quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Casamento: história derruba argumentos fundamentalistas

Em um post recente, Michael Brown, apresentador do programa de rádio The Line of Fire (a linha de fogo) e presidente do FIRE School Ministry, desafiou Michelangelo Signorile, editor contribuinte do HuffPost Gay Voices, para um debate sobre Kim Davis (foto), a funcionária pública do Estado do Kentucky que se recusou a aceitar o casamento de casais do mesmo sexo alegando que ele contraria suas crenças religiosas.
O desafio de Brown foi lançado depois de Signorile publicar um post no The Huffington Post no qual afirmava: “Não podemos ser reféns do teatro dos extremistas religiosos”. Brown respondeu, escrevendo: “Quem são os extremistas, na realidade? Aqueles que estão convencidos de que um casamento, para ser um casamento, tem de incluir um homem e uma mulher, como tem sido o caso em toda a história registrada, em todas as culturas e países, e em harmonia com as crenças religiosas de bilhões de pessoas, ou aqueles que querem redefini-lo radicalmente?”
O problema da resposta de Brown é que o casamento nem sempre envolveu homens e mulheres e certamente não exige crenças religiosas para ser considerado válido. É simplesmente errado afirmar que o casamento é uma instituição estática que não continua evoluindo de modo extremo ao longo do tempo, ou que o tipo de casamento defendido por pessoas como Brown é o único que jamais existiu na história.
De “casamentos fantasmas” a cerimônias realizadas somente para chegar ao poder, eis aqui apenas algumas maneiras pelas quais o casamento foi redefinido ao longo da história.
Grécia Antiga: casamento é para fazer bebês.
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GIUSEPPE BARTUCCIO VIA GETTY IMAGES
Como muitos governos da antiguidade, Atenas não definia legalmente o casamento de seus cidadãos. Produzir filhos era basicamente a única razão para se juntar – como disse um homem: “Mantemos hetarae (cortesãs) para o prazer, concubinas para o cuidado diário com nossos corpos e esposas para ter filhos legítimos e para a vigilância da nossa casa” – porque o estado controlava a transferência de riquezas por meio da herança.
Era tão importante manter as propriedades na família, escreve Stephanie Coontz, autora de Marriage: A History (casamento: uma história, em tradução livre), que uma menina cujo pai morresse sem deixar um herdeiro homem poderia ser forçada a se casar com o parente mais próximo do sexo masculino, mesmo que para isso fosse obrigada a se divorciar do marido atual.
O casamento nem sequer era considerado a mais ideal das uniões, pelo menos segundo os membros da elite da sociedade. Essa honra cabia às – que rufem os tambores, por favor – parcerias homossexuais, já que não se esperava que homens e mulheres oferecessem realização emocional um para o outro.
Povos indígenas ao redor do mundo: a vida é difícil, então case com quem oferecer mais ajuda.
Em algumas culturas, os homens tinham várias esposas, para que elas pudessem ajudar com todo o trabalho necessário para sustentar a família. As mulheres de Botsuana tinham um ditado: “Sem outras esposas, o trabalho da mulher não acaba nunca”, escreve Coontz. No ambiente árido da Austrália, os aborígenes arranjavam os casamentos das crianças com base no acesso estratégico a terras, para que o clã tivesse comida e água em seus deslocamentos.
Algumas tribos nativas da América do Norte respeitavam os indivíduos de “dois espíritos”, ou que pudessem fazer o trabalho de homens e mulheres. As pessoas de dois espíritos podiam se casar com pessoas do mesmo sexo, pois todas as tarefas domésticas seria realizadas facilmente, tornando o casamento uma questão mais de trabalho que de gênero.
China antiga: por que restringir o casamento aos vivos?
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BRITTA WENDLAND VIA GETTY IMAGES
Filósofos confucianos argumentavam que os laços familiares mais fortes eram os de pais e filhos, ou entre irmãos, escreve Coontz. Laços maritais ocupavam um distante segundo lugar em relação aos familiares, tanto que um filho poderia ser espancado se tomasse o lado de sua esposa (que era forçada a morar com a família do marido) e não o do pai.
Uma das tradições matrimoniais mais estranhas de todos os tempos sem dúvida é a dos “casamentos fantasmas” . Para evitar que parentes que morreram solteiros ficassem sozinhos na vida além-túmulo, suas famílias os casavam com outros mortos.
Os dois eram unidos numa cerimônia realizada no cemitério, e os sogros mantinham contato depois do casamento. Apesar de proibidos hoje em dia, os casamento fantasmas ainda acontecem no país.
Egito antigo: casamento para ter sangue azul.
Os governantes do império dividido de Alexandre o Grande usavam o casamento como arma política, escreve Coontz. Eles tinham mais de uma esposa, com o objetivo de estabelecer alianças com outros reis. Mas, diferentemente das co-esposas de Botsuana, as co-esposas helênicas tipicamente se odiavam, pois enxergavam ameaças umas nas outras. As crianças conspiravam com suas mães contra as madrastas. Irmãos conspiravam contra irmãos. Para produzir herdeiros que pudessem acabar com qualquer dúvida a respeito da legitimidade, também ocorriam casamentos de irmãos com irmãs.
Nas classes mais baixas, nas quais não havia muita riqueza em jogo, havia mais liberdade na escolha do parceiro. Mas os casamentos ainda eram vistos como contratos comerciais, pois uma vida de solteiro independente era praticamente impossível sem a mão de obra necessária para trabalhar no campo e cuidar da casa. Os escravos, que não tinham casas próprias, eram proibidos de casar.
Roma antiga: vamos usar nossas mulheres como moeda de troca política.
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MICHAEL DUVA VIA GETTY IMAGES
O objetivo final de um casamento romano, como em tantas outras culturas, era produzir filhos legítimos. Os homens eram vistos mais como administradores das famílias do que como integrantes delas, escreve Coontz. Para além da necessidade de permissão oficial para se casar com estrangeiros, entretanto, o Estado não estava preocupado com quem se casava com quem.
Governantes entregavam suas próprias mulheres para outros a fim de formar alianças políticas – foi o que fez Marcus Porcius Cato ao se divorciar de sua mulher, Marcia, e arranjar o casamento dela com seu amigo Hortensius. Nem imaginamos como Marcia se sentiu.
Os primeiros cristãos: o sexo marital é um mal necessário.
“Muitos dos primeiros cristãos”, escreve Coontz, “acreditavam que o casamento minava o rigoroso autocontrole necessário para se alcançar a salvação espiritual”. O celibato, portanto, era preferível ao casamento, mas o sexo era tolerado se tivesse como propósito a procriação – desde que você não se casasse com seu primo, primo de segundo grau, madrasta, afilhada, viúva do seu irmão ou tio, ou qualquer mulher a menos de sete graus de separação. (Boa sorte para entender essa regra.)
Europa Medieval: a vida ainda é difícil, e o casamento faz sentido para os negócios.
Para os ricos, o casamento era mais uma vez um acordo político entre duas famílias que desejavam consolidar seus laços e unir seus patrimônios. Rainhas arranjavam casamentos para irmãos, parentes e damas de companhia a fim de criar redes de apoio internacionais. Nos séculos 12 e 13, as pessoas acreditavam que “o amor não consegue exercer suas forças entre duas pessoas casadas”, como escreveu certa vez a condessa de Champagne. Relações adúlteras, por outro lado, eram o ápice do romance.
Para a Igreja Católica, o casamento simplesmente consistia entre um homem, uma mulher, consentimento mútuo, consumação e – muito importante – aprovação dos pais. Os pais tinham tanto controle sobre as negociações de casamento que, em 1413, dois pais de Derbyshire, na Inglaterra, assinaram um contrato no qual o nome da noiva foi deixado em branco, porque o pai não tinha decidido qual das filhas seria a noiva.
Os plebeus usavam o casamento para obter terras, que eram distribuídas aleatoriamente. Era ideal ter vários terrenos contíguos, e a esperança era que sua filha se casasse com o filho do vizinho. Comerciantes e artesãos costumavam casar seus filhos com famílias da mesma área de negócios, para compartilhar recursos.
Século 16: o casamento agora é um sacramento.
século 16 o casamento agora é um sacramento
JULIANN ITTER VIA GETTY IMAGES
Em 1536, a Igreja Católica decretou que o casamento era um ritual sagrado, a ser realizado numa igreja. O assunto já havia sido discutido séculos antes, diz Coontz, mas teria invalidade muitos casamentos, pois na época ninguém se casava na igreja.
Enquanto isso, os protestantes declararam o direito do clero de celebrar casamentos, mas ao mesmo tempo advertiam os noivos a não se amar demais. Muita gente ainda se espantava com o conceito de amor no casamento – um colono da Virgínia escreveu que uma amiga “gostava mais do marido do que a Educação da época permite”. (Mas, sendo justo, demonstrações públicas de afeto são um saco.) Em toda a Europa pré-Industrial, entretanto, o casamento era mais bem descrito como “um repertório de sistemas adaptáveis, não um padrão”, escreve o historiador E.A. Wrigley.
Iluminismo: o amor no casamento também é meio importante.
Pensadores dos salões começaram a ruminar sobre o casamento e decidiram que parceiros apáticos eram uma coisa triste. Dois pombinhos apaixonados deveriam ter a liberdade de escolher com quem se casariam, em vez de deixar a decisão na mão dos pais, elevando a importância do companheirismo e da cooperação. O casamento começou a se tornar a parceria privada que reconhecemos hoje.
Os críticos, é claro, disseram que essa igualdade entre os parceiros era a destruição do casamento como a sociedade o conhecia, pois minava a autoridade do homem que mantinha a solidez do lar. Tolas mulheres!
Era Vitoriana: boas esposas pertencem ao “culto da pureza”.
era vitoriana
ALLAN BAXTER VIA GETTY IMAGES
Quando a rainha Vitória entrou na igreja com um vestido virginalmente branco, ajudou a mudar a percepção das mulheres: em vez de “libidinosas”, elas passaram a ser vistas como inocentes, assexuais. O casamento ideal ocorria entre um homem e uma mulher de morais imaculadas. Quando o sexo passou a ser considerado indecente demais para boas moças – que eram incentivadas a reprimir seus impulsos sexuais --, os homens passaram a sentir menos estresse por causa de suas relações com prostitutas.
Começo do século 20: casais devem ter boas transas.
Os jovens se rebelaram contra seus pais certinhos da era vitoriana exaltando a juventude e o físico – além de se casar por amor, casais ideais também tinham vidas sexuais gratificantes. No final dos anos 1920, escreve Coontz, a intimidade de um casal tinha se tornado mais importante que os laços com os país. Enquanto isso,críticos escreviam colunas em jornais com títulos como “O casamento está falido?” e previam que o foco crescente no sexo levaria ao fim da instituição em menos de 50 anos.
1950: as famílias nucleares são as melhores famílias.
família nucleares
H. ARMSTRONG ROBERTS/CLASSICSTOCK VIA GETTY IMAGES
A era pré-Segunda Guerra Mundial viu uma “febre de casamentos” que resultou numa obsessão com a família nuclear depois do conflito. Os casamentos tipicamente consistiam do homem, que ganhava o pão, da mãe, dona-de-casa, e alguns filhos – e as uniões tinham uma duração como jamais se vira na história. Ainda havia leis, entretanto, proibindo brancos de se casar com negros, mongóis, hindus, indianos, japoneses, chineses ou filipinos. As leis que impediam o casamento de pessoas com problemas mentais continuavam em vigor – e algumas estão em vigor até hoje –, mas em geral deixaram de ser aplicadas a partir da metade do século 20.
Fim do século 20: o casamento é um direito humano.
Grupos feministas lutaram para aliviar a pressão que as mulheres sofriam para arrumar um marido, ajudando a consolidar a ideia de que o casamento é uma parceria entre iguais. O estupro marital passou a ser considerado crime. Estados começaram a repelir leis que impediam certos casamentos – a proibição de casamentos interraciais foi declarada inconstitucional pela Suprema Corte em 1967, e o casamento entre presidiários foi legalizado em 1987 --, e a ideia de um casamento perfeito se torna cada vez mais uma questão comercial – e bilionária.
Em 2001, a Holanda se tornou o primeiro país do mundo a permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
E a história continua...
Brasil Post

Setembro verde pela doação de órgãos

A sede do Executivo estadual “vestiu” a camisa da solidariedade em apoio à campanha “Brasil Verde”, que incentiva a doação de órgãos. A fachada do Palácio do Campo das Princesas está iluminada na cor verde, que simboliza a esperança. Neste caso, a esperança por uma nova vida. Promovida pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), a iniciativa celebra a Semana Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, que acontece entre os dias 21 e 27 de setembro. O Palácio segue iluminado até o próximo dia 30. 
Atualmente, Pernambuco contabiliza 1.305 pacientes na lista de espera por transplante. Desse total, mais de 900 aguardam por um rim. O procedimento, entretanto, depende da solidariedade da sociedade. De janeiro a agosto deste ano, foram realizados 868 transplantes em Pernambuco; 5% a menos que no mesmo período do ano passado.
Aqui estão perguntas relacionadas aos transplantes.

Quem pode ser doador de órgãos e tecidos?
Todos podemos ser doadores de órgãos desde que não sejamos portadores de doenças transmissíveis (aids, por exemplo), de infecções graves e de câncer generalizado.
E quem não pode ser doador?
Não podem ser doadores as pessoas com doenças infecciosas incuráveis e câncer generalizado, ou ainda as pessoas com doenças, que pela sua evolução tenham comprometido o estado dos órgãos. Também estão excluídos do direito de doar as pessoas sem identidade, ou menores de 21 anos sem a autorização dos responsáveis.
Quais as partes do corpo que podem ser doadas para transplante?
Os mais freqüentes são: rins, pulmões, coração, fígado, córneas, válvulas cardíacas. Menos freqüente: rim e pâncreas juntos. Fora do Brasil, também são feitos transplantes de estômago e intestino. É possível também transplantar pele e ossos, e até mesmo uma parte completa, como a mão.
Posso doar um dos órgãos duplos (rim, por exemplo) para quem eu quiser?
Pode, em termos. No caso da doação entre vivos, ela pode ser dirigida para um parente até quarto grau.
Existe limite de idade para ser doador ou receptor?
O que determina o uso de partes do corpo para transplante é o seu estado de saúde. Em geral, aceita-se os seguintes limites, em anos: rim (75), fígado (70), coração e pulmão (55), pâncreas (50), válvulas cardíacas (65), córneas (sem limite), pele e ossos (65).
Eu quero ser doador(a). O que devo fazer?
A atitude mais importante é comunicar à família e aos amigos este desejo, pois pela legislação atual todos nós podemos ser doadores, desde que a família autorize a retirada dos órgãos. Por isso, é muito que seus amigos e familiares saibam da sua opção de doar. Use um símbolo (um selo de doador, por exemplo) que indique claramente esta opção em seu documento de identidade.
Quando podemos doar?
A doação de rim, medula óssea ou parte do fígado pode ser feita em vida. Mas em geral nos tornamos doadores quando ocorre a MORTE ENCEFÁLICA. Tipicamente ocorre morte encefálica em pessoas que sofreram um acidente que provocou um dano na cabeça (acidente com carro, moto, quedas, etc.) e continuam com seus outros órgãos em perfeito estado de funcionamento.

Com informações da Secretaria de Imprensa de Pernambuco e do Ministério da Saúde

Transplante de cabeça pode acontecer em 2017

No início do ano, surgiu a informação do cirurgião italiano Sergio Canavero,prometendo o primeiro transplante de cabeça da história. Agora o acontecimento já tem uma data para acontecer: dezembro de 2017. Pelo menos é esta a previsão de Valery Spiridonov, o paciente. A data exata e o local, no entanto, seguem indefinidos.

Aos 30 anos, Spiridonov é portador da Doença de Werdnig-Hoffman, um tipo de atrofia muscular espinhal que resulta em enfraquecimento muscular para o qual ainda não existe nenhum tipo de tratamento conhecido. O cérebro se desenvolve normalmente, porém, o que significa que o paciente tem plena noção dos riscos envolvidos, mas se mostra disposto a enfrentá-los.

Uma equipe de médicos liderada pelo cirurgião italiano Sergio Canavero está planejando o primeiro "transplante de cabeça" da história. O procedimento, que colocará a cabeça de uma pessoa em outro corpo, deve levar 36 horas ao todo, exigindo uma equipe médica de mais de 150 pessoas.

"Segundo os cálculos de Canavero, se tudo der certo, dois anos é o tempo necessário para verificar todos os cálculos científicos e planejar os detalhes do procedimento. Não é uma corrida. Sem dúvida, a cirurgia será feita assim que todos os médicos e especialistas tiverem 99% de certeza de sucesso", contou Spiridonov à agência russa Sputnik.
Procedimento

Durante o procedimento, a cabeça de Spiridonov será resfriada, para desacelerar a taxa de decomposição de suas células. Em seguida, as veias e artérias do pescoço serão ligadas a máquinas que manterão o fluxo de sangue na cabeça durante o transplante. A medula espinhal será então rompida e preparada para encaixe no novo corpo.

Serão utilizadas injeções de polietileno glicol para auxiliar na fusão dos tecidos conjuntivos e células. Por último, os músculos, nervos, artérias e veias da cabeça de Spiridonov serão conectados ao novo corpo. A recuperação pós-operatória deve levar até um ano, segundo os médicos.

Obviamente, a operação apresenta riscos enormes. As dificuldades do procedimento cirúrgico são apenas alguns deles, pois existe também a possibilidade de que o corpo novo rejeite a cabeça. Segundo Arthur Caplan, diretor de ética médica do Langone Medical Centre na Universidade de Nova York, é possível também que o corpo seja "sobrecarregado por novos caminhos e química aos quais não está acostumado e fique louco".

Comentando sobre a operação, o doutor Hunt Batjer, presidente da Associação Americana de Cirurgiões Neurológicos, disse que "não desejaria isso para ninguém" e que "não permitiria que alguém fizesse isso comigo, pois há muitas coisas piores que a morte".

Em 1970, um procedimeno semelhante foi realizado em um macaco. Ele sobreviveu à cirurgia, mas viveu apenas oito dias depois, pois o corpo rejeitou a cabeça. Além disso, a tecnologia da época não permitiu que a nova cabeça se conectasse apropriadamente à nova medula.

Portal UOL - Blog Olhar Digital

Síria: 2 milhões sem escola

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) emitiu, na terça-feira (15), alerta sobre a situação da educação infantil na Síria, onde mais de dois milhões de crianças deixaram de frequentar instituições de ensino em função do conflito armado no país, agora em seu quinto ano. Outras 400 mil correm o risco de abandonar a escola.
Segundo o UNICEF, a guerra na Síria forçou ao limite as redes de serviços públicos básicos, como educação. Informações da organização indicam que cinco mil prédios escolares já foram afetados pelos confrontos, tendo sido destruídos, transformados em abrigos para famílias ou convertidos em bases para as forças armadas.
Muitas das escolas remanescentes estão localizadas em áreas de risco e ao menos 20% das crianças sírias tiveram de atravessar linhas de fogo cruzado para realizar suas provas no verão passado. “Mesmo sob as piores circunstâncias, elas continuam pedindo para aprender e voltar para a escola porque elas almejam um futuro melhor e a chance de serem influentes”, afirmou a representante do UNICEF no país, Hanaa Singer.
A agência da ONU tem realizado parcerias com organizações locais para contornar a evasão escolar, distribuindo material didático e desenvolvendo programas de ensino específicos, além de ajudar na reparação de prédios escolares e na construção de salas de aula pré-fabricadas. “Temos todos que investir nas crianças da Síria na medida em que elas são o futuro da Síria e vão ajudar a reconstruir o país quando a paz retornar”, disse Singer.
Unicef

Facebook prepara botão "Não Curti"

Em uma sessão de perguntas e respostas, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, confirmou nesta terça-feira, 15, que a empresa está desenvolvendo o botão 'não curti' para a rede social.

Segundo ele, a ideia do recurso é permitir que os usuários expressem outras emoções além de "curtir" aos posts que aparecem na página. " Se você compartilha algo que seja triste... então outras pessoas podem não se sentir à vontade 'curtindo' aquele post", disse Zuckerberg.

O CEO da rede social frisou, porém, que não pretende que a nova ferramenta cause discórdia entre os usuários: "Nós não queremos que o Facebook vire um fórum onde as pessoas estão avaliando os posts umas das outras para cima e para baixo (...) Você não gostaria de passar pelo processo de compartilhar um momento importante do seu dia apenas para que alguém avalie negativamente sua postagem", afirmou.


Portal UOL - Olhar Digital

Vetada anistia a planos de saúde

A presidente Dilma Rousseff sancionou ontem a lei criada a partir da medida provisória (MP) 627, que trata da tributação de empresas no exterior. Mas vetou a anistia na aplicação de multas às operadoras de planos de saúde que cometerem infrações. O dispositivo reduzindo as multas aos planos de saúde foi incluído posteriormente no texto por meio de emenda do relator da MP, deputado Eduardo Cunha ( PMDB-RJ).

A emenda de Cunha criava um teto para a aplicação de multas aos planos de saúde. Após a repercussão negativa, o deputado negou que o texto contivesse qualquer anistia aos planos de saúde. “A medida não é retroativa e valeria somente a partir da data da sua publicação, caso a MP vire lei após ser sancionada pela Presidência da República”, afirmou o deputado, na época.

A aprovação da emenda representaria um perdão de cerca de R$ 2 bilhões para as operadoras, segundo cálculos do próprio Ministério da Saúde, uma vez que o benefício alcançaria também o estoque das multas já emitidas. O valor refere-se à estimativa das punições a serem aplicadas este ano e à redução no estoque de punições já lançadas.
Pela regra atual, as operadoras de planos de saúde recebem uma multa por infração cometida. 

Mas a emenda incluída por Cunha determinou que, até 31 de dezembro deste ano, para infrações de mesma natureza, seria considerada apenas a punição de maior valor, que poderá ser aumentada em até 20 vezes. Na prática, com a mudança na regra, a operadora que cometesse de duas a 50 infrações da mesma natureza teria pena equivalente a duas infrações.


A inclusão do dispositivo sobre as multas da ANS, abriu uma crise entre o governo federal e o Legislativo. Embora Eduardo Cunha dissesse contar com o aval do governo Dilma Rousseff, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que o governo era contrário à inclusão do artigo.


Com informações do jornal O Globo

Acidente de Ônibus na Cidade Universitária

O Corpo de Bombeiros foi acionado às 17h, para socorrer uma mulher que se encontrava num dos coletivos que colidiram na Rua Prof. Antônio Coelho, próximo ao Colégio Pontual, no Bairro da Cidade Universitária. Foram acionadas as Moto Resgate (MR 025 e 045), junto com o Auto Resgate (AR-629). Chegado ao local os socorristas prestaram os primeiros socorros à mulher de 26 anos, que foi socorrida para o Hospital Esperança. Ela pode estar grávida. As informações são do Corpo de Bombeiros.

Urgente: terremoto no Chile com alerta de tsunami

Um terremoto de magnitude 7,2 na escala Richter atingiu hoje o centro do Chile nenhum relatório até agora de vítimas, mas não houve danos à propriedade menor. As informações são do Centro Sismológico Nacional Chileno

O terremoto durou cerca de cinco minutos, causando pânico em pessoas que moram nos prédios. O terremoto coincidiu com a hora do rush fora do trabalho, de modo que a maioria dos escritórios estavam vazias e as pessoas estavam a caminho de casa. O evento ocorre nos dias antes das celebrações do Dia da Independência, comemorado neste final de semana

Nos edifícios mais altos, especialmente concebidos para um país onde terremotos são freqüentes, os abalos eram muito fortes, semelhantes ao que ocorrera há cinco anos, quando houve um terremoto de grande magnitude no país. As linhas telefônicas estão congestionadas, mas aos poucos começam a normalizar.

El País - Espanha