sábado, 30 de janeiro de 2021

#VcNoBlog Matemática da Vida, por Thyana Galvão

 

Você já pensou a vida matematicamente? Isso mesmo! Pensar sua vida como um cálculo matemático. A vida como uma equação matemática. 

Eu já pensei. 

Sempre gostei de imaginar a vida como uma equação matemática. Depois achava engraçado ter pensado a vida assim e ria bastante (sozinha) dessa façanha. Na verdade, eu gargalhava, pois minha ideia de pensar a vida matematicamente era para trazer mais “facilidade” pra ela! 

Matemática é um bicho de sete cabeças pra muita gente, mas eu nunca a vi assim. Pensar a vida como uma equação era uma tentativa tola de torná-la mais exata! 

Você pode pensar que não há relação entre a vida e a matemática. Eu sei que a vida é um conceito muito amplo e admite diversas definições. Talvez, justamente por isso, pensava na sua relação com a matemática. 

Li uma vez um texto que comparava a vida com as quatro operações matemáticas. Achei fascinante. Era mais ou menos assim: “Na vida, você só aprende a multiplicar quando aprende a dividir, só consegue ganhar quando aprende a perder, só consegue receber quando aprende a se doar”. 

Na escola, nos ensinam que “a matemática é a ciência que estuda, por método dedutivo, seres abstratos (números, figuras, funções) e as relações existentes entre eles”. 

Minha filha de 9 anos explica matemática como “disciplina que trabalha com quatro operações (adição, subtração, multiplicação e divisão) para chegar a resultados lógicos”. 

E a vida? Assim como na frase que li há alguns anos, ela também trabalha com quatro operações, mas que envolve um só resultado: o de aprender a viver! 

Séculos atrás, Pitágoras já dizia: “Os números governam o mundo”. Essa afirmação nos faz perceber que a Matemática está presente nas mais diversas situações da nossa vida. Ao longo dos anos, o homem vem usando a Matemática como ferramenta para facilitar a organização e a estruturação de processos que vão desde o ato medíocre de contar ovelhas ao ato de mensurar o diâmetro do planeta Terra. 

Na minha vida acadêmica, aprendi que, na Matemática, para que um argumento seja verdadeiro, ele deve apresentar um modelo matemático que o oriente. Esse argumento será defendido ou contestado por meio de axiomas (verdades absolutas), teoremas, hipóteses, teses e deduções. Bom, aqui ela começa a diferir da vida... pois cada pessoa ousa apresentar seu modelo (julgando sê-lo único e incontestável) e não há condições de chegarmos a uma verdade absoluta. 

Há alguns meses, venho passando por uma doença que me levou a repensar a matemática da vida. Me fiz alguns questionamentos e usei de memória para respondê-los. Repasso as perguntas a você que me lê agora: até o presente momento, você contabiliza mais ganhos ou perdas em sua vida? Se sua vida fosse uma equação matemática, que resultado numérico você teria até agora? Um número positivo ou negativo? 

Quais acontecimentos da sua vida levam você a pensar em um número positivo e quais fazem crer no negativo? Na matemática da vida, a gente escolhe se nossos números diários são positivos ou negativos. Já parou para pensar que todo dia temos a oportunidade de recomeçar? Todas as manhãs, ao abrirmos os olhos, escolhemos nossos números diários: ter mais um dia de vida que posso escolher viver com mais empatia, felicidade, respeito, etc. 

Na matemática da minha vida, eu sempre ganhei pessoas! Como presentes. E sempre amei ver esses presentes juntos. Interagindo. Já viu o que ocorre quando juntamos presentes? Eles se multiplicam! Assim ocorre com as pessoas de minha vida quando as aglomero! São muitas histórias para ouvir, muitos ensinamentos para aprender. Chego a pensar que uma vida apenas não vai dar conta de TANTO. 

Mas a matemática na minha vida também me surpreende. Nem sempre ela é exata. 

Há alguns meses, a matemática da vida me apresentou um novo número. Recebi e abracei. Optei por não o potencializar. 

Na matemática da minha vida, o diagnóstico de câncer é um número positivo. Alguns, certamente, me considerarão louca. A princípio, até eu me achei louca ao chegar nessa conclusão! 

Vou tentar explicar... 

Na matemática da minha vida, o câncer de mama veio para somar. Essa afirmação me deixa vulnerável ao questionamento: como você pode ganhar com o câncer de mama se ele te fez perder dois seios?

 Amputei minhas mamas, mas ganhei TANTO MAIS. 

Recuperei pessoas de meu passado que não tinha contato há anos, como minha fisioterapeuta, amiga dos tempos de faculdade. Ganhei uma mastologista para chamar de minha. Recebi mais amor, cuidado e respeito de meus familiares, amigos, alunos. A doença que me levou as mamas, trouxe-me um companheiro que é abrigo e força. 

O câncer de mama também me trouxe cicatrizes que chamo, carinhosamente, de vitórias. Não as observo com raiva, vergonha ou tristeza. Elas são troféus de uma vida que vem sendo matematicamente bem equacionada e (humanamente) bem vivida. 

O câncer de mama me traz dores físicas... Por vezes, eu choro! Nesses momentos, em que o cálculo parece que vai dar negativo, inexplicavelmente, me vem uma força imensa que me faz respirar e prosseguir acreditando que tudo dará certo. Andei lendo que essa força se chama FÉ. “A fé acompanha absoluta abstinência de dúvida”. 

O câncer de mama me trouxe um olhar mais doce para a vida. Para alguns, este fato também pode ser impressionante: como uma doença cruel pode despertar docilidade? Chamo de ESPERANÇA. “A Esperança é uma crença emocional na possibilidade de resultados positivos relacionados com eventos e circunstância da vida pessoal”. 

Aguçar a visão para o lado doce da vida, mesmo quando enfrentamos dor e medo, exige perseverança, ou seja, é preciso acreditar que algo é possível mesmo quando há indicações do contrário. Positivei um número que tinha tudo para ser negativo. 

Descobrir e vivenciar um câncer no momento em que o mundo passa por uma pandemia poderia ser ainda mais negativo nessa minha matemática da vida com menos passeios, menos encontros, menos abraços... 

Contudo, optei por enxergar mais brilho nos olhos dos que me cuidavam, ouvir mais amigos em ligações telefônicas mais demoradas, ler e enviar mais mensagens de Whatsapp amorosas, fazer mais facetimes descontraídos... e, assim, a matemática da vida de uma recém-mastectomizada vai se positivando diante de uma doença dolorosa. 

O câncer de mama me fez consumir mais digitalmente. Me trouxe mais seguidores. Me levou a buscar mulheres semelhantes na dor de perder um pedaço importante do corpo. 

Constatei que somos muitas. 

Guerreiras que vivenciam o câncer de mama. Muitas histórias: em meio à perda do(s) seio(s), relatos de superação, dosados com lágrimas, sofrimento, luta e muita vontade de continuar somando nessa vida. Não como um mero número, mas como alguém que é grande e quer continuar escrevendo sua história. 

O diagnóstico do câncer de mama me mostrou que a matemática da vida não é uma ciência exata e que as (mal traçadas) linhas dessa equação podem não ser retas, curvas ou mistas. Elas podem nem ter continuidade. 

A mastectomia me mostrou que a matemática da vida é única de cada ser. Contudo, não podemos esquecer: nesse cálculo da vida, perder pode ser GANHAR! Afinal, na matemática da vida, os números pouco importam e a ordem numérica dos fatores não altera o resultado, pois o que realmente importa na vida é fazer diferença em todas as operações que realizarmos!

Thyana Galvão é arquiteta, professora universitária e sensível.

Bezerros é a única cidade selecionada pelo Projeto Comunitas

 

A organização da sociedade civil Comunitas, que tem como objetivo garantir uma “gestão pública cada vez mais eficiente”, a partir de um pacto coletivo entre os setores sociais para o desenvolvimento sustentável do Brasil, vem acompanhando e oferecendo, desde novembro de 2020, conhecimento gratuito para dezenas de novos prefeitos e prefeitas brasileiros, por meio da Jornada Desafios dos Futuros Prefeitos (transição governamental, 100 primeiros dias e planos de metas).

Na primeira etapa, foram selecionados mais de 50 prefeitos(as) eleitos(as) em 2020 que demonstraram espírito público de transformação e liderança no engajamento de políticas públicas. Em seguida, a Comunitas selecionou os 12 prefeitos e prefeitas mais engajados nas primeiras fases da jornada para receber, durante três meses, conteúdos teóricos e mentorias coletivas e individuais.

A proposta é que, além das mentorias, os municípios selecionados recebam diagnósticos personalizados das áreas mais críticas como finanças, educação, saúde e desenvolvimento socioeconômico; uma Agenda 100 que define as prioridades dos 100 primeiros dias de mandato; e um Plano de Metas elaborado que transforme promessas de campanha em metas alcançáveis.

O processo seletivo dos gestores e gestoras municipais seguiu critérios previamente estabelecidos como participação e engajamento na primeira fase da jornada, perfil da liderança, pluralidade partidária e diversidade territorial. Confira a lista dos(as) prefeitos(as) selecionados(as):

Diego Krentz, Ibiraçu (ES)


Dinair Veloso, Timon (MA)


Francineti Carvalho, Abaetetuba (PA)


Kayo Amado, São Vicente (SP)


Cleinils Rodrigues da Silva, Gravatal (SC)


Renata Sene, Francisco Morato (SP)


Luciano Vidal, Paraty (RJ)


Pétala do Convivier, Caçapava (SP)


Lucielle Laurentino, Bezerros (PE) - Foto


Paula Lemos, Barretos (SP)


Luiz Paulo, Curvelo (MG)


Eliene Liberato, Cáceres (MT)




LIDERANÇA BEZERRENSE

Dentre os gestores e gestoras dos 184 municípios pernambucanos, Lucielle Laurentino foi a única prefeita do estado selecionada no processo, que conta apenas com três representantes da Região Nordeste. A jovem bezerrense é Mestre em Engenharia Florestal pela Universidad de Valladolid, na Espanha, professora de geografia (UFPE), líder RenovaBR, Fundação Lemann e RAPS.

Nascida em Serra Negra, na zona rural de Bezerros, filha de agricultores e ex-aluna das Escolas de Tempo Integral do estado, Lucielle se tornou um exemplo de superação e sucesso para milhares de pessoas. Vale lembrar que a jovem democrata se revelou a grande surpresa do pleito eleitoral em 2020, quando conquistou o processo majoritário com mais de cinco mil votos de frente em relação ao segundo colocado.

JORNADA DESAFIOS DOS FUTUROS PREFEITOS

A Jornada Desafios dos Futuros Prefeitos é uma iniciativa liderada pela Comunitas, organização que fomenta e fortalece um pacto coletivo entre setores para o desenvolvimento sustentável do país, é formada por um conjunto de ações que visam apoiar os novos gestores a enfrentar os desafios de assumir as prefeituras no contexto atual de crise sanitária e econômica.

O projeto disponibiliza, de forma gratuita, o apoio de técnicos e especialistas de alto nível, além da transferência de conteúdo por meio de trilhas de conhecimento aberto, conferências virtuais, mentorias individuais e coletivas, e do oferecimento de ferramentas de gestão.

A participação na jornada tornou-se critério principal para que o município possa fazer parte da rede da Comunitas, tendo apoio direto da governança compartilhada liderada pela organização, formada por lideranças empresariais, governadores, prefeitos e secretários.

lmprensa Bezerros PE

Oftalmologista orienta como usar lentes de contato com segurança em época de pandemia

 

No “novo normal”, em que as atividades demandam uma série de medidas para evitar o contágio com a Covid-19, quem usa lentes de contato deve seguir algumas recomendações. “Neste período de pandemia, é necessário que o paciente mantenha uma boa rotina de higienização, que inclui lavar as mãos com sabonete neutro ou antibacteriano e secá-las bem antes de tocar as lentes”, orienta a oftalmologista Alzira Lins, especialista em lentes de contato e cofundadora do Instituto de Olhos do Recife (IOR).

                De acordo com a médica, os usuários de lentes de contato estão mais predispostos a desenvolver quadros inflamatórios e alérgicos, o que pode ser um transtorno nesta época de pandemia. Por isso, todo cuidado é pouco. Confira alguns lembretes importantes da oftalmologista para manter a saúde dos seus olhos em dia e evitar contágio através das lentes de contato:

 

- Comece a higiene sempre pelo mesmo olho para evitar trocas, pois cada olho tem sua própria prescrição

- Se usar lentes de troca programada, deve limpá-las imediatamente após sua remoção

- Se as lentes forem descartáveis, de troca diária, deve jogá-las no lixo assim que as retirar dos olhos

- Siga as orientações indicadas pelo seu oftalmologista para desinfectar corretamente as lentes

- Nunca use água da torneira para limpar as lentes de contato ou o estojo

-  Siga as instruções de uso da solução para desinfectar as lentes ou as recomendações do seu oftalmologista para realizar essa tarefa

- Lave o estojo semanalmente e troque-o por um novo a cada três a quatro meses

- Mantenha limpo o local onde você manuseia as lentes

- Não durma com as lentes de contato

- Evite usar as lentes de contato na praia

- Nunca entre na piscina ou no mar com lentes de contato

- Utilize colírios lubrificantes no horário e período indicados pelo seu oftalmologista

 

                A doutora Alzira lembra ainda que os usuários de lentes de contato devem fazer revisões periódicas, de acordo com os prazos orientados pelo seu oftalmologista.

 

Serviço:

 

Dra. Alzira Lins

Oftalmologista especializada em Lentes de Contato

Instituto de Olhos do Recife

(81) 2122-5000

www.ior.com.br

Primeiro filme de terror de Pernambuco está disponível na internet

 

“Onde posso assistir ao Recife Assombrado?” A pergunta mais feita desde que ofilme saiu de cartaz da sua temporada de quase quatro meses nos cinemas pernambucanos finalmente pode ser respondida. A obra, que agora faz parte da programação do Canal Brasil, está disponível para aluguel nas plataformas VivoPlay e Now. “Este é um grande passo para que nossa cultura seja disseminada, afinal, somos a cidade mais assombrada do país”, pontua o diretor, Adriano Portela.

O produtor executivo, Ulisses Brandão (Viu Cine), conta que em breve o filme também vai entrar na programação oficial do Canal Brasil. “Acredito que o público vá se identificar com a nossa obra. Aqui no estado, mesmo com a dificuldade financeira, conseguimos entrar em quase todas as salas de cinema de shoppings, disputando plateia com filmes internacionais e o resultado foi muito positivo.Fizemos quase dez mil espectadores”, afirma o produtor.    

Recife Assombrado, que estreou em novembro de 2019, conta a história de Hermano (Daniel Rocha), que, diante do desaparecimento misterioso do irmão Vinícius (Pedro Malta), volta ao Recife depois de 20 anos. Neste processo, ele enfrenta problemas vinculados ao passado da família e descobre uma cidade que, ao anoitecer, fica assustadora. Em meio à busca pelo irmão, Hermano se depara com episódios esquisitos, nos quais surgem assombrações famosas do anedotário recifense.

“Temos como referência os livros de Gilberto  Freyre e de Roberto Beltrão. Mas, precisávamos documentar esta história também no cinema. Fizemos uma pesquisa e percebemos que o público de Pernambuco tem interesse por suspense e, no entanto, temos pouca produção deste gênero por aqui”, analisa Adriano Portela.

O elenco é formado por Daniel Rocha, protagonista da obra com passagens em novelas da Rede Globo, como Avenida Brasil; Pedro Malta, ator com passagem também na Rede Globo (Coração do Estudante) e TV Record (A prova do amor); Marcio Fecher, pernambucano que atuou na série de terror Supermax, da Rede Globo; Raísa Batista, com atuação no cinema com S.O.S Mulheres ao Mar 1 e 2 e na televisão com Verdades Secretas; Rayza Alcântara, pernambucana que estreou na TV vivendo Isabela, na novela Velho Chico, da Rede Globo, e Germano Haiut, veterano do cinema com brilhante atuação no filme O ano em que meus pais saíram de férias.

Comunicadores locais fazem participação especial no longa, como o apresentador da TV Jornal/SBT e Rádio Jornal Ciro Bezerra, a humorista Vanessa Porto e o repórter da TV Clube/Record Jota Júnior.

O roteiro é de Ulisses Brandão, jornalista pernambucano premiado por trabalhos como "Gonzagão” (Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo – 2012), e Bruno Antônio, roteirista da Viu Cine e criador do canal de terror no Youtube Segredos Malditos, em parceria com André Balaio e Roberto Beltrão, do site O Recife Assombrado, trabalho de grande relevância para a origem deste filme.

Recife Assombrado é uma produção da Viu Cine, produtora pernambucana especializada em animação e que tem Recife Assombrado como o seu primeiro longa-metragem de ficção. O filme é financiado pela Ancine (uma das três produções contempladas pelo edital no Nordeste), por meio do Banco Regional do Extremo Sul, com apoio da Prefeitura do Recife. A distribuição é da Elo Company.

RECIFE ASSOMBRADO – O FILME
Direção: Adriano Portela
Roteiro: Ulisses Brandão e Bruno Antônio, com colaboração de André Balaio e Roberto Beltrão
Produtores-executivos: Ulisses Brandão e Gustavo Correia
Fotografia: Oto Cartaxo e Marcos França

ADRIANO PORTELA, diretor de Recife Assombrado – o filme.
Jornalista, diretor de cinema, roteirista e diretor de oito curtas, vários deles premiados em festivais de cinema, com destaque para Prenúncio, único curta do nordeste selecionado para mostra de cinema Fantástico (CineFantasy) de SP, e Reverso, primeiro lugar no festival Agora Curta, da Rede Globo Nordeste. Portela também é autor do romance "A última volta do ponteiro", contemplado no prêmio internacional José de Alencar, pela UBE/RJ. É coordenador da pós em Escrita Criativa da Unicap/PUCRS e diretor da escola social Cobogó das Artes.Ele também é doutorando e mestre em Teoria da Literatura pela UFPE, onde defendeu a obra de Osman Lins adaptada para a TV.
LINKS:

Live cultural do projeto Noite dos Mestres do Apito exibe shows de Anderson Miguel e Zé Joaquim

 

A valorização à cultura pernambucana continua em destaque na segunda edição do projeto Noite dos Mestres do Apito. Desta vez o destaque é para o encontro de dois importantes poetas e mestres de maracatus da região: Anderson Miguel (foto) e Zé Joaquim. A participação das duas gerações de artistas, frutos da arte, memória e tradição da Mata Norte, acontece dentro da penúltima programação do projeto. Por conta da pandemia da covid-19, os shows dos artistas serão transmitidos pelo Facebook, Youtube, e no blog Giro Mata Norte, dia 30, a partir das 19h.

O show de abertura será comandado pelo mestre Anderson Miguel, do Maracatu Rural Águia Misteriosa de Nazaré da Mata, que traz ao palco virtual, uma noite de canto e poesias, com versos de improviso. Logo em seguida, será a vez do mestre Zé Joaquim 68, do Maracatu Pavão Dourado, de Tracunhaém, com seu apito, chapéu, camisa estampa e uma bengala na mão, soltar sua voz e emocionar a todos.

A transmissão dos shows, dos dois dos preferidos poetas entre os apreciadores de maracatu, deve durar cerca de duas horas. O clima de riso, alegria e diversão ficará por conta do animador de festas e apresentador cultural, Valmir Severino João, que faz o papel da Catita Daiana.

A coordenação e produção cultural da Noite dos Mestres do Apito é assinada por Cilda Trindade. O projeto conta com o incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura PE), e apoio do Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Cultura e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco - Fundarpe. A iniciativa conta, ainda, com a parceria da Prefeitura de Nazaré da Mata, Sociedade Musical Euterpina Juvenil Nazarena (Capa Bode) e portal de notícias, Giro Mata Norte.

Iniciado em novembro de 2020, o projeto Noite dos Mestres do Apito, que já promoveu três lives culturais, se despede do público em fevereiro. Na ocasião, o anfitrião da noite será o Maracatu Estrela Brilhante de Nazaré da Mata.

Currículo cultural dos artistas

Zé Joaquim, de 68 anos, entrou para vida da cultura popular em meados de 1982, como admirador dos eventos culturais na cidade de Nazaré da Mata e região. Já em 1987, cinco anos depois, ocupou a diretoria do Maracatu Leão Formoso, também na mesma cidade. Função que ocupou até o ano de 2003. Logo depois, viu, dentro da brincadeira, a oportunidade de ser contra mestre de maracatu. Papel que ele desempenhou ao lado de um outro importante artista da cultura popular: o Mestre de maracatu João Paulo, considerado um dos ícones da geração de cantores de versos e poesias de improviso, e do primo, Barachinha.

Em 2006, deixou de lado o ofício de contra mestre e fez estreia como grande voz oficial do Maracatu Pavão Dourado de Tracunhaém. Nestes 15 anos dedicado à arte de cantar e encantar seus versos, Mestre Zé Joaquim participou de sambadas, encontros de mestres, rodas de mestres, ensaios, gravação de CD’s. Destaque para sua participação no elenco do Filme Azougue Nazaré, um longa-metragem, dirigido por Tiago Melo, que retrata, na película do cinema pernambucano, uma atmosfera de mistério em torno do maracatu rural.

Além disso, ele também teve outras importantes conquistas. Entre elas, ser campeão na 1ª categoria no concurso de agremiações da prefeitura do Recife, no Carnaval 2009. No mesmo concurso, realizado nos anos de 2014, 2015 e 2019, consolidou participação no Grupo Especial.

Anderson Miguel - A carreira dele dentro do maracatu rural teve início em meados de 2007. Na época, começou no Maracatu Cambinda Brasileira, como caboreteiro, função atribuída às pessoas que carregam o lampião. Já no ano seguinte, assumiu a responsabilidade de ser contra mestre de maracatu, fazendo a segunda voz do mestre Antonio Paulo Sobrinho. Experiência que durou longos cinco meses. Ainda no mesmo ano, foi convidado para estrear como mestre do Maracatu Sonho de Criança, mantido pela Prefeitura de Nazaré da Mata, por meio da Secretaria de Cultura, Turismo e Educação. Ao todo, foram doze meses à frente da brincadeira.

Dois anos depois, recebeu convite para atuar profissionalmente na vaga de mestre do Maracatu Águia Misteriosa. Por três anos, dedicou-se ao comando de toda a nação maracatuzeira, com sua arte e talento.

Em 2011, no auge dos seus 15 anos, deu um grande passo na carreira artística: passou a fazer apresentações em ensaios, sambadas, apresentações e cortejos nos carnavais em várias cidades do estado. À época, também disputou um Sambada, evento de duelo de rimas, poesias e versos de improviso, ao lado do Mestre Sibia, do Maracatu Águia Dourada.

Em 2014, recebeu uma proposta irrecusável para ser mestre oficial do Maracatu Cambinda Brasileira, agremiação carnavalesca Patrimônio Vivo de Pernambuco, com mais de cem anos de atuação. Já são cerca de sete anos de casa, levando seu talento para o mundo, por meio das palavras, poesia e sua voz forte.

Atualmente, além artista do maracatu, ele é também cirandeiro e músico de forronejo.

Serviço

O quê: Live cultural do projeto Noite dos Mestres do Apito apresentará shows de Anderson Miguel e Zé Joaquim

Quando: Sábado, dia 30 de janeiro

Onde: Facebook, Youtube, e no blog Giro Mata Norte,

Horário: 19h

Com lnformações do jornalista Salatiel Cicero