quarta-feira, 3 de maio de 2017

Os Embromation fazem temporada no Barreto Junior


"Os Embromation - Jogos de Improviso" fará uma temporada no Teatro Barreto Junior. O espetáculo de humor é fundamentado em Jogos de Improviso Teatral. No palco quatro atores, sendo dois fixos: Evilasio Andrade e Mauro Monezi. Os dois convidados da estreia serão os atores Múcio Eduardo, do grupo Magros Em Cena e Alexandre Guimarães, ator premiado com seu espetáculo O Açougueiro.


Além de outros jogadores como Pollyanna Monteiro do DIG - D'Improvizo Gang, Toninho Miranda do grupo Magros Em Cena e João Pimenta, comediante da Bahia.


O público deixa de ser apenas espectador e passa a ser também diretor e roteirista, ou seja, a plateia é convidada a traçar o caminho que os jogadores irão seguir em cena através dos jogos de improviso. E tudo isso ainda com música improvisada ao vivo com o músico Tibério Valença.


Os Embromation é um grupo de improviso e humor com 7 anos de existência e 6 temporadas de grande público nos teatros de Pernambuco. O grupo é formado pelos atores Evilasio de Andrade e Mauro Monezi, que decidiram montar o grupo e trabalhar mais a arte impro.


O espetáculo "Os Embromation - Jogos de Improviso", tem total colaboração da plateia, o público deixa de ser apenas espectador e passa a ser diretor e roteirista, ele decide o que os atores irão fazer na cena. Fazendo com que cada apresentação seja diferente da outra, totalmente divertida e inesperada.


Todos domingos de Maio
Teatro Barreto Junior
às 19h


Ingressos no dia:
R$20,00 meia
R$25,00 social + 1kg de alimento
R$40,00 inteira


Preço promocional através do site www.osembromation.com.br

Forró dos Cangaceiros

A segunda edição do projeto Forró dos Cangaceiros - aula espetáculo de Assisão e do Grupo de Xaxado Cabras de Lampião percorre as escolas estaduais pernambucanas neste mês e no mês de junho. A cidade escolhida para a estreia é Tuparetama, no sertão de PE. O evento acontece neste sábado (6), a partir das 20h, no Balaio Cultural, para a escola EREM Cônego Olímpio Tôrres.

Nesta edição, o cantor Assisão convidou o Grupo Cabras de Lampião para reforçar o projeto, que consiste em apresentações musicais e aulas sobre a cultura nordestina, como os ritmos xaxado, forró pé de serra, forró dos cangaceiros e forró autêntico. “O evento tem como objetivo reafirmar nossos valores fundamentados na identidade cultural sertaneja, sobretudo ao ciclo junino, tendo como ponto de partida a musicalidade e o ritmo da obra de Assisão, numa interação estética e inovadora com a poesia e a dança do Grupo de Xaxado Cabras de Lampião, resultando num espetáculo emocionante e de beleza singular”, revela Cleonice Maria, coreógrafa e diretora da aula espetáculo, além de presidente da Fundação Cultural Cabras de Lampião. O projeto conta na produção com 25 pessoas e é patrocinado pelo Governo e Secretaria de Cultura de PE, Fundarpe e Funcultura.

Serviço:

Projeto Forró dos Cangaceiros - aula espetáculo de Assisão e do Grupo de Xaxado Cabras de Lampião
Local: No Balaio Cultural, para a Escola EREM Cônego Olímpio Tôrres, na cidade de Tuparetama, no sertão pernambucano
Dia: Sábado (6)
Horário: 20h
Informações: (87) 3831-3860 (Museu do Cangaço) e (87) 99938-6035 (Cleonice Maria).
ROTEIRO DAS CIDADES

Dia 6 de maio
TUPARETAMA: No Balaio Cultural, para a Escola EREM Cônego Olímpio Tôrres. 20h.

Dia 22 de maio
CALUMBI: Escola de Referência em Ensino Médio Antônio Gomes de Lima. 10h.

Dia 29 de maio
CAMARAGIBE: Escola de Referência Tito Pereira de Oliveira. 10h.
VICÊNCIA: Escola Dr. Joaquim Correia. 16h.

Dia 30 de maio
ALIANÇA: Escola de Referência Joaquina Lira. 10h.
LIMOEIRO: No Galpão das Artes, para a Escola de Referência Dr. Sebastião de Vasconcelos Galvão. 20h.

Dia 1º de junho
CARNAÍBA: No Patamar da Igreja Santo Antônio, para a Escola de Referência no Ensino Médio Joaquim Mendes da Silva. 20h.

Dia 6 de junho
CUSTÓDIA: No EREM – Escola José Pereira Burgos. 10h.

ASSISÃO - Francisco de Assis Nogueira, Assisão, nasceu no dia 05 de maio de 1941, na Fazenda Escadinha, município de Serra Talhada/PE. Já aos 11 anos de idade, começou as suas atividades artísticas como compositor. Embora não tenha nenhuma formação em música, é exímio compositor, tendo sido chamado por Dominguinhos de “o maior sanfoneiro de boca do Nordeste”, tal sua versatilidade em compor sem ter conhecimento musical. Declara Assisão não saber ao certo como faz as músicas. “Quando menos espero, elas já estão prontas, saem naturalmente”. Possuidor de uma enorme sensibilidade, ele é capaz de saber antecipadamente quais as músicas que farão sucesso. O início de suas atividades profissionais como cantor começou com o lançamento de um compacto e atualmente já gravou vários discos. Seus maiores sucessos, no entanto, aconteceram nos anos de 1987, 1988 e 1989. No trabalho de 1987, foram vendidas cerca de 210 mil cópias. Em 1988, 180 mil cópias e em 1989, 190 mil. Somente nestes anos foram quase 600 mil cópias vendidas de seus trabalhos em todo país, o que o concedeu três “discos de ouro” consecutivos e o título de “Rei do Forró”. As músicas dele são tocadas em todas as regiões do Brasil. Das 600 canções autorais, 200 já foram gravadas por outros artistas.

GRUPO DE XAXADO CABRAS DE LAMPIÃO - É o maior divulgador desta dança e mantém a originalidade e autenticidade conforme criada pelos bandoleiros do sertão. Durante esses longos anos, eles têm se apresentado em mais de quinhentas cidades e feito participações em documentários, reportagens, entrevistas, séries de TV e produtoras de diversos países, como França, Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, Venezuela e Bélgica. É uma trupe de artistas sertanejos – exatamente da cidade que nasceu Virgulino Ferreira da Silva, o LAMPIÃO – que reproduzem no palco como os cangaceiros se divertiam nas caatingas, nos intervalos dos combates. O Grupo de Xaxado Cabras de Lampião trouxe os cangaceiros para frente das luzes e o cangaço se transformou num show de arte com uma nova e revolucionária imagem do Rei do Cangaço. É um espetáculo que conduz o expectador a um mergulho no mundo mágico e místico do sertão. Com músicas ao vivo – sanfona, triângulo e zabumba –, com um repertório do cangaço e de MPB, além de uma indumentária semelhante a dos cangaceiros, a saga de Lampião é mostrada de forma envolvente.

Bregalize

Quem estava ansioso por mais uma edição da festa Bregalize, pode ficar tranquilo. O agito já tem a data de sua próxima edição marcada e como de costume, acontece no Roof Tebas, a partir das 22h, no sábado, dia 13 de maio. A rainha do brega pernambucano Michele Melo (foto) e o Diamante Negro Sheldon Ferrer são algumas das atrações já confirmadas.

A Bregalize carrega no nome o desejo de “ legalizar “ e enaltecer o brega. Estilo musical que muitas vezes é desvalorizado e tem grande força nas periferias. A produção do evento revelou que esta edição será uma das mais especiais. Em comemoração a aprovação do projeto de lei que eleva o ritmo musical a categoria de expressão cultural de Pernambuco.

Os ingressos da BREGALIZE custam R$ 30 (primeiro lote) e estão disponíveis na Oficina Cabrón (Casa Forte), Redley (Shopping Recife), Colcci (Shopping Rio Mar) e site da Sympla: sympla.com.br/bregalize.

SERVIÇO:
Festa Bregalize
Sábado (13 de maio), a partir das 22h
No Roof Tebas – Rua da Concórdia, Número 943
Ingressos: R$ 30 (primeiro lote)
Informações: (81) 9 9748.8517

Produtores de Etanol do NE reiteram defesa da volta da taxa de importação

Os Produtores do Nordeste integrantes do Comitê Regional de Produção de Etanol reiteram o acerto do ministro da agricultura em defender a produção nacional, materializada com a urgência, no conteúdo da nota técnica do Mapa-Agricultura enviada à Camex. "Nós não almejamos impor nada, mas não negociamos nosso direito da Tarifa Externa Comum (TEC) do etanol variar de zero a 20%, dependendo das condições de mercado de oferta e demanda," afirma Renato Cunha presidente do Sindaçúcar de Pernambuco e vice presidente da FIEPE- Federação das Indústrias de PE.

De acordo com Renato Cunha, o Brasil não precisa de uma gota de álcool importado. Essas operações de importação visam a tão somente ganhos substanciais de arbitragem para os importadores, que geralmente são distribuidoras que estão se abastecendo, sem vantagem alguma para o consumidor, situação que preterem o etanol nacional ao importado na distribuição ao mercado. “É uma prática que só acarreta vergonha a um País que é grande produtor de etanol como o Brasil”, ressalta.

Não se pode desrespeitar a alternativa que Brasil oferece em se produzir cana de açúcar e etanol no Nordeste gerando-se mais de quatro empregos por mil toneladas de cama cultivada, em época de safra complementar ao Centro Sul. Só quem está se enchendo de margens e usando as reservas cambiais desnecessariamente é quem não se importa com um mínimo de proteção na produção do País. A prática dessa maléfica "festa" com o etanol importado, considerado não avançado pelos próprios norte-americanos, merece ser compreendida pelas autoridades do Brasil e pelo Parlamento na sua interlocução orçamentária, econômica e financeira com a Fazenda e a Receita.

Caravanas para a Feira da Beleza estão com inscrições abertas

Quem planeja adquirir produtos de beleza com preços mais acessíveis e ainda conhecer as últimas novidades lançadas no mercado de cosméticos já pode se inscrever para participar de uma das 38 caravanas para a Feira da Beleza do Nordeste – Hairnor 2017 que estão sendo organizadas em diversos municípios pernambucanos. A feira acontecerá de 3 a 5 de junho no Centro de Convenções de Pernambuco com cerca de 300 marcas expositoras e um público superior a 45 mil pessoas entre cabeleireiros, manicures, esteticistas, maquiadores e público em geral. O horário de funcionamento é de 12h às 20h.

Desde a sua primeira edição em 2010, a Hairnor recebe grupos e caravanas de Pernambuco e de vários estados do País. Segundo os organizadores, a caravana é a opção mais prática, segura e econômica de visitar a Feira. Isso porque é disponibilizada uma infraestrutura especial para recepcionar os grupos que chegam de ônibus ou vans. Entre as vantagens estão o acesso gratuito à feira e credenciamento antecipado, além de portões exclusivos de entrada e saída no pavilhão de exposições. O preço do ingresso para que não vai em Caravanas é de R$ 35,00, válido para os três dias.

Os municípios pernambucanos nos quais estão sendo organizadas caravanas são: Aliança, Amaraji, Araripina, Arcoverde, Barreiros, Bom Jardim, Bonito, Cabo de Sto Agostinho, Camaragibe, Camaragibe, Carpina, Caruaru, Condado, Garanhuns, Gravatá, Goiana, Jaboatão, João Alfredo, Limoeiro, Palmares, Paulista, Petrolina, Primavera, Salgueiro, Santa Cruz do Capibaribe, São Caetano, Serra Talhada, Vitória de Santo Antão. Veja os contatos do quadro.

Celpe capacita eletricistas de graça

Estão abertas as inscrições para a capacitação gratuita sobre ligação elétrica em baixa tensão que a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) vai oferecer a eletricistas autônomos e estudantes da área. Eletricistas, pedreiros, mestres de obras, técnicos ou mesmo balconistas de lojas de materiais de construção poderão participar da capacitação Aprendendo com a Celpe, que acontece na próxima sexta-feira (05.05), na Loja Ferreira Costa da Imbiribeira (ver serviço abaixo). Estão sendo disponibilizadas 80 vagas.

Os interessados podem se inscrever até o dia das aulas, no Clube do Profissional da Imbiribeira – localizado nas dependências da Loja Ferreira Costa (foto). É preciso apresentar Carteira de Identidade, CPF e comprovante de residência.

A programação será iniciada às 17h e tem previsão de três horas de duração. As aulas abordam temas como instalação do padrão de fornecimento de energia elétrica em baixa tensão, riscos elétricos e noções básicas de eletricidade.

Além de capacitar e esclarecer dúvidas, sobre como realizar instalação das caixas de medição da maneira correta e segura, o Aprendendo com a Celpe tem como objetivo reduzir as inconformidades nas instalações desses padrões, de maneira que as novas ligações de energia possam ser executadas pelos técnicos da concessionária na primeira visita à unidade consumidora. Na ocasião, também serão repassadas orientações sobre uso seguro e eficiente da energia e alertas sobre os riscos elétricos nas ruas e construções.

SERVIÇO: Aprendendo com a Celpe
Local : Loja Ferreira Costa
Data: Sexta-feira, 05 de maio
Horário : 17hs às 20hs
Endereço : Av. Mascarenhas de Morais, 2967, Imbiribeira
Fone: (81) 3338-8333

Imprensa Celpe

Salões de beleza da Zona Sul apresentam irregularidades

Dando continuidade às fiscalizações nos salões de beleza, o Procon-PE inspecionou, na última semana, alguns salões localizados na Zona Sul, assim como fez recentemente na Zona Norte do Recife. Dos três salões visitados no bairro de Boa Viagem, todos apresentaram irregularidades e foram autuados.

Durante as fiscalizações o Procon-PE encontrou produtos expostos para venda sem data de fabricação e validade; ausência de cartazes e placas informativas, além da ausência de placas informativas sobre a lei Estadual 13.738/09. O regulamento obriga que os salões deixem em local visível a seguinte expressão: “O formol é considerado cancerígeno pela Organização Mundial de Saúde”.

Um dado alarmante foi a quantidade de esmaltes vencidos, que estavam sendo usados por manicures e pedicures nos consumidores, e de produtos para cabelos, como cremes, reparadores de ponta. Alguns com a data vencida em 2014. O Procon-PE alerta que o consumidor deve ficar atento e pedir para ver a embalagem dos produtos antes de ser aplicado nas unhas e/ou cabelo.

Foram autuados: Edelson Cabelereiro; Dorinha Cabelereiros e Moacir Cabelereiros, todos em Boa Viagem.

Zona Norte – No mês de março a fiscalização aconteceu na Zona Norte do Recife e dos quatro salões visitados todos estavam com algum tipo de irregularidade. Foram autuados: Salão de Beleza Julianne Art of Hair, no Parnamirim; China Cabeleireiro, nos Aflitos; Salão de Beleza Depione e França, em Casa Forte; e Neto Cabeleireiro, no Parnamirim.

Imprensa Procon PE

Governo tem margem muito estreita em plenário para aprovar reforma da Previdência e pode estender cronograma

O governo já conta com pelo menos 23 votos na comissão especial da reforma da Previdência, mas pode estender o prazo para levar a proposta de emenda à Constituição ao plenário, já que ainda não tem uma margem de segurança para garantir a aprovação, disseram à Reuters fontes palacianas.

"O placar na comissão está razoável. No plenário vai assim que estiver pronto. Não é só levar com votos suficientes para aprovar, precisa ter uma margem de segurança. Até agora a margem está muito estreita", disse uma das fontes.

A conta feita pelo Planalto é que, das ausências durante a votação da reforma trabalhista, cerca de 20 deputados votariam com o governo, o que daria apenas 316 parlamentares, quando o mínimo para aprovação da PEC são 308 votos.

"Estamos ainda em um processo de convencimento. Pode entrar na pauta semana que vem, desde que haja condições", disse a fonte.

A previsão inicial de votar na primeira quinzena de maio era defendida pelo governo até duas semanas atrás. Agora, se fala em aprovar na Câmara até o final de maio.

A votação da reforma trabalhista confirmou para o Planalto que a base "ainda não está pronta".

Nesta terça, o governo começou a demitir indicados de parlamentares da base que foram votaram contra o governo. Cerca de 30 nomes foram afastados, a maioria de cargos médios.

Outros estão sendo mantidos enquanto o Planalto tenta reverter votos, e podem ficar como uma espécie de garantia até a votação da Previdência.

Deputados "retaliados" disseram à Reuters que a estratégia do Planalto é errada e pode prejudicar a votação da Previdência.

Agência Reuters

Morre ex deputado Maurílio Ferreira Lima

ex-deputado federal Maurílio Ferreira Lima morreu, na madrugada desta quarta-feira (3), no Hospital Português, na área central do Recife. Ele tinha 76 anos e estava internado desde o dia 20 de fevereiro deste ano por causa de uma infecção respiratória.

Os familiares informaram que o velório correrá na manhã desta quarta-feira, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife. A cremação está marcada para as 19h.

De acordo com a família, na sexta-feira da Semana Santa, Maurílio teve uma parada cardíaca. Por isso, teve que ser levado para Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Desde então, respirava com auxílio de aparelhos.

Ferreira Lima foi oficial e chefe de gabinete do ex-governador Miguel Arraes, procurador e exerceu vários mandatos de deputado estadual e federal pelo MDB e PMDB. Advogado e natural de Limoeiro, no Agreste pernambucano, ele deixa mulher, dois filhos e cinco netos.

Portal G1

Músico enfarta no palco em show de seus 70 anos. Ninguém percebe. E ele morre.

O guitarrista norte-americano Bruce Hampton sofreu um ataque cardíaco e colapsou em palco esta segunda-feira, durante um concerto em Atlanta, para celebrar o 70º aniversário. A banda não percebeu que algo sério se passava e continuou a tocar normalmente durante vários minutos.

O músico morreu horas depois no hospital de Crawford Long, em Atlanta, Estados Unidos.

"No princípio toda a gente pensou que ele estava brincando, mas ele estava a morrer enquanto a gente tocava", afirmou o fotógrafo Michael Weintrob, que trabalhou com Bruce no passado, citado pela Page Six, do New York Post.

Bruce era conhecido por ser muito energético em palco e no vídeo, gravado por um fã, vê-se que alguns membros da banda riam enquanto ele está deitado no chão. A banda continuou a tocar o tema Turn on Your Lovelight

O guitarrista completou 70 anos a 30 de abril. Tornou-se famoso nos anos 1960 e 1970 como líder da banda de rock Hampton Grease Band e a partir daí participou em vários projetos musicais de sucesso.

Em 2000, Bruce Hampton, cujo verdadeiro nome é Gustav Berglund III, adotou oficialmente o nome de Coronel Bruce Hampton, segundo o New York Times.

Diário de Notícias (Portugal)

Estado Islâmico assume autoria de atentado contra Otan em Cabul

O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu nesta quarta-feira (3) a autoria do atentado suicida com bomba, durante a passagem de um comboio da missão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão. O atentado ocorreu em área de alta segurança de Cabul e matou pelo menos nove pessoas, segundo informação de fóruns jihadistas à Agência Amaq, órgão de propaganda do Estado Islâmico.

Em comunicado, cuja autenticidade não pôde ser verificada, o grupo assegurou que "uma fonte de segurança disse à agência Amaq que um mártir do Estado Islâmico detonou carro-bomba contra um grupo de forças americanas, perto da Embaixada dos Estados Unidos (EUA) em Cabul". De acordo com a fonte, "pelo menos oito soldados americanos morreram na explosão e outros ficaram feridos".

Segundo confirmou o porta-voz da polícia de Cabul, Basir Mujahid, à Agência EFE, a explosão ocorreu às 7h45 (horário local, 0h55 de Brasília), no Distrito Policial 9, no centro da capital afegã, durante a passagem de comboio da Otan e "perto da Embaixada dos EUA".

Além disso, um porta-voz da missão da Otan no país, William K. Salvin, confirmou, em breve comunicado, que o comboio foi atacado por homem-bomba e que na ação ficaram feridos três de seus integrantes.

No entanto, de acordo com a Amaq, vários membros das forças de segurança afegãs morreram no ataque e pessoas ficaram feridas. Dois veículos blindados dos EUA foram destruídos.

Em outro ataque no mês passado, na área de maior segurança de Cabul, cinco civis morreram e três pessoas ficaram feridas quando um homem-bomba tentou detonar explosivos contra um veículo de funcionários do governo.

Agência Brasil

Senado já debate projeto de reforma trabalhista, agora PLC 38

O projeto da reforma trabalhista chegou a Senado e foi cadastrado nesta terça-feira (2) no sistema da casa, como Projeto de Lei da Câmara (PLC) 38/2017. A primeira sessão do plenário do mês de maio debateu a tramitação da proposta que desconstrói a Consolidação da Leis do Trabalho (CLT). Senadores da oposição ao governo Michel Temer usaram o microfone para defender que o PLC 38 passe obrigatoriamente pelas comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), o que os governistas tentarão evitar.

Antes, após reunião de líderes, o vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que comandou a sessão na ausência do presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE) – afastado por problemas de saúde –, disse que o projeto passará pelas comissões de Assuntos Sociais e de Assuntos Econômicos e será votado em plenário em 30 dias.

“No Senado, a percepção que a gente tem é de que o governo terá muitas dificuldades com o texto que veio da Câmara”, diz a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB). A parlamentar desmente a previsão do ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Pereira, que afirmou que a expectativa do governo é de que “a modernização” da legislação trabalhista passe com facilidade no Senado. “Eu tenho muita esperança que no Senado será até um pouco mais fácil a aprovação da reforma trabalhista, porque são menos cabeças, a oposição é menor”, disse.

“Não é verdade. Basta você ver que parte do próprio PMDB, a liderança do PMDB e um número significativo de parlamentares não está a favor desse texto. Um exemplo concreto é que, na bancada do meu estado (Amazonas), os três são contra”, afirmou Vanessa à RBA.

Omar Aziz (PSD-AM) discursou no Plenário na tarde de hoje e foi categórico. “Em muitos pontos não irei votar de jeito nenhum. Quero deixar claro (que) não irei contra a história do trabalhador”, declarou. O outro amazonense na casa é Eduardo Braga (PMDB).

Paulo Rocha (PT-PA) acredita que a mobilização do movimento sindical nos dias 28 de abril e 1° de maio e a perspectiva de outra greve geral possam catalisar o movimento contrário à reforma no Senado. “Essa reação do movimento sindical pode constranger (o apoio ao texto) e proporcionar que a gente conte com uma parte do PMDB, puxada pelo Renan, e articular uma razoável reação para impedir que se faça essa quebra de direitos.”

Dirigentes das centrais sindicais viajaram hoje a Brasília para se reunir com parlamentares contrários às reformas, entre eles Renan Calheiros. A reunião, prevista para hoje, deve ocorrer na tarde desta quarta-feira (3). No dia seguinte, as entidades sindicais se reúnem para começar a definir uma nova agenda de ações conjuntas com movimentos sociais – a exemplo da greve geral do último dia 28 e do 1º de Maio.

Na semana passada, Renan, líder do PMDB, disse que a reforma “só interessa à banca, ao sistema financeiro, rejeitada em peso e de cabo a rabo pela população”. Disse também que "a reforma é tão malfeita, que chega a constranger e a coagir a base do próprio governo. Por isso ela vai e volta, de recuo em recuo". Afirmou ainda que, como está, não passa no Senado.

Aliados de Temer se dizem "indignados" com a postura de Renan e ameaçam destituí-lo da liderança do partido. Romero Jucá (RR) chegou a dizer na sexta-feira (28) que "qualquer decisão sobre a liderança do partido no Senado cabe à bancada de senadores". "Aprovar a reforma trabalhista é uma necessidade imperiosa, é um ato de defesa do trabalhador, sobretudo o trabalhador que não está protegido pela CLT", disse Cássio Cunha Lima.

Comissões

A aposta inicial da oposição é ampliar a tramitação para a CCJ e a CDH. No primeiro discurso sobre o tema, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) defendeu que a importância do PLC 38 exige que passe pelas duas comissões, e não só pela CAE e CAS. Para ela, a CLT é mais do que uma legislação e se caracteriza como um código, assim como o Código Civil e outros.

Segundo a petista, o texto aprovado pela Câmara é repleto de “barbaridades” em questões relativas a direitos humanos, e por isso precisa tramitar pela comissão relativa ao tema. Ela citou a situação das mulheres no texto do governo, tais como a previsão de que a decisão sobre o local de trabalho das grávidas será do médico da empresa. “Ele vai decidir com os critérios do empregado ou do empregador?”, questionou.

Com apoio da oposição, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou requerimento para que o PLC 38 seja analisado CCJ e pela CDH. O pedido deve ser apreciado amanhã (3).

A bancada governista, comandada por Jucá, articula para que o projeto tramite apenas nas comissões “de mérito”, a CAE e a CAS. Eles querem evitar que, uma vez na CCJ, presidida pelo aliado de Renan Edison Lobão (PMDB-MA), o relator seja negativo ao andamento do texto governista.

Em discurso na tribuna, Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou que a reforma trabalhista de Temer está ancorada pelo modelo do sindicalismo liberal norte-americano. “O que se pretende com a reforma, sem sofisma, é enfraquecer financeiramente a estrutura sindical de um ponto de vista sócio-político. O segundo ponto é a proposta de prevalência do contratado sobre o legislado”, destacou.

Para o peemedebista, o agora PLC 38 “configura a intenção manifesta de liquidar com a proteção ao trabalhador”, com o enfraquecimento dos sindicatos. “O sindicato enfraquecido vai para a mesa de negociação com os representantes patronais para estabelecer um contrato de trabalho que pode simplesmente ignorar os mais desfavorecidos. Quem garante que um sindicato enfraquecido não vai ceder direitos dos trabalhadores na negociação?”, questionou Requião.

Rede Brasil Atual

Justiça Federal estipula fiança de R$ 52 milhões a Eike Batista

O empresário Eike Batista terá de pagar uma fiança no valor de R$ 52 milhões para ter direito a continuar em prisão domiciliar. A decisão foi anunciada hoje (2) pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Em sua decisão, Bretas relaciona o caso de Eike a de outro implicado na Operação Lava Jato, Flávio Godinho. Tido como braço direito do empresário, Godinho teve R$ 52 milhões em bens bloqueados. O juiz relata que na conta corrente de Eike havia pouco mais de R$ 158 mil, o que, na visão do magistrado, poderia significar ocultação de bens.

“Assim, entendo necessária a decretação de medida cautelar adicional e fixo para o acusado Eike Fuhrken Batista a fiança de R$ 52 milhões, a qual, ao lado das medidas cautelares anteriormente fixadas, substituirá a prisão preventiva inicial. Intime-se pessoalmente o acusado para efetuar, em cinco dias úteis, o recolhimento da fiança arbitrada, certo de que o descumprimento deste prazo, assim como de qualquer das medidas cautelares a que está submetido, acarretará o restabelecimento da prisão preventiva inicialmente decretada”, escreveu Bretas em sua decisão.

Eike está em prisão domiciliar desde a última sexta-feira (28), por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.

Agência Brasil

As terras são do Povo Gamela. E desde a colonização.




O deputado federal Zé Geraldo (PT-PA) recuperou e divulgou um ofício de autoria da Coroa Portuguesa, datado de 1784, que comprova a posse histórica das terras pelos indígenas da etnia Gamela – brutalmente atacados no domingo (30), por homens ligados ao agronegócio. “Foi a primeira sesmaria dada aos índios brasileiros, ou seja, os primeiros índios que tiveram a doação de uma sesmaria foram os Gamela no Maranhão.”

A fala de Zé Geraldo no Parlamento foi direcionada ao ministro da Justiça, Osmar Serraglio, que ao se pronunciar sobre o ataque que deixou ao menos 13 pessoas feridas, disse que “supostos índios” teriam sofrido o ataque no povoado de Bahias, no município de Viana. “Sobre a greve geral, que foi um dos maiores movimentos de protesto dos trabalhadores deste país, ele disse ter sido pífio. Agora, sobre o conflito entre índios e posseiros ele afirmou haver supostos índios. Eu acho que ele é um suposto ministro”, disse o petista.

“O que o Ministério da Justiça e o governo têm que fazer é mediar, arbitrar, cuidar desses conflitos, tem que demarcar as terras indígenas (…) Está aqui a prova, senhor ministro, se vossa excelência não sabia, está aqui a carta, um ofício de 1784. Dizer supostos índios é uma vergonha nacional”, completou o deputado, pedindo a criação de uma comissão externa do Parlamento “para se dirigir ao município e acompanhar isso de perto, dar nossa contribuição”.

O ofício apresentado veio de Portugal em 28 de outubro de 1784, endereçado ao governador do Maranhão na época, José Telles da Silva. “Também o secretário de Estado da Marinha e Ultramar, Martinho de Melo e Castro. Eles foram informados sobre a descida dos índios Gamela do sertão para a vizinhança da Vila de Viena, que naquele tempo era uma vila. Está aqui a carta escrita a próprio punho”, concluiu.

Rede Brasil Atual

Brasil negocia exportação de urânio metálico para Argentina

A Indústrias Nucleares do Brasil (INB), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) e o Centro Tecnológica da Marinha buscam, em parceria, produzir urânio metálico usado como combustível para reatores de pesquisa.

O presidente da INB, João Carlos Tupinambá, explicou que, em aproximadamente 30 dias, deve ser apresentar a primeira proposta de exportação de urânio metálico para a Argentina. “Estamos na fase de viabilidade técnica, antes do estudo econômico-financeiro. Em aproximadamente 30 dias daremos o pontapé inicial e aguardaremos o retorno da Argentina”, disse.

“Entrar nesse mercado significa rentabilizar os investimentos e esforços tecnológicos que o Brasil fez durante anos em pesquisa de enriquecimento de urânio, além de ser geopoliticamente importante para o País”.

A INB já fornece combustível nuclear para as usinas de Angra, na Costa Verde do estado do Rio, e exporta urânio enriquecido para a Argentina.

Tupinambá afirmou que o urânio metálico pode custar até 40 vezes mais que o urânio natural. O urânio é enriquecido por outros 11 países, além do Brasil. Argentina e Brasil são os únicos com essa tecnologia na América do Sul, o que traz vantagem sobre os demais competidores, segundo Tupinambá. “A logística de transporte de material nuclear é muito difícil, então estar no mesmo continente é uma ajuda fantástica”, disse ele.

Por causa da parceira, não será necessário investir em ampliação da estrutura já existente para as futuras exportações. Cada parceiro ficaria com uma etapa do processo: a INB ficaria com a primeira etapa, de enriquecimento do urânio até 4,99%, a Marinha assumiria a segunda etapa, de elevar o enriquecimento do urânio até 20%, e o Ipen utilizaria esse urânio para a fabricação do urânio metálico, na terceira e última etapa. O Ipen já fabrica urânio metálico para uso próprio de seu reator de pesquisa.

Urânio

Mineral radioativo, o urânio é usado comercialmente na geração de energia elétrica como combustível para os reatores nucleares de potência. Segundo a INB, o Brasil tem a sétima maior reserva geológica de urânio do mundo, o que permite o suprimento das necessidades domésticas no longo prazo e de excedente para exportação.

As reservas estão concentradas na Bahia, Ceará, Paraná e de Minas Gerais, com cerca de 309 mil toneladas de concentrado de urânio.

Caetité

A única mina de urânio em operação no Brasil é a Mina do Engenho, em Caetité (BA), com capacidade de produção estimada de 280 a 300 toneladas de concentrado de urânio ao ano. A autorização para a operação foi dada no ano passado, e está na fase inicial de retirada da primeira camada de solo do local, anterior a lavra, conhecida como decapeamento do minério.

Neste primeiro momento, cerca de 70 toneladas de urânio devem ser extraídas, mas a meta é que a licitação para a lavra ocorra no segundo semestre deste ano. “Essa atividade mineral é muito difícil e onerosa, cada passo exige licenciamento. Estamos fazendo um esforço enorme e temos tido sucesso para que esse contrato seja assinado ainda neste ano”, declarou.

Agência Brasil

Marchezan confirma atraso nos salários de servidores: ‘Isto é um fato, não é uma opção’

Nelson Marchezan Jr. (PSDB) confirmou para a Câmara de Vereadores de Porto Alegre, na noite desta terça-feira (02), que o pagamento dos salários de servidores municipais será atrasado. “Nós não estamos ameaçando atrasar salário. Isto é um fato. Fernanda, eu lamento, não é uma opção”, afirmou o prefeito se dirigindo à vereadora Fernanda Melchionna (PSOL), líder da oposição, que levantou a questão. “Vai atrasar o salário e se nós aprovarmos tudo na Câmara de Vereadores – tudo – talvez, a gente pague o salário atrasado. Porque atrasar vai. Se nós não aprovarmos alguma coisa aqui, nós não vamos pagar o salário. Esse é um fato que eu não posso mudar. Não fui eu que criei esse fato”.

Na quarta-feira da semana passada, Marchezan notificou servidores através de um comunicado que, a partir de maio, o Executivo municipal não teria caixa para pagar as despesas. A notícia foi divulgada pela assessoria da Prefeitura na última segunda-feira, feriado do Dia do Trabalhador. As medidas, às quais ele condicionou o pagamento dos salários à aprovação, foram apresentadas para votação “com urgência” na Câmara, no dia 26 de abril.

Para Cláudio Janta (SD), líder do governo na Câmara, eles têm votos suficientes para aprovar as medidas. “O Legislativo é uma casa consciente. Já conseguimos manter aqui quase todos os vetos do prefeito, acho que são projetos importantes para a cidade de Porto Alegre. Ou se aprova esses projetos ou as pessoas não recebem. Essa é a realidade”, afirmou.

Marchezan disse também que irá pedir a retirada de parte das gratificações aprovadas na gestão anterior e criticou o ex-prefeito José Fortunati (PDT) pela concessão de aumento aos servidores. “Não podia ter dado o aumento, foi dado o aumento, foi aprovado aqui gratificações. Não sei como os vereadores aprovaram, mas vocês aprovaram gratificações nesta Câmara que a Prefeitura já não tinha condições de pagar. Nós vamos encaminhar aqui a retirada de algumas gratificações”.

A fala de Marchezan, nesta terça, na Câmara, aconteceu durante uma audiência pública para responder ao Legislativo e à comunidade sobre o Prometa 2017/2020, plano de metas de seu governo. Por determinação de lei municipal, aprovada em 2015, todo novo prefeito ao assumir o governo deve apresentar as metas de administração em até 90 dias a partir da posse. O atual prefeito é o primeiro a ter que cumprir a lei. O programa de Marchezan possui 58 metas, divididas em três eixos – desenvolvimento social; infraestrutura, economia e desenvolvimento sustentável e gestão e finanças – e foi entregue no dia 30 de março na Câmara.

O programa de metas apresentado durante audiência – também prevista em lei – estipula desde redução de 35% nos furtos e roubos de veículos até a ampliação de 72% no número de casas com acesso a saneamento básico. O programa incluiu ainda 100% de atendimento das demandas de creches para crianças de 0 a 3 anos e 100% de conclusão das obras ainda pendentes da Copa do Mundo de 2014. As metas do governo tucano projetam também zerar o déficit do Tesouro Municipal, nos próximos quatro anos, e captar R$ 1 bilhão de recursos com a iniciativa privada para realização de obras e serviços.

Depois de dizer que a Prefeitura se encontra em “situação falimentar” – isto é, de quase falência – Marchezan afirmou que as metas dizem respeito a “compromissos de campanha” que seriam transformados em “qualidade de vida”. “Algumas são difíceis de serem atingidas, mas a maior vergonha não é não atingi-las, mas não colocá-las como compromisso de governo”, afirmou.

No entanto, em outros dois momentos, seus discurso pendeu para um lado mais realista. Marchezan ressaltou que “entregar” era “palavra mãe do governo”. Respondendo quanto às demandas do Orçamento Participativo, que ficaram pendentes de anos anteriores e que o governo se comprometeu a atender em troca de o OP suspender novas demandas, o prefeito declarou: “Nós não vamos fazer demagogia. Não vai concluir. A gente precisa sentar junto e ver o que se pode fazer, com toda a transparência”.

Orçamento Participativo

O Orçamento Participativo dominou as perguntas direcionadas a Marchezan e seu secretariado na audiência. Das 21 pessoas inscritas, entre as quais quatro vereadores, 11 eram delegados do OP. Em março, Marchezan anunciou a suspensão dos seminários que votam as demandas do Orçamento Participativo por dois anos, usando a crise como justificativa. O OP, criado na prefeitura de Olívio Dutra (PT) em 1989, é uma das primeiras experiências de ferramenta governamental para democracia participativa no mundo. Durante muito tempo, foi o que fez a capital gaúcha conhecida no exterior. Através de seminários realizados em vários pontos da cidade, cidadãos têm através dele a oportunidade de votar quais as demandas mais urgentes de serem atendidas com o orçamento do município.

Segundo Marchezan, seu governo não pretende acabar com o OP, mas sim suspendê-lo até que a crise seja enfrentada. “Vamos reorganizar as demandas, ver o que é possível, o que é viável, senão vai só alimentar sonhos e apenas sonhos sem realizações na prática. A gente vai se comprometer com aquilo que podemos fazer”, afirmou o tucano.

Os delegados do OP que estiveram na audiência pública, no entanto, cobraram posicionamento mais concreto da Prefeitura. A meta 50 do Prometa, por exemplo, fala em “ampliar a efetividade, a transparência, o debate e os canais de participação do cidadão garantindo o engajamento de 50 mil pessoas”, mas sem fazer referência ao OP.

“Vejo meta de 100% de conclusão das obras da Copa, mas não vejo nada sobre as demandas do OP. Como será feito o crescimento do engajamento sem ele?”, questionou Laura Carvalho, delegada do programa. Ela disse ainda que os delegados são “parceiros do governo”, “que cortaram na carne” ao aceitar a suspensão de novas demandas até que “limpasse” o passivo de ano anteriores. “Nós somos a participação popular, pode ser ínfima, mas mobilizamos a comunidade e damos a cara para bater”.

Outro delegado, Chiquinho, lembrou que o OP não está parado só pela suspensão das demandas. “OP não está parado, só entendemos que não deveríamos fazer demandas sem recursos para atender. Queremos objetivos e coisas mais específicas com as demandas do OP. Queremos saúde, educação, segurança pública. Nós fizemos nosso tema de casa”, disse ele cobrando o governo por sua parte.

Outra delegada, Liane Farias, representando as ilhas do Guaíba, também cobrou a falta de programas concretos para a região. “As ilhas não estão de costas, estão de frente para Porto Alegre. Os postos de saúde das ilhas, que já não funcionam direito, com enchentes ficam sem atendimento. Não temos nem assistente social para crianças e idosos, porque chegam de má vontade. A gente só é lembrado em tempo de enchente e eleição”, pontuou ela.

A vereadora Fernanda Melchionna também criticou a falta de prazos e meios concretos para cumprir as metas do programa do Executivo. “O Prometa assim é uma carta de intenções, porque não tem prazos, nem previsão orçamentária. (…) Mesmo metas tímidas dele não condizem com os atos dos primeiros 100 dias de governo”, criticou. Melchionna elencou o que, para ela, seriam contradições entre metas e ações do governo. Como a questão da meta 30, que fala em “oportunizar alternativas de emancipação a 100% da população em situação de rua no município de Porto Alegre”, enquanto a Fasc (Fundação de Assistência Social) vem sofrendo cortes e Centros Pop estão fechados. Ou a meta 33, que fala sobre a “regularização fundiária de duas mil moradias”, em uma cidade que, segundo ela, tem 70 mil irregulares. “São temas que mostram incoerência entre o Prometa e o que está sendo aplicado por sua administração”.

Em resposta às questões do OP, o prefeito apresentou uma iniciativa que vai implantar no governo e que, segundo ele, “seria novidade até para os secretários” que compunham a mesa. “Levar para os bairros, duas vezes por mês, a estrutura do governo [para debater OP e Prometa]. Desde que sejam bairros pobres e longe dos serviços públicos”, salientou.

Tônica em parcerias privadas

Outros pontos levantados durante a audiência, por questões colocados pelos inscritos, se referiam às pastas de Cultura, Educação, Saúde e a situação dos catadores. Antônio Matos, do Fórum das Unidades de Reciclagem, questionou não haver nenhuma previsão nas metas à atividade que conta com 600 trabalhadores em Porto Alegre e ajuda na triagem de duas toneladas de resíduos secos por mês na capital. “Passa a impressão que não existe limpeza urbana, com 58 metas de plano. É preocupante”, disse ele.

Um grupo de artistas protestava com a faixa #PrefeituraPagueACultura, lembrando pagamentos de contratos pendentes desde a gestão anterior e que ainda não foram cumpridos nos primeiros 120 dias de gestão Marchezan. Um deles, o ator Fábio Cunha, questionou a meta que determina que 15% dos espaços em espetáculos culturais da cidade sejam reservados para público de baixa renda, que teria acesso gratuito. Cunha questionava quem pagaria pelos lugares e se a despesa sairia do bolso dos artistas, já que plano não se refere a nada sobre isso. A classe defende a implementação da política de descentralização da cultura: ao invés de reservar lugares em teatros do centro, que a prefeitura reative teatros que estão sem uso e pague artistas para levarem gratuitamente seus espetáculos à periferia, em praças públicas.

Marchezan, porém, garantiu que os 15% reservados à gratuidade serão pagos pela iniciativa privada. “A prefeitura não quer ser casa de favores com dinheiro dos outros. O Estado vai buscar dinheiro para pagar, não vai sair do bolso dos artistas”.

As parcerias privadas, aliás, foram apontadas como tônica de como o governo pretende conduzir as políticas públicas daqui para frente. “Estamos buscando outras formas de financiamento, não do Tesouro, para conseguir atender essa demanda. Seja financiamento, seja recurso privado de todas as formas de PPP (Parceria Público Privada), de concessão, privatização, qualquer nome que tu quiser dar para alguém que venha e coloque dinheiro a favor do interesse público de Porto Alegre”, afirmou Marchezan, respondendo uma questão sobre obras no bairro Anchieta.

À delegada do OP que questionou sobre investimentos para as ilhas, por exemplo, o prefeito afirmou que a falta de políticas e investimentos na região era questão “ideológica”. “Colocaram ideologia acima do interesse público. O interesse ideológico e às vezes partidário, que levou as pessoas a viverem em uma situação inviável, enquanto outros milionários se instalavam ali”. Ele chegou a comparar a vida nas ilhas de Porto Alegre ao apartheid, regime institucionalizado de racismo que vigorou por 43 anos na África do Sul. “As ilhas são o maior símbolo de que a máquina pública não ajuda a melhorar a vida das pessoas. Ela muitas vezes só atrapalha”.

Portal Sul 21

SP: Dono do restaurante palestino Al Janiah é agredido em manifestação e acaba preso pela polícia



O empresário árabe Hasan Zarif, dono do restaurante Al Janiah, localizado na Bela Cintra, região da Avenida Paulista, foi detido na noite dessa terça-feira, 2, junto com outras cinco pessoas, após uma confusão com integrantes do grupo chamado Direita São Paulo, que percorria a Avenida Paulista gritando palavras de ordem contra a nova Lei de Migração.

Segundo o advogado de Hasan Zarif, Hugo Albuquerque, afirmou que seu cliente relatou que o grupo de manifestantes foram em seu encontro e iniciaram provocações, que terminaram em agressões mútuas. "Houve troca de ofensas e vias de fato", afirmou.

Cerca de 50 pessoas foram ao 78.º Distrito Policial (Jardins) aguardar a soltura do imigrante e de seus colegas. Quatro equipes do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra) foram chamadas para também permanecer na porta do distrito, mas até 2 horas não havia registro de novos tumultos.

No Facebook, o grupo Direita São Paulo postou textos e fotos afirmando que haviam sido atacados por "terroristas". Nos relatos, a página afirma que uma bomba caseira foi lançada. Os manifestantes gritavam palavras para exaltar a PM e dizendo "comunista tem que morrer".

A prisão foi repercutida pelo cientista político Luís Felipe Miguel, professor da UnB. Em sua página no Facebook, Miguel disse que o Estado atua protegendo "milícias" em vez de suas vítimas. "Ontem à noite, um grupo de bolsonarianos foi agredir os funcionários e frequentadores do restaurante e centro cultural Al Janiah, de São Paulo, conhecido por abrigar refugiados palestinos. A polícia foi acionada. Chegando ao local, prendeu o dono do restaurante e alguns dos fregueses. Até a madrugada, Hasan Zarif e os outros eram mantidos incomunicáveis. O Estado protegendo milícias em vez de suas vítimas - esse é um dos traços do fascismo", escreveu Luis Miguel.

Portal Brasil 247

CPI da Previdência inicia trabalhos no Senado com aprovação de 104 requerimentos


Entre pedidos de informação a órgãos federais e convites para participação de autoridades e especialistas em audiências públicas, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência do Senado aprovou 104 requerimentos, em seu primeiro dia efetivo de trabalho.

A votação foi feita em bloco e a maioria esmagadora dos pedidos aprovados pedem audiências públicas. Entre os nomes que serão convidados a participar estão, por exemplo, os dos ministros Henrique Meirelles, da Fazenda; Eliseu Padilha, da Casa Civil; Dyogo Oliveira, do Planejamento; Marcelo Caetano, secretário de previdência do Ministério da Fazenda; além do presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Leornardo Gadelha; do presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Ernesto Lozardo e de presidentes de Centrais Sindicais.

Primeiros Passos

A CPI ainda não fechou um cronograma de trabalho, mas as primeiras audiências públicas já foram marcadas. Amanhã (3), às 14h, os senadores vão ouvir representantes do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindfisco Nacional) e da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip).

Na próxima segunda-feira (8), será a vez dos parlamentares ouvirem especialistas na área previdenciária. São professores de universidades federais além de representantes do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Histórico

A CPI da Previdência foi instalada na última quarta-feira (26) com objetivo de investigar eventuais desvios na Previdência Social. Presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), autor do requerimento para criação da comissão, o colegiado, terá na vice-presidência o senador Telmário Mota (PTB-RR) e na relatoria o senador Hélio José (PMDB-DF).

A comissão tem sete senadores titulares e cinco suplentes e deverá encerrar os trabalhos em um prazo de quatro meses. O prazo pode ser prorrogado por mais 60 dias, caso o plenário do Senado aprove a prorrogação.

Agência Brasil