando recuperação gradual após anos de recessão, porém o mercado de trabalho tende a responder de maneira tardia ao ciclo econômico.

No quarto trimestre, o emprego sem carteira assinada subiu 1,9 por cento sobre o período anterior, para 11,115 milhões de pessoas. Sobre 2016, o salto foi de 5,7 por cento.

O emprego com carteira subiu 0,1 por cento sobre o terceiro trimestre, somando 33,3 milhões de trabalhadores, mas caiu 2,0 por cento em relação ao quarto trimestre de 2016.

O IBGE informou ainda que o rendimento médio do trabalhador chegou a 2.154 reais no último trimestre do ano, ante 2.134 reais entre julho e setembro e 2.120 reais no mesmo período de 2016.

Em 2017, o Brasil perdeu 20.832 postos de trabalho formais, terceiro ano seguido de déficit apesar do início da recuperação econômica e da vigência das flexibilizações trabalhistas defendidas pelo governo para impulsionar o número de vagas, segundo o Ministério do Trabalho.

Agência Reuters

Políticas públicas precisam levar em conta desigualdades, diz assessor do Pnud

O assessor sênior do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Haroldo Machado, afirmou hoje (31) que é preciso identificar as diversas formas de desigualdade para desenvolver políticas públicas que contemplem toda a população. 

“É fundamental desagregar os dados para ir além das médias estatísticas", disse Machado, ao falar sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável em um evento promovido pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Esses objetivos são as 17 metas negociadas entre os 193 países membros da Organização das Nações Unidas, apontando soluções para os grandes problemas sociais e ambientais até 2030.

Segundo o assessor do Pnud, as médias estatísticas no Brasil não revelam todas as histórias. "Enquanto a média de vida da população brasileira é 76 anos, a média de vida de uma pessoa trans no Brasil é 34 anos”, ressaltou Machado.

As assimetrias se apresentam de diversas formas, destacou Maitê Gauto, especialista em políticas públicas da Fundação Abrinq, sobre como uma metrópole pode conter realidades radicalmente diferentes. “A cidade de São Paulo tem um índice de desenvolvimento considerado alto, mas dentro da cidade existem bolsões de pobreza extrema”, enfatizou.

Trabalho integrado

Além do diagnóstico cuidadoso, para conseguir adotar medidas eficientes para problemas complexos ou crônicos, os municípios precisam atuar de forma transdisciplinar, fugindo da fragmentação característica da administração pública. “Um problema de educação acaba sendo de responsabilidade da Secretaria de Educação. Mas, na verdade, quando identificamos um problema como evasão escolar ou até o desempenho de alunos, a reação para enfrentar o problema muitas vezes depende de outras áreas da administração”, exemplificou o diretor executivo da organização não governamental (ONG) Agenda Pública, Sérgio Andrade.

Segundo Andrade, nesse sentido, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável são uma forma de guiar tais ações, ao estabelecer linhas base de trabalho. “Os ODS trazem uma perspectiva de integração que facilita a cooperação. Tem um processo de alinhamento das prioridades da administração municipal”, acrescentou.

“Para problemas que têm causas interligadas, podemos organizar grupos de servidores, grupos de trabalho que possam coordenar as ações para que as causas do problema sejam vistas de forma intersetorial. É uma oportunidade muito valiosa do ponto de vista de trabalho em conjunto”, detalhou Andrade.

Gestão de recursos

Além da organização, a consultora da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo Márcia Vieira destacou a importância de um planejamento para a aplicação dos recursos disponíveis. A partir de um estudo analisando os gastos e resultados dos estados brasileiros com foco nos ODS, a especialista demonstrou que nem sempre os maiores aportes de dinheiro trazem benefícios proporcionalmente. “Por que alguns estados conseguem ter, com um gasto menor, um resultado melhor? Ainda não temos a resposta”, questionou.

“Mas gente acredita em alguns elementos, que têm a ver com alta especialização. Atitudes bem pontuais para transformar a realidade de um estado ou município podem fazer a diferença. A criatividade de lidar com poucos recursos, que não é fácil, não é brincadeira”, completou.


Agência Brasil

Brasil vive grave crise democrática, diz ONG alemã

Um novo índice divulgado nesta quarta-feira (31/01) colocou o Brasil entre os países onde a atuação da sociedade civil e o exercício das liberdades individuais – como os direitos de se manifestar ou de expressar sua opinião – é apenas "limitado". A escala tem cinco níveis e vai de "livre" a "fechado".

Elaborado pela ONG Brot für die Welt, ligada à Igreja Evangélica da Alemanha (EKD), o Atlas das Sociedades Civis destaca que, "desde o controverso processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em agosto de 2016, esse país do G20, a nona maior economia do mundo, vive uma grave crise democrática".

Segundo o relatório, "a participação ativa na política, por meio de movimentos sociais, dá cada vez mais lugar à criminalização de ativistas. O clima político é cada vez mais determinado por um conservadorismo religioso" que desrespeita os direitos de mulheres e homossexuais, "elevando as tensões e as diferenças sociais".

Em protestos contra o governo, a violência aumenta cada vez mais, afirma o relatório. "Unidades especiais agem com gás lacrimogêneo, granadas de luz e som, balas de borracha e, em parte, munição letal contra os manifestantes", o que, segundo o relatório, frequentemente resulta em pessoas feridas e até mesmo mortes.

O Brasil aparece no índice ao lado de outros 52 países onde a livre expressão das liberdades individuais é "limitada pelos governantes por meio de uma combinação de limitações legais e práticas". Outros países da lista são Índia, Indonésia, Moçambique, Haiti e Israel.

Em todo o mundo

O Atlas das Sociedades Civis apresenta uma situação sombria para a atuação da sociedade civil e o exercício das liberdades individuais em todo o mundo e destaca que apenas 2% da população mundial vive em sociedades onde é possível se expressar e atuar politicamente de forma completamente livre.

Essa população soma 148 milhões de pessoas e vive em 22 países, a maioria europeus. Entre eles estão a Alemanha, as nações escandinavas, a Suíça e Portugal. Neles, os cidadãos podem, "sem barreiras legais ou práticas, criar associações, fazer demonstrações em praça pública e obter e difundir informações".

Os autores destacam que há uma relação direta entre liberdades civis e o desenvolvimento de uma sociedade. "Quando se exerce pressão sobre a população surgem conflitos, e isso impede o desenvolvimento", afirmou a diretora de Direitos Humanos da Brot für die Welt, Julia Duchrow, durante a apresentação do estudo, em Berlim. Segundo ela, melhores condições de vida dependem, portanto, do livre exercício das liberdades civis.

Seis países foram analisados em detalhes: além do Brasil, são eles Quênia, Chade, Honduras, Filipinas e Azerbaijão. "Todos têm em comum que as sociedades civis são cada vez mais reprimidas", afirmou Duchrow. Ela citou como exemplos o uso desproporcional de violência policial contra manifestantes e a promulgação de leis que restringem a influência da sociedade civil.

Em todo o mundo, a tendência aponta para os regimes autoritários, e, em muitos países, déspotas têm até mesmo o apoio de parte da população, diz o relatório. Um exemplo são as Filipinas, onde o presidente Rodrigo Duterte conta com a simpatia de muitos cidadãos. "Infelizmente, tendências nacionalistas estão em alta neste momento", diz Duchrow.



Deustsche Welle

Governo assina seis contratos para exploração do pré-sal

O governo federal assinou hoje (31), no Palácio do Planalto, os contratos de concessão de áreas do pré-sal leiloadas em outubro do ano passado. Em seu discurso, o presidente Michel Temer afirmou que os contratos renderão investimentos para a sociedade.

“Os leilões de outubro foram os primeiros do pré-sal que registraram ágio a favor da União e tudo isso significa uma maior contrapartida para a sociedade. São mais recursos para a saúde, educação, para os serviços que os brasileiros tanto precisam”, disse o presidente.

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, destacou a geração de empregos com os novos contratos. “Estamos falando de milhares de empregos, alguns milhões em investimento. Precisamos sim aproveitar dessa riqueza que o Brasil foi abençoado. Entre o leilão e a exploração se leva seis, sete anos, mas o povo brasileiro vai comemorar muito em breve os milhares de empregos que o país tanto precisa”. Segundo cálculos da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (Abespetro), a construção de uma plataforma de exploração de óleo e gás, por exemplo, gera 68 mil empregos diretos e indiretos.

Os dois leilões de áreas do polígono do pré-sal das bacias de Santos e Campos, constantes da 2ª e 3ª rodadas, arrecadaram R$ 6,15 bilhões em bônus, com a venda dos seis dos oito blocos ofertados – o equivalente a 75% de toda a área levada a leilão. De acordo com o governo, cerca de R$ 100 bilhões serão investidos no Brasil, a partir de agora, pelos consórcios vencedores.

O leilão desses blocos de pré-sal é reflexo de mudanças regulatórias na área de óleo e gás. Em novembro de 2016, Temer sancionou uma lei que desobrigou a Petrobras de participar de todos os consórcios do pré-sal.

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, atribuiu os números conquistados no leilão ao fim do monopólio da estatal na exploração do pré-sal. “O significado dessas assinaturas é voltar a permitir que o país se beneficie de uma indústria que estava praticamente morrendo. Hoje assinamos seis contratos. Se a lei anterior prevalecesse, seriam três contratos, portanto, a grosso modo, fazendo uma aproximação grosseira, seria metade dos empregos, das encomendas da indústria nacional, dos impostos, ou seja, um enorme prejuízo para o país”.

Antes da mudança na lei, a exploração deveria, necessariamente, contar com pelo menos 30% de participação da Petrobras.


Veja os blocos do pré-sal que tiveram os contratos de concessão assinados nesta quarta-feira:

Sul de Gato do Mato (Bacia de Santos)
Consórcio vencedor: Shell Brasil (80%) e Total E&P do Brasil (20%)
Excedente em óleo ofertado: 11,53%

Entorno de Sapinhoá (Bacia de Santos)
Consórcio: Petrobras (45%), Shell Brasil (30%) e Repsol Sinopec (25%)
Excedente em óleo ofertado: 80%

Norte de Carcará (Bacia de Santos)
Consórcio: Statoil Brasil O&G (40%), Pertrogal Brasil (20%) e ExxonMobil Brasil (40%).
Excedente em óleo ofertado: 67,12%

Peroba (Bacia de Santos)
Consórcio: Petrobras (40%), CNODC Brasil (20%) e BP Energy (40%)
Excedente em óleo ofertado: 76,96%

Alto de Cabo Frio Oeste (Bacia de Santos)
Consórcio: Shell Brasil (55%), CNOOC Petroleum (20%) e QPI Brasil (25%)
Excedente em óleo ofertado: 22,87%

Alto de Cabo Frio Central (Bacia de Campos)
Consórcio: Petrobras (50%) e BP Energy (50%)
Excedente em óleo ofertado: 75,8%


Agência Brasil

Fórmula 1 deixará de exibir 'grid girls'

A Fórmula 1 anunciou nesta quarta-feira (31/01) que abandonará o costume de colocar modelos mulheres para circular na pista dos autódromos antes do início das provas, bem como no pódio ao lado dos vencedores, uma tradição que tem sido tachada de sexista por movimentos feministas.

"Ainda que a prática de utilizar grid girls tenha sido um costume durante décadas nos grandes prêmios da Fórmula 1, sentimos que essa tradição não condiz com nossos valores e é claramente contrária às normas sociais modernas", afirmou o diretor de operações comerciais da F1, Sean Bratches.

O funcionário acrescentou, em nota, que a empresa "acredita que tal prática não seja apropriada ou relevante para a Fórmula 1 e seus fãs, antigos ou novos, ao redor do mundo".

Stuart Pringle, diretor do Circuito de Silverstone, na Inglaterra, reagiu ao anúncio afirmando "apoiar com todo o coração a decisão da F1 de abandonar o uso de grid girls". "É uma prática ultrapassada que não tem mais lugar no esporte", opinou.

A organização britânica Women's Sport Trust, que promove a participação das mulheres no esporte, também comemorou a decisão. "Obrigada, F1, por decidir parar de usar grid girls. Mais um esporte fazendo uma escolha clara sobre o que ele quer defender", disse o grupo no Twitter.

A Fórmula 1 informou que a decisão será colocada em prática já no início da temporada 2018 da categoria, em 25 de março, com o Grande Prêmio da Austrália, no circuito de Albert Park, em Melbourne.

Segundo comunicado, a ausência das grid girls também será estendida a provas de outras categorias que sejam disputadas nos mesmos fins de semana em que ocorrem os GPs.

Deustche Welle

Essa ministra dá trabalho... Por Zedassilva


Charge de Zedassilva

Gilmar Mendes pedirá à PF que investigue quem o xingou em voo

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), enviará representação à Polícia Federal para que ela investigue quem o xingou em um voo no sábado (27). O ministro foi chamado, entre outras coisas, de "cagão" e "bosta".

Gilmar Mendes pediu abertura de inquérito também para que a PF investigue um homem que lidera o grupo Tomataço e que ofereceu R$ 300 para quem acertasse um tomate no magistrado.

Mônica Bergamo - Folha de São Paulo

Trabalhar mais de 39 horas por semana faz tão mal quanto fumar

O regime de trabalho regular do brasileiro com carteira assinada é de 44 horas semanais. Como nem todos os trabalhadores estão em empregos com essa jornada de trabalho semanal, a média no país foi de 39,3 horas trabalhadas por semana em 2017, segundo dados do IBGE.

A realidade é que a jornada de trabalho de 9h às 5h parece uma realidade distante para muitos trabalhadores brasileiros – especialmente nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, onde a média chega a 41 horas semanais. Mesmo com jornadas mais flexíveis e dinâmicas de home office, em muitas companhias longas horas de trabalho passaram a ser a regra, e não a exceção. E a tecnologia, que em teoria teria o poder de nos libertar da sobrecarga, pode ter piorado a situação pior: em 2002, menos de 10% dos trabalhadores checavam seu e-mail fora do horário de trabalho – número que hoje chega a 50%.

Exatamente por essa supervalorização das longas horas de trabalho que uma pesquisa realizada pelo Medical Center da Universidade de Columbia tem um sabor tão amargo. Os dados – extraídos do monitoramento de mais de 8 mil profissionais – apontam que aqueles sedentários por mais de 13 horas por dia tinham o dobro de chance de morrer prematuramente do que aqueles inativos por 11 horas e meia (a média de jornada entre os entrevistados era de 12 horas). A conclusão dos autores é que a mortalidade por ficar longas horas no escritório é similar à de fumar.

Esta não é a primeira pesquisa a apontar esta conclusão. Em julho do ano passado, pesquisadores da University College London acompanharam 85 mil trabalhadores, em especial homens e mulheres de meia idade, e encontraram uma correlação entre carga pesada de trabalho e problemas cardiovasculares. A pesquisa apontava que trabalhar mais de 55 horas por semana aumentava em 40% a chance de desenvolver arritmia cardíaca. Além disso, os trabalhadores que ficavam mais horas no escritório tinham mais sobrepeso, pressão mais alta e consumiam mais álcool que os outros.

Outra pesquisa da Australian National University aponta que qualquer carga de trabalho acima de 39 horas por semana é um risco ao bem estar.

Jornada de trabalho semanal e produtividade

Muito trabalho a ser entregue e, por vezes, metas ambiciosas parecem justificar noites viradas, xícaras de café e fins de semana trabalhando. Porém, outra pesquisa aponta que a produtividade média dos trabalhadores atualmente no mercado é de quatro horas. Segundo o autor da pesquisa, Alex Soojung-Kim Pang, a jornada de trabalho semanal poderia ser drasticamente reduzida sem que, necessariamente, a produção ou prosperidade econômica da região ou país seja prejudicada.

Este argumento foi verificado em pelo menos um caso real – na Suécia. O governo aprovou um experimento no qual enfermeiros passaram a trabalhar seis horas por dia, ainda recebendo o salário de 8 horas. Como resultado, caíram os índices de estresse, ausências por doenças e um aumento de produtividade.

Revista Exame