Aos 37 anos, Emanuela Betancourt, também conhecida como Noely, está com um novo desafio pela frente. Eleita conselheira tutelar pela Região Político-Administrativa 04 (RPA 04, que engloba a Zona Oeste do Recife), a posse dela e dos demais está prevista para 10 de janeiro de 2024. Apontada como uma candidata progressista, Noely teve 1863 votos e foi bem votada para o Conselho Tutelar em bairros como a Várzea, onde mora. É cristã e uma frase que sempre a acompanha é o trecho bíblico “Tudo posso naqu’Ele que me fortalece” (Filipenses 4:13).
Ver as necessidades da comunidade é algo que ela sempre acompanhou desde cedo, sendo filha da líder comunitária Sônia Maria e do pedreiro Lucas Betancourt, nascido no Chile. Ela tem dois irmãos, Hugo e Emanuel, ambos barbeiros; casada com Nelson e é mãe de dois meninos, Enzo e Benjamin. Ela é graduada em Gestão Pública e pós-graduada em Políticas Públicas. Sua formação como liderança social é pela Falcon University Gerando Falcões.
Emanuela é idealizadora pela ONG Oxente Mainha Social há mais de 10 anos. O projeto atende cerca de 600 famílias, direta e indiretamente. Para o futuro, sabe o tamanho do desafio de trabalhar em um Conselho Tutelar. “Acredito que o Conselho Tutelar é uma instituição essencial para a proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes. É o órgão responsável por garantir que esses direitos sejam respeitados, mesmo quando os pais ou responsáveis não estão cumprindo com seu papel”.
Ela concedeu entrevista para o Blog pouco depois de sua eleição como conselheira e falou de sua trajetória e desafios.
1) O que a motivou a ser conselheira tutelar?
Foi a minha paixão pelo trabalho social e a minha vontade de contribuir para a proteção e o desenvolvimento de crianças e adolescentes. Sempre fui uma pessoa que se preocupa com os outros, e desde criança eu tinha um carinho especial pelas crianças. Quando eu era adolescente, eu participava de um Projeto Social que ajudava crianças carentes, e essa experiência me fez perceber o quanto eu queria trabalhar com essa causa.
Acredito que o Conselho Tutelar é uma instituição essencial para a proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes. É o órgão responsável por garantir que esses direitos sejam respeitados, mesmo quando os pais ou responsáveis não estão cumprindo com seu papel.
Decidi me candidatar a Conselheira Tutelar porque quero fazer a diferença na vida de crianças e adolescentes que estão em situação de vulnerabilidade. Quero ajudar a garantir que eles tenham uma infância e uma adolescência saudáveis e seguras, com acesso à educação, saúde, cultura e lazer.
O trabalho de Conselheira Tutelar é desafiador, mas estou preparada para enfrentar esse desafio. Tenho um forte senso de justiça e estou disposta a trabalhar duro para defender os direitos das crianças e adolescentes.
2) Como você vê os casos de conselheiros que levam as ocorrências segundo suas convicções pessoais e não o ECA?
O Conselho Tutelar é um órgão público que tem como função a proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes, conforme estabelecido no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
As convicções pessoais dos conselheiros devem estar alinhadas com o ECA, que é a lei que garante os direitos das crianças e dos adolescentes. Quando um conselheiro age com base em suas convicções pessoais, ele pode estar violando os direitos das crianças e dos adolescentes.
É importante que a sociedade também esteja atenta aos casos de conselheiros que levam as ocorrências segundo suas convicções pessoais. E se presenciar um caso assim, denunciar ao Ministério Público ou ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
3) Quais desafios você acredita que vai encontrar?
Acredito que os principais desafios que vou encontrar como Conselheira Tutelar são:
• A sobrecarga de trabalho: Os conselheiros tutelares têm uma grande demanda de trabalho, e muitas vezes precisam lidar com casos complexos e urgentes.
• A falta de recursos: Os Conselhos Tutelares muitas vezes não têm os recursos necessários para realizar seu trabalho de forma eficaz.
• A pressão da sociedade: Os conselheiros tutelares são frequentemente pressionados pela sociedade para tomar decisões rápidas e que satisfaçam a todos.
Estou preparada para enfrentar esses desafios e trabalhar para garantir os direitos das crianças e dos adolescentes. Estou comprometida com a defesa desses direitos, e estou disposta a fazer o meu melhor para melhorar a vida de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
Acredito que, com trabalho duro e dedicação, vou ser capaz de superar esses desafios e fazer a diferença na vida de crianças e adolescentes.
4) O que a população da RPA4 pode esperar da Emanuela Conselheira tutelar?
A população da RPA4 pode esperar uma Conselheira Tutelar comprometida com a defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes. Sou uma profissional qualificada e comprometida, estou disposta a trabalhar duro para garantir que todas as crianças e adolescentes da região tenham uma infância e uma adolescência seguras e saudáveis.
Aqui estão alguns pontos específicos que a população da RPA4 pode esperar de Emanuela como Conselheira Tutelar:
• Um trabalho pautado no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): Estarei comprometida em atuar de acordo com a lei, garantindo que os direitos das crianças e dos adolescentes sejam respeitados.
• Uma atuação imparcial e justa: Irei zelar por todas as crianças e adolescentes de forma igual, independentemente de sua raça, etnia, religião ou qualquer outra característica.
• Um trabalho de parceria com a sociedade: Irei trabalhar para educar a sociedade sobre os direitos das crianças e dos adolescentes, e para construir parcerias com outros órgãos e instituições para fortalecer o trabalho do Conselho Tutelar.
5) Como você viu a mobilização nacional para as votações no Conselho?
A mobilização nacional para as votações no Conselho é um sinal positivo de que a sociedade está preocupada com a proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes. É importante que a sociedade se envolva no processo de escolha dos conselheiros tutelares, pois são eles os responsáveis por garantir que esses direitos sejam respeitados. Acredito que a mobilização nacional pode ajudar a garantir que os conselheiros tutelares eleitos sejam pessoas comprometidas com a defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes.
O Blog deseja sucesso em sua trajetória no Conselho!