segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Surfista Gabriel Medina chega amanhã ao Brasil

O campeão mundial Gabriel Medina completa 21 anos hoje. Ele conquistou o maior título do surfe com a mesma idade com a qual Kelly Slater faturou o primeiro dos 11 que ganhou, e vai poder continuar a comemoração no Brasil, onde chega amanhã. “Faço aniversário na segunda-feira (hoje) e não tem presente melhor do que o troféu que ganhei. Vou fazer 21 anos, acho que estou ficando velho”, brincou. 
Como o Pipe Masters foi definido apenas no penúltimo dia, Medina teve de mudar sua passagem de volta para o Brasil. Por causa disso, passará a data especial em pleno voo. “Ele vai passar o aniversário no avião. Tivemos de mudar, falei com ele sobre isso e o Gabriel me disse que tudo bem”, explica Charles Saldanha, padrasto e treinador do atleta.
Charles gostaria de fazer uma surpresa para o garoto, ainda mais depois dessa grande conquista, mas está com dificuldade para definir qual a melhor forma de agradar o jovem campeão. “É difícil dar presente para o Gabriel. Às vezes tento comprar algumas coisas para ele meio escondido, mas são coisas simples, pois ele tem o que gosta. Mas sempre damos alguma coisinha”, afirmou. 
O sucesso em cima da prancha rende a Medina muito dinheiro em patrocínios (são 11 contratos) e premiações (já acumulou mais de R$ 3 milhões), o que lhe dá a possibilidade de adquirir as coisas materiais que precisa. Mas ele diz que a relação com Charles está acima disso. “Meu pai sempre me deu muita confiança, apesar de ter caras falando coisas negativas na internet e nas entrevistas”.
Charles concorda com Gabriel e diz que, apesar das dificuldades típicas de qualquer relação, os dois se esforçaram muito para que as coisas dessem certo. “Acho que cada ser humano tem uma missão, e a minha foi cuidar um pouco do Gabriel. E hoje ele é o campeão mundial de surfe e o menino bom que é”, comentou. 
Promessa
O pai terá de pagar a promessa feita para Medina de que faria uma tatuagem se o garoto fosse campeão do mundo. “Acho que será algo que tem a ver com o título, vamos ver. Não quis pensar nisso antes para não perder o foco”. Gabriel, por sua vez, revelou que vai fazer mais uma imagem no corpo. “Todas as tatuagens que tenho significam alguma coisa, e é claro que vou fazer uma também. A minha família, a minha religião e agora com certeza vou fazer uma para o título mundial”, revelou o brasileiro.  
Amanhã eles chegam ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, às 12h45, e já esperam uma grande festa. “Queremos todo mundo lá”, pede Charles. Medina desfilará em um caminhão do Corpo de Bombeiros.
Correio da Bahia

Ex-boxeador Muhhamad Ali está no hospital

Maior nome da história do boxe, Muhammad Ali, de 72 anos, foi internado em um hospital com, segundo o seu porta-voz Bob Gunnell em um comunicado, com um caso de "suave" de pneumonia. 

— Ele está em condição estável e recebe o tratamento adequador. felizmente, como a pneumonia foi diagnosticada em seu início, o prognóstico é bom e o seu período de internação será curto, disse Gunnell, no comunicado. 

Ele se recusou a dizer onde o astro do esporte está internado. Aliás, nenhum outro detalhe estão sendo liberados devido a pedido da família Ali para manter a privacidade, A família tem casas no Arizona, em Michigan e em Louisville. Ali, ouro olímpico em Roma-1960, ganhou o cinturão de pesos-pesados em 1964, perdeu e o recuperou por três vezes.


Se aposentou em 1981 após 62 lutas (57 vitórias) e entre outros prêmios foi considerado o Desportista do Século pela Sports Illustrated (EUA) e o segundo maior atleta do Século XX pelo Comitê Olímpico Internacional, perdendo apenas para o brasileiro Pelé. 

Desde o fim da carreira Ali se dedica a causas sociais e humanitárias. Ele vem diminuindo as suas aparições públicas nos últimos anos para priorizar o tratamento contra a doença de Parkinson.


Zero Hora/RS com informações da Lancepress!

Incêndio destrói cozinha de pizzaria em Jaboatão

Um incêndio na Avenida 1, em Jaboatão dos Guararapes atingiu a Pizzaria Nota 10, na noite da último domingo. O Corpo de Bombeiros foi chamado por volta das 19h45 e chegou ao local quinze minutos depois. A causa do incêndio teria sido um vazamento de gás. A pizzaria estava funcionando no momento do acidente, mas ninguém ficou ferido. A cozinha do estabelecimento ficou completamente destruída devido às chamas. A proprietária da pizzaria ao perceber como ficou o local passou mal e foi atendida pelos bombeiros, momentos depois retomou a consciência. Duas viaturas foram enviadas ao local para combater o incêndio, que foi controlado por volta das nove da noite. As informações são da Rádio CBN.

Teste da linguinha em recém-nascidos passa a ser obrigatório em todo o País

A partir desta semana, hospitais e maternidades das redes pública e particular passam a ser obrigados a fazer o chamado teste da linguinha em recém-nascidos. A determinação foi criada pela Lei 13.002/2014. O objetivo do exame é detectar se existe alguma alteração no chamado frênulo, membrana que liga a língua à parte inferior da boca – também conhecido como freio. A alteração pode gerar a popular língua presa.
A comerciante Eliane Tobar descobriu que o filho mais novo, hoje com 1 ano, tinha o problema quando encontrou dificuldade para amamentar. O diagnóstico foi feito um mês depois do nascimento do bebê. “Eu reclamei para a doutora que na hora em que ele ia mamar, doía muito. A dor era insuportável no braço. Ele mamava a cada 20 minutos, meia hora”.

A fonoaudióloga e integrante da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia Roberta Martinelli criou a metodologia para fazer a avaliação de bebês e diagnosticar o problema. “No primeiro momento, o teste veio para detectar a língua presa, que é quando esse fio está fixado mais para a ponta da língua. Só se considera língua presa quando limita o movimento”. Os problemas vão além da dificuldade na fala. No caso dos recém-nascidos, a alimentação pode ser prejudicada já que afeta a sucção. “Tem sido uma das maiores causas de desmame precoce. Ele [o bebê] pode ter dificuldade de passar para a papinha porque tem dificuldade de deglutição. Por volta de um ano e meio, pode ter problemas no processo mastigatório também”.

A fonoaudióloga lembra que o exame observa os aspectos físicos da língua, mas que outras características também precisam ser avaliadas como, por exemplo, a maneira como a criança mama e até mesmo o choro.  “A gente observa características do choro porque o bebê que tem essa língua presa sobe mais as laterais do que a ponta da língua. Ela [a ponta] fica mais baixa que as laterais”. No caso do filho de Eliane, a solução foi um procedimento cirúrgico conhecido como pique. Um corte foi feito no freio para que a língua pudesse ter mais movimento. Com anestesia local, a cirurgia dura poucos minutos e logo em seguida a criança já pode ser amamentada.

O filho mais velho de Eliane também foi diagnosticado com a língua presa mas, diferentemente do caçula, já estava maior. A mãe comenta a dificuldade que teve de alimentar o primeiro filho. “Foi uma pena mesmo que eu não consegui amamentar, porque tinha leite mas não conseguia. Ele não dava conta de engolir”. A cirurgia, nesse caso, também foi recomendada.

Apesar de a lei ser considerada um avanço em alguns aspectos, a pediatra Patrícia Salmona, que integra o Departamento de Genética Clínica da Sociedade Brasileira de Pediatria, acredita que é preciso considerar alguns pontos com relação ao tratamento. Ela conta que existem graus diferentes de língua presa e, por isso, o tratamento varia. “Nem todas têm a indicação do tratamento do pique na língua. As que não têm indicação cirúrgica poderiam ser mandadas sem necessidade [para cirurgia]”.

Patrícia lembra que, muitas vezes, não há consenso entre os profissionais que fazem o teste com relação ao procedimento cirúrgico. “A prevalência da língua presa gira em tono dos 15% mas, desses, nem 10% têm indicação de fazer o procedimento. Metade seria necessária e na outra metade fica a dúvida”. Ela explica que, muitas vezes, a criança precisa ser reavaliada e defende que o diagnóstico seja feito por profissionais habilitados.

Para a fonoaudióloga Roberta Martinelli, os profissionais precisam ser treinados e é necessário adotar um protocolo para ajudar na padronização do teste. “Enquanto não se tiver uma padronização, vão fazer no ‘achômetro’ e isso não pode. Estamos lidando com bebês. O protocolo só indica para a cirurgia quando o caso é extremamente nítido. E esses casos não podem sair da maternidade sem diagnóstico”.

Segundo a assessoria do Ministério da Saúde, as diretrizes que trarão o detalhamento para o diagnóstico estão sendo elaboradas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias e um grupo de trabalho formado pela Coordenação-Geral de Saúde da Criança, diz a nota. Ainda conforme o texto, a diretriz nacional trará recomendações sobre como fazer o teste, e o ministério tem orientado os profissionais sobre a importância da avaliação.

De acordo com a assessoria do ministério, mesmo sem a regulamentação, a aplicação da lei está valendo e a norma vai reforçar o que já é feito hoje. A avaliação e a cirurgia são oferecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), assim como outros testes importantes como o do pezinho, da orelhinha e do olhinho. 
O deputado federal autor da lei, Onofre Augostini (PSD-SC), informa que o Ministério da Saúde será o responsável pela fiscalização e acredita que com a obrigatoriedade, muitos problemas serão evitados. “Vai evitar que quando a criança fique adulta, se ela apresentar a deficiência chamada linguinha presa, tenha dificuldade para falar, para amamentar”.

Martinelli diz que agora a expectativa é de que as diretrizes do ministério sejam logo elaboradas. “O que queremos é que não demore muito. Quanto mais demora, mais as maternidades vão demorar a se adequar”.
Para Patrícia Salmona, a grande vantagem da lei é que a partir de agora mais crianças poderão ser diagnosticadas. “Não é uma frequência tão baixa. Então, fazer uma triagem é interessante. Seremos o primeiro país a fazer essa triagem”. E completa: “Vem para somar, como uma ferramenta a mais para o médico”. Ela observa que caso a cirurgia seja necessária, quanto menor a criança, mais rápida é a recuperação. “A cirurgia seria praticamente indolor. Não é uma cirurgia grande, mas logo que nasce é uma coisa ínfima”.

Agência Brasil

Federação Única dos Petroleiros: "“Há um movimento orquestrado por interesses privados nacionais e internacionais contra a Petrobras”

A Federação Única dos Petroleiros (FUP), três centrais sindicais (CUT, CTB e UGT) e cerca de vinte movimentos sociais (MST, UNE, UNE, UBES, UEE, FETEERJ, UEE, MAB, CNM, FAMERJ, FAFERJ, entre outros) realizaram no Rio de Janeiro, um ato em defesa do pré-sal e da Petrobras.
“O massacre que a Petrobras vem sofrendo nos últimos tempos não tem o objetivo de corrigir coisas possam estar erradas”, denuncia João Antonio de Moraes, diretor da FUP. “Os propósitos são outros. A disputa político-eleitoral e, principalmente, o gigantesco interesse econômico em torno do pré-sal”.
“Há um movimento orquestrado por interesses privados nacionais e internacionais contra a Petrobras”, diz Moraes. “O raciocínio deles: desmoraliza-se a empresa, para aí dizer que ela não pode explorar o pré-sal e tem de se chamar Shell, Esso, Texaco… Isto é,  entregar para petroleiras estrangeiras o nosso passaporte para o futuro.”
Dos 2 milhões de barris de petróleo que o Brasil consome por dia e a Petrobras produz, 500 mil barris provêm do pré-sal. Ou seja, o petróleo do  pré-sal já corresponde a 25 % do que é produzido e consumido  no País.
Curiosamente, Marina Silva, candidata do PSB à Presidência da República, dedica uma única linha (está abaixo) ao pré-sal nas 240 páginas do seu programa de governo.
“Se não se priorizar o pré-sal, vamos importar petróleo e pode faltar energia”, adverte Moraes.
“Por isso, é insanidade ou má fé Marina dizer que não vai priorizar o pré-sal. As duas coisas são inadmissíveis para quem quer ser presidente da República”, considera Moraes.
“Ao sinalizar que não vai priorizar o pré-sal, Marina quer dizer que vai entregar a sua exploração a petroleiras estrangeiras — Shell, Essso, Texaco… — e voltar ao modelo anterior de concessão, como os tucanos já se comprometeram”, avisa o diretor da Fup.“Se nós tivéssemos uma imprensa transparente, isso já teria sido desmontado, mostrando o quanto o projeto dela na área de energia é uma aventura.”
Segue a íntegra da nossa entrevista.
Viomundo – O que acha de Marina Silva dedicar apenas uma linha do seu programa de governo ao pré-sal?
João Antonio de Moraes – Marina, além de sinalizar que não pretende priorizar o pré-sal, indica intensa participação do capital privado no setor com menor participação do Estado. E, tradicionalmente, o capital privado tem dificuldade de planejamento nessa área.
O melhor exemplo disso é o apagão elétrico de 2001, cuja origem foi a retirada da participação do Estado no setor. Começou no período Collor, acentuou-se no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Eles tiraram o Estado do planejamento do setor energético, confiando que o privado investiria. O setor privado não investiu e muito menos planejou. Resultado: o apagão de 2001, com FHC.
Infelizmente, ainda não se pode abrir mão do petróleo nos dias de hoje. Eu até brincava com os companheiros num seminário sobre energia que aconteceu em Pernambuco na semana passada: Marina  vai fazer a campanha de jegue ou de bicicleta?
Viomundo – E se não se priorizar o pré-sal?
João Antonio de Moraes – Vamos importar petróleo e pode faltar energia.
Viomundo – Faltar energia?!
João Antonio de Moraes – Sim. Hoje, as termoelétricas respondem por 11% a 13% do nosso consumo de eletricidade. Nós vamos parar de usar a energia das termoelétricas ou importaremos petróleo e gás para movimentá-las?
Muita gente não sabe, mas nós já estamos usando pré-sal!
Dos 2 milhões de barris de petróleo que o Brasil consome por dia e a Petrobras produz, 500 mil barris provêm do pré-sal. Ou seja, o petróleo do  pré-sal já corresponde a 25 % do que é produzido e consumido  no Brasil.
A cada ano, se não houver novas reservas agregadas, o país perde 10% da sua capacidade produtiva. Logo, se não tivéssemos descoberto o pré-sal poderia estar faltando combustível hoje no Brasil. Por isso, considero insanidade ou má fé a Marina dizer que não vai priorizá-lo.  As duas coisas são inadmissíveis pra quem quer ser presidente da república.
Viomundo – Mas, depois das críticas, Marina disse não procedia a ideia de que o pré-sal não seria prioridade num eventual governo seu.
João Antonio de Moraes — Não foi o único recuo dela, desde que lançou o programa de governo. Seus vaivéns quase diários demonstram que ela não tem um programa de governo bem estruturado e vai ceder a toda pressão dada a sua fragilidade política.
Sem nenhum risco de errar, podemos afirmar: é uma insanidade a posição de Marina em relação ao pré-sal. Se tivéssemos uma imprensa transparente, isso já teria sido desmontado, mostrando o quanto é uma aventura o projeto dela na área de energia.
Viomundo – Aventura?!
João Antonio de Moraes –  Não há menor dúvida.A cada quatro poços de petróleo que furamos, encontramos petróleo em um. Índice médio de acerto de 25%, podendo chegar a 50%. No pré-sal, o índice de acerto está sendo superior a 90%!
Você acha que as pressões mundiais permitirão que o pré-sal brasileiro deixe de ser explorado?
De jeito nenhum. Logo, ou nós o exploramos para o bem do povo brasileiro – tanto do ponto de vista da soberania energética quanto do retorno econômico. Ou vamos permitir a sua exploração por empresas estrangeiras voltadas para interesses externos.
Quando Marina diz que não vai priorizar o pré-sal, ela quer dizer que vai entregar a exploração do pré-sal a petroleiras estrangeiras –Shell, Esso, Texaco… — e voltar ao modelo anterior de concessão, como os tucanos já se comprometeram.
Viomundo – Em que o senhor se baseia para dizer isso? Ela disse isso?
João Antonio de Moraes — No mundo moderno, não existe esta “de eu tenho petróleo descoberto e vou deixar debaixo da terra”. E como o pré-sal  brasileiro é petróleo descoberto e Marina diz que não vai priorizá-lo, ela vai entregá-lo  para interesses externos.
Enquanto os tucanos, inclusive o Aécio, dizem escancaradamente que querem voltar ao modelo de concessão, Marina dá a entender nas entrelinhas que vai fazer a mesma coisa.
Atualmente, nas áreas não licitadas do pré-sal e no campo de Libra, está em vigor o modelo de partilha. Já nas áreas leiloadas, o modelo de concessão. Foi o presidente Lula quem propôs a mudança do modelo de concessão para o de partilha.
Viomundo – Quais são os modelos de exploração?
João Antonio de Moraes — Basicamente três. O do monopólio, que considero o mais avançado e defendo. É o que nós tínhamos antes do governo FHC. O de concessão, defendido pelos tucanos. E o de partilha, que está em vigor e começou a ser adotado no segundo governo Lula. É o meio termo.
A concessão é o pior. Faz-se o leilão da área em disputa. Ganha a empresa que oferecer maior parcela de dinheiro para o Estado. Nesse modelo, 100% do petróleo produzido após a licitação passa a pertencer à empresa vencedora. Ela só tem de pagar os tributos.
No modelo de partilha, ganha a empresa que oferecer mais petróleo ao Estado. Foi o que aconteceu  no leilão do campo de Libra.  Ganhou a empresa que ofereceu 41% do petróleo ao Estado. De cada barril de petróleo ali produzido, 41% ficam para o povo brasileiro. Mais os tributos sobre todo o volume explorado.
Viomundo – Que outras diferenças existem?
João Antonio de Moraes – O controle da produção. Isso é chave na exploração do petróleo. Diria que até mais importante do que o quanto o país vai receber.
No modelo de concessão, o controle fica na mão das empresas, o que favorece a exploração predatória. Foi o que aconteceu na Argentina com a Repsol.
A Argentina tinha reservas importantes que lhe garantiriam o futuro. Porém, graças às privatizações e ao modelo de concessão lá vigente, a Argentina exportou petróleo a 5 dólares o barril. Agora, está tendo de importar a 100 dólares o mesmo barril.
Mas o exemplo mais gritante é o da Indonésia, que também tinha reservas muito importantes. Em função do modelo de concessão, teve exploração predatória. Ela exportava o barril de petróleo a 1 dólar. Hoje precisa comprá-lo a 100 dólares.
No modelo de partilha, a única operadora da área é a Petrobras. O que permite ao povo brasileiro, através do Estado, controlar a produção.
Viomundo – Traduzindo para o “leiguês”.
João Antonio de Moraes – Na partilha, as outras empresas entram como sócias investidoras. Mas quem vai trabalhar o campo, contratar os equipamentos, navios e, principalmente, controlar a produção é a Petrobras. Isso é o mais importante.
Suponhamos que eu tenha um campo de petróleo. Eu posso produzir, por exemplo, 100 mil barris por dia e exauri-lo rápido, tendo fechá-lo daqui a pouco porque o óleo acabou.
É o que acontece no modelo de concessão. Há tanto o risco de se esgotar logo a reserva quanto o risco ambiental. Foi o que aconteceu num poço da empresa americana Chevron em Campo do Frade, na Bacia de Campos (RJ), em novembro de 2011.
É um caso simbólico. A Chevron quis produzir mais rápido e não respeitar normas de segurança. Deu no que deu. Um grande vazamento de petróleo no mar.
O modelo de partilha atenua muito esse risco.
Eu posso acompanhar o que o poço está produzindo e calibrar a produção de acordo com a minha capacidade de gerar tecnologia para desenvolver a cadeia produtiva do petróleo.
Ou seja, eu posso utilizar o retorno econômico do campo para fazer pesquisas e não para botar mais dinheiro no bolso. Aí, também um dos motivos dos ataques à Petrobras.
Para que isso? Para que a gente não seja um mero produtor de petróleo cru. E que se façam investimentos tanto na cadeia anterior – produção de navios, plataformas, gerando emprego e renda aqui nos estaleiros — quanto na outra ponta, que seria a refinaria, petroquímica e a indústria de transformação de plásticos.
Viomundo – Não dá mesmo para controlar a exploração no modelo de concessão?
João Antonio de Moraes – Na concessão, o mecanismo que o Estado tem para controlar é muito pequeno. O máximo que pode se fazer é multar. Foi o que aconteceu com Frade. O Estado brasileiro foi lá, multou e a Chevron voltou a produzir.
Viomundo – Quantos trabalhadores o setor emprega?
João Antonio de Moraes – Entre 450 mil e 500 mil. O setor petróleo exige trabalhadores altamente especializados  mas em número pequeno. O maior número de empregos está nas pontas da cadeia produtiva. No ABC paulista, o setor petróleo emprega 1.500 trabalhadores. Já nos ramos petroquímico e de transformados plásticos são 20 mil.
Ao se permitir a produção a qualquer preço, há a possibilidade de não se gerar esses outros postos de trabalho na cadeia produtiva como um todo. Esse é o risco que se corre com as propostas defendidas por Aécio e sinalizadas por Marina.
Viomundo  –  Neoliberais em geral, entre os quais os tucanos, dizem que foi o modelo de concessão que permitiu a descoberta do pré-sal.
João Antonio de Moraes – Mentira! Eles poderiam dizer isso se uma empresa privada tivesse descoberto o pré-sal. Mas não é o que aconteceu. Foi a Petrobras que o descobriu. Isso só possível graças ao planejamento do Estado e ao investimento da empresa.
O modelo de concessão começou a vigorar em 1997, no governo Fernando Henrique. Antes era só a Petrobras que explorava o petróleo aqui. A confirmação do pré-sal aconteceu em 2006, final do primeiro mandato de Lula. Como estava em vigor o modelo de concessão, eles criam essa nuvem de fumaça.
Os neoliberais dizem que o modelo de concessão atrai maior volume de investimentos e que o Estado brasileiro não tem condições de aportar tais recursos. Se esse argumento procedesse, quem teria feito o poço que descobriu o pré-sal  – ele custou US$ 200 milhões à Petrobras! –, teria sido uma empresa estrangeira a partir da concessão.
O que acontece? Nós fazemos pesquisas para desenvolver tecnologia. Mas a certeza mesmo a gente só tem quando fura a área. E esse furo que levou à descoberta do primeiro poço de pré-sal custou US$ 200 milhões. O Brasil não precisa da concessão para explorar petróleo. Somos referência mundial nessa área.
Viomundo — A exploração do pré-sal polui mais o mar?
João Antonio de Moraes — Não. Alguns até alegam que a exploração em águas mais profundas poderia aumentar o risco de vazamento. Mas até hoje isso não se comprovou.  Nunca se explorou petróleo a tamanha profundidade, a 7 mil metros. É uma tecnologia desenvolvida pelos trabalhadores da Petrobras.
Viomundo — A presidenta Dilma diz que o pré-sal é o nosso passaporte para o  futuro. O que acha?
João Antonio de Moraes — É um bilhete premiado. A partir do pré-sal se criou o Fundo Social Soberano, que nada mais do que uma poupança desse dinheiro que passa a ser investido em áreas sociais do país, como saúde e educação. O Fundo Social Soberano já tem mais de R$ 1 bilhão, proveniente do pré-sal.
Agora, isso só vai ser possível se o Estado mantiver o controle do pré-sal. Leia-se manutenção do modelo de partilha, tendo a Petrobras como única exploradora do petróleo.
Viomundo – E sem o modelo de partilha?
João Antonio de Moraes – A tendência  é acontecer com o petróleo o mesmo que ocorreu com o ouro no Brasil colônia. Num só ano o Brasil produziu em Minas Gerais  três vezes todo o ouro produzido no planeta. Só que foi tudo para a Inglaterra e Portugal.
Viomundo — É como se o Brasil perdesse o seu bilhete premiado?
João Antonio de Moraes — Exatamente. Hoje isso já acontece no Brasil com o ferro, cuja produção é predatória. A gente produz o ferro e importa o aço.  O ideal seria calibrarmos a nossa produção de ferro de acordo com a capacidade da siderúrgica nacional.  E exportar a matéria acabada. Exportar in natura, como faz a Vale, é condenar o país ao subdesenvolvimento. Isso já aconteceu com café, o açúcar…
Portanto, se o país seguir o que diz o Aécio e sinaliza Marina corremos o risco de repetir grave erro do passado. Insisto: a Marina, ao não priorizar o pré-sal, está escamoteando o debate. Na verdade, o que ela está propondo a privatização do pré-sal.
Viomundo – No último final de semana, Veja publicou matéria sobre a delação premiada de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras. A revista divulgou uma suposta lista de parlamentares que teriam recebido favorecimentos da empresa.  Antes disso, a Petrobras já estava sob ataques. O que acha disso?
João Antonio de Moraes — Eu sou um trabalhador, não tenho procuração para defender os negócios da Petrobras. Eu defendo sempre que tudo seja apurado. Para isso, existem a Polícia Federal, o Ministério Público… Quem apura são esses órgãos e não a CPI, que é um palco político.
Agora, não podemos ser ingênuos. O massacre que a Petrobras vem sofrendo nos últimos tempos não tem o objetivo de corrigir as coisas que possam estar erradas. Os verdadeiros propósitos são outros: o gigantesco interesse econômico em torno do pré-sal e a disputa politico-eleitoral partidária.
Há um movimento orquestrado por interesses privados nacionais e internacionais contra a Petrobras. O raciocínio deles: desmoraliza-se a Petrobras, para aí dizer que ela não pode explorar o pré-sal e tem de se chamar Shell, Esso, Texaco… Isto é, entregar para petroleiras estrangeiras o nosso passaporte para o futuro.
Viomundo – Não houve problemas na Petrobras?
João Antonio de Moraes — Eu não estou dizendo que eventualmente não tenha havido em algum setor.  Pode ter havido, mas que se corrija.
Veja o caso da refinaria de Pasadena, que é uma das bolas da vez. Foi até criada uma CPI para apurar a sua compra. Foi dito que foi uma má aquisição. Só que hoje Pasadena é refinaria mais lucrativa da Petrobras. Será que ela merece todo o achincalhamento a que foi submetida?
Viomundo – E as denúncias envolvendo a refinaria Abreu de Lima, em Pernambuco?
João Antonio de Moraes – Desde 1997 não se construía uma refinaria no Brasil. A Abreu de Lima foi construída e no Nordeste. Defendemos que as denúncias sejam apuradas e, se comprovadas, os responsáveis punidos. O que não se pode é destruir a Petrobras por causa de malfeitos que alguns possam ter praticado. Puni-la é punir o Brasil. Perde a Petrobras.Perde o Brasil.
Viomundo — Dia 15 haverá o ato de defesa da Petrobras e do pré-sal. As denúncias tirar a força do ato?
João Antonio de Moraes – Pelo contrário. As pessoas que irão sabem o que está por trás do massacre  à Petrobras. Mais um motivo, portanto, para comparecerem.
Viomundo – Finalmente, o que é preciso para o Brasil usar bem o bilhete premiado do pré-sal?
João Antonio de Moraes – Primeiro,  não voltar ao regime de concessão. Nele, insisto, Estado pega o dinheiro e entrega o petróleo. No modelo de partilha, o Estado fica com parte do petróleo e controla a produção.
Segundo, que o dinheiro do pré-sal seja para a saúde e educação, que são graves problemas brasileiros. Petróleo não tem segunda safra. Produziu, acabou. Se não se estruturar o país, o petróleo zera.
Terceiro, é importante que o petróleo seja tratado como algo intergeracional.  Um recurso que entra agora e tem de ser usado para garantir as futuras gerações. Nada melhor para garantir isso do que a estruturação de um bom sistema de ensino para o País.
Um exemplo interessante é a Noruega. Até descobrir o petróleo era um dos países mais pobres da Europa. Hoje, é o país com melhor  IDH [Indice de Desenvolvimento Humano] do mundo. Tudo isso foi feito com o dinheiro do petróleo. Portanto, quem se arriscar a propostas temerárias na área energética vai conduzir o Brasil a uma aventura. Comprometerá não só o presente, mas também o futuro.

Dilma: "Não há uma crise de corrupção na Petrobrás"

Dilma Rousseff disse neste domingo que o Brasil “não vive uma crise de corrupção” com as denúncias de desvio de dinheiro em obras da petrolífera brasileira, a Petrobras. Em entrevista ao jornal chileno El Mercurio, a mandatária, que assume seu segundo mandato no dia 1º de janeiro, afirmou que o processo de fim da impunidade começou apenas nos últimos anos, como parte do “avanço da democracia” no País. 


Ela ainda ressaltou que demitiu Paulo Roberto Costa, então diretor de abastecimento da estatal e pivô do escândalo, três anos antes do escândalo surgir. “Minha indignação com as denúncias que envolvem a Petrobras é a mesma que sentem todos os brasileiros e quero, como todos eles, que os culpados sejam punidos”, disse Dilma ao jornal. “No Brasil não há intocáveis. Qualquer pessoa que não trate o dinheiro público com seriedade, honestidade e efetividade, deve pagar por isso”, concluiu. 


Com informações do Portal Terra, do Blog Viomundo e do jornal Brasil de Fato

Nova campanha de Natal do Vitoria Park Shopping

O Vitória Park Shopping, em Vitória de Santo Antão, informa que devido ao grande sucesso da Campanha “Natal Vitória Park Shopping” a troca dos cupons fiscais pelas canecas personalizadas foram encerradas.
 Pensando em não parar de presentear quem passar por lá, o centro de compras dá continuidade a sua campanha com uma nova ação de sistema “Compre-ganhe”. Para isso os clientes devem continuar juntando suas notas fiscais no valor igual ou superior a R$ 150,00 nas lojas participantes e trocar o cupom fiscal pelo prêmio no estande localizado no shopping. Estão valendo as notas fiscais adquiridas a partir do dia 29 de novembro.
O brinde será um par de ingressos de cinema, para todas as sessões, em qualquer dia da semana, de acordo com a disponibilidade da sessão e a classificação indicativa do filme. Cada participante terá direito a uma única troca. Caso a compra de R$ 150,00 ou mais seja realizada nas lojas Nagem do shopping, o cliente ganha mais um ingresso de bônus, totalizando três.
O ingresso é válido exclusivamente para o cinema do Vitória Park Shopping. A campanha já está em andamento e é válida até o dia 31 de dezembro. A utilização do ingresso deve acontecer até o dia 31 de janeiro de 2015.
 SERVIÇO:
Vitória Park Shopping lança nova campanha de Natal
Local: Vitória Park Shopping
Data: Até o dia 31 de dezembro de 2014

Médico é preso por dirigir bêbado e tentar morder e chutar policial

Um médico de 37 anos foi preso por dirigir embriagado uma BMW na BR-153, em Goiânia. Ele resistiu à detenção e, mesmo algemado, tentou morder e chutar um policial rodoviário federal. Ele foi detido em uma blitz montada em frente a uma casa de shows, às margens da rodovia, na madrugada de domingo (21).
Durante a  fiscalização, 48 motoristas foram flagrados bêbados. Do total, onze foram presos porque excederam o limite de 0,34 miligramas de álcool por litro de ar expelido no teste do bafômetro.
Dentre as pessoas flagradas na blitz está uma mulher que desmaiou ao ser autuada. No entanto, para a equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF), ela simulou ter passado mal. A motorista não quis passar pelo teste de alcoolemia.
Outro motorista também rejeitou fazer o exame, mas os policiais não têm dúvida de que ele havia bebido. O condutor alegou que consumiu apenas bombons de licor em uma festa infantil.
“A quantidade teria que ser altíssima e ainda assim não seria um teor significativo. Nós sabemos que é infundada essa argumentação, para que o teor fosse considerável, a ingestão teria que ser de mais de meio quilo de bombons”, afirma a inspetora da PRF Alessandra Carneiro.
Ainda durante a blitz, um adolescente de 17 anos foi apreendido ao dirigir uma motocicleta. Além de pilotar sem autorização, ele estava alcoolizado. O menor afirma que bebeu cinco copos de cerveja no show sertanejo, que contava com serviço open bar.
A maioria dos motoristas irregulares foi multada em cerca de R$ 1.915. Já o médico teve que pagar R$ 22 mil para ser libertado. Dos onze detidos, cinco não pagaram fiança para responder ao processo em liberdade e continuam presos na manhã desta segunda-feira (22).
De acordo com a PRF, a cada 10 testes de alcoolemia feitos em ações próximas a eventos, como a da madrugada de domingo, um exame constata a embriaguez. Já durante fiscalizações rotineiras, a cada 43 testes, um aponta que o condutor consumiu álcool.
Apesar do alto número de flagrantes, muitos motoristas dão exemplo e cumprem a legislação. “Tem que ter responsabilidade no trânsito, ainda mais nessa região, do lado da rodovia”, afirma o radialista Luís Alberto Castro.
Portal G1

Imprensa que entra 2015

A 7ª edição da prévia carnavalesca solidária "Imprensa Que Entra" acontecerá no dia 24 de janeiro de 2015, a partir das 21h, mais uma vez no Cabanga Iate Clube. O grande homenageado deste ano será o eterno mestre Ariano Suassuna. 

Os artistas escalados para a prévia são: Fafá de Belém, Almir Rouche, Patusco, Kelvis Duran, com participação especial de Gustavo Travassos, Josildo Sá, Maracatu Várzea do Capibaribe e a Dj (e jornalista) Ana Clara Marinho, além de uma orquestra de frevo nos intervalos das atrações, que promete não deixar ninguém parado um só minuto. 

Mas, a grande novidade nesta edição será uma banda, que fará a abertura do baile, formada só por jornalistas-cantores, intitulada "Coletiva Da Imprensa". São eles: Rodrigo Raposo, Ronan Tardin, Flávio Barra, Alessandra Cavalcanti e Marcelo Demo, onde farão uma grande homenagem ao carnaval pernambucano, com repertório de frevo e músicas apropriadas para um baile de carnaval contagiante. 

O irreverente bloco Caranguejo no Caçuá também marcará presença na festa. Os convites para os profissionais de comunicação em dia com o seu sindicato deverão ser retirados com antecedência no Sindicato dos Jornalistas de PE e Sindicatos dos Radialistas de PE, a partir de 05 de janeiro de 2015 até o dia 23.01, em horário comercial.

A partir de hoje quem abrir empresa não precisa ir à JUCEPE

A partir desta segunda-feira (22), mais de 10 mil pessoas por mês não precisarão mais ir à Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe) no Recife e nos 11 escritórios regionais localizadas no Interior para retirar seus documentos de abertura de empresa. Isso porque, com a entrada em funcionamento de um novo sistema chamado de Via Única, a cópia do cliente só poderá ser retirada por meio da Internet e baixada pelo computador, tablet e smart phones com autenticação digital.  
O novo sistema também vai reduzir de forma significativa o uso de papel nos processos de registro comercial. Isso porque o empresário que for dar entrada em um processo de abertura, alteração ou extinção de empresas, por exemplo, só precisará entregar uma via dos documentos necessários e não mais quatro, como acontece atualmente nos casos de registro de empresário (antiga firma individual), ou três vias, nos casos das demais categorias empresariais. Quando o processo for deferido, o empresário obterá, por meio do Portal da Jucepe na Internet, a sua via assinada digitalmente.  
Segundo o presidente da Jucepe, Luís Lima, o sistema Via Única é mais uma etapa do processo de desburocratização e agilização dos serviços que a Autarquia vem implantando com o objetivo de trazer benefícios para os empreendedores e racionalizar os custos operacionais. Os investimentos que vêm sendo realizados nessas áreas já garantiram à Junta pernambucana o primeiro lugar no País no quesito tempo para abrir um negócio, segundo estudo divulgado este mês pelo Instituto Endeavor Brasil, organização de apoio ao empreendedorismo. 
Com o novo sistema, que entra em funcionamento este mês, a Jucepe conseguirá agilizar ainda mais o trâmite dos processos. Isso porque, de acordo com o presidente, será eliminada a necessidade de uso de etiquetas adesivas que, atualmente, são coladas manualmente para autenticar os documentos. Em vez disso, a via destinada ao cliente, pela Internet, receberá um quadro de informações contendo as assinaturas digitais do secretário geral e do analista que deferiu o processo, além do código de autenticação que permite a qualquer cidadão validar o documento por meio do portal da Jucepe.  O quadro terá ainda a chancela digital e o QR Code, que permitirá a obtenção do documento deferido pela Junta por meio de dispositivos móveis como smart phones e tablets.
Para a implantação do sistema foi necessário a aquisição de scanners profissionais, desenvolvimento de software de digitalização, importação e indexação de documentos para as 12 unidades descentralizadas, além de aquisição de certificados digitais para os analistas e vogais. 
O Via Única vai fazer parte do conjunto de soluções integradas implantados pela Jucepe para simplificar e agilizar o processo de abertura de empresas que tem sido referência para Juntas Comerciais de outros Estados que estão implantando serviços similares. Comitivas do Paraná, Pará e Rio Grande do Sul estiveram no Recife em 2014 para conhecer a experiência da Junta de Pernambuco que lhe garantiu o Prêmio Internacional oferecido pelo Banco Interamericano de Desenviolvimento (BID), entregue em janeiro deste ano.

Ex de Suzane von Richtofen vai se casar

Condenado a 39 anos de prisão por matar os sogros Manfred e Marísia von Richthofen em 2002, Daniel Cravinhos vai se casar com a filha de uma agente penitenciária no próximo sábado (27).
O autor de um dos crimes mais chocantes do país, à época, namorada com Suzane von Richthofen, mandante do assassinato dos próprios pais. Daniel agiu com o irmão, Cristian. Os dois chegaram a ser presos, mas atualmente Daniel está em regime semiaberto. Ele aproveitará os dias de liberdade no recesso de Natal e Ano Novo para subir ao altar.
Daniel, que está com 33 anos, e sua noiva, a biomédica Alyne da Silva Bento, de 27 anos, se conheceram em novembro de 2012, quando ela foi à penitenciária para visitar um irmão preso por participar de um roubo.
A nova sogra de Cravinhos diz apoiar o relacionamento da filha. "Acredito muito em Deus. Nada é por acaso. Alguém teria que dar uma nova chance ao Daniel e, se Ele me escolheu, eu aceito", disse Sumaia Bento, 52, em entrevista à Folha de S. Paulo.
O pai de Alyne, o mecânico Valentino Bento, não aceitou a relação. Evangélico, ele admitiu que não gostou de saber do namoro da filha, mas se convenceu a aceitar quando conversou com sua esposa e ela diisse que "Deus dá missões a seus filhos na terra".
Daniel e Alyne ficaram noivos em agosto deste ano. Quando foi liberado para passar o dia dos pais fora da cadeia, Daniel pediu a mão da biomédica. O noivado foi celebrado com um almoço na casa da noiva e teve direito a faixa estendida ("Lyne, quer casar comigo?"), buquê de rosas, aliança e declarações de amor.
Em outubro, em nova saíde de Daniel da cadeia, os dois escolheram a data do casamento. Daniel será liberado da prisão no dia 24 e retornará em 5 de janeiro.
Como não pode ficar na rua a partir das 22h - caso contrário perde o direito ao semiaberto - Daniel marcou a cerimônia para o turno da manhã. A bênção será dada por um pastor e, em seguida, os noivos oferecerão um churrasco ao som de um DJ. 
Assim como Daniel, Suzane também seguiu sua vida e casou-se neste ano com Sandra Regina Ruiz Gomes, 31, a "Sandrão", condenada por sequestro. 
Correio da Bahia

Polícia Civil entrega doações da Operação Noite Feliz

A Polícia Civil  realiza neste momento, no bairro de Prazeres, a Operação Noite Feliz onde beneficiará cerca de 80 crianças da Creche Tia Socorro. A operação tem o objetivo de entregar donativos como roupas, alimentos e brinquedos arrecadados desde o mês passado pelos policiais civis, amigos e familiares. O chefe da Polícia Civil, Osvaldo Morais, participa da entrega.
Polícia Civil de Pernambuco

Venina Veloso concede entrevista à Globo reafirmando denúncias

A ex-gerente da Petrobras Venina Velosa da Fonseca, personagem de novas denúncias de corrupção na empresa, falou neste domingo (21) com exclusividade ao Fantástico.
Em entrevista à repórter Glória Maria, Venina disse ter avisado pessoalmente a Graça Foster sobre as irregularidades na empresa.
Glória Maria - Venina, eu queria saber uma coisa: a senhora prestou depoimento ao Ministério Público, inclusive entregou inúmeros documentos que comprovariam irregularidades nos negócios da Petrobras. Desde quando a senhora começou a fazer essas denúncias?
Venina Velosa - Desde a primeira vez que eu percebi que havia alguma irregularidade na minha área. Isso aconteceu em 2008. Então, desde 2008 eu venho fazendo essas... Eu venho reportando esses problemas aos meus superiores, o que culminou agora eu realmente estar levando essa documentação toda para o Ministério Público.
Glória Maria - Agora, que tipo de irregularidades a senhora constatou ou a senhora verificou nos contratos da Petrobras?
Venina Velosa - São vários tipos. Irregularidades de pagamento de serviços não prestados, de contratos que aparentemente estavam superfaturados. De negociações que eram feitas onde eram solicitadas comissões para aquelas pessoas que estavam negociando e de uma série de problemas que feriam o código de ética e os procedimentos da empresa.
Glória Maria - A senhora informou a que funcionários, a que pessoas da Petrobras sobre essas irregularidades?
Venina Velosa - A todos os meus superiores. Informei ao gerente executivo, aos diretores e até a presidente da empresa.
Glória Maria - A senhora poderia dar nomes?
Venina Velosa - Com certeza. Num primeiro momento, em 2008, como gerente executiva, eu informei ao então diretor Paulo Roberto Costa. Informei a outros diretores, como a Graça Foster. E, em outro momento, como gerente geral, eu informei aos meus gerentes executivos, José Raimundo Brandão Pereira e o Abílio, que era meu atual gerente executivo. Informei ao diretor Cosenza. Tanto quanto diretor, como ele era meu par, como gerente executivo. Informei ao presidente Gabrielli. Enfim, eu informei a todas as pessoas que eu achava que podiam fazer alguma coisa para combater aquele processo que estava se instalando dentro da empresa.
Glória Maria - A atual presidente da Petrobras, Graça Foster, diz que que a senhora mandou e-mail, mas que ela não teria entendido o que era. A senhora fez as denúncias a ela através de e-mail ou a senhora esteve com ela também pessoalmente?
Venina Velosa - Eu estive com a presidente pessoalmente quando ela era diretora da área de gás e energia. Naquele momento, nós discutimos o assunto. Foi passada documentação para ela sobre o processo de denúncia na área de comunicação. Depois disso, a gente... Ela teve acesso a essas irregularidades nas reuniões da diretoria executiva.
Glória Maria - Ela diz que não entendeu o que a senhora disse na época. O que a senhora acha disso?
Venina Velosa - O que eu posso falar é o seguinte: se falar que irregularidades na área de comunicação e problemas na licitação, se isso não está suficientemente claro, eu, como gestora, posso falar o seguinte: eu buscaria uma explicação, principalmente por uma pessoa que eu tinha muito acesso. Nós sempre tivemos muito acesso. Eu conhecia a Graça na época que ela era gerente de tecnologia, na área de gás, eu era gerente do setor de gerenciamento de contratos, e éramos próximas. Então, ela teria toda liberdade de realmente chegar e falar: ‘Venina, o que está acontecendo?’.
Glória Maria - E eu queria saber uma coisa: a senhora diz que vem recebendo várias ameaças, inclusive com arma apontada para sua cabeça e que as suas filhas vêm sendo ameaçadas. O que está acontecendo realmente?
Venina Velosa - Depois que eu apurei essa questão da área de comunicação, durante esse processo todo da área de comunicação, a gente recebeu várias ameaças por telefone. As minhas filhas, na época, deveriam ter 5 e 7 anos. Eram bem novas. Teve outros momentos mais difíceis, além desse. A opção que eles fizeram em 2009 foi realimente me mandar para o lugar mais longe possível, isso está entre aspas, onde eu tivesse o menor contato possível com a empresa. Aparentemente eu estaria ganhando um prêmio indo para Cingapura, mas na verdade o que aconteceu foi que realmente quando eu cheguei em Cingapura me apresentei no escritório, me foi dito que eu não poderia trabalhar, que não era para eu ter contato com o negócio e que era para eu realmente buscar um curso e me dedicar ao curso.
Glória Maria - Em nota, a Petrobras diz que afastou a senhora da empresa por atitudes fora da ética ou fora das normas da empresa. A que a senhora atribui a isso?
Venina Velosa - Na verdade, as atitudes não foram fora da ética nem foram fora da norma. Foram atitudes pouco corriqueiras para um empregado que quer ver as coisas sendo feitas da forma correta, por um empregado que quer denunciar escrevendo. Eu escrevi, eu não entrei na sala e falei, eu registrei. Eu mostrei isso. Então, quando eles falam que eu estou fazendo uma coisa fora do código de ética, denunciar irregularidades é fora do código de ética?
Glória Maria - Você tem uma família. Ou tinha. Foi para Cingapura com filhos, marido. Depois disso tudo que aconteceu, como está a sua vida agora?
Venina Velosa - Eu tinha uma família, sim. Eu tinha um apartamento, eu tinha um marido, duas filhas, a minha mãe, a minha família, e simplesmente o que eles fizeram foi me afastar do meu país, da empresa que eu tanto gostava, dos meus colegas de trabalho. Eu fui para Cingapura, eu não vi minha mãe adoecendo. Minha mãe ficou cega, minha mãe fez transplante de coração, eu não pude acompanhar minha mãe. O meu marido não pôde mais trabalhar, ele teve que retornar. Eu fui o tempo todo pressionada para fazer coisas que não eram dentro do código de ética da empresa. A única coisa que me sobrou foi meu nome. E quando eu vi que eles colocaram meu nome associado a coisas que eu não fazia, eu chamei minhas duas filhas e falei: ‘Olha, meninas, ou eu reajo e tento fazer, limpar o meu nome, ou eu vou deixar isso acontecer, a gente vai ter uma certa tranquilidade agora e o trator vai passar por cima depois. O que nós vamos fazer?’. As minhas filhas falaram: ’Vamos reagir!’.
Glória Maria - Eu queria saber uma coisa: você vai até o fim nas suas denúncias? E você tem medo?
Venina Velosa - Eu vou até o fim, sim. Eu também tenho muito medo, sim. Eu não posso falar que eu não tenho, porque no momento que você denuncia, ao invés de você ver respostas para as denúncias, você vê simplesmente a empresa tentando o tempo todo falar o seguinte: você não é competente, você fez um monte de coisa errada. E o tempo todo as pessoas tendo que responder, mostrando documentos, que aquilo não é verdade. É uma máquina que passa por cima da gente. E ela está passando. Eu tenho medo? Tenho medo., mas eu não vou parar! Eu espero que os empregados da Petrobras, porque eu tenho certeza que não fui só eu que presenciei. Eu espero que os empregados da Petrobras criem coragem e comecem a reagir. Nós temos que fazer isso para poder realmente fazer a nossa empresa ser de volta o que era. A gente tem que ter orgulho, os brasileiros têm que sentir orgulho dessa empresa. Eu vou até o fim! Estou convidando vocês para virem também.
A Petrobras voltou a declarar que tomou todas as providências para elucidar os fatos citados por Venina Velosa.
Segundo a empresa, não procede a afirmação de que não houve apuração sobre as irregularidades apontadas por Venina, porque todas foram encaminhadas às autoridades competentes.
A Petrobras também repetiu que, possivelmente, a funcionária trouxe a público as denúncias porque foi responsabilizada por uma comissão interna.
A empresa reafirmou que Graça Foster e José Carlos Cosenza não sabiam de irregularidades e que a presidente da Petrobras só foi informada dessas irregularidades, por Venina da Fonsenca, no dia 20 do mês passado.
Já o ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, afirmou que nunca foi informado diretamente por Venina Velosa sobre a existência de corrupção na empresa.
O advogado de defesa de Paulo Roberto Costa disse que praticamente todos os aspectos investigados pelo Ministério Público Federal foram mencionados na delação premiada do ex-diretor e que não há como comentar incidentes específicos.
O ex-presidente Lula não quis se manifestar, e os demais citados na entrevista não foram encontrados.
Neste domingo (21), em entrevista publicada em jornais da América Latina, a presidente Dilma afirmou que o Brasil não vive crise de corrupção. Ela respondia a perguntas sobre as denúncias de irregularidades na Petrobras.
A presidente disse ainda que a indignação dela com as denúncias é igual a de todos os brasileiros e que os culpados devem ser punidos, porque, segundo a presidente, no Brasil não há intocáveis.
Linkedin - O site Brasil de Fato fez uma análise do perfil do Linkedin (Rede social profissional) da denunciante Venina Veloso e chegou às seguintes conclusões:
Depois de aceitar que Paulo Roberto Costa passou ao menos três anos roubando “enojado” e “enojado” continuava recebendo parcelas de propinas por contratos mesmo depois de ter sido afastado da empresa, agora temos a história mais que capciosa de D. Venina Fonseca, a quem não posso, por desconhecimento, acusar de nada – a Petrobras não abriu os detalhes dos processos interno que correm contra ela, embora ela tenha ido ao Fantástico acusar a presidente da empresa de cúmplice de todos os malfeitos da empresa.
Mas posso, como qualquer jornalista deveria fazer, comparar o que ela disse na televisão com o que é, segundo ela própria, sua carreira na empresa.
Segundo a transcrição da entrevista feita pelo Diário do Centro do Mundo, ela diz que “eu trabalhei junto com Paulo Roberto, isso eu não posso negar. Na diretoria de abastecimento, a partir de 2005″.
Não é verdade, segundo a própria Venina informa em seu currículo no Linkedin.
Lá, consta que ela era – o texto eu cito em inglês, como está escrito – “Manager, Implementation of Integrated Management Systems at Natural Gas Logistics Supervision Centre. De “ –  (2 years 1 month)“.
Ora, de 2001 a 2003, Paulo Roberto Costa era responsável pela Gerência Geral de Logística da Unidade de Negócios Gás Natural da Petrobras…
Depois, segundo a própria Venina, em  seu Linkedin, foi ser “Assistant Manager to the Downstream Director’s Office” (diretor de abastecimento), em maio de  2004.
Paulo Roberto Costa assumiu a diretoria de abastecimento em… 14 de maio de 2004.
Não seria justo inferir ligações anteriores, mas é a própria Venina quem documenta que não foi “na diretoria de Abastecimento, a partir de 2005″, mas que durante ao menos sete anos era auxiliar de confiança de Paulo Roberto Costa.
Mais adiante, Venina diz:
“A opção que eles fizeram em 2009 foi realmente me mandar para o lugar mais longe possível, isso está entre aspas, onde eu tivesse o menor contato possível. Com a empresa, aparentemente eu estaria ganhando um prêmio indo para Cingapura, mas o que aconteceu foi que realmente quando eu cheguei lá me foi dito que eu não poderia trabalhar, que eu não poderia ter contato com o negócio, era para eu procurar um curso”.
De fato, Venina foi para Cingapura, como “Chief Executive Officer, PM Bio Trading Pte Ltd”, uma joint-venture entre a Petrobras, a Mitsui e a empreiteira Camargo Correia, empresa subordinada a… Paulo Roberto Costa, o diretor de Abastecimento, o enojado …
Quando PRC cai, Venina não é perseguida, mas promovida.
Passa a diretora-gerente (“Managing Director, Petrobras Singapore Private Limited”).
E, segundo ela própria, com amplos poderes pois assim ela define suas funções, desde então:
“Responsável por conduzir o aumento das receitas junto com as margens de lucro e ser responsável por todos os contratos, a evolução dos negócios, as principais partes interessadas e clientes. – Reestruturação de toda a unidade, que resultou em significativa redução de custos e aumentando o lucro líquido três vezes nos primeiros seis meses de nomeação. – Liderou s Petrobras Singapore (PSPL) para atingir um lucro líquido recorde de US 59,5 milhões  em 2012 de US $ 18 milhões em 2011, e, posteriormente, outro avanço no lucro líquido, de US $ 184 milhões em 2013″
Nada de ficar “encostada”, portanto. E muito menos de viver trancada, numa situação de quase “escrava branca”, algo que justificasse a melodramática declaração ao Fantástico de que ” me afastar(am) do meu país, das empresas que eu tanto gostava, dos meus colegas de trabalho. Eu fui para Cingapura, eu não vi minha mãe adoecendo. Minha mãe ficou cega, transplante de coração, eu não pude acompanhar minha mãe. Meu marido não pôde mais trabalhar, ele teve que retornar.”
O marido de Venina, Mauricio Luz, também segundo o seuLinkedin, “had been lived in Singapore from january 2010 to june 2012, working as a consultant and helping to implement the Braskem office in Singapore“.
A Braskem é uma empresa que tem, entre os principais acionistas … a Petrobras, com 47% e a Odebrecht, com 50%.
A saída de Luz, também casualmente, coincide com a queda de Paulo Roberto Costa.
Não se faz aqui, como se viu, nenhuma acusação a Venina, porque seria um absurdo acusar, como ela faz, alguém de irregularidades e cumplicidades sem ter provas cabais disto.
Mas não é possível afastá-la de todo deste caso. Ela estava dentro dos esquemas de Paulo Roberto ou, pelo menos, aceitou-os.
O Brasil está mesmo virando uma fábrica de “santinhos”.
Com informações da Rede Globo e do Brasil de Fato