segunda-feira, 21 de maio de 2018

"Deus te fez assim"

O chileno Juan Carlos Cruz vítima de abuso praticado por um padre pedófilo contou que o Papa Francisco disse que não se importa por ele ser homossexual. "Deus te fez assim, te ama assim, a mim não importa", disse o Papa, segundo o jornal El País.

Cruz disse também que falou sobre sua vida e sobre os abusos sofridos durante seu encontro com o Papa. O pontífice, segundo ele, pediu perdão "em nome do Papa e da Igreja e por ter causado tanta dor nos últimos meses."

Na semana passada, 34 bispos chilenos colocaram seus cargos à disposição do Papa Francisco após os escândalos de abusos sexuais. Bispos, entre eles Juan Barros, são acusados de acobertarem os crimes de pedofilia cometidos pelo padre Karadima em uma paróquia de Santiago.

Karadima foi condenado a uma vida de oração e penitência pela Justiça do Vaticano em 2010. A Justiça chilena também realizou um julgamento contra Karadima e o considerou culpado, mas ele não foi condenado porque os crimes já estavam prescritos.

Recentemente o Papa Francisco reconheceu "graves erros de avaliação" sobre o caso. Ele chegou a defender Juan Barros, mas depois voltou atrás dizendo que havia cometido "graves erros" na condução da crise de abusos sexuais porque havia sido "mal informado".

O pontífice afirmou também que seria duro com bispos chilenos para esclarecer acobertamentos.

Portal G1

Paraguai segue exemplo dos EUA e inaugura embaixada em Jerusalém

O Paraguai inaugurou sua embaixada em Jerusalém nesta segunda-feira, o segundo país a seguir o exemplo dos Estados Unidos e realizar a transferência politicamente delicada de sua representação antes localizada em Tel Aviv.

O presidente paraguaio, Horacio Cartes, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, participaram da cerimônia de inauguração. Os EUA transferiram sua embaixada para Jerusalém há uma semana, provocando revolta nos palestinos, e foram seguidos dias depois pela Guatemala.

O status de Jerusalém é um dos obstáculos mais difíceis para se fechar um acordo de paz entre Israel e os palestinos, que pleiteiam Jerusalém Oriental, capturada por Israel na Guerra dos Seis Dias de 1967, como sua capital com amplo respaldo internacional.

Israel considera toda a cidade, inclusive o setor oriental que anexou após o conflito de 1967, como sua capital.

“Este é um dia histórico que fortalece os laços entre Paraguai e Israel,” disse Cartes na cerimônia. “Um grande dia para Israel. Um grande dia para o Paraguai. Um grande dia para nossa amizade”, respondeu Netanyahu. “Vocês têm não somente o apoio de nosso governo, mas a profunda gratidão do povo de Israel”.

Hanan Ashrawi, uma autoridade da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), repudiou o gesto do Paraguai.

“Ao adotar uma medida tão provocadora e irresponsável, que é uma contravenção direta da lei e do consenso internacionais, o Paraguai conspirou com Israel, os Estados Unidos e a Guatemala para fortalecer a ocupação militar e selar o destino da Jerusalém ocupada”, disse Ashrawi em um comunicado. 

Em dezembro, o presidente dos EUA, Donald Trump, reconheceu Jerusalém como a capital de Israel, revertendo décadas de política externa norte-americana e contrariando o mundo árabe e aliados ocidentais.


A maioria das potências mundiais não reconhece a soberania israelense sobre a totalidade da cidade e afirma que seu status final deve ser determinado em negociações de paz.

Agência Reuters

Chikungunya avança no Rio com quase 9 mil casos em 2018

O número de casos de febre chikungunya registrados este ano pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), no Rio de Janeiro, chegou a 8.963. Os dados são de janeiro a abril e já correspondem a mais do que o dobro de todo o ano passado, quando foram 4.305 casos. De janeiro a abril de 2017 foram infectadas 2.065 pessoas.

O médico Alexandre Chieppe, da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, disse que o aumento já era esperado, uma vez que o vírus nunca circulou no estado e, portanto, a população não tem imunidade a ele.

“A situação da chikungunya no estado, já era uma preocupação, devido ao baixo padrão de imunidade da população. Como é um vírus novo, a população é toda susceptível. Isso é um ingrediente importante no componente de altas transmissões de chikungunya. A gente vem se preparando há algum tempo, desde 2014 já vinhamos monitorando o que estava ocorrendo no Brasil e já esperávamos a possibilidade da entrada e circulação mais intensa no país”.

Chieppe destaca que não se pode caracterizar a situação como uma epidemia de chikungunya, mas, sim, casos de surtos isolados da doença, que não se espalhou por todo o estado. “Temos uma transmissão isolada em pontos de alguns municípios, mas não há uma transmissão em todo o estado. Então, eu diria que temos surtos isolados da doença em algumas localidades. Não chega a ser uma epidemia, que é mais abrangente no tempo e no espaço, ou seja, que dura mais tempo e abrange mais território”.

O médico citou aumento de casos em Niterói, em alguns bairros do Rio, em São Gonçalo e em Nova Iguaçu, na baixada fluminense. Ele lembrou que a primeira notificação da febre chikungunya no país ocorreu em 2014, em Feira de Santana, na Bahia, e depois se espalhou pela Região Nordeste. Apesar do aumento considerável em relação ao ano passado, a partir de agora, o número de casos tende a cair, devido à sazonalidade da transmissão da doença, que segue o mesmo padrão da dengue, pois tem o mesmo mosquito vetor, o Aedes aegypti.

“A tendência agora já é diminuir muito a transmissão, a partir da segunda quinzena de junho, em julho, e eventualmente voltaremos a observar aumento de transmissão lá pelo mês de dezembro. É isso que, historicamente, acontece com a dengue e com as outras arboviroses urbanas. Tem relação com a chuva e com a queda da temperatura, isso tudo facilita a diminuição da população de mosquito e a menor atividade do vírus”.

Dengue e zika

Os casos de dengue também aumentaram este ano. De janeiro a abril do ano passado, foram 6.162 registros e, no mesmo período deste ano, chegaram a 8.007, um aumento de 29,9%. Em todo o ano passado, foram registrados 10.697 casos de dengue. Apesar do aumento, Chieppe disse que a variação está normal para os períodos interepidêmicos.

Segundo o médico, o estado caracteriza como epidemia quando é ultrapassada a marca de 50 mil casos no ano, como em 2016, quando ocorreram 72 mil casos apenas entre janeiro e julho. Ao todo, naquele ano, no país inteiro, foram registrados 1.483.62 casos de dengue e, em 2017, o número caiu para 251.711.

Já os casos de zika diminuíram no período. No estado, foram 2.508 em todo o ano de 2017, com 1.722 casos entre janeiro e abril. Este ano, foram 780, mostrando uma redução de 54%. Chieppe disse que, em 2016, houve uma transmissão muito forte do vírus Zika e, como cada pessoa só pega a doença uma vez, a tendência é diminuir o contágio. “Teve transmissão muito intensa no ano retrasado, então, grande parte da população foi imunizada de forma natural. Isso faz com que o risco de novos casos diminua, porque o mosquito encontra pouca gente susceptível”.

Em 2016, foram registrados no país 216.207 casos de zika. Em 2017, o número caiu para 17.594 casos prováveis.

Histórico e sintomas

Segundo o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz), o primeiro registro de chikungunya no Brasil foi em 2014, após a Copa do Mundo realizada no país. O nome da doença significa “aqueles que se dobram” no idioma swahili, da Tanzânia, no leste da África, onde ocorreu a primeira epidemia documentada, entre 1952 e 1953. O termo se refere à aparência curvada dos pacientes devido às fortes dores.

O vírus Chikungunya, o CHIKV, é transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti, em ambientes urbanos, e pelo Aedes albopictus nas áreas rurais ou selvagens. Existe a possibilidade da transmissão intrauterina do vírus da mãe para o feto. Depois de pegar a doença uma vez, a pessoa fica imune pelo resto da vida. A taxa de mortalidade em menores de um ano é de 0,4%, mas a probabilidade aumenta se houver alguma patologia associada.

Os sintomas podem ser confundidos com os da zika ou da dengue, transmitidas pelo mesmo mosquito. Os principais sintomas são febre alta repentina, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. A incubação demora de 4 a 7 dias e os sintomas começam de dois a doze dias após a picada do mosquito. Cerca de 30% dos pacientes não apresentam sintomas.

Ainda não existe vacina ou medicamentos contra chikungunya. A única forma de prevenção é combater o mosquito vetor, eliminando os possíveis criadouros. Outros cuidados incluem usar calça e manga comprida, para minimizar a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, além do uso de repelentes, inseticidas e mosquiteiros.

Agência Brasil

Fernanda Montenegro e Fernanda Torres recusam campanha da Riachuelo por causa de Flávio Rocha

A ideia da Riachuelo era contar com Fernanda Montenegro e Fernanda Torres para estrelar sua campanha do Dia das Mães. No entanto, segundo o colunista Lauro Jardim, de O Globo, as negociações até começaram, mas logo encontraram uma barreira: a pré-candidatura de Flávio Rocha, naquele momento ainda não oficializada.

Mãe e filha foram categóricas: se o então presidente da Riachuelo fosse mesmo disputar a presidência da República, não iriam fazer a propaganda. No final, a agência Mutato gravou com as famílias de Isabeli Fontana e Ana Claudia Michels, entre outras.

Revista Forum

Índice de confiança da indústria recua em maio pela segunda vez

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) caiu para 55,5 pontos em maio, na segunda redução consecutiva. O indicador ficou 1,2 ponto inferior ao de abril, conforme a pesquisa divulgada hoje (21) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Icei varia de zero a cem pontos. Quando está acima de 50 pontos, reflete confiança dos empresários.

"As duas quedas consecutivas, de abril e maio, interrompem uma sequência de oito meses de crescimento, ou pelo menos de estabilidade, do Icei", diz a pesquisa.

Mesmo assim, o índice, que está 1,3 ponto acima da média histórica, mostra que os empresários continuam otimistas. A confiança é maior nas grandes empresas, segmento em que o Icei ficou em 56,9 pontos em maio. Nas pequenas empresas, o índice foi de 53 pontos e, nas médias, de 55,1 pontos.

De acordo com a CNI, a queda do Icei neste mês é resultado tanto do recuo da confiança sobre as condições correntes e as expectativas para os próximos seis meses em relação ao desempenho das empresas e da economia. O índice de condições atuais caiu para 50,1 pontos e ficou em cima da linha divisória dos 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança. O índice de expectativa, por sua vez, recuou para 58,2 pontos, mas, como segue acima dos 50 pontos, aponta manutenção da confiança dos industriais para os próximos seis meses, acrescentou a confederação. 

O Icei é um indicador ajuda a entender as tendências da indústria e da economia. Empresários confiantes tendem a ampliar a produção e os investimentos, o que estimula o crescimento da economia. Esta edição da pesquisa foi feita entre 2 e 14 de maio, com 2.673 empresas, das quais 1.065 são pequenas, 1.000 são médias e 608 são de grande porte.

Agência Brasil

Governo buscará 'um pouco mais de controle', afirma Padilha

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta segunda-feira (21) que o governo federal buscará "um pouco mais de controle" para dar "previsibilidade" à alta dos combustíveis (veja no vídeo acima). 

Padilha deu a declaração pouco antes de participar de uma reunião com o presidente Michel Temer para tratar do assunto. 

Mais cedo, nesta segunda, a Petrobras informou que elevará os preços do diesel em 0,97% e os da gasolina, em 0,9%, nas refinarias, a partir desta terça (22). Diante disso, caminhoneiros protestaram em todo o país contra o aumento (houve registros de atos em pelo menos 18 estados). 

"Temos uma política internacional de preços que a Petrobras acompanha diariamente e isso tem dado aumento. O dólar subindo e o petróleo subindo, os dois subindo internacionalmente, por certo, tínhamos que ter um aumento nos combustíveis", afirmou o ministro. 

"O que vamos tentar agora, e o presidente está presidindo a reunião, é que vamos ver se encontramos um ponto para que possa ter um pouco mais de controle deste processo, para que os maiores interessados, o cidadão brasileiro e também os transportadores, possam ter previsibilidade em relação ao que vai acontecer", completou Padilha. 

A Petrobras adota um novo formato na política de ajuste de preços desde 3 de julho do ano passado. Pela metodologia, os reajustes acontecem com maior frequência, inclusive diariamente. 

Na semana passada, por exemplo, foram 5 reajustes diários seguidos. No acumulado somente da semana passada, a alta chegou a 6,98% nos preços da gasolina e de 5,98%, no diesel. 

Desde julho de 2017, o preço da gasolina comercializada nas refinarias acumula alta de 58,76% e o do diesel, de 59,32%, segundo o Valor Online. 

Reunião com a Petrobras

Na entrevista concedida no Palácio do Planalto nesta segunda, Eliseu Padilha informou que "possivelmente" o governo não fará nenhum anúncio nesta segunda. Isso porque deverá acontecer, nesta terça, uma reunião com os representantes da Petrobras. 

Sobre os protestos dos caminhoneiros, o chefe da Casa Civil afirmou: "Nós vamos ter algo a dizer aos caminhoneiros, sem dúvida nenhuma. Temos que trabalhar com a realidade, mas temos que ter uma resposta ao movimento". 

Segundo o ministro, Temer manifestou "interesse" em resolver a situação dos caminhoneiros, acrescentando que o governo quer ver se terá as "condições" de fazer com que o aumento do preço do combustível seja "previsível". 

Pós-reunião

Após a reunião com Temer, o ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) convocou uma entrevista coletiva no Planalto na qual disse que o caso será analisado "com responsabilidade" pelo governo, que não tomará decisões "no ímpeto". 

"É unânime a preocupação com a questão. O que se busca é a tomada de decisões responsáveis, que não venham agravar o problema", acrescentou o ministro. 

"A reunião convocada pelo presidente é uma demonstração da preocupação que ele tem em relação à questão. Hoje, tivemos reuniao com os ministros, [...] amanha terá uma reunião mais técnica entre presidente da Petrobras, ministro do MME [Minas e Energia] e Fazenda para que sejam avaliadas algumas medidas", completou Carlos Marun. 

Portal G1