sexta-feira, 12 de abril de 2019
Após desabamento no Rio, ao menos três prédios serão demolidos
Pelo menos três edifícios serão demolidos na comunidade da Muzema, onde dois prédios desabaram na manhã de hoje (12). De acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação do Rio de Janeiro, outros imóveis passarão por vistoria e podem ter o mesmo destino.
“Esses prédios não oferecem segurança às pessoas porque foram construídos sem licenciamento. Não há ART, que é a anotação de responsabilidade técnica. Não tem engenheiro responsável", disse o secretário municipal de Infraestrutura e Habitação, Sebastião Bruno, durante visita ao local do desabamento nesta tarde.
Os três edifícios que serão demolidos estão interditados pela Defesa Civil estadual. Dois deles passam por um trabalho de escoramento, para que não desabem durante os trabalhos de buscas por vítimas. "São os que ficam logo à direita e à esquerda dos blocos que desabaram. Com a queda, houve uma carga sobre a estrutura desses dois prédios", diz Sebastião.
Segundo o secretário, os edifícios que caíram foram construídos em uma área de preservação ambiental. "A prefeitura vem travando uma batalha desde 2005. A gente interdita e eles continuam trabalhando. A gente embarga, tapuma, eles arrancam o tapume e continuam trabalhando. A última interdição foi em novembro do ano passado".
Aluguel social - O secretário municipal de Infraestrutura e Habitação do Rio diz que as famílias desalojadas receberão inicialmente o aluguel social, benefício financeiro concedido pela prefeitura. Também de acordo com o secretário, o prefeito Marcelo Crivella vai solicitar recursos ao governo federal para construir unidades do Minha Casa Minha Vida para o posterior reassentamento. Ainda não sabe quantas são essas famílias.
A comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro, está entre os locais mais atingidos pelas chuvas torrenciais que atingiram a capital fluminense no início da semana.
Até o momento, três corpos foram retirados dos escombros na comunidade da Muzema. Nove pessoas foram resgatadas com vida. Os trabalhos são conduzidos pelo Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil estadual.
Pouco antes das 15h, equipes da Rioluz chegaram no local para instalar refletores de iluminação, indicando que as buscas podem se estender pela noite. Militares do Exército também se apresentaram e auxiliam os trabalhos.
Mais cedo, em nota, a prefeitura disse que, por se tratar de uma área dominada por uma milícia (grupo criminoso que controla territórios de forma armada no Rio), precisa de apoio da Polícia Militar para atuar na área.
O Comando Militar do Leste enviou 30 engenheiros militares equipados com máquinas (basculantes, tratores multiuso e retroescavadeira) para o apoio às buscas por sobreviventes e para a remoção de escombros. Os militares atuarão em sinergia de esforços com os agentes da Defesa Civil, a fim de atenuar os efeitos desse triste episódio.
Liminar - Dois dias antes do desabamento de dois prédios na Comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (12), que resultou na morte de dois moradores e deixou vários feridos, o Tribunal de Justiça do Estado havia negado um recurso da prefeitura carioca para a demolição de prédios erguidos na Comunidade da Muzema, localizada na zona oeste da capital fluminense, dentro de uma APA (Área de Proteção Ambiental).
No dia 10 de abril, o pedido da administração pública carioca foi indeferido — por unanimidade — pela 20ª Câmara Cível do TJ do Rio de Janeiro. No acórdão, a desembargadora Marília de Castro Neves Vieira, relatora do recurso, afirma que "a fiscalização da edilidade sequer percebeu a construção do edifício, em rua principal daquela localidade".
Os edifícios estão localizados na subzona A-43 do Decreto 3046/81, que disciplina a ocupação do solo na região, onde são adotados os parâmetros da ZR-1 do Decreto 322/76 (lei do Zoneamento Urbano na cidade do Rio de Janeiro), que permite apenas construções unifamiliares.
Mais cedo, a administração pública municipal havia reconhecido as construções como irregulares e não autorizadas pelos órgãos fiscalizadores. "Os prédios ali construídos não respeitam a legislação em vigor", disse a prefeitura.
A operação de demolição, que deveria ocorrer em dezembro do ano passado, envolvia as Secretarias de Infraestrutura e Habitação, Conservação e Meio Ambiente, Ordem Pública, Urbanismo, além de Comlurb, Ministério Público, Guarda Municipal, Polícia Militar e Polícia Civil. No entanto, o trabalho foi suspenso por ordem da juíza Cristiane Teles Moura Marques.
"Entendo que o prazo de 10 dias é razoável em razão do laudo apresentado quando da vistoria realizada que afirma não haver garantia quanto à segurança do prédio. Defiro parcialmente o pedido liminar para SUSPENDER o ato administrativo que determina a demolição nos dias 03, 04 e 05/12/2018, do prédio descrito na inicial, pelo prazo de 10 dias. Intime-se a administração pública. Remetam-se ao juízo de origem", determinava a sentença em caráter liminar.
Com informações da Agência Brasil e do Portal R7
Governo Federal assina decreto extinguindo conselhos sociais
Mais de 600 conselhos, grupos de trabalho e comitês criados nas gestões petistas estão na mira do governo e serão extintos nos próximos meses. Os alvos principais são conselhos sociais que integram a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS), criados na gestão Dilma Rousseff em 2014. Essa foi mais uma das medidas implementadas na quinta-feira (11) pelo presidente Jair Bolsonaro via decreto, na comemoração do 100º dia de gestão.
"Serão automaticamente extintos todos os colegiados que não forem recriados segundo as novas regras, que são mais rígidas", explicou a Casa Civil ao Congresso em Foco nesta sexta (12).
O decreto permite que os conselhos já existentes sejam mantidos somentes se o órgão responsável solicitar isso à Casa Civil até 28 de maio, com justificativas para a sua manutenção. A tendência é que a maioria se perca. A exceção são os conselhos universitários, previstos em regras internas, que permancem como estão.
A Casa Civil ainda em fase final do levantamento de quantos conselhos há na administração pública federal. Estima a existência de mais de 700, a maioria deles criados nos governos de Dilma Rousseff. A intenção é reduzir para, no máximo, 50.
O decreto revoga outro, nº 8.243, assinado por Dilma em 2014, que instituiu a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS). Alguns dos grupos afetados diretamente são: Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, Conselho Nacional de Combate a Discriminação e Promoção dos Direitos de LGBT.
De acordo com a Casa Civil, a intenção é "desburocratizar os níveis de decisão", de forma a garantir que "as políticas públicas tratadas por aquele colegiado continuem sendo decididas pelo órgão sem necessidade de decisão colegiada, que deixa o processo moroso".
Grupos que se reúnam apenas para debate, sem encaminhamento de medidas práticas, não devem ter prioridade. O texto define ainda que as reuniões que envolvam integrantes de diferentes estados serão realizadas por videoconferência e, em caso de viagens, será necessário comprovar a existência de dinheiro para isso. Quando houver colegiados interministeriais, apenas o presidente poderá criar, já que isso exige um decreto.
Reação - Nesta sexta (12), o líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), anunciou que vai apresentar um projeto de decreto legislativo para tentar derrubar o decreto em questão. Para ele, a medida viola a implementação de políticas públicas.
“O governo segue em sua cruzada para desarticular a sociedade e impedir a participação e fiscalização dos cidadãos, retirando do povo o poder que a Constituição lhe garante. Primeiro, com o decreto que aumentava sigilo sobre documentos, que conseguimos derrotar. Agora, com a extinção de conselhos importantes para a formulação de políticas públicas. Como temos visto, o governo prefere se mover em meio à névoa, para que não haja transparência ou cobrança da população”, destacou o parlamentar.
Veja íntegra do decreto:
DECRETO Nº 9.759, DE 11 DE ABRIL DE 2019
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,
DECRETA:
Objeto e âmbito de aplicação
Art. 1º Este Decreto extingue e estabelece diretrizes, regras e limitações para colegiados da administração pública federal direta, autárquica e fundacional.
Parágrafo único. A aplicação deste Decreto abrange os colegiados instituídos por:
I - decreto, incluídos aqueles mencionados em leis nas quais não conste a indicação de suas competências ou dos membros que o compõem;
II - ato normativo inferior a decreto; e
III - ato de outro colegiado.
Art. 2º Para os fins do disposto neste Decreto, inclui-se no conceito de colegiado:
I - conselhos;
II - comitês;
III - comissões;
IV - grupos;
V - juntas;
VI - equipes;
VII - mesas;
VIII - fóruns;
IX - salas; e
X - qualquer outra denominação dada ao colegiado.
Parágrafo único. Não se incluem no conceito de colegiado de que trata o caput:
I - as diretorias colegiadas de autarquias e fundações;
II – as comissões de sindicância e de processo disciplinar; e
III – as comissões de licitação.
Norma para criação de colegiados intermininisteriais
Art. 3º Os colegiados que abranjam mais de um órgão, entidades vinculadas a órgãos distintos ou entidade e órgão ao qual a entidade não se vincula serão criados por decreto.
Parágrafo único. É permitida a criação de colegiados por meio de portaria interministerial nas seguintes hipóteses:
I - quando a participação do outro órgão ou entidade for na condição de convidado, sem direito a voto; ou
II - quando o colegiado:
a) for temporário e tiver duração de até um ano;
b) tiver até cinco membros;
c) tiver apenas agentes públicos da administração pública federal entre seus membros;
d) não tiver poder decisório e destinar-se a questões do âmbito interno da administração pública federal; e
e) as reuniões não implicarem deslocamento de agentes públicos para outro ente federativo.
Duração das reuniões e das votações
Art. 4º As convocações para reuniões de colegiados especificarão o horário de início e o horário limite de término da reunião.
Parágrafo único. Na hipótese de a duração máxima da reunião ser superior a duas horas, será especificado um período máximo de duas horas no qual poderão ocorrer as votações.
Extinção de colegiados
Art. 5º A partir de 28 de junho de 2019, ficam extintos os colegiados de que trata este Decreto.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos colegiados:
I - previstos no regimento interno ou no estatuto de instituição federal de ensino; e
II - criados ou alterados por ato publicado a partir de 1º de janeiro de 2019.
Propostas relativas a colegiados
Art. 6º As propostas de criação de novos colegiados, de recriação de colegiados extintos em decorrência do disposto neste Decreto ou de ampliação dos colegiados existentes deverão:
I - observar o disposto nos art. 36 a art. 38 do Decreto nº 9.191, de 1º de novembro de 2017, ainda que o ato não seja de competência do Presidente da República;
II - estabelecer que as reuniões cujos membros estejam em entes federativos diversos serão realizadas por videoconferência;
III - estimar os gastos com diárias e passagens dos membros do colegiado e comprovar a disponibilidade orçamentária e financeira para o exercício em curso, na hipótese de ser demonstrada, de modo fundamentado, a inviabilidade ou a inconveniência de se realizar a reunião por videoconferência;
IV - incluir breve resumo das reuniões de eventual colegiado antecessor ocorridas nos anos de 2018 e 2019, com as medidas decorrentes das reuniões;
V - justificar a necessidade, a conveniência, a oportunidade e a racionalidade de o colegiado possuir número superior a sete membros; e
VI - vedar a possibilidade de criação de subcolegiados por ato do colegiado, exceto se a norma de criação do colegiado principal houver:
a) limitado o número máximo de seus membros;
b) estabelecido caráter temporário e duração não superior a um ano; ou
c) fixado o número máximo de subcolegiados que poderão operar simultaneamente.
Parágrafo único. A mera necessidade de reuniões eventuais para debate, articulação ou trabalho que envolva agentes públicos da administração pública federal não será admitida como fundamento para as propostas de que trata o caput.
Tramitação de propostas para a Casa Civil
Art. 7º Na hipótese de o ato ser de competência do Presidente da República, as propostas de recriação de colegiados, sem quebra de continuidade dos seus trabalhos, serão encaminhados à Casa Civil da Presidência da República até 28 de maio de 2019, observado o disposto neste Decreto e no Decreto nº 9.191, de 2017.
Relação dos colegiados existentes
Art. 8º Os órgãos e as entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional encaminharão a relação dos colegiados que presidam, coordenem ou de que participem à Casa Civil da Presidência da República até 28 de maio de 2019.
1º A relação referente às entidades vinculadas serão encaminhadas por meio do órgão ao qual se vinculam.
2º A relação conterá o nome dos colegiados e os atos normativos que os regem.
3º A relação de colegiados que o órgão ou a entidade da administração pública federal presida, coordene ou participe será divulgada no sítio eletrônico do órgão ou da entidade até 30 de agosto de 2019.
4º A relação de que trata o § 3º será atualizada mensalmente.
5º O disposto neste artigo não se aplica a colegiados cujos membros sejam agentes públicos do mesmo órgão ou entidade.
Revogação das normas sobre os colegiados extintos
Art. 9º Até 1º de agosto de 2019, serão publicados os atos, ou, conforme o caso, encaminhadas à Casa Civil da Presidência da República as propostas de revogação expressa das normas referentes aos colegiados extintos em decorrência do disposto neste Decreto.
Cláusula de revogação
Art. 10. Fica revogado o Decreto nº 8.243, de 23 de maio de 2014.
Vigência
Art. 11. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 11 de abril de 2019; 198º da Independência e 131º da República.
JAIR MESSIAS BOLSONARO
Onyx Lorenzoni
Congresso em Foco (DF)
(SUB)Imersa: Os músicos que abrilhantarão a noite de estreia
Babi Jacques e Thiago Lassere são um casal de artistas que se aventuram na música e nas artes visuais. Parceiros na vida e nas artes há 10 anos, eles participam juntos de bandas, performances, filmes e outros trabalhos audiovisuais. Eles conquistaram 18 prêmios por suas composições e interpretações, além de participarem de shows e festivais por todo o País e o Exterior. Em 2019, eles vão lançar o álbum e o espetáculo Sóis.
Celso José é músico e ator, com passagens pela CIA Macambira de Teatro, o Grupo de Teatro de Rua Loucos e Oprimidos da Maciel, o Grupo Arteiros e a Banda Performática Vôte! O que é isso? Atualmente é o diretor musical da Trupe Arte Na Mochila e no cinema, participou do curta-metragem Sobre o Esquecimento, baseado no conto Sereis Descartáveis, de Maria Dias.
Juca dos Santos é um veteraníssimo artista do teatro pernambucano. Com 43 anos de profissão, tem uma longa carreira no teatro e está à frente da Trupe Arte na Mochila, está em seu segundo filme (o primeiro é Sobre o Esquecimento, que o premiou como ator revelação) e também coleciona passagens vitoriosas na televisão brasileira, como Tio Maneco (TVE, hoje TV Brasil); Clube da Criança e Rede de Intrigas (TV Manchete), A Vida como Ela É e A Justiceira (TV Globo). Também é músico e participou de shows como Um Arlequim Desconhecido e Raízes do Samba e desde 1996 integra o trio oficial do Galo da Madrugada.
Manuca Bandini é o autor da música-tema de (SUB)Imersa, chamada Indagação. De formação autodidata, Bandini é ator, cantor, compositor e poeta. Compôs a música Calcanhar, com Yuri Queiroga, que foi trilha sonora do filme Tatuagem, melhor trilha sonora no Festival de Gramado e também compôs O Ouro do Pó da Estrada, lançado por Elba Ramalho, em 2018. Tem um álbum gravado com suas composições, chamado TEMPX e atualmente se apresenta em pocket shows no projeto Cansei de Ser Solo. Como escritor, acaba de lançar seu primeiro livro Inumilaivos. Nas artes cênicas, integra a Trupe Arte Na Mochila e participou do filme Sobre o Esquecimento.
O lançamento do curta-metragem (SUB)Imersa acontece neste sábado, na Petiscaria Cultural Na Ladeira, em Olinda. Além da estreia de (SUB)Imersa, haverá a exibição do curta Sobre o Esquecimento, debate com ex-presos políticos e convidados, além dos shows musicais com os artistas aqui descritos.
Serviço:
Lançamento do curta-metragem (SUB)Imersa
Data: 13/04 às 20h
Local: Petiscaria Cultural Na Ladeira
Rua de São Francisco, 81
Carmo, Olinda - PE
Urgente: Desabamento de teto no HR
Devido às fortes chuvas que desabam no Recife esta manhã, o teto da Emergência Clínica do Hospital da Restauração, no Derby, acaba de desabar. Apesar do susto, não houve feridos. Informações do líder comunitário Douglas Brito.
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