Movidos pelas adversidades do Brasil de hoje com mais de 250 mil mortos pela Covid-19; 5 mil mortos pela Polícia Militar; 2 mil mulheres mortas por feminicídio; 7 mil mortos por fome. Nós, artistas, precisamos repensar, mais que nunca, o sentido de existir, resistir, persistir. Yorick e os Coveiros do Campo Santo de Elsinor (Parte 1) é um dos frutos dessa reflexão. É nosso ajuntamento insubordinado, nossa tentativa de equilibrar a balança, nossa troça insurgente ante a desgraceira, nossa carnavalização e graça como crítica social, nossa nau de loucos, nossa LERA, nosso PANTIM, nossa MUNGANGA, nossa MARMOTAGEM para o nonsense do mundo e das pessoas hoje. É a nossa terceira dose de vacina. Nossa cauda de jacaré. Yorick e os Coveiros do Campo Santo de Elsinor tem como mote a CENA I, ATO V, do HAMLET, de Shakespeare, para falar das mortes atuais. O projeto se divide em duas partes: na primeira trataremos das possibilidades de contato em isolamento e na segunda, dos sentimentos de solidão acompanhada. Opostos complementares dos nossos dias. Esta Parte 1, cujo início das aparições, compartilhamentos, aberturas de processos, põe na roda e congêneres integrarão a programação do Reside LAB, é totalmente pensada para os palcos on-line, para lidar com o contato à distância, com as tecnologias que o promovem e com os experimentos cênicos em telepresença.
OBS: Mas se todos querem fazer Ofélia, quem fará Hamlet, Yorick e os Coveiros?
DURAÇÃO: 45 minutos
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 15 anos
SOBRE O ARTISTA/GRUPO: “O ajuntamento de nós seis” poderia ser um motim, um levante, um tumulto, uma rebelião, uma revolta, uma revolução. Poderia ser… Mas não é. É só uma balbúrdia mesmo. Somos nós, que nos amamos tanto, dizendo: “Quando estamos sequestrados por projetos de morte, o ato subversivo é viver!”
Ajuntamento de nós seis: Andrezza Alves; Daniel Machado, Enne Marx, Geraldo Monteiro, Marcondes Lima, Quiercles Santana.
FICHA TÉCNICA:
Criação Cênica e Dramaturgia: Andrezza Alves, Enne Marx, Daniel Machado, Geraldo Monteiro, Marcondes Lima e Quiercles Santana
Dramaturgia: Quiercles Santana e William Shakespeare
Performance: Andrezza Alves, Enne Marx e Marcondes Lima
Direção de Arte: Marcondes Lima
Assistência de Direção, Foto, Vídeo e Edição: Daniel Machado e Geraldo Monteiro
Designer e Direção Musical: Daniel Machado
Criação em Arte-Tecnologia e Plataformas Digitais: Geraldo Monteiro
Produção: Andrezza Alves
Direção Geral: Quiercles Santana
NOME DO ESPETÁCULO: Práticas Desejantes - 1º Movimento
ABERTURA DE PROCESSO
SINOPSE: Práticas Desejantes - 1º Movimento é a exposição de um processo
investigativo sobre possibilidades de uma descolonização do fazer teatral.
Realizado a partir de leituras, estudos com vídeos de espetáculos, rodas de
conversa e experimentações, apresenta o início dos nossos questionamentos sobre
o que configura essa decolonialidade na cena, nos corpos e nos discursos. Mais
que respostas, aponta nossas inquietações e dúvidas decorrentes de um
caminhar que se pretende desconstruir/reelaborar. Surge, a partir do
projeto Práticas Desejantes, investigação que teve o seu levantamento de
material viabilizado pelo edital de Pesquisa e Formação LAB-PE. O trabalho
pergunta, entre outras coisas, como organizar para si, na vida cotidiana, uma
luta anticolonial.
DURAÇÃO: 30 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos
SOBRE O ARTISTA/GRUPO: Quatro artistas, que são pesquisadores, reúnem-se virtualmente, cada um em seu lugar, para compartilhar bagagens coletadas em seus percursos de vida, estudo e criação. Refletem juntes sobre seus lugares na discussão de um teatro contemporâneo latino-americano, que deseja ser descolonizado/descolonizante. No bojo da discussão: estéticas e poéticas teatrais que contemplam questões de gênero, memória, narrativas de si, identidades étnicas e visibilidades.
FICHA TÉCNICA:
Idealização e performance: Andrezza Alves e Daniele Ávila Small
Pesquisa, levantamento do material, criação do repositório, dramaturgia e curadoria: Ana Paula Sá, Andrezza Alves, Daniele Ávila Small e Geraldo Monteiro
Mediação dos encontros e produção: Ana Paula Sá, Andrezza Alves e Daniele Ávila Small
Edição, plataforma digital, gerenciamento e compartilhamento de conteúdos: Geraldo Monteiro
Identidade Visual: Analice Croccia
Fotografia: Guto Muniz - Foco in Cena
NOME DO ESPETÁCULO: Sala de Espera
ESTREIA
SINOPSE: Impactada pela pandemia de Covid 19 e pela urgência em buscar alternativas para a continuidade da trajetória de seu espetáculo, Cira escreve um roteiro para plataformas digitais utilizando a estrutura dramatúrgica do espetáculo Próxima. Se no seu monólogo original, a expectativa girava em torno da próxima atriz, próxima cena e da inexorabilidade do tempo e da invisibilidade da mulher/atriz, em Sala de Espera, as expectativas estão represadas no compasso da espera, no aguardo da volta à vida normal.
DURAÇÃO: 22 minutos
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos
SOBRE O ARTISTA/GRUPO: Cira Ramos iniciou o seu trabalho de atriz, em 1978, e veio de Goiânia para o Recife, em 1984, tornando-se atriz profissional no Recife ainda na década de 1980. Como atriz independente passou por muitas companhias e produtoras, como Aquarius Produções Artísticas, Papagaios Produções Artísticas, TTTrês Produções, CIA Seraphins, Remo Produções Artísticas, entre outras, diversificando sua trajetória e recebendo prêmios tanto em espetáculos infantis, como em adultos. Seu último prêmio foi o COPERGÁS de Teatro 2020, oferecido pela APACEPE como melhor atriz pelo monólogo “Próxima”, escrito por ela, em celebração aos quarenta anos de carreira dedicada ao teatro. O espetáculo recebeu também os prêmios de Melhor Espetáculo, melhor designer de luz para Dado Sodi, e melhor música original para Fernando Lobo, que é publicitário, músico, diretor e produtor musical com mais de 40 anos de profissão. Produziram “Suburbano Coração”, de Naum Alves de Souza, direção de Marcus Vinícius; Lágrimas de um Guarda-Chuva de Eid Ribeiro, direção de Antônio Cadengue, produção em parceria com a Rec Produtores Associados; e Em nome do Pai, de Alcione Araújo, onde assumiu a direção e novamente produção em parceria com a Rec. Em 2018, para celebrar 40 anos de atividades profissionais, produziu com Fernando, sem ajuda de fomentos públicos ou quaisquer patrocínio, o monólogo “Próxima”, que teve direção de Sandra Possani.
FICHA TÉCNICA:
Roteiro adaptado: Cira Ramos
Direção: Fernando Lobo
Supervisão Artística: Sandra Possani (através de contatos remotos)
Assistência de direção: Cira Ramos
Atuação: Cira Ramos
Direção de fotografia: Fernando Lobo
Trilha sonora original: Fernando Lobo e Fábio Valois
Iluminação: Fernando Lobo
Sonoplastia: Fernando Lobo
Captação de áudio: Fernando Lobo/Alice Lobo
Assistência de Fotografia e iluminação: Julia Lobo e Alice Lobo
Animação: Julia Lobo e Alice Lobo
Edição e Montagem: Fernando Lobo
24/03/21 – 19h – Yorick e os Coveiros do Campo Santo de Elsinor (Parte 1) – (YouTube do Reside)
25/03/21 -19h – Yorick e os Coveiros do Campo Santo de Elsinor (Parte 1) – (YouTube do Reside)
26/03/21 – 20h – Práticas Desejantes – Primeiro Movimento (YouTube do Reside)