sábado, 28 de outubro de 2017

Contra-ataque - 'Pink Pistols' se armam contra efeito Trump

Cerca de um mês depois da posse do presidente, em janeiro, Jake Allen ajudou a fundar a organização Trigger Warning Queer & Trans Gun Club, que realiza eventos mensais de treinamento e prática de tiros para cerca de 20 seguidores. Depois da violência da marcha neonazistas em Charlottesville, em agosto, Allen disse ter recebido telefonemas de pessoas de dez cidades interessadas em criar subsidiárias da organização. Uma delas já saiu do papel, em Atlanta.

“Estamos em uma situação em que a extrema direita está cada vez mais armada e violenta. Não podemos ficar parados e não fazer nada”, disse Allen, de 27 anos, que votou na candidata do Partido Verde, Jill Stein, na disputa presidencial dos EUA. “Somos um clube de tiro de esquerda.”

Allen afirmou que passou a defender o porte de armas pela comunidade LGBT em razão das mudanças “tectônicas” na política americana provadas pela vitória de Trump. Morador de Rochester, Estado de Nova York, ele relatou ter presenciado o aumento de casos de intolerância na cidade logo depois da posse do republicano. 

“Em Charlottesville, vimos homens brancos fortemente armados protegendo os neonazistas. Historicamente, a polícia falhou em proteger LGBTs, marginalizados e a esquerda em geral”, observou. “Homossexuais são normalmente vistos como fracos, frágeis e indefesos. Nosso grupo quer mudar essa imagem.”

A autodefesa foi a motivação da lésbica Gwendolyn Patton, que ingressou no Pink Pistols em 2001. Hoje, ela é a porta-voz da entidade, que propaga a ideia de que a comunidade LGBT tem de se armar. “Nosso objetivo é fazer com que os gays nos EUA não sejam um alvo fácil para alguém que queira cometer um crime de ódio. Queremos mostram que nem todos os gays apanharão passivamente.”

Patton disse que o interesse pela organização cresceu após o massacre na casa noturna Pulse, no qual os gays representaram o maior número de vítimas. Em seu site, a entidade lista subsidiárias em 51 cidades, entre as mais recentes está a de Charlottesville, onde ocorreram manifestações neonazistas e de supremacistas brancos. 

A página do Pink Pistols no Facebook tem 8.700 seguidores, mas Patton acredita que o número seja maior. “No passado, eles estavam no armário, agora eles estão no cofre”, disse ela, em referência a gays que não declaram ser portadores de armas.

Grupos como o Pink Pistols e o Trigger Warning são minoritários dentro do movimento LGBT. As principais organizações defendem a imposição de controles, entre os quais restrições no acesso a fuzis de estilo militar.

A vitória de Trump também levou ao aumento na busca de armas pelos negros. Fundada em 2015, a Associação Nacional Afro-Americana de Armas viu seu número de subsidiárias passar de 4 para 48, a maior parte das quais abertas neste ano. 

Estadão (SP)

Tânia Bacelar: "Nossa elite é interessante: todos liberais e dependentes do Estado"

Por Rafael Duarte, no Saiba Mais- A cientista social e economista pernambucana Tânia Bacelar priorizaria investimentos em infraestrutura e Educação para reduzir os efeitos da crise no Nordeste. Para ela, o impacto negativo só não foi maior em razão da pujança econômica do governo Lula na região, o que ainda segurou alguns indicadores.

Referência entre os especialistas na área social e econômica, Tânia é conhecida pela defesa de políticas públicas em favor da parte debaixo da pirâmide social brasileira. A convite do ex-presidente Lula, participou do conselho político criado nos governos do PT com técnicos de vários segmentos para contribuir com sugestões e criticas.

Hoje professora aposentada da UFPE, a socióloga e economista esteve em Natal para participar do Diálogos, evento promovido pela ADURN Sindicato, na UFRN. Nesta entrevista à agência Saiba Mais, Tânia Bacelar falou sobre os efeitos da crise na região Nordeste, alternativas e os desdobramentos das ações do governo Temer.

Agência Saiba Mais – A senhora participou, a convite do Governo do RN, da primeira tentativa de criar uma região metropolitana em Natal, ainda no final dos anos 1990. Como foi a experiência?

Tânia Bacelar – Foi um trabalho muito frustrante.

Por quê?
Porque o conceito (de região metropolitana) não batia com o objeto do trabalho. Então foi muito difícil porque os municípios não compareciam às reuniões, não havia consciência de que haviam problemas comuns. As questões que são de tratamento metropolitano não despertavam interesse aqui. Também jogaram municípios que não tinham nada a ver com a metrópole. Esses critérios, que são políticos, têm a ver com a representação dos municípios na Assembleia Legislativa e, sabe-se lá porque, acham que é status integrar região metropolitana. Mas esse problema acontece em outros Estados também. Ceará, Paraíba... só Pernambuco nunca chancelou isso. Para mim foi frustrante (a experiência em Natal), mas nunca mais acompanhei.

Por falar em região, por que a crise econômica afetou mais o Nordeste?
Eu vou defender um pouco o contrário. Os dados mostram que em alguns aspectos afetou mais, mas no geral não afetou tanto. O Brasil vinha de um momento bom, o Nordeste vinha de um momento muito bom e tivemos uma espécie de capacidade de resistência a um primeiro momento da crise pelo acúmulo que você tinha feito na fase imediatamente anterior. Mas bateu muito forte no emprego, no mercado de trabalho, porque você vinha de um ciclo expansivo excelente do emprego. Na renda bateu mais forte e no comércio de serviço bateu ainda mais.

E que áreas não foram tão afetadas?
Na indústria bateu menos e na agropecuária não bateu. Não bateu nem no Brasil nem no Nordeste. A agropecuária está surfando na crise. E o Nordeste tem os investimentos em energia renovável que coincidiram na crise com a consolidação da fase em investimento em eólica. Para alguns estados isso foi muito importante. A eólica já começa a pesar na economia porque o Nordeste trouxe para cá a produção dos equipamentos. A Bahia e Pernambuco produzem aquelas pás da energia eólica que encontramos nas estradas. Então teve a energia e por trás teve a indústria.

Agora no desemprego pesou muito. Salvador e Recife voltaram a liderar as taxas de desempregos nas metrópoles do país. Sempre foi assim e voltou com muita força. Tanto que o desemprego médio do Brasil está em 13% e o do Nordeste está em 18%, o que é muito alto, ou seja, é quase um desempregado a cada cinco pessoas. O Rio Grande do Norte, terceiro em desemprego, levou um cacete muito grande. Merece um estudo a situação do RN.

Qual sua expectativa daqui para frente ?
A área de comércio e serviços, como emprega muito, afetou o Nordeste demais, e na construção civil também foi muito forte. Porque você vinha de uma fase de investimentos importantes. Dos grandes investimentos, das obras de infraestrutura, e tudo isso tinha criado muito emprego na construção civil. Quando acabou, o impacto na construção civil foi muito forte. Olhando para frente, acho que o Nordeste tem que abrir o olho. Aqui a gente depende mais de política pública, a crise fiscal é forte. E a tendência é um impacto aqui maior do que nas áreas mais ricas, onde o setor privado tem um peso mais forte.

A tendência é o aumento da desigualdade na região?
Mantidas essas tendências que estão aí, a médio prazo vai ser pior para o Nordeste. A macrotendência é valorizar o investimento em infraestrutura porque ajuda na retomada. O Brasil precisa muito e é uma frente de expansão econômica importante, é uma cadeia ampla, só que você vai fazer isso com a participação do setor privado. Diferente do século 20, onde era o governo que fazia, a aposta agora é "vamos fazer aqui, mas vamos trazer o setor privado". Então o Estado vai ser o ente que vai conceder, liderar as PPPs, mas não vai patrocinar. Esse é o modelo que tende a predominar. Mas esse modelo tem um problema porque quando você coloca o setor privado, a taxa de retorno é uma variável estratégica. Então, onde tem a melhor taxa de retorno? É onde tem a melhor densidade econômica. Logo, o modelo de financiamento leva à concentração naqueles territórios onde a densidade econômica é mais forte. Portanto, entre Nordeste, Sudeste e Sul, (os recursos) tendem a ir para o Sudeste e Sul. E dentro do Nordeste, tende a ir para as grandes cidades, para o litoral, porque aqui também tem concentração. O litoral do Nordeste tem mais densidade econômica que o interior. Então acho que a gente tem que fazer dois debates: o primeiro é como é que o Nordeste vai participar desse novo momento, ou seja, qual é a modelagem desses projetos de PPP, tem gente propondo um fundo garantidor mais pesado para o Nordeste e para o Norte. É possível identificar algumas saídas para o próprio processo. E como o Estado ainda vai ter um dinheirinho, deveria botar mais onde tem menos potencial de trazer investimento privado. O Nordeste e Norte e, dentro deles, o interior. Mas é preciso que a gente faça o debate. Senão o rio corre para o mar.

Os governadores criaram um fórum com os chefes do executivo dos 9 estados do Nordeste. Isso ajuda ou é apenas um pires maior estendido ao Governo Federal?
O que vejo nesse fórum é assim: os governadores negaram a Sudene e criaram um fórum paralelo. E no fórum paralelo não tem secretaria-executiva. A agenda do fórum para mim é um problema. O fórum é bom, mas a agenda termina sendo apenas conjuntural. As reuniões acontecem quando um tema relevante aparece. E como não tem uma estrutura técnica relevante que apoie aquilo, não vem de um debate consolidado, articulado. Eles poderiam ter criado abaixo dos governadores uma estrutura técnica com técnicos dos próprios estados que construíssem a agenda deles, que desdobrasse a agenda deles para complementar as reuniões. E isso não tem. Então as reuniões são episódicas e as pautas são episódicas. Então eles atuam na conjuntura. Agora mesmo se reuniram e fizeram uma carta contra a privatização da Chesf. Mas é pontual. E depois, como desdobra isso? Então, acho que tem um erro de concepção do fórum que leva ele a esse desdobramento. Na Sudene você tinha uma secretaria executiva. Havia um conselho, eles faziam parte, mas quando saía do Conselho você tinha uma estrutura técnica que tratava aqueles assuntos. Os governos estaduais têm técnicos competentes. Mas não tem uma estrutura técnica articulada. É o secretario de planejamento que fica improvisando a pauta que foi escolhida pelo governador. E não há uma pauta regional.

Se a senhora pudesse definir prioridades para a agenda dos governadores, quais seriam?
Ah, eu colocava essa primeiro. Investimento em infraestrutura, o modelo de financiamento precisa ser discutido. O Nordeste tem duas agendas: como participar do debate nacional e como fazer o debate dentro da região, porque na região também há densidades econômicas muito distintas. Uma coisa é o litoral, outra é o interior.

Que investimentos poderíamos ter na região?
Infraestrutura é minha primeira agenda. O investimento feito em educação superior é uma novidade que aconteceu no Nordeste. A matrícula aqui cresceu mais rápido que a média nacional e, dentro do Nordeste, cresceu mais no semiárido do que nas áreas onde ela estava concentrada. Foi uma mudança na última década muito relevante. É um investimento de médio e longo prazo. Então a gente não colheu ainda os resultado porque somos vulneráveis. Os indicadores educacionais do Nordeste são ainda muito distantes da média nacional e, sobretudo, nas regiões mais ricas. Aí o Sul mais que o Sudeste. Eu colocaria na minha agenda a Educação e Educação Superior pelo investimento que foi feito no período recente, que foi numa direção muito boa.

As escolas técnicas se multiplicaram durante os governos do PT...
A presença dos Institutos federais... eu estive em Pau dos Ferros e é impressionante a presença daquele Instituto ali e o papel que ele exerce naquele entorno. É uma novidade muito positiva. Gente que jamais teria chance, teve. Agora é uma coisa que não se consolida num curto prazo, onde a manutenção é que pesa porque o principal custo de uma universidade é professor. Então se começa a cortar aí, a gente pode jogar a banheira com água, com menino, tudo fora. Então eu botava a Educação na minha segunda agenda de investimento.

O Governo Federal vai exatamente na contramão dessa sua proposta ao aprovar a PEC dos Teto dos Gastos que congela por 20 anos investimentos exatamente em educação, saúde...
Eu acho que tem duas coisas: uma é atuar nacionalmente para evitar que isso aconteça. Eu tenho uma leitura da PEC 55 de que a sociedade não aguenta. Quando eu vejo as projeções que o próprio Ministério da Fazenda faz na área de saúde, educação e assistência social... o corte é muito forte. O que seria e o que vai ser, quando você compara isso, o tamanho do hiato é muito grande para uma demanda insatisfeita. Não é uma sociedade estável. A demanda de saúde por exemplo vai crescer porque a sociedade vai envelhecer muito rapidamente. Então minha visão é que essa PEC foi aprovada agora, mas quem viver verá, porque a sociedade brasileira não aguenta com ela. Então essa discussão vai estar presente nas próximas eleições. Talvez nessa com menos força porque está muito próxima...

Com a PEC 55 caminhamos para a educação privada?
O problema da educação privada é que nem todo mundo pode pagar. Porque a educação ampliou? Porque quem financiou foi o Governo. Porque a educação privada cresceu? Porque teve Fies e Prouni. Então a oferta é privada, mas o financiamento é público. E se a crise é pública, vai bater neles também. O que eles estão fazendo? Se atrelando a bancos para que os bancos deles financiem os estudantes. Mas isso tem um limite porque o financiamento do Banco tem que ter um retorno que o financiamento público não tem. Então esse debate nós vamos continuar fazendo. Por isso eu digo que aquilo ali [a PEC 55] não se sustenta. Então essa é uma linha de trabalho. A segunda é uma linha de reflexão: é sobre o que nós mesmos podemos fazer. Aí é um pouco a universidade olhar para dentro dela porque na minha visão tem espaço para a gente se abrir mais, tá certo? Essa fase boa nos acomodou um pouco. Nossa tradição não é de uma interação muito forte, muito menos com o setor privado. Mas também não só com o setor privado, é com outros setores da sociedade civil também. Então a universidade é um pouco isolada. No período das vacas gordas, nosso isolamento aumentou. Mas precisamos ver que a gente tem espaço também de interação mais forte.

O problema também foi o modelo de incentivo ao consumo que marcou especialmente o governo Lula e se exauriu no governo Dilma?
Eu defendo que ele continue, ta certo?

Mas ele não se esgotou?
Se esgotou na expectativa que a gente tinha. Então veja: o modelo do governo Lula não apostava só no consumo. Todo economista sabe que o consumo é estratégico. Dois terços da demanda brasileira é consumo. Quando você abre o PIB pela demanda, mais de 60% é consumo, então ele vai ser uma variável estratégica sempre no Brasil. Sempre foi. Quem puxou a economia brasileira no século 20 foi o consumo interno, não foram as exportações. Diferente do Japão, da Coreia do Sul, aqui o mercado interno é uma coisa tão importante... e qual foi a experiência diferente da era Lula? Foi o consumo interno das elites e o fomento do consumo interno da base da pirâmide. A mudança foi quem consumia. Mas a média da renda brasileira é muito baixa. Então, quem botar as fichas todas no consumo está sabendo que vai colocar por algum tempo.

Houve um erro estratégico, então?
A equipe de Lula sabia disso. Tanto que o modelinho era consumo e investimento, ta certo? Porque se a renda média é baixa, você não pode botar suas fichas todas ali. Você tem que combinar isso com investimento. Então renda média baixa é muito importante no Nordeste, 70% das pessoas ocupadas ganha entre 1 e 2 salários mínimos. Mesmo o milagre que Lula tentou fazer, que era juntar crédito com a tua renda, e crédito do jeito que a gente gosta, porque ele dobrou o crédito e escalonou no tempo. Então com 100 paus de uma moto em não sei quantos anos, dá pra você comprar. Mas depois que você compra a moto, compra a televisão, compra o computador... bateu na sua renda. Sua capacidade de endividamento está limitada pela sua renda. E não dá para apostar. Agora acho que o Brasil tem esse potencial. Esgotou, temos que desistir? Não! Pera aí, não vamos desistir, mas vamos combinar melhor isso com o investimento porque acho que vai faltar. Então é combinar melhor isso. Porque toda empresa de fora quer vir para o Brasil? Todo o mundo quer o mercado brasileiro, porquê? Porque é um mercado grande, dinâmico, o brasileiro gosta de consumir... se endivida pra consumir. Então, porque nós vamos renunciar a um potencial que é nosso? Eu sou contra quem diz "ah, exauriu". Exauriu não, senhor! Deu uma parada e era esperada essa parada. Foi mais profunda por conta da crise.

Na fase da economia pujante a senhora cita o governo Lula. Qual foi o pecado da Dilma?
Vários (risos). Acho que ela ... vou dizer dois pecados: o primeiro é uma coisa que ela fez certo do jeito errado, quando em 2012 ela patrocinou a queda brusca da taxa de juros. É uma medida econômica pesada, correta, porque a taxa de juros no Brasil é absurda, mas feita de um jeito errado, sem negociação política, sem análise política... ali ela rompeu o pacto de Lula. Então, era uma medida econômica que teve um desdobramento político porque o pacto de Lula era um pacto de dizer: "vamos melhorar aqui embaixo, mas eu não vou mexer com os de cima". Então quando você olha as estatísticas de Lula, a base da pirâmide melhora mas o topo da pirâmide está lá garantido. Com essa medida ela meteu a faca ali no pacto político que sustentava o Governo. Perdeu a briga e teve que recuar. E recuou derrotada. E a partir dali, começa o calvário dela. Em 2013 já tem gente na rua de repente e 2014 ela perde a eleição antes de ganhar. Ela perdeu a eleição no primeiro turno porque ela perdeu o Congresso e se elegeu com a vitória de Pirro (obtida a alta preço). Então, esse erro teve um desdobramento. Mas veja que é um erro correto porque a medida, abstraindo o jeito, é uma medida boa.

E o segundo pecado?
O segundo erro foi não perceber a dimensão das mudanças que estavam ocorrendo no ambiente mundial. Porque Lula operou numa janela de oportunidades do mercado de commodities. Com a crise de 2008 e 2009, e a retração da China, de 2010 em diante o mercado de commodities afunda. Então, o que era oportunidade no governo Lula, era problema no governo da Dilma. E a equipe dela não conseguiu perceber a profundidade, até porque foi muito rápida, daquela mudança que estava acontecendo. E aí, a reação da Dilma foi tentar continuar a era Lula, que já não era mais possível. Então, por exemplo, o pacto que ela faz com a FIESP eu não entendo. Por que? Ela renuncia R$ 100 bilhões, quando a receita já estava caindo, para que a turma usasse aquele dinheiro para investir. Como investir, se o consumo já estava desacelerando? A renúncia fiscal vira pó porque ela não vira investimento porque o mercado já não estava sinalizando. Então, ela aprofundou a crise e não resolveu o problema da retomada da economia. E politicamente também foi um desastre porque a FIESP também ficou contra ela. Na hora em que ela precisou, botaram o pato na avenida Paulista. Então deu em quê aquela medida, do ponto de vista econômico e do ponto de vista político? Acho que a equipe da Dilma teve dificuldade em perceber o novo momento que estávamos vivendo. O desdobramento inicial da crise mundial no Brasil não foi tão forte, talvez isso tenha contribuído porque não levamos a paulada de um vez. Então acho que houve uma subestimação e tentou-se fazer o que Lula fez no imediato pós-crise que era dizer: peraí, vamos continuar consumindo! Ele foi para a televisão. Articulou a história da linha branca e ampliou do automóvel para a geladeira...

Faltou articulação política?
Essa era a grande diferença política do Lula para a Dilma. Lula sentava com os heterogêneos, conversava... eu era do Conselhão, fui dos dois. A diferença era da água para o vinho. Lula usou o Conselhão para gerir a crise. Aí tirou do Conselhão, porque era muita gente, umas dez pessoas, e a história da linha branca saiu das reuniões dele com essa equipe. O Lula ouvia as pessoas e, no outro dia, ele implantava. E animava a turma, que contribuía. Então o Lula conseguiu enfrentar a crise de um jeito positivo. Acho que a Dilma tentou fazer isso. Agora tentou em outra conjuntura e sem diálogo.

A senhora destacou que o grande erro da Dilma foi ter quebrado o pacto político do Lula com a elite. É possível governar o Brasil só investindo na base da pirâmide e retirando privilégio dessa elite?
É preciso, mas não é desse jeito. O povo diz assim: fazer o certo na hora errada e do jeito errado é fazer errado. Eu estou com a sabedoria popular. Nem tudo que é certo...tem que escolher o jeito de fazer, como fazer, com quem fazer... quem vai botar para defender... isso é negociação política e no Brasil essa negociação política é muito difícil porque as nossas elites sempre se apropriaram do Estado brasileiro. A gente vai cortar o SUS com a PEC 55, mas não corta a isenção que o mesmo governo dá para quem tem seguro privado de saúde. Eu tenho seguro privado de saúde. Quando faço minha declaração de rendimento, abato o que eu pago do seguro–saúde. E quem paga isso? É o mesmo Estado que está cortando o SUS. Porque corta aqui e não corta ali? E no Brasil não é tarefa fácil, é difícil...

A senhora fala muito em investir em infraestrutura, mas a saída também não estaria numa distribuição mais justa da carga tributária?
Minha primeira reforma seria a reforma tributária. Mais importante do que todas. Primeiro porque nosso sistema tributário é ruim economicamente. Só que eu acho que o nosso empresariado tem a bandeira errada. Eles não querem aumento da carga tributária, ponto. Botam um impostômetro na rua, e foca no tamanho da carga. Nosso problema não é o tamanho da carga, mas a composição da carga. Qual é a nossa composição? É um sistema tributário que foca nos impostos indiretos e não foca nos impostos diretos. Outros países do mundo, a maioria, faz o contrário. Quando você foca no imposto indireto, para a sociedade é ruim porque concentra renda. O imposto indireto entra no preço. Eu cobro ICMS e o cara bota ICMS no preço, o ISS também. Então, você embute no preço aquela carga tributária. Se eu ganhar 10 vezes o que você ganha e pagar este mesmo gravador, nós pagaremos a mesma carga tributária. Então, é injusto por definição. Por isso é que no Brasil quem paga mais é quem tem renda menor e quem paga menos é quem tem renda maior. Agora, economicamente também é péssimo porque taxa a produção torna nossas empresas pouco competitivas quando elas se confrontam com os países que fazem o contrário. É preciso fazer esse debate com a sociedade brasileira. Quando éramos uma economia fechada, protegida para fazer nossas indústrias, isso funcionou, mas no mundo que a gente vive não funciona mais. Então, o Brasil precisa fazer essa discussão. O ICMS é uma excrescência. Pega qualquer empresário lá de fora e tenta explicar para ele o que é o ICMS na origem com alíquota interestadual, guerra fiscal no meio... sabe o que ele faz? Ele contrata um especialista porque é impossível. O ICMS é no destino. Não sai porque São Paulo perde.

E ainda há uma forte dependência dos Estados e municípios das transferências federais, o que deixa os mais fracos, especialmente no Norte e Nordeste, reféns da União...
A gente fez o contrário. A Constituinte queria uma reforma tributária onde fôssemos gradualmente descentralizando a receita pública, até porque a Constituinte descentralizou a despesa. Tentou-se descentralizar a despesa e a ideia é que a receita também descentralizasse. Mas a gente reconcentrou a receita na mão da União. Desde o final dos anos 80, a União criou as tais das contribuições. Por que? Ela não divide com estado e município, fica só para ela. É o contrário do que o Brasil precisa.

Qual o impacto da operação Lava-jato na economia?
Enorme. Porque ela pega o núcleo duro das maiores empresas brasileiras, em dois setores que eram o carro-chefe do crescimento na era Lula. E acho até que a Dilma desconsiderou o impacto econômico da Lava-jato, porque (a Lava-jato) pega Petróleo e gás e se você olhar o núcleo de investimento de petróleo e gás, pode pegar os números do BNDES, era líder disparado. Então bate no coração de um segmento que estava puxando a economia, que era petróleo e gás, e o entorno da cadeia. E segundo que você bate nas empreiteiras, que é estratégico para fazer investimentos e são nossas maiores empresas. As nossas grandes empresas são empreiteiras, transnacionais que exportam serviços especializados, uma engenheirada brasileira fazendo projeto de ponte, de porto, o que botar eles fazem no mundo inteiro, então não são irrelevantes do ponto de vista econômico. E onde é que a lava-jato bate? Nos dois pilares. Só sobrou o agronegócio.

A senhora acha que foi de propósito?
Não, mas como era importante também tinha muita corrupção ali. Agora é o seguinte: olhar para a corrupção não significa que você tem que desconhecer o impacto econômico daquilo que está sendo feito.

A lava-jato quebrou o país?
Com certeza.

Mas não é exagero?
Sozinha não, mas que ela deu uma contribuição relevante, com certeza. Olhe onde ela bateu. E não é à toa que ela bate onde tem muito dinheiro.

O problema fiscal do Brasil pode ser resumido na frase "a despesa não cabe mais na receita"? Essa foi a justificativa do governo Temer para aprovar a PEC 55.
O Governo brasileiro faliu nos anos 80. Acho que essa é uma mudança relevante porque até os anos 80, quando a gente fechava as contas públicas, o Estado era superavitário. Com os choques dos juros e o endividamento da era Geisel, a gente entra num vermelho na conta pública. Estamos arrastando esse endividamento desde aquela época. A realidade hoje é uma situação fiscal muito complicada, então isso não pode ser desconhecido. Portanto, tem que mexer na conta pública. Mas qual é o problema da PEC 55? É que ela só mexe num item da conta, que é a despesa primária. E a despesa financeira? E a receita? E a composição da receita tributária? E as isenções? Tem que abrir a conta toda, ler a conta toda e ver onde é que pode diminuir. Que vai precisar ajustar, não resta dúvida. A pergunta é: onde ajusta e onde é que o pau canta? Por enquanto, o pau vai cantar em cima dos mais fracos. O relatório desse ano do Banco Mundial faz uma defesa muito interessante. Ele fez uma estimativa de quanto é que o Governo gasta com os mais pobres. E a conta, ainda modesta, diz que os 40% mais pobres só levam 17% da despesa. Portanto, dá pra fazer o ajuste sem mexer nos mais pobres, tá certo? O grande desafio é político. E como é que faz isso mexendo nos de cima? Como é que tira de quem se acostumou a montar no Estado? Porque o discurso das nossas elites é muito interessante. Todos são liberais, mas todos dependem do Estado. O Brasil é um país desafiador.

*Colaborou a jornalista Jana Sá

Portal Brasil 247

AM: criança estuprada por quatro homens; eles estão presos

Quatro homens foram presos nesta quinta-feira (26) suspeitos de estuprar uma menina de 8 anos em um residencial na Ponta Negra, onde a avó da vítima mora.

De acordo com a delegada Juliana Tuma, o jardineiro de 51 anos e o vigilante, 48, foram presos em uma residência no qual prestavam serviços no bairro Ponta Negra. Já o mecânico, de 57 anos, foi interceptado na casa onde morava, no bairro Nova Cidade, zona Norte. O pintor, 58, foi encontrado pelas equipes na residência dele, no bairro Aleixo, zona Centro-Sul.

Segundo Tuma, a criança era violentada pelos quatro homens há cerca de um ano no residencial onde a avó mora. As investigações começaram no início de setembro deste ano, após a mãe da vítima formalizar a denúncia.

“O fato de essa menina estar em condição de vulnerabilidade e tendo sua inocência roubada precocemente, não dá o direito aos suspeitos de se aproveitarem da vítima e, ainda, não terem a consideração de enxergar ali uma criança. Vale ressaltar que essa criança já vinha de uma situação de abuso, mas isso não justifica que uma pessoa se aproveite da sua condição frágil”, disse Juliana.

“Durante as diligências, foram apreendidos os aparelhos celulares dos infratores, pois a criança relatou na delegacia que os suspeitos mostravam vídeos pornográficos a ela e, também, fotografam as partes íntimas dela. Um dos presos afirmou para equipe que realmente fazia fotos da vítima devido ela mesma pedir para ele”, relata a delegada.

Os quatro infratores foram indiciados por estupro de vulnerável e serão levados para ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM).

Portal do Holanda (AM)

Garimpeiros colocam fogo em escritórios do Ibama, Incra e Instituto Chico Mendes

O clima na cidade de Humaitá, no sul do Amazonas, é de terror. Em retaliação a uma operação contra garimpo ilegal, homens armados invadiram e queimaram os escritórios do Ibama, do Incra e do Instituto Chico Mendes (ICMBio), e acordo com relatos de servidores. O Ministério do Meio Ambiente já acionou o Ministério da Defesa.

Fotos da tarde desta sexta-feira (27) mostram os escritórios dos três órgãos federais em chamas, assim como duas camionetes do Ibama. Ameaçados, os servidores fugiram de suas casas para se abrigar no quartel do Exército. Ao longo da semana, uma grande operação contra balsas de ouro no rio Madeira, que cruza a cidade, mobilizou agentes do Exército, do Ibama, da Marinha, do ICMBio e da Força Nacional.

Este é o segundo protesto de garimpeiros contra ações do Ibama. Em Ourilândia do Norte (PA), eles bloquearam, há três dias, uma rodovia estadual, em protesto contra a destruição de maquinário dentro da Terra Indígena Kayapó.

Revista Fórum

Bispo da Diocese de Nazaré da Mata visita a Prefeitura de Limoeiro

O bispo da Diocese de Nazaré da Mata, dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, esteve presente na Prefeitura de Limoeiro nesta sexta-feira (27). A iniciativa marcou o início da Visita Pastoral do presbítero à Paróquia de Nossa Senhora da Apresentação, que deu origem à nossa cidade. A ação faz parte das comemorações do centenário da Diocese de Nazaré a ser completado em 2018 e segue até o próximo domingo (29), com visitas às comunidades da paróquia.

Dom Francisco de Assis foi recepcionado pelo prefeito João Luís Ferreira Filho e pelo pároco padre Elias Roque, às 9h da manhã, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação. Posteriormente, o bispo seguiu à Câmara dos Vereadores e à Prefeitura.

“A gente recebe dom Francisco com muita alegria. Ele já conquistou o coração do povo de Limoeiro, pela sua simplicidade e pela sua simpatia. É parecido com o Papa Francisco por conquistar facilmente as pessoas”, disse João Luís ao saudar dom Francisco de Assis no gabinete.

“Contamos com o apoio e as orações do bispo para que possamos cumprir os nossos projetos e o nosso compromisso com os cidadãos limoeirenses. Quase 2 mil pessoas dependem diretamente da Prefeitura. Ela é o maior polo de empregos do município”, ressaltou o prefeito.

Em seu pronunciamento, dom Francisco agradeceu à Prefeitura Municipal, à Paróquia de Nossa Senhora da Apresentação e ao povo de Limoeiro pela receptividade e destacou que, além da missão espiritual, também é papel do bispo ir ao encontro das pessoas e das instituições. “É um momento de muita alegria em meio às preocupações que temos no nosso país. Cheguei na Diocese de Nazaré há um ano e esta é 25ª paróquia das 43 que irei visitar no total. Essas visitas são para conhecer e fazer um mapa da nossa realidade social”, afirmou.

De acordo com o presbítero, a Diocese de Nazaré da Mata envolve 35 municípios, dos quais a Princesa do Capibaribe faz parte, e tem mais de 1 milhão de habitantes. O território abrange o Litoral Norte, a Zona da Mata Norte, que representa a maior porcentagem da área diocesana e é onde está situada sua sede, e o Agreste. “É uma diocese com uma caminha rica, que segue o exemplo de pessoas que dão seu testemunho de fé, cidadania e compromisso com a vida. A celebração pelos 100 anos da Diocese não é somente um olhar para o passado, mas também uma projeção do nosso futuro. Se estamos bem no presente, o futuro será ainda melhor. E, mesmo com os desafios, devemos sempre manter viva a esperança”, pontuou o bispo.


Secretaria de Imprensa de Limoeiro

Celpe leva peça infantil sobre segurança com energia elétrica ao parque Dona Lindu

A tarde do domingo (29.10) será bastante animada e educativa para quem se dirigir ao Parque Dona Lindu, em Boa Viagem. Numa ação educacional sobre o uso seguro e eficiente da energia elétrica, a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) apresenta o espetáculo teatral “Parceiros da Energia”, uma peça em cordel infantil que difunde de maneira divertida alertas contra desperdício e risco de acidentes com energia. A iniciativa faz parte do Projeto Espaço Celpe nas Escolas e tem percorrido gratuitamente escolas e espaços públicos de todo o Estado. Até o final do ano estão previstas outras 15 apresentações no Recife.

Para atrair a atenção da garotada, bonecos, tipo fantoche, fazem a “contação” de histórias e repassam de forma lúdica orientações de segurança. O texto, da poeta cordelista Mariane Bigio, ajuda a criançada a fixar e aprender os cuidados de maneira descontraída e interativa. As dicas e alertas são enfatizadas pela música e sonoplastia que ficam por conta da musicista Milla Bigio. Na historinha, os personagens Visor, Enérgica, Elétrica e Watt, interagem com as crianças, promovem brincadeiras e finalizam a encenação transformando todos os participantes em Parceirinhos da Energia, para serem multiplicadores de tudo o que aprenderam e levar novos hábitos para seus lares.

Desde que foi concebido, em 2014, o Espaço Celpe as Escolas já foi visto por mais de 25 mil crianças. A expectativa da empresa é envolver, no decorrer do ano, mais de 10 mil crianças de todo o Estado numa cultura de comportamento seguro e eficiente.

Serviço
Parque Dona Lindu
Data: 29/10
Horário: 16h

Imprensa Celpe

Pernambuco lança programa para ajudar estudante da rede pública a cursar universidade

Para avançar ainda mais a educação pública estadual, o governador Paulo Câmara lançará o novo Programa de Acesso ao Ensino Superior (PE no Campus). A solenidade de lançamento será na próxima segunda-feira (30/10), às 14h30, na Escola de Referência em Ensino Médio Ginásio Pernambucano (unidade Cruz Cabugá). O Programa é coordenado pela Secretaria Estadual de Educação (SEE). “Estamos dando um passo adiante, levando à universidade os nossos melhores alunos do Ensino Médio. Assegurando, o apoio necessário nos dois primeiros anos como universitários, para que eles prossigam na vida acadêmica”, explicou Paulo.

O novo Programa possui dois grandes eixos de ação: mobilizar a participação dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e no exame do Sistema Seriado de Avaliação (SSA) e apoiar financeiramente os estudantes de baixa renda da Rede Estadual de Educação após o ingresso no Ensino Superior das Redes Públicas Estadual e Federal. Para isso, serão ofertadas 1.000 (mil) bolsas para estudantes da Rede Pública Estadual de Educação, além de fortalecer o programa Bolsa de Incentivo Acadêmico (BIA), coordenado pela Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia de Pernambuco (FACEPE).

O pacote de ações a ser anunciado por Paulo Câmara contempla desde o incentivo e suporte à participação dos estudantes no ingresso ao Ensino Superior até o apoio financeiro. Serão oferecidas duas bolsas: uma para manutenção e outra para apoio à permanência do estudante na instituição, podendo ser recebidas cumulativamente durante o primeiro ano da graduação. No primeiro ano o valor total da bolsa é de até R$ 950,00 e no segundo ano de R$ 400,00, repassados mensalmente ao estudante. A iniciativa pretende apoiar o estudante financeiramente para que possa arcar com despesas básicas no início do curso superior, especialmente moradia, alimentação e material didático.

Estão aptos a participar estudantes com renda familiar de até dois salários mínimos, que moram no Interior do Estado, além de ter cursado todo o Ensino Médio em escola pública da Rede Estadual. Como critério classificatório das vagas ofertadas no Programa, serão selecionadas as 1.000 (mil) maiores notas dos estudantes que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) ou o exame do Sistema Seriado de Avaliação (SSA).

“Com essas ações, o Governo Paulo Câmara buscar cada vez mais incentivar os estudantes a dar continuidade aos estudos, contribuindo, dessa forma, para o desenvolvimento da educação de Pernambuco, abrindo novos caminhos e construindo um futuro mais promissor para nossos estudantes”, afirmou o secretário estadual de Educação, Fred Amâncio.

Secretaria de Imprensa de Pernambuco

Adagro fiscaliza transporte de bananas

Na última quinta (26/10), fiscais da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro) realizaram uma blitz na ponte que liga Petrolina e Juazeiro para fiscalizar o trânsito de vegetais entre os municípios. A finalidade é garantir apenas a entrada de produtos livre de Sigatoka Negra, praga que acomete as bananeiras. A equipe abordou 63 veículos vindos da Bahia com carga de banana e impediu que 15 deles entrassem no estado, pois não possuíam a Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV), documento necessário para o transporte de cargas vegetais.

A ação contou com a participação dos fiscais da Adagro das regionais Petrolina, Surubim e Salgueiro e com o apoio da Policia Rodoviária Federal (PRF) que deu todo o suporte necessário para que os fiscais realizassem a blitz. 

A Sigatoka Negra é uma doença fúngica que pode ser considerada uma das mais importantes da banicultura mundial que acomete a bananeira, ela caracteriza-se pelo poder de destruição e dissemina-se facilmente, além de atacar as cultivares de bananeira que são mais preferidas pelo mercado consumidor, podendo causar prejuízos de até 100% na produção. Pernambuco é livre dessa praga e para garantir que ela não entre é necessário controlar o trânsito de locais que tem a praga, como a Bahia, só podendo circular cargas que tenham a PTV.

O controle de trânsito de vegetais evita a disseminação de pragas e prejuízos para o produtor, além de contribuir para a oferta de produtos de boa qualidade.

Imprensa Adagro PE

UPE lança novo edital de concurso para docentes

Até o dia 27 de novembro de 2017, a Universidade de Pernambuco (UPE) está com inscrições abertas para o concurso público de Provas e Títulos para Docente (CPD), regido pela Portaria Conjunta SAD/UPE nº 097, publicada hoje (27/10) no Diário Oficial do Estado. As 108 vagas disponíveis são para Professor, com 40 horas, das classes Auxiliar (12), Assistente (25) e Adjunto (71).

Os profissionais contratados irão atuar nos cursos de graduação e de pós-graduação dos campi da UPE em Petrolina, Garanhuns, Serra Talhada, Arcoverde, Salgueiro, Caruaru, Camaragibe (Fop), Matas Norte e Sul, Benfica (Poli e Fcap) e Santo Amaro (Esef, Fensg e FCM), por salários que variam de R$ 2.791,20 a R$ 4.638,02, em regime estatutário, sem contar as gratificações da carreira, que podem chegar a R$ 3.480,00.

Para o reitor da UPE a publicação do edital é um excelente sinal. “A decisão do Governador Paulo Câmara, em autorizar mais um concurso para a Universidade, demonstra sua intenção em dar um encaminhamento positivo para a educação superior, mesmo diante do momento de crise que estamos enfrentando. É um reforço para a UPE”, ressaltou.

A medida foi tomada pelo governo com base em três principais fatores, são eles: a interiorização da UPE, que ampliou a quantidade de unidades de ensino e de cursos, gerando a necessidade de mais professores; o preenchimento de vagas geradas por aposentadorias e falecimento; e por encontrar-se com um número de docentes abaixo do preconizado pelo Ministério da Educação (MEC), o que interfere negativamente nos indicadores de educação.

O certame, que terá validade de dois anos podendo ser prorrogável por igual período, é composto de quatro etapas, sendo: a) Prova Escrita, de caráter eliminatório;
b) Prova Didática, que será realizada através de aula expositiva, também de caráter eliminatório;
c) Prova do Plano de Trabalho, de caráter classificatório;
d) Prova de Títulos, constantes no Currículo (Plataforma Lattes), de caráter classificatório. As provas acontecem de fevereiro a março de 2018, de acordo com o cronograma definido por cada unidade. O resultado final do concurso está previsto para ser divulgado a partir do dia 30 de março de 2018.

As inscrições podem ser feitas nos endereços constantes do edital, ao custo de R$ 210,00, taxa essa que deverá ser paga através de depósito bancário. 


Imprensa UPE

Fernando de Noronha recebe ações voltadas para o consumidor

O Governo do Estado implantará nos próximos dias a rede do consumidor de Fernando de Noronha. A ação é uma iniciativa do Procon-PE e da Administração da Ilha. A criação da rede foi unanimidade após uma reunião, que foi realizada na Ilha, com representantes do MPPE, Defensoria Pública e Delegacia local.

Os órgãos envolvidos desenvolverão trabalhos conjuntos na defesa do consumidor. "A ideia é que o consumidor ao procurar um dos órgãos, e não o resolva não precise começar do zero em outro local. Porque os participantes da rede sempre irão trabalhar em conjunto para uma maior agilidade", explicou a gerente jurídica do Procon-PE, Danyelle Sena.

Para a superintendente jurídica da Administração da Ilha, Ana Patrícia Teixeira, a rede virá para fortalecer ainda mais os direitos do consumidor em Fernando de Noronha. "Serão desenvolvidas atividades educativas com os moradores e turistas de Fernando de Noronha".

Ações Educativas - Durante dois dias o Procon-PE realizou ações educativas no Arquipélago de Fernando de Noronha. Cerca de 200 alunos, da Escola de Referência de Fernando Noronha, que foram divididos em três turmas, de acordo com a faixa etária, receberam de foram lúdica informações sobre direito do consumidores.

Moradores e fornecedores da Ilha também tiveram um momento para tirar suas dúvidas em relação ao Código de Defesa do Consumidor. Entre as principais dúvidas estavam produtos com validade próxima do vencimento, anúncio de promoção e precificação.

Imprensa Procon PE

Ação conjunta interdita revendedor de gás em Jaboatão

Uma ação conjunta, realizada pela Delegacia do Consumidor, com a participação do Procon-PE, Ipem e Corpo de Bombeiros, na manhã desta quinta-feira (26), interditou um revendedor de gás e notificou um distribuidor, no município de Jaboatão dos Guararapes. 

O Corpo de Bombeiros interditou a Mercearia Silvestre, localizada no bairro de Cavaleiro, devido a irregularidades encontradas. O mesmo comércio foi notificado pelo Procon-PE por não possuir o CDC e ausência de precificação nos produtos. O dono do estabelecimento foi conduzido para delegacia para prestar depoimento.

Ainda não ação foi fiscalizada a distribuidora que abastece os comércios locais. A irregularidade encontrada foi a ausência do CDC.

Imprensa Procon PE