quarta-feira, 29 de maio de 2019

SESI PE dá um show em Olimpíada de Matemática

Conhecida como a maior competição internacional de Matemática do mundo, o Concurso Canguru de Matemática divulgou os resultados do exame deste ano e estudantes de cinco unidades do SESI-PE obtiveram excelentes resultados: foram cinco medalhas de prata, 18 de bronze e 25 certificados de honra ao mérito.


O SESI Caruaru conquistou duas medalhas de prata, três de bronze e oito certificados de honra ao mérito, o SESI Araripina recebeu uma medalha de bronze e dois certificados de honra ao mérito e o SESI Goiana ganhou uma de bronze e um certificado.


Já o SESI Paulista alcançou duas medalhas de prata, cinco de bronze e quatro certificados de honra ao mérito, enquanto que o SESI Ibura obteve uma medalha de prata, oito de bronze e dez certificados. A realização da olimpíada aconteceu no dia 21 de março, e as provas objetivas do Ensino Fundamental contaram com 24 questões e as do Ensino Médio com 30 questões. Para todos os níveis, a duração do exame foi a mesma: 1 hora e 40 minutos.


Emanuel Pereira Sales, estudante do 8º ano do SESI Caruaru, foi o que obteve a maior pontuação entre os alunos do SESI-PE: 112.50. O aluno, de 12 anos, está matriculado na instituição desde o 6º ano e foi premiado com uma medalha de prata. “Foi a primeira vez que participei de uma olimpíada e a premiação me gerou surpresa e autoconfiança. Pretendo disputar outros torneios e continuar estudando exatas com foco”, disse o caruaruense, que planeja fazer vestibular para Engenharia.


O professor de matemática Ítalo Gomes avaliou a conquista de Emanuel com entusiasmo. “Não é fácil ganhar medalha em campeonatos internacionais. Às vezes, o aluno é bom em cálculo, mas não é bom em raciocínio lógico. É importante unificar essas competências e nas salas de aula do SESI-PE estimulamos essa união”, disse.


De acordo com o Gerente de Educação do SESI-PE, Michael Groarke, a instituição sempre incentiva a adesão dos estudantes em campeonatos nacionais e internacionais para estimular o desenvolvimento de aptidões e o interesse pela área de exatas. “O Concurso Canguru de Matemática é de suma importância pedagógica e contribui para a evolução dos nossos alunos. Muitos desses jovens optarão por carreiras ligadas às ciências, exatas e tecnologia, cujas atuações contribuirão para o fortalecimento da indústria”, comenta.


O torneio, que conta com mais de 6 milhões de participantes por ano, avaliou participantes em 75 países, com idades entre 7 e 18 anos. O Concurso Canguru de Matemática surgiu na França e é administrada pela Associação Canguru sem Fronteiras.

Imprensa SESI PE

Divórcio Impositivo passa a valer em Pernambuco; saiba o que muda

O divórcio é um processo doloroso para muitos casais, principalmente, quando um dos cônjuges não aceita a separação e o fim da relação precisa ser discutida na justiça. Mas, em Pernambuco, uma nova forma de divórcio tem como objetivo acelerar o processo e garantir o direito ao divórcio, se trata do divórcio impositivo.

Essa nova norma que passou a valer em todo o território do Estado permite que, um cônjuge acompanhado com um advogado possa se dirigir ao cartório e requerer o divórcio, mesmo sem a anuência do outro cônjuge. A nova norma foi estabelecida através do provimento nº 06/2019.

A advogada Larissa Brito, explica que mesmo com essa nova possibilidade de solicitar o divórcio, o processo de divisão de bens tem que ser feito de forma separada.

“Com o divórcio impositivo o cônjuge poderá acompanhado de um advogado solicitar o divórcio, mesmo sem a concordância do outro cônjuge, só que esse processo que tem como objetivo simplificar não engloba a divisão de bens, caso seja necessário. Em relação aos bens, estes devem ser partilhados em ação própria e posterior ao divórcio impositivo”, explica Larissa.

Outro aspecto importante do divórcio impositivo que passa a vigorar em Pernambuco, é que os cônjuges não podem ter filhos menores ou incapazes.

Além disso, essa nova norma para o divórcio não invalida o divórcio judicial e o divórcio extrajudicial como aponta Larissa. “Quanto as outras duas formas de divórcio, judicial e extrajudicial, nada muda. O divórcio impositivo é mais uma forma que permite o divórcio, não anulando os outros dois procedimentos já existentes”, completa.

Como usar o fracasso na busca pelo sucesso

Todo mundo gosta de ouvir histórias de superação, mas o que nem todo mundo percebe é que todas elas começaram após um fracasso. Sofrer derrotas e conquistar vitórias faz parte de um processo natural. A falta de habilidade em lidar com as perdas pode estar fundamentada em diversas causas. Identificar os próprios sentimentos e lidar com as reações são passos indispensáveis para o início da superação. De modo geral, é preciso avaliar as falhas de comportamento e descobrir qual a razão de elas terem acontecido.


Em qualquer história de superação é importante ver o valor do aprendizado na derrota. O que diferencia pessoas bem sucedidas das outras é sua resposta às experiências que deram errado. Diante de um grande revés é possível aprender lições importantes e usar isso a seu favor. Se reinventar pode ser desafiador e motivador. Mas, para isso acontecer é preciso direcionar e explorar de forma correta a sua energia, foco e emoção.


“O processo do Coaching tem o intuito de aprimorar as habilidades, competências e oportunidades de melhoria individuais, com a finalidade de fortalece-lo como um todo”, diz a master coach e fundadora do Instituto Agir, Gedai Silton. Segundo ela, no Coaching não apenas o estado atual do indivíduo é trabalhado, mas tudo que o levou aonde está: os traumas, as crenças que limitam, as repetições de padrões paternos, entre outros. O coaching é um processo que tem por objetivo mudar os padrões negativos com a finalidade de transformar os resultados futuros.


Para tanto, Gedai lançou esse mês um programa de coaching feito em grupo, o Team Coaching. Com valores mais acessíveis, o Team Coaching segue a mesma metodologia do processo individual. Os conceitos e ferramentas aplicadas em grupo tem a finalidade de potencializar o processo de mudança a partir da troca de experiência, mantendo o conhecimento e as demandas de cada indivíduo. Os alvos desse programa são a carreira, as finanças e a vida, onde em todas as sessões, são trabalhadas a reprogramação do modo como se enxerga o mundo e as oportunidades que deixamos escapar. Durante o processo é trabalho o foco nas metas, a construção de uma agenda programada e a imersão no cenário atual.



Mais informações através do número (81) 99603-9291.

*Gedai Silton é Master Coach Integral Sistêmico, Analista de Perfil Comportamental e CEO Team Coaching Turbo

Esuda promove curso de Língua Brasileira de Sinais

Numa sociedade cada vez mais atenta a inclusão, cada dia se torna comum a busca por formas de se conviver harmoniosamente com os que têm necessidades especiais ou algum tipo de deficiência. No caso da surdes, por exemplo, já vemos muitas repartições, escolas e empresas se utilizado da Língua Brasileira de Sinais (Libras) para manter comunicação eficaz com os que não escutam.

É por meio de Libras que as pessoas portadoras de deficiência auditiva e de fala se comunicam entre si e com o restante da comunidade. Aprovada como meio legal de comunicação pela Lei 10.436, de 2002, a língua é o que permite que cerca de 9,7 milhões de brasileiros surdos (segundo Censo 2010 do IBGE) estejam cada vez mais inseridos na sociedade. Para isso, foi habilitada a profissão de intérprete e tradutor de Libras legalmente as pessoas que tiverem legalmente realizado cursos de educação profissional ou cursos de extensão universitárias, com exame de proficiência, para alcançar o título profissional.

Com objetivo de ampliar a divulgação da língua, a Faculdade Esuda promove curso de extensão com bacharel em letras Jefferson Pereira. As aulas acontecem aos sábados pela manhã, com 30 horas de carga horária. “É muito importante que todos sejamos capazes de nos comunicar. Através do estudo da Libras promovemos a inclusão social para tantas pessoas, que muitas vezes estão excluídas da sociedade”, explica o professor Jefferson.

SERVIÇO:

Curso de LIBRAS – Lingua Brasileira de Sinais

Investimento: R$ 120,00

Local: Faculdade Esuda – Boa Vista

Informações e inscrições: (81) 3412.4242

www.esuda.com.br/geia_cursos/inscricao/

MRV é eleita uma das empresas mais atraentes para estudantes

Mais de 21 mil universitários de todas as partes do país se inscreveram para participar do processo seletivo da última edição do programa de trainee da MRV. Um número bem expressivo que só reforça o que foi constatado pelo Rankings de Empregadores Mais Atraentes, desenvolvido pela consultoria internacional Universum. Na lista que aponta as 50 empresas mais lembradas pelos universitários, a maior construtora da América Latina está em segundo lugar, à frente do Google e Governo Federal. Nesta edição da pesquisa foram ouvidos 9.167 universitários de cursos de graduação da área de engenharia em 123 universidades do Brasil.


Segundo Junia Galvão, diretora executiva de administração da MRV, ser uma empresa desejada pelos futuros profissionais de engenharia como uma empresa para se construir uma carreira demostra o quanto a MRV está no caminho certo e que a junção de um trabalho ético, inovador e com foco nas pessoas é a receita certa para o sucesso. “A MRV vem investido maciçamente em soluções inovadoras para melhorar a qualidade de seus produtos, oferecer uma melhor experiência ao cliente e tornar mais eficiente o processo de construção de seus empreendimentos. Isso, aliado a nossas ações para melhoria da qualidade e bem-estar de nossos colaboradores, desperta o interesse dos estudantes”, conta a executiva.


Segundo Junia, outro ponto importante que aproxima a empresa destes estudantes é o projeto ‘Portas Abertas’, que tem o objetivo de oferecer aos alunos de ensino técnico e universitário a oportunidade de conhecer o dia a dia da companhia, os métodos construtivos, as inovações adotadas e os processos e gestão sustentável. “Em um ano da iniciativa mais de 2 mil estudantes de 37 cidades do Brasil já visitaram as obras de nossos empreendimentos. É a MRV compartilhando seus quase 40 anos de experiência”, fala a diretora.


As instituições de ensino interessadas podem solicitar a visita para uma das mais de 155 cidades em que a companhia tem obras por meio do site oficial do programa, no mrv.com.br/portasabertas.

#MinhaPesquisaMinhaBalbúrdia [3]

Ângelo Brás Fernandes Callou, professor da UFRPE:

Em 35 anos de vida acadêmica:
3500 alunos frequentaram minhas aulas de graduação e mestrado; ministrei 8400h de aula, publiquei 81 artigos em  livros e revistas. Conquistei um prêmio nacional com minha tese de doutorado. Tenho o maior orgulho de ser professor. Nunca falto aulas, pois, além de ser minha obrigação, é sempre um prazer estar com os alunos no meu dia a dia.
Pela universidade pública, gratuita e de qualidade!

Mancha na unha também pode ser sinal de câncer de pele

Um relato recente da Miss Illinois, Karolina Jasko, chamou atenção da população mundial após uma revelação pública viralizar nas redes sociais. O motivo seria a descoberta de uma mancha preta embaixo da sua unha que foi diagnosticada como um melanoma, tipo agressivo de câncer de pele. Segundo a modelo, o tumor seria decorrente da ampla exposição ao longo dos anos à luz UVA de um aparelho utilizado para secar a cola durante a fixação de unhas postiças.

De acordo com Sílvia Fontan, oncologista da Oncoclínica Recife, a radiação ultravioleta é um fator de risco que aumenta as chances de desenvolvimento de câncer de pele, mas ela lembra que isso só ocorre em casos raros e diante de uma exposição exagerada e constante. “É importante lembrar que nem todas as pessoas que fazem uso do alongamento de unha terão esse tipo de problema, mas vale salientar que é preciso estar atento a todos os sinais de alteração que possam sugerir mudanças na coloração das unhas, principalmente com sinais em forma de linha”, explica.

Sílvia Fontan conta que as manchas podem variar entre tons de marrom e cinza. “Muitas vezes pode ser apenas uma lesão benigna - como um hematoma ocasionado por um impacto ou ainda por uma infecção localizada -, mas que não deve ser desconsiderada em um possível diagnóstico de melanoma ou outro tipo de tumor de pele”, reforça a médica.

Os cânceres de pele são os mais incidentes no Brasil, representando cerca de 30% de todos os casos da doença – um número que chega a 180 mil novos casos por ano, segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer). O melanoma corresponde a 4% deste total, mas, apesar de ser um dos tipos de tumores que afetam o órgão com menor prevalência entre a população, é considerado o mais grave e com grande potencial metastático.

“É preciso buscar aconselhamento médico especializado principalmente quando a mancha surge repentinamente, sem algum acontecimento relacionado que justifique. Para comprovar se aquela alteração representa de fato um melanoma da unha, é necessário realizar a biópsia”, frisa a especialista.

Feito o diagnóstico da lesão cancerígena, é recomendável a ressecção cirúrgica da área. Considerando o tumor localizado entre a cutícula e a unha, o procedimento consiste na retirada de todo o tecido comprometido, podendo chegar até o osso. Em situações mais graves, pode ser necessária a amputação parcial ou completa do dedo.


Em casos de estágios mais avançados da doença, além da cirurgia, o tratamento pode envolver quimioterapia, radioterapia e/ou uso de terapia-alvo. Adicionalmente, diversos estudos apontam boas respostas de pessoas diagnosticadas com melanoma à chamada imunoterapia, medicação que estimula o sistema imunológico do paciente, fazendo com que o próprio sistema de defesa do organismo passe a reconhecer e combater as células “estranhas”.


“Os sintomas não devem ser ignorados, mesmo que não causem dor ou algum outro tipo de desconforto. O melanoma pode avançar para os nódulos linfáticos e levar ao surgimento de metástases no cérebro, fígado, ossos e pulmões. O diagnóstico precoce é fundamental para o combate ao câncer”, finaliza a oncologista.


Entenda o Melanoma e como identificar sintomas da doença

De acordo com Fontan, esse tipo de tumor surge por conta do crescimento anormal dos chamados melanócitos, células que produzem a melanina, dando cor e pigmentação à pele. “Pessoas de pele clara, cabelos claros e sardas são mais propensas a desenvolver o câncer de pele. A idade é um fator que também deve ser considerado, pois quanto mais tempo de exposição da pele ao sol, mais envelhecida ela fica. Evitar a exposição excessiva e constante aos raios solares sem a proteção adequada é a melhor medida – e isso vale desde a infância. Vale lembrar que, mesmo áreas não expostas diretamente ao sol e menos visíveis – como o couro cabeludo - podem apresentar manchas suspeitas”, diz.

O câncer de pele melanoma é, na maioria das vezes, agressivo. “São geralmente casos que iniciam com pintas ou manchas escuras na pele, novas ou de nascença, que passam a apresentar modificações ao longo do tempo. As alterações a serem avaliadas como suspeitas são o que qualificamos como ‘ABCD’- Assimetria, Bordas irregulares, Cor e Diâmetro”, explica a especialista.

É importante a avaliação frequente de um especialista (dermatologistas) para acompanhamento das lesões cutâneas. A análise da mudança nas características destas lesões é de extrema importância para um diagnóstico precoce. O dermatologista tem o papel de orientar uma proteção adequada.

#MinhaPesquisaMinhaBalbúrdia [2]

Depoimento de Alexandre Machado Marques, doutorando em Sociologia pela UFPE e mestre em Extensão Rural e Desenvolvimento Local pela UFRPE:



RESUMO BIOGRÁFICO:

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco - PPGS/UFPE. Mestre em Desenvolvimento Rural pelo Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural e Desenvolvimento Local da Universidade Federal Rural de Pernambuco - POSMEX/UFRPE. Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE. Possui experiência nas áreas de sociologia rural, cooperativismo e globalização da agricultura, tendo atuado principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento rural, territorialidades, dinâmica e diversidade da agricultura familiar, mercados agroalimentares, cooperativismo e associativismo, exclusão social, agroecologia e arranjos produtivos locais. Membro colaborador do grupo de pesquisa "Cooperativismo e dinâmicas territoriais", ligado ao Departamento de Educação da Universidade Federal Rural de Pernambuco - DE/UFRPE. Na área de ensino, tem experiência em nível superior no Instituto Brasileiro de Gestão em Marketing - IBGM, ministrando cadeiras de Didática e Política e Organização do Ensino. 

RESUMO DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO:

Esse trabalho analisa o caráter excludente das transformações econômicas que conduziram à consolidação do polo frutícola na região do Vale do São Francisco, dando particular destaque à distinção entre a noção de “polo produtivo dinâmico” da ideia de arranjos produtivos locais (APLs) para a explicação do funcionamento da complexa cadeia produtiva instalada na região. Como foram sedimentadas as bases econômicas para consolidação do polo frutícola do Vale do São Francisco? Como os atores sociais, empresas e organizações atuantes no Vale do São Francisco se inseriram na dinâmica produtiva local? O dinamismo produtivo e comercial do Vale do São Francisco pode ser identificado como um APL? Para responder a essas questões, foram entrevistados, em setembro de 2015, produtores e gestores de negócios no campo da fruticultura e técnicos de institutos de pesquisa da região. Não há evidências de quaisquer tipos de vínculos e ou parcerias entre empresas e organizações no sentido de desenvolver um trabalho cooperativo entre os diversos segmentos, como também não foram identificadas ações capazes de promover a inclusão de todos os segmentos de produtores no processo produtivo. Prevalece o individualismo e o isolamento entre os diversos atores, pondo em xeque a ideia que identifica a fruticultura da região como um arranjo produtivo local. A importância deste trabalho está em aprofundar as discussões sobre APL no contexto da complexa dinâmica produtiva de região frutícola voltada à exportação, identificando os limites dessa abordagem. 

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS E SIMPLÓRIAS SOBRE O PROJETO DE DOUTORADO EM CURSO:

O foco da pesquisa de doutorado está relacionado à adoção de dispositivos de qualidade (certificações e selos orgânicos, mais especificamente) como meio estratégico de imersão de pequenos produtores agrícolas no mercado frutícola do Vale do São Francisco. O estudo de caso analisará as dinâmicas produtivas e comerciais do Assentamento Mandacaru de Agricultura Familiar, situado na cidade de Petrolina/PE. Entre algumas das suposições iniciais da pesquisa, acredita-se que o uso daqueles dispositivos de qualidade, mesmo que sejam originalmente atributos técnicos de natureza convencional, alargam as possibilidades de inserção no mercado local por parte dos agricultores assentados, especialmente pelo fato dos mesmos estarem cada vez mais sintonizados à crescente demanda por alimentos naturais, orgânicos e agroecológicos a nível global. Esse fenômeno pode ser mais bem compreendido a partir do conceito de "virada de qualidade" dos produtos agroalimentares no mundo. Os escândalos associados à insegurança alimentar e ao descaso ambiental, sobretudo em relação ao uso de fertilizantes a agrotóxicos, têm influenciado sobremaneira as formas contemporâneas de produção, comercialização e consumo de alimentos no mundo. Na contramão do projeto convencional de modernização da agricultura, surgem novos atores, em sua maioria, ligados a movimentos sociais, interessados em conquistar o reconhecimento político-social das suas práticas tradicionais e modos de vida, garantindo, assim, a permanência e a valorização dos seus produtos no mercado alimentar. Nesse quesito, o uso de selos e certificados de qualidade apresenta-se como mecanismos de confiança e garantia de procedência alimentar (orgânica - para o caso dos assentados em questão). Deve-se salientar, contudo, que essas questões não estão apenas relacionadas aos âmbitos ambientais, ecológicos e econômicos, mas, sobretudo, às tendências culturais subjacentes à lógica do mercado contemporâneo. De maneira geral, esses fatores não apenas influenciam as mudanças estratégicas dos pequenos e médios agricultores que adotam os referenciais de qualidade para lograr mais competitividade no mercado, mas o próprio funcionamento do sistema capitalista de produção, visto que os produtos orgânicos estão sendo cada vez mais apropriados pelos "impérios alimentares". Essas campanhas estratégicas podem ser consideradas uma resposta do sistema dominante às novas configurações do mercado, demonstrando seu poder transformativo. Obviamente, a intenção parece a mesma: a garantia da permanência de suas empresas no mercado. Dentro de um escopo teórico mais generalista, isso sugere uma discussão sobre hibridização dos mercados agroalimentares, apontando para a superação da clássica dicotomia entre os sistemas convencionais e sistemas alternativos de produção (mundos aparentemente hostis). 

Alexandre Machado Marques 

Mestre em Extensão Rural e Desenvolvimento Local POSMEX/UFRPE

Doutorando em Sociologia PPGS/UFPE



#MinhaPesquisaMinhaBalbúrdia

Nesta quinta feira (30), o Brasil volta às ruas para defender a Educação. O blog convidou as pessoas para que contem suas histórias sobre pesquisa, ensino e extensão.  

Vamos nessa?

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